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Críticas de Cinema, Reviews de Séries

Crítica: Lemony Snicket – Desventuras em Série (2017)

Você não deveria ler essa crítica, ela com certeza vai te deixar profundamente abalado e perturbado para fugir, enquanto há tempo, das desventuras dos irmãos Baudelaire. 

Depois de muito alarde, finalmente estreou a nova série da Netflix “Lemony Snicket – Desventuras em Série” baseada na série de livros homônimo de Lemony Snicket, pseudônimo do autor Daniel Handler. Livros que viraram sucesso de vendas e que já tiveram seus pézinhos nos cinemas, com a adaptação estrelada por Jim Carrey em 2004.

Lembro-me muito bem quando fui assistir a adaptação do cinema e sai super satisfeito da sala, aguardando uma provável continuação, mas fui desiludido dias depois quando uma de minhas professoras colocou em pauta na sala de aula os livros e mostrou que o enredo do filme era uma teia de ganchos dos 13 livros da série. Fiquei decepcionado, pois esperava ver o que aconteceu com os irmãos Baudeleire. Me animei para ler os livros e fiquei encantado com a narrativa de Snicket e aguardei anos para testemunhar ela tomando vida no audivisual outra vez.

Acredito que não existe outro lugar que esse livro pudesse ter sido tão bem tratado para uma nova adaptação em forma de seriado, pois o entusiasmo colocado pela Netflix só na divulgação foi de encher os olhos. O anuncio de Neil Patrick Harris como o temido Conde Olaf foi o bastante para que a internet fosse a loucura e aguardasse com ansiedade a estreia.

Você percebeu que eu te enrolei até aqui? Estou te dando a chance de fechar essa aba e procurar algo melhor para fazer!

Já que insiste, vamos falar sobre o que te aguarda. A série narra a história dos irmãos Baudeleire, Violet Baudelaire, a mais velha, é uma inventora e tem quatorze anos; Klaus Baudelaire, o irmão do meio, é fascinado por bibliotecas, guarda em sua mente todas as suas leituras que faz e tem doze anos; e Sunny Baudelaire, a mais nova, uma menininha de três anos que tem uma língua que só os irmãos entendem e que ama morder qualquer tipo de objeto.

Os irmãos são muito ricos e moram em uma grande mansão com seus pais, certo dia, inexplicavelmente os pais pedem para que eles façam um passeio na praia em um dia tempestuoso e eles aproveitam para testar uma invenção de Violet, lá eles são abordados pelo Sr. Poe, testamenteiro dos pais das crianças que ama seu trabalho no banco, que acabava de sair da Mansão Baudeleire para procurar as crianças e contar que seus pais pereceram, nesse caso, perecer significa que eles haviam morrido e que a mansão estava incendiada.

Esse é o ponto de partida da série, divertidamente narrada por Lemony Snicket, na série interpretado por Patrick Warburton que deu ao personagem todo mistério e suspense que ele precisava para transcrever as desventuras que se iniciavam.

Os irmãos Baudelaire após uma noite não muito agradável com a família de Sr. Poe são encaminhadas para o seu tutor, o temido Conde Olaf, uma criatura que nenhum dos irmãos nunca tinha ouvido falar. O banqueiro conta que Olaf é um grande ator e possuí uma trupe teatral, fato que não anima as crianças. Chegando ao local eles se deparam com uma mansão caindo aos pedaços e são apresentados finalmente ao tutor Conde Olaf, vivido brilhantemente pelo Neil Patrick Harris, que entrega a esse personagem uma composição completa de voz, figurino, manias e jeitos que superaram minha expectativas.

Olaf só está interessado na fortuna herdada pelos irmãos Baudelaire, mas que só pode ser ativada quando Violet for maior de idade, nesse meio tempo, o tutor deverá cuidar das crianças por sua própria conta. Como na vida dos irmãos Baudelaire nada são rosas, assim que Sr. Poe sai da mansão eles conhecem todo horror que existe nesse caricato vilão que os obriga a fazer tarefas absurdas e trama um plano, no mínimo, desprezível para ficar com a fortuna o quanto antes.

Esse primeiro plano de Olaf foi gota que faltava para Sr. Poe levar as crianças para outro tutor e ver que ele só estava interessado na fortuna Baudelaire. O desenrolar da série basicamente é as crianças sendo seguidas a cada novo tutor que passam por personagens criados por Conde Olaf, onde ele trama um plano para ficar com a fortuna, desenvolvendo desventuras lamentáveis na vida das crianças, em paralelo com uma misteriosa organização secreta representada em forma de um olho, que é recorrente em vários lugares da série.

