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Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: Mulher-Maravilha

Após sua aparição em Batman vs Superman, trailers eram quase desnecessários na hype para o filme da Mulher-Maravilha. As expectativas se amontoaram, tanto as de um grande filme de super-herói quanto as de um ícone de representatividade. Hoje, essas expectativas foram atendidas. Maravilhosamente. Com cenas de ação lindamente coordenadas, fotografia envolvente e simbologias e metáforas fortes, não há dúvidas de que o filme definiu um novo patamar para os próximos filmes da DC – isso sem fugir do estilo de Snyder, o que de certa forma, é bem interessante. E se você está se perguntando se isso significa várias explosões e demolições, a resposta é sim.

A história contada é a da origem da heroína. Começamos em Temiscira, a ilha da mitologia grega onde viviam as guerreiras amazonas. Diana é uma criança, e uma criança tão teimosa quanto a heroína com a qual passaremos as próximas duas horas; vemos ser mencionado desde o início um mistério sobre sua identidade, indicando um futuro obscuro e tempos perigosos. Sua mãe, provavelmente a mais coruja de todas as mães de super-heróis, faz de tudo para que ela não siga seu destino e não enfrente o perigo que, nós sabemos, ela eventualmente enfrentará. É aí um dos pouquíssimos pontos fracos do filme: o clichê da “escolhida”, extremamente desgastado no storytelling contemporâneo, cobre praticamente a integridade do roteiro. Em compensação, existem motivos para relevar (até para exaltar) algumas das passagens mais inconcebíveis do filme; isso depende apenas do quão aberto você está para a filosofia do que é ser um super-herói.

O cenário histórico da Primeira Guerra Mundial é importante para dar um tom característico e possibilitar o diálogo feminista. Sempre fazendo as perguntas e comentários que confundem os homens ou marcando presença em lugares onde dizem que ela não pode estar, Diana quebra vários tabus ao longo do filme, inclusive alguns que hoje já estão em processo de desconstrução (como o das mulheres na política). Na batalha final, o vilão sufoca-a com o que representa, basicamente, um corpete: é a metáfora absoluta para a resistência ao patriarcado.

Quanto às cenas de ação, estas estão absolutamente fantásticas. Eu, particularmente, achei que as do Batman em BvS estavam excelentes; em Mulher-Maravilha elas correm fluidamente ao som da trilha composta por Rupert Gregson-Williams. O tema composto por Hans Zimmer e Junkie XL também está presente. Existem algumas cenas, porém, que podem ter parecido um tanto forçadas para algumas pessoas; principalmente algumas nas quais a Mulher-Maravilha enfrenta um número absurdo de soldados e armas. De início, eu mesmo rejeitei um pouco essas passagens, pensando que era pedir demais de mim. Mas aí o nerd lá dentro me lembrou que, por baixo da fantasia e dos super-poderes, é isso que super-heróis são: o exagero de tudo o que é ser humano, e o símbolo de esperança que as vezes precisamos para acreditar que podemos ser o melhor de nós. E em resumo, foi isso que esse filme me mostrou, principalmente com a bela mensagem narrada por Diana no final.

Definitivamente, eu não esperava que esse fosse ser o filme que me fez acreditar novamente na DC, mas foi. Agora é esperar por Liga da Justiça e ver se o estúdio realmente aprendeu a lição!

Imagem: Divulgação
Música

Ouça a parceira de Anitta, Pabllo Vittar e Major Lazer: Sua Cara

Após ficar mais de 1 ano divulgando o hit Sim ou Não, Anitta resolveu bombardear os fãs de uma única vez: nos últimos 15 dias tivemos parceria com Iggy Azalea, o novo single Paradinha e agora foi lançado oficialmente sua parceria com a cantora Pabllo Vittar e o trio de música eletrônica Major Lazer. Com influência direta no samba, a música é cantada em português. Ouça:

 

 

 

Um dos membro do Major Lazer, Diplo, já havia se encontrado outras vezes com a funkeira e deve produzir outras canções para sua carreira internacional. Ele também é o produtor de diversas faixas do álbum Vai Passar Mal, de Pabllo.

