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Romance de época Vs. Romance Histórico

Sou uma grande fã de tudo que envolva grandes bailes, grandes vestidos, espartilhos, carruagens, cavaleiros, quadrilhas e uma sociedade regada de regras. Em outras palavras: romances de época.

Até pouco tempo, eu achava que romance de época e romance histórico era a mesma coisa. Mas após horas de leitura e pesquisa, vi que esses dois gêneros, por mais parecidos que sejam, há divergências. E é sobre isso que vamos falar hoje!

“Todos os romances têm uma história de amor central e um final emocionalmente satisfatório. Além disso, um romance pode ter qualquer tom ou estilo, ser definido em qualquer lugar ou tempo, e ter diferentes níveis de sensualidade indo desde doce a extremamente quente” – RWA (Romance Writers of America)

A partir dessa definição, temos os romances classificados em subgêneros: Romance Contemporâneo, Romance Erótico, Romance Religioso, Romance Paranormal, Suspense Romântico, Romance jovem-adulto, e Romance Histórico.

ROMANCES HISTÓRICOS

“Pode-se dizer que os romances históricos nasceram em princípios do século XIX. Eles visavam resgatar os hábitos, a linguagem, as leis e as estruturas político-sociais, econômicas, culturais e religiosas de tempos passados. Assim, com esse objetivo, os autores mesclam figuras reais e ficcionais em uma trama geralmente imaginária. A primeira obra deste gênero foi Waverley, de 1814, escrita por Sir Walter Scott”. (Fonte)

Resumindo: romances históricos são obras que retratam grandes momentos históricos, mas sem deixar o romance de lado. O cenário é embasado em situações reais que são o ponto de partida da trama.

Outros exemplos: Guerra e Paz de Liev Tolstói, As Crônicas do Rei Arthur de Bernard Cornwell, Série Os Romances de D’Artagnan: Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas, Olga de Fernando Morais, E o Vento Levou de Margaret Mitchell, Anjos das Sombras de Karleen Koen, Os Mistérios da Coroa de Nancy Bilyeau.

ROMANCES de epoca

O romance de época tem como foco a fase inicial da paixão, podendo possuir cenas mais picantes, não havendo grandes tragédias ou dramas e os finais costumam ser sempre felizes. O mocinho retratado no livro geralmente é um homem macho alfa: bonito, rico, forte, conquistador e avesso a compromissos sérios. (Fonte)

Resumindo: romances de época são romances que usam determinados momentos históricos como uma ambientação, mas que o foco é maior no romance em si. O enfoque está nos costumes da época e em como isso influência e molda o romance.

Outros exemplos: Crônicas Vampíricas de Gardella de Colleen Gleason, A Linhagem de Camila Dornas, Anjo Mecânico de Cassandra Clare, Uma Semana Pra Se Perder de Tessa Dare, Ligeiramente Maliciosos de Mary Balogh, Sedução ao Amanhecer de Lisa Kleypas.

Resenhas

Resenha: Um perfeito cavalheiro, Julia Quinn

Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhce o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.

Pensei que o terceiro livro da série seguiria o padrão dos outros, mas a Julia me surpreendeu e foi além trazendo a tona um dos meus assuntos favoritos no mundo que são conto de fadas. E de cara, tivemos mais uma história baseada no clássico da ”Cinderela”.

No terceiro livro da série os Bridgertons conhecemos Benedict, o segundo filho da grande linhagem de Bridgertons espalhados por toda Londres. Benedict é um personagem fofo que se encontra perdido com sua mãe, Lady Violet e sua insistência em lhe arrumar uma noiva.

Mas como Violet sempre consegue ter o quer dos filhos por puro amor, acaba reunindo-os em um baile de máscaras ao qual a mesma é anfitriã. E mesmo Benedict não tendo o desejo de estar presente, acaba ”aparecendo”, afinal, é o que a mãe quer. Então sabe aquela coisa de estar no lugar certo no momento certo? Eu costumo chamar de magia.

”- Eu quero… – A voz dele virou um sussurro, e seus olhos pareceram vagamente surpresos, como se ele não conseguisse acreditar nas próprias palavras. – Eu quero o seu futuro. Cada pedacinho seu.”

De outro lado, temos Sophie, filha bastarda de um Conde, que ao morrer a deixou para trás com suas irmãs postiças e sua madrasta, que fazem questão de tornar a vida da nossa pequena um inferno desde quando colocaram seus pés na casa do Conde.

