A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, de maneira geral. É ela que define o valor a ser pago pelo dinheiro e ela que ajuda a controlar a inflação.
Essa taxa vem do Sistema Especial de Liquidação de Custódia (Selic) do Banco Central, que registra, custodia e liquida títulos públicos federais (como o Tesouro Direto).
+ A principal meta de 2022 é não ter meta
Existem dois tipos de Selic, e o mais importante para nós, é a Selic Meta. É esse tipo de taxa que vemos nas notícias e é esse que é conhecido como “taxa básica de juros”, “taxa mãe da economia”, etc. O outro tipo se chama Taxa Selic Over/Overnight.
A Taxa Selic Meta (que nos referimos no dia-a-dia como simplesmente, Taxa Selic), define todas as taxas de juros que pagamos, como referência. Ela não é o juros que o banco cobra de você (tem muitos outros no pacote, infelizmente). Ela apenas serve de base.
Quando a Selic é alterada para baixo, os rendimentos dos investimentos atrelados a ela também caem. Isso faz com que os custos dos bancos diminuam também e é provável que os juros cobrados por empréstimos, por exemplo, caiam junto. O oposto acontece quando a Selic aumenta. No entanto, pode acontecer do banco não repassar essas quedas da Selic para o consumidor final, aumentando assim o seu spread, ou seja, seu lucro.
A Selic é definida e calculada pelo COPOM (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, a cada 45 dias. Em 2019, por exemplo, a Taxa Selic foi uma das menores da história e em 2020, ela atingiu níveis baixíssimos e agora, vemos ela voltar a subir.
Existe um tipo de Tesouro Direto, chamado de Tesouro Selic, que mantém sua rentabilidade de acordo com a Selic. Ela também é usada para definir o rendimento da poupança, que no momento, está em torno de 70% da Selic, abaixo da inflação do país.