Cultura

Escape 60 participa da primeira Escape Week do Brasil

Durante uma semana, todas as unidades estarão com salas promocionais, no valor de R$ 36,90 por pessoa

O Escape 60, pioneiro em jogos de fuga no Brasil, anuncia a participação na primeira Escape Week do Brasil. O projeto foi desenvolvido pelo portal Escape Addicted, inspirado na já consagrada Restaurante Week, e tem como objetivo tornar acessível o entretenimento que vem ganhando cada vez mais espaço entre o público.

Durante a Escape Week, que será promovida entre os dias 16 e 24 de junho, todas as unidades do Escape 60 estarão com salas promocionais, no valor de R$ 36,90 por pessoa. Desse total, R$ 1,00 será destinado aos projetos da ONG MAPAA, que realiza projetos destinados à causa animal.

As salas participantes são: Escape Kitchen e R.I.P. – Rest in Peace (Moema – São Paulo); Falsário e Operação Resgate (Vila Olímpia – São Paulo); O Escândalo de Star Kov e Corredor da Morte (Santo André, SP); Escape Kitchen e Jogo Sujo (Copacabana – Rio de Janeiro); Falsário e Laboratório do Dr. Mortare (Downtown – Rio de Janeiro); Corredor da Morte e S.O.S. – Salvem nossas Almas (Belo Horizonte); S.O.S. – Salvem nossas Almas (Curitiba); e Corredor da Morte (Fortaleza).

Para participar do Escape 60, os clientes devem reservar e comprar os ingressos por meio do site www.escape60.com.br, onde também encontram todas as informações sobre as opções de salas, horários disponíveis e regras do jogo. As reservas estarão disponíveis a partir de 1º de junho e são limitadas, sujeitas à disponibilidade de horários.

Sobre o Escape 60

Junho de 2015 foi o mês do lançamento de um novo estilo de entretenimento no Brasil. O Escape 60 chegou ao Brasil como uma opção inédita de jogo temático, presencial e interativo. A atração é composta por salas com temas distintos e inéditos, que desvendam mistérios associados à fuga de uma prisão, à descoberta de obras de arte em um ateliê, à procura de uma fórmula em um laboratório, ao resgate de reféns de um sequestro em um hotel, entre outros temas. Os participantes são desafiados a descobrir o enigma do jogo para, então, retornar à liberdade, com uma única condição: que tudo ocorra em apenas 60 minutos.

Trata-se de uma experiência única de trabalho em equipe, com mínimo de quatro pessoas e máximo de 18 por sala, com instinto de investigação e capacidade de resolução de problemas. O Escape 60 é uma nova forma de entretenimento, inteligente, agradável e diferente, voltada para famílias, amigos e equipes de trabalho. Também se destina a outros públicos, que se interessem por uma verdadeira experiência sensorial, estimulada pelos detalhes da ambientação, dos sons, objetos e móveis e por tudo que envolva o participante no clima proposto.

Sobre a Escape Week

Promovida pelo site Escape Addicted, a Escape Week tem o objetivo de democratizar os escape games e consolidar essa modalidade como mais uma alternativa de entretenimento para o público, ao lado de opções como cinema, teatro, exposições e restaurantes. Todas as casas de escape games participam do evento, disponibilizando horários em 59 salas, presentes em 16 cidades de 11 Estados.

Atualizações, Filmes

Anya Taylor-Joy e Maisie Williams são confirmadas no novo elenco de X-Men!

O novo filme X-men: Os Novos Mutantes já tem os primeiros nomes confirmados, Anya Taylor-Joy no papel de Magia, uma garota que domina a feitiçaria e se teletransporta para diversos lugares, e Maisie Williams dando vida à personagem Lupina, uma menina que luta para contra o seu poder de se transformar em lobo e suas crenças religiosas.