E devido a este baile, ao qual a fada madrinha de nossa pequena Sophie consegue leva-la, nosso casal de pombinhos se conhece e se apaixonam. Essa foi uma das minhas partes favoritas do livro por tantos motivos que se fosse enumera-los teríamos um grande lista de páginas e páginas. Mas como nem tudo são rosas, é claro que Benedict não descobre quem é a linda moça que adentrou a porta de sua casa naquela noite e principalmente, as portas de seu coração.

Para que enfim nosso casal tenha algum contato, é preciso que se passem anos até o reencontro. E durante esses anos houveram tantas mudanças que é difícil saber se eles finalmente ficarão juntos.

“– O que você está vendo? – indagou.
Sophie tropeçou, mas não tirou os olhos dos dele em nenhum momento.
– Minha alma. – sussurrou. – Estou vendo minha alma.”

Sophie é uma das personagens mais doces e amorosas que conheci até hoje. Julia conseguiu passar para ela toda a magia que é ser uma princesa. É de encontro a ”Cinderela” mais fofa que conheci até hoje – depois da original. Além de ter toda uma graça incrível que me fez dar altas risadas.

Benedict me surpreendeu tanto que me encantei por ele. Ele é doce, amável, educado e mesmo as vezes em que passou dos limites, não atrapalharam o amor que fora colocado ao redor de seu nome em meu coração.

O livro me arrancou lágrimas e que o concluí apenas em uma madrugada. Agora tenho um apreço bem maior por Benedict, mas meu personagem favorito continua sendo Colin – mesmo aparecendo pouco na trama – e estou super feliz que o próximo livro é do meu Bridgerton favorito(<3)!

 

Resenhas

Resenha: O duque e eu, Julia Quinn

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Como uma grande fã de romances de época, acabei me apaixonando pela a série ”Os Bridgertons” antes mesmo de lê-la. No começo, me arrependi um pouco por ter colocado tanta expectativa em cima dos livros da Julia, mas depois acabei me apaixonando perdidamente pela história, personagens e por tudo que engloba a família Bridgerton.

Antes de ler essa resenha, você precisa entender que a série trata-se de uma grande família, para ser mais exata da grande família Bridgerton, ao qual os filhos foram nomeados segundo a ordem alfabética. E em cada livro, sabemos mais um pouco da história de cada um dos maravilhosos filhos de Violet e Edmund.

“Eu quero um marido. Uma família. Não é tão bobo quando se pensa nisso. Sou a quarta de oito filhos. Só conheço famílias grandes. Não sei se saberia existir fora de uma.”

Neste livro conhecemos Daphne, a quarta filha dos Bridgertons. Graças a sua mãe, nossa mocinha se encontra perdida entre os bailes da sociedade londrina em busca de um marido, mas a cada passo que dá para mais um baile, parece que são dois passos a menos o altar, pois infelizmente os únicos dispostos a lhe pedir a mão são cheios de asneiras por dentro e por fora

Até que em uma noite, enquanto foge de um de seus pretendentes malucos, acaba conhecendo o Conde/melhor amigo de seu irmão, até então desconhecido e por isso chamado apenas de Simon por Daphne. Após aos grandes acontecimentos que marcam a noite em que se conheceram e depois as devidas apresentações, nasce uma grande amizade entre ambos. Que mais em breve acaba-se tornando amor. Um amor louco e as vezes doentio, mas amor.

“- As mães da sociedade, seu tolo. Aqueles dragões cuspidores de fogo que têm filhas em idade de casar, que Deus nos ajude. Você pode fugir, mas é impossível se esconder delas. E devo alertá-lo para o fato de que a minha é a pior de todas. – Minha nossa… E eu pensando que a África era perigosa.”

Eu me apaixonei pelo livro de uma forma que não dá para explicar e ele foi sem dúvidas o ponta pé inicial para que a série torna-se meu xodó. Sem contar que fora os personagens principais é incrível ver a forma como a família Bridgerton vive! E outra coisa maravilhosa é estar por dentro de todos os acontecimentos da sociedade londrina por ninguém mais, ninguém menos que Lady Whistledown, que é tipo ”Gossip Girl” na história!

Ah, e tente não se apaixonar por Colin Bridgerton, porque esse já é o meu favorito Bridgerton favorito!