É inevitável fazer comparações com o filme e acredito que chegue até ser válido dizer que tudo fluí de maneira muito melhor quando detalhes são contados e uma ordem é seguida. No filme existem semelhanças interessantes com o começo da série, um exemplo é na parte que o Sr. Poe conta as crianças sobre a morte dos pais. É interessante ver que os irmãos de ambas as versões se parecem muito, mas dou minha total preferência para os atores do seriado, tenho a impressão que souberam desenvolver mais o personagem e lembram os irmãos que encontramos no livro. além disso, Conde Olaf que não deixa de ser brilhante em ambas versões tem em sua interpretação no filme o grande ator Jim Carrey que naturalmente tem o seu estilo um pouco mais escrachado e que podemos chamar “dele”, diferente do Neil Patrick Harris que combina mais com as características de Olaf e criou durante a série tão bem os outros personagens que o temido vilão interpreta para ficar com a fortuna.

Provei para você, não assista a série, você vai ficar viciado e assistir os oito capítulos que compõe a primeira temporada em uma tacada só. Já está abrindo o Netflix? Não diga que não avisei!

 

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Atualizações, Livros

10 séries literárias que não deram certo nos cinemas

Em 2001, dois verdadeiros fenômenos literários chegavam aos cinemas: Harry Potter e a Pedra Filosofal e O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel. Com o sucesso imediato dos filmes, a indústria cinematográfica começou a investir cada vez mais nas adaptações de séries literárias.

Mas diferente dos livros, nem todas as adaptações tiveram um final feliz. O Beco Literário traz dez exemplos de boas histórias que não conseguiram repetir nos cinemas o êxito das livrarias:

 

Divergente

A trilogia Divergente, da americana Veronica Roth, alcançou um estrondoso sucesso editorial. A história segue a personagem Beatrice Prior lutando contra a tirania de uma sociedade segregada em facções num futuro pós-apocalíptico.

Em 2011, a Summit Entertaiment (estúdio responsável por Crepúsculo) comprou os direitos para levar a trilogia aos cinemas. Divergente dividiu a opinião da crítica mas fez bastante sucesso, dando sinal verde para a produção das sequências: Insurgente e Convergente.

A Série Divergente: Insurgente chegou aos cinemas com a missão de redimir os erros do filme anterior. Porém os mesmos problemas de roteiro e mudanças significativas na história acabaram desagradando tanto a crítica quanto o público. Mesmo assim o filme lucrou nas bilheterias.

Apostando no sucesso comercial da franquia, a Summit decidiu dividir o último volume da trilogia em dois. Porem A Série Divergente: Convergente foi um fracasso de bilheteria, o que levou o estúdio a cancelar a produção do último filme para os cinemas. A Série Divergente: Ascendente, conclusão da saga, deve ser lançado como telefilme e com um elenco diferente dos anteriores.

 

Desventuras em Série

Criada por Daniel Handler sob o pseudônimo de Lemony Snicket, Desventuras em Série conta a história dos irmãos Baudelaire. Após a morte dos pais, eles vão morar com o estranho Conde Olaf, um parente distante que só está de olho na fortuna herdada pelas crianças.

A história dos três primeiros livros (de um total de treze) foi adaptada em um único filme em 2004, com Jim Carrey interpretando magistralmente o Conde Olaf. Desventuras em Série obteve críticas favoráveis e um bom retorno do público.

O filme recebeu quatro indicações ao Oscar, vencendo na categoria de melhor maquiagem. Tudo indicava o início de uma promissora franquia. Porém diversos atrasos na produção tornaram inviável a continuação da série.

Em 2017, Desventuras em Série retorna como série de TV pela Netflix, com Neil Patrick Harris interpretando o Conde Olaf.

 

Eragon

Escrito por Christopher Paolini, Eragon é o primeiro volume da série literária Ciclo da Herança. Narra a história de um jovem camponês que vê sua vida mudar após encontrar um ovo de dragão. O surgimento do ovo reacende a esperança de derrotar o terrível Galbatorix e restabelecer a paz ao reino de Alagaësia.

Dragões, elfos, magia e uma boa história. Eragon tinha muitos elementos para garantir o sucesso nos cinemas. Porém a adaptação tratou o universo dos livros de maneira rasa e sem profundidade, gerando críticas negativas e o fracasso comercial do filme, impossibilitando a continuidade da série.

 

A Bússola de Ouro

Primeira parte da trilogia Fronteiras do UniversoA Bússola de Ouro acompanha a jornada da pequena Lyra Belacqua para o Ártico, procurando seu amigo desaparecido. Escrita pelo britânico Philip Pullman, a história mistura fantasia com elementos de física, filosofia e teologia.

Nicole Kidman, Daniel Craig e Eva Green. Com esses nomes no elenco, A Bússola de Ouro prometia ser um grande sucesso. Mas infelizmente o roteiro mutilou a história. Os últimos capítulos do livro foram simplesmente ignorados, enfurecendo os fãs da trilogia. Além disso, não houve o desenvolvimento adequado de personagens importantes. O resultado foi uma recepção bem negativa de público e crítica.