Tanto Anya quanto Massie são atrizes que vem participando de grandes produções como A Bruxa e Fragmentado, e Game of Thornes.

As gravações do longa estão previstas para iniciarem em Julho, com roteiro de BooneKnate Gwaltney, e Simon KinbergKaren Rosenfelt como produtores.

O resto do elenco ainda não teve os nomes confirmados, no entanto, X-men: Os Novos Mutantes já tem data lançamento: Julho de 2018.

Atualizações, Música

John Mayer anuncia shows no Brasil em outubro

Siiiiiiiiim, é verdade! Segundo o próprio John em seu site oficial, os shows já estão confirmados em cinco capitais brasileiras. O cantor, que passou pelo Brasil em 2013, quando tocou no Rock in Rio, estará de volta em outubro. Dessa vez trazendo a turnê de seu último disco “The search for everything”, com apresentações em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

A venda de ingressos ficará por conta do site livepass, com valores entre R$115 a R$1.000, dependendo da região. Lembrando que a pré-venda é exclusiva para quem possuí cartão Ourocard.

Veja a baixo as datas e os locais de cada show:

São Paulo: 18 de Outubro (quarta-feira)  – Allianz Parque

Belo Horizonte: 20 de Outubro (sexta-feira) – Esplanada do Mineirão

Curitiba: 22 de Outubro (domingo) – Pedreira Paulo Leminski

Porto Alegre: 24 de Outubro (terça-feira) – Anfiteatro Beira Rio

Rio de Janeiro: 27 de Outubro (sexta-feira) – Jeunesse Arena

Imagem: Divulgação/Tryangle Films
Filmes

Filme que contará a história de Voldemort ganha primeiro trailler

Foi lançado no último final de semana o trailer do filme “Voldemort:  Origins of the Heir”, que irá contar as histórias do passado macabro de Tom Riddle, antes de Harry Potter surgir no universo de J.K. Rowling.

 

 

O filme independente foi aprovado pela Warner Bros e está sendo dirigido por Gianmaria Pezzato. Será disponibilizado de forma gratuita ainda este ano, sem data estipulada ainda. Para viabilizar a produção, foi realizada um crowdfunding entre os fãs da saga, ou seja, doações online, já que a produção é sem fins lucrativos.

O filme tem a intenção de contar como Voldemort se tornou o temido bruxo retrato nos filmes originais, mostrando também como chegou em cada relíquia da morte. Alguém animado com o lançamento?

 

Livros

Pais agressivos em “Caraval”, a nova aposta da Novo Conceito

Há um forte consenso quanto ao papel dos pais no modo que as crianças se desenvolvem, definem seus padrões e condutas morais. Por esse motivo, quando os pais são violentos, estes se tornam fundamentalmente responsáveis por danos que podem perdurar a vida inteira.

No livro Caraval, best-seller de estreia da autora norte-americana Stephanie Garber que chega ao Brasil com exclusividade pela Editora Novo Conceito, Scarlett, personagem principal da obra sofre com um pai abusivo.

“Scarlett sentiu a mão enluvada segurá-la no braço. No momento seguinte, a cabeça dela virou; cada centímetro do couro cabeludo ardeu quando o pai a agarrou pelos cabelos […] Sufocou um gemido, uma lágrima dolorosa escorrendo por seu rosto. Com o pescoço assim inclinado, não conseguia ver o pai, mas podia imaginar a expressão doentia no rosto dele.

A situação só tendia a piorar. […] Scarlett caiu de joelhos e o ar fugiu de seus pulmões. A visão escure­ceu quando ela foi ao chão. Podia apenas sentir a dor, o eco dos punhos do pai e a terra manchando suas mãos enquanto lutava para se erguer.” (p. 247).

Um levantamento das denúncias de maus tratos contra crianças e adolescentes, realizado pela última vez em 2014 e divulgado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos do Governo Federal, revela que a cada dez minutos uma criança é vítima de violência no Brasil.  Ainda segundo a pesquisa, mais de 150 mil crianças e adolescentes são vítimas de algum tipo de violência todos os anos.

É válido lembrar que o termo violência está em sua maioria associado à agressão física, no entanto, é importante não esquecer que palavras e atitudes podem ser tão nocivas quanto um tapa.

A violência, seja física ou psicológica, é algo terrível para os que a vivenciam e não deve ser ignorada. Em caso de qualquer tipo de perturbação, não se cale, denuncie!

A obra Caraval já está disponível em uma edição em capa dura exclusiva para pré-venda no site da Livraria Saraiva.

Confira o Booktrailer abaixo:

Atualizações, Cultura

Primeira edição do Festival Teen anuncia line-up e data

FESTIVAL TEEN LEVA AO PALCO CANTORES SUPERSTARS DO YOUTUBE

Evento idealizado pela Fibra Live & Sports aproxima fãs de seus ídolos digitais e transforma milhões de curtidas em aplausos durante uma grande festa

Aproximar milhares de fãs de seus ídolos da internet e possibilitar que estrelas da música do YouTube vejam suas curtidas se transformarem em aplausos, em uma troca de energia e calor que não é possível pelos meios digitais. Este é o propósito da agência Fibra Live Sports ao criar o Festival Teen. O play na diversão ao vivo será dado no dia 7 de outubro de 2017, no Audio Club, em São Paulo. Uma oportunidade única para se comprovar que da internet também saem grandes talentos.

O festival terá conteúdo ao vivo 100% proveniente do ambiente digital. Quem comanda a festa como apresentadores são os vloggers Foquinha e Carlos Santana. No line up dos show assumem o palco estrelas como João Guilherme, Sofia Oliveira, Mariana Nolasco com participação especial do Pedro Pascual, Ana Gabriela e Gabriel Elias, Trio Yeah, Vitor Klay, e a dupla de Dj’s Audax. Um time nunca visto antes juntos em um mesmo evento e que somados ultrapassam a marca de 10 milhões de inscritos no YouTube, 14 milhões de seguidores no Instagram e 12 milhões de curtidas no Facebook.

“O Festival Teen é um formato de entretenimento totalmente inédito e dedicado aos adolescentes. Ele tira a tela do computador ou do smartphone que divide os fãs de seus ídolos e reúne essa turma em um ambiente totalmente seguro e pensado para a idade de seu público”, explica Vitor Nunes, CEO da Fibra Live & Sports. “Além disso, o formato totalmente inovador é uma plataforma importante para marcas que buscam uma nova experiência com seus consumidores”, completa o executivo que também é o idealizador do projeto.

Estrutura Festival Teen

O festival acontece em um dos espaços mais descolados de São Paulo, o Audio Club, que fica no bairro da Barra Funda. Um espaço que oferece conforto e segurança para receber três mil pessoas, além de som e luz de alta tecnologia.

O Festival Teen é totalmente preparado para receber adolescentes a partir de 13 anos desacompanhados. Menores de 13 anos também poderão comparecer acompanhados dos responsáveis. De qualquer forma, para os pais que desejam estar presentes, o projeto conta com o “Paidódromo”, um local totalmente preparado para acomodar os adultos enquanto aguardam os jovens curtirem seus ídolos no palco principal e nas outras ativações de patrocinadores.

A área de alimentação Food Truck Park Urbanóide estará sobre os cuidados do Calçadão Urbanóide, espaço já tradicional que oferece comida de na Rua Augusta. Os organizadores do projeto serão responsáveis pela curadoria dos food trucks posicionados dentro do Festival Teen para atender ao público com qualidade.

FESTIVAL TEEN

Data: 7 de outrubro de 2017

Horário: De 11h a 22h

Local: Audio Club

Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca, São Paulo

Ingressos: A partir de R$ 90,00 pelo www.ticket360.com.br

Apresentadores: Foquinha e Carlos Santana

Line up de shows: João Guilherme, Sofia Oliveira, Mariana Nolasco & Pedro Pascual, Ana Gabriela e Gabriel Elias, Trio Yeah, Vitor Klay, e a dupla de Dj’s Audax.