 

Percy Jackson e os Olimpianos

Percy Jackson e os Olimpianos, série mitológica escrita por Rick Riordan, alcançou grande sucesso ao redor no mundo. Os livros são ambientados nos dias atuais, onde os deuses do Olimpo estão criando uma nova raça de heróis mitológicos: os semideuses – metade mortais, metade imortais.

Percy Jackson e o Ladrão de Raios dividiu opiniões, principalmente pelas alterações significativas do roteiro em relação ao livro. Mesmo assim o filme conseguiu arrecadar uma quantia razoável.

A sequência Percy Jackson e o Mar de Monstros só chegou aos cinemas 3 anos depois. As críticas conseguiram ser ainda piores que as do primeiro filme. E o fraco desempenho nas bilheterias tornou incerto o futuro da saga no cinema.

 

As Crônicas de Nárnia

A obra-prima de C.S. Lewis é uma das séries literárias mais aclamadas de todos os tempos. Misturando temas cristãos com elementos de mitologia e contos de fadas, Lewis criou Nárnia: um lugar onde os seres mitológicos abundam, os animais podem falar e a magia existe.

As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa foi o primeiro filme lançado pela Disney. O resultado foi uma das maiores bilheterias do ano e parecia ser o início de uma promissora franquia. Porém As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian não obteve o mesmo êxito. A arrecadação abaixo do esperado fez com que o estúdio abrisse mão da distribuição dos filmes.

Então a Twentieth Century Fox assumiu o projeto e lançou As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada. Mas o filme repetiu o fraco desempenho do seu antecessor.

Um reboot para a saga está sendo produzido, em um novo estúdio e com novo elenco. Tomara que tudo dê certo e que os novos filmes tragam o sucesso que a grandiosa obra de C.S. Lewis merece.

 

Os Instrumentos Mortais

A série de livros Os Instrumentos Mortais acontece numa cidade repleta de demônios, magos, lobisomens, entre outros seres sobrenaturais. Quem está prestes a descobrir isso é a jovem Clary Fray, que parece ter sido a única testemunha ocular de um assassinato numa casa noturna cheia de gente.

Mas ao contrário dos livros, o filme Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos não agradou. Alguns críticos o apontaram como uma das piores adaptações das páginas para as telas. Os elementos comuns nas franquias de fantasia estão presentes, mas não são bem aproveitados.

O resultado desastroso comprometeu a produção do segundo filme que já tinha sido anunciado. Porém a história criada por Cassandra Clare ganhou uma série de TV: a primeira temporada de Shadowhunters já está disponível na Netflix, e a segunda deve estrear em breve.

 

Dezesseis Luas

A primeira parte da série Beautiful Creatures, escrita por Kami Garcia e Margaret Stohl, conta a história de Ethan, um jovem atormentado por sonhos recorrentes com uma moça que nunca viu. Até que, na escola, ele conhece Lena, a misteriosa garota dos seus sonhos. Mas a aproximação dos dois revelará segredos obscuros que podem condenar o romance entre eles.

Dezesseis Luas era considerado o sucessor direto a herdar os fãs da recém-concluída saga Crepúsculo. Mas a adaptação teve um desempenho desastroso nas bilheterias. O filme custou US$ 60 milhões e arrecadou pouco mais de US$ 19 milhões nos Estados Unidos.

 

O Guia do Mochileiro das Galáxias

A série de livros escrita por Douglas Adams é um marco da cultura geek mundial. Quando a Terra está prestes a ser destruída, Arthur Dent é salvo pelo amigo Ford Prefect, um extraterrestre que está coletando informações para um famoso manual: O Guia do Mochileiro das Galáxias. Pegando carona numa nave alienígena, a dupla inicia uma alucinante aventura percorrendo o universo.

O principal problema da adaptação é a falta de precisão ao transportar a essência do livro para o cinema. As piadas soam mais genuínas nas páginas do que nas telas. Além disso o humor britânico, carregado de sátira social e nonsense não agradou a todos e o filme não alcançou o sucesso esperado.

 

O Hobbit

Prelúdio de O Senhor dos Anéis, o livro de J.R.R. Tolkien acompanha a trajetória de Bilbo Bolseiro em sua jornada épica para retomar o Reino de Erebor das garras do temível dragão Smaug.

Bom, O Hobbit é um caso à parte na nossa lista. Após o sucesso de O Senhor dos Anéis nos cinemas, o diretor Peter Jackson decidiu voltar à Terra-Média e contar a história que antecede a saga do Um Anel. Inicialmente a ideia era dividir o enredo do livro em duas partes. Mas a produção foi além e decidiu transformar a história em uma trilogia.

Na contramão de outras adaptações, O Hobbit teve espaço de sobra para contar sua história. Com a decisão de estender por mais um ano o fim da saga, os dois roteiros previamente produzidos se