Filmes

Conheça “Friends from College”, nova série cômica da Netflix

Nostalgia? Amizade? Rir dos perrengues da vida? Esse seriado mal chegou e já consideramos muito!

Com estréia prevista para 14 de julho, Friends from College, traz um grupo de amigos quarentões que, no passado, estudaram juntos em Harvard. Agora, anos mais tarde, eles dividem seus sucessos e fracassos da vida pessoal e profissional, rodeados por muita nostalgia e diversão.

A série é criação de  Nicholas Stoller e Francesca Delbanco, incluindo no elenco Keegan-Michael Key (Angry Birds – O filme), Cobie Smulders (How I Met Your Mother), Nat Faxon (Os Descendentes), Fred Savage (Anos Incríveis), Annie Parisse (Law & Order) e Jae Suh Park (A Grande Aposta).

Curiosos?

Vamos conferir o teaser disponibilizado pela Netflix enquanto isso:

https://www.youtube.com/watch?v=-yJYs2NVNAI

 

Colunas

Sobre ser nerd hoje em dia – Especial Orgulho Nerd

Se um nerd nos anos 80 milagrosamente tivesse acesso ao Facebook na semana de estréia de Star Wars: O Despertar da Força, ele sentiria orgulho. Muito, muito orgulho. E é por isso que, 25 de Maio, exatamente 40 anos após o lançamento do primeiro Star Wars nos cinemas, nós celebramos.

Na época em que a cultura nerd começou a florescer entre os jovens “excluídos” estadunidenses, os estranhos e leitores vorazes, era ridículo ser um nerd. Era motivo de chacota. Você seria ridicularizado, subestimado, menosprezado e por fim rotulado, destinado a estar na grande caixa do “estereótipo”, dentro da qual alguém raramente olha.

Mas nós sempre fomos bons em sermos quem somos. Somos tão bons nisso que é difícil para nós quando nos pedem para ser outra pessoa, para conter nossas paixões. Então, apesar da maré de bullying que sufocou a subcultura nerd antes da Era da Internet, perseveramos.

Muito disso se deve ao fato de que o nerd é, por natureza, um ser de criatividade. Seja para produzir ou consumir, nós criamos um mercado de imaginação que hoje movimenta o mundo. Marvel, Google, Ubisoft, Microsoft, Facebook. O quanto essas marcas valem hoje em dia? E elas não seriam nada se não fossem os nerds que as fundaram, incentivaram e popularizaram.

Por menos do que isso é que viemos falar sobre o que precisa ser falado hoje. Viemos falar sobre o que é ser nerd, se existe problema na popularização da cultura, sobre as minorias no mundo nerd e perspectivas para o futuro.

Vem comigo!

UTOPIA NERD

Novamente, vamos voltar um pouco no tempo. Silenciosa, uma garota lê sua HQ do Spider-Man, a luz de uma lanterna, escondida debaixo das cobertas caso seus pais resolvam checar se ela está realmente dormindo.

Ela sonha com como seria se ela pudesse conversar com as pessoas sobre as aventuras que ela lê. Não seus pais, que apenas sorriem e acenam, tudo bem filha, agora vá estudar; mas amigos e amigas que, claro, conhecem o Spider-Man, ele é demais, quem não conhece? Como seria se ela pudesse ver um filme do homem-aranha, com atores de verdade?
Ela estaria vivendo o mundo dos sonhos.

Ela estaria vivendo algo como os dias de hoje.

Atualmente, quase todo mundo pelo menos já ouviu falar das mais famosas obras nerds contemporâneas. Game of Thrones? Conhecido. Vingadores? Conhecido. Star Wars? Conhecido. As pessoas podem não gostar no mesmo nível de intensidade, ou as vezes nem mesmo gostar, mas que essas obras são conhecidas é inegável.

Para muita gente, isso é algo bom. Saber que agora não há motivo para esconder seus gostos, que você não é um excluído e que, em alguns círculos, podem te ver até como um cara descolado. Para outros, porém, a popularização da cultura nerd é motivo de desgosto profundo. Essas pessoas argumentam que a popularização não somente lhes rouba algo que é característico e lhes distingue, mas também que muita gente hoje em dia não é “nerd de verdade”. O que nos leva ao próximo tópico.

O QUE É SER NERD HOJE EM DIA?

John Green tem uma frase famosa sobre “o que é ser nerd”. E ele tem bastante propriedade para falar do assunto. A citação é o seguinte:

“Nerds como nós podem ser abertamente apaixonados por algo… Nerds podem amar algo no nível de se balançar na cadeira de animação. Quando chamam as pessoas de “nerds”, basicamente o que eles estão dizendo é ‘você gosta de algo.’”

Essa frase explica muita coisa. É claro, não é gostar muito de qualquer coisa que vai fazer você um nerd. Existe todo um núcleo de gêneros e atividades que estão associadas com a nossa cultura, mas falando do que é nosso: se você gosta muito, bastante mesmo, você é nerd.

Não importa se você tem coleção. Se você sabe de cor o nome de cada personagem e seu histórico. Se você estaria disposto a fazer cosplay. Tudo isso é extra. O que importa é o quanto você gosta e o quanto aquilo define uma parte de quem você é. Que nerds são antissociais, feios, mega-inteligentes, isso são estereótipos. E estereótipos não nos prendem mais. O que importa é o quanto você ama as space operas, as fantasias, os super-heróis, as viagens no tempo. E o espaço que eles ocupam no seu coração.

STAR WARS, TOMB RAIDER E REPRESENTATIVIDADE

Quando sétimo filme de Star Wars saiu, muita gente assumiu que Finn seria o grande protagonista. Claro, o marketing genial da Disney ao mostrá-lo sempre usando sabre de luz colaborou para isso, mas o motivo mais profundo é que nunca antes uma mulher havia protagonizado um filme de Star Wars. Isso por si só já gerou uma confusão: houveram pessoas que REALMENTE promoveram um boicote ao filme. Porque Finn é interpretado por um ator negro (John Boyega).

Parece bem idiota, quando se para pra pensar, que alguém pense “Ei, esse cara é negro. Não vou poder aproveitar meu filme direito porque ele é negro”. Bem, algumas pessoas que acharam isso idiota conseguiram pensar, quando saiu o trailer Rogue One: “Ei, a protagonista é mulher de novo. Não vou poder aproveitar meu filme direito porque ela é uma mulher”.

O que está acontecendo é uma reação quase alérgica à fuga do clichê que é o protagonista homem branco, junto com um retrato não-sexualizado da mulher protagonista. Tudo isso está confundindo quem não é tão mente aberta.

Lara Croft é a eterna ídola do mundo gamer. Mas infelizmente, como muitas mulheres da vida real são obrigadas a fazer, ela não conseguiu isso só com seu carisma e personalidade. Lara usou de seu corpo. Poucos personagens não-pornográficos na história foram tão sexualizados quanto a heroína-britânica. Em 2012, uma versão atualizada de Tomb Raider foi produzida, um recomeço: sem seios gigantescos, sem sex appeal. Só a heroína. Ela ainda não consegue competir com Nathan Drake, um personagem muito semelhante (explorador) da série Uncharted, cujo único sex appeal é seu rosto bonito e sua pose de garanhão.

Star Wars Battlefront II vai trazer um modo campanha com mais uma protagonista feminina, e é de se esperar que essa tendência se espalhe. Precisamos dessa representatividade, porque nerds não são só homens. E não tem nada de extraordinário ou de fetiche em ser mulher e ser nerd. Assim como um cara nerd, uma garota nerd está simplesmente sendo quem ela é. E ela tem todo o direito de se espelhar em alguém como ela. Assim como negros, latinos, asiáticos, gays, lésbicas, bissexuais, transexuais. Nerds não estão entre esses. Estão englobando todos. Somos todos. E queremos nos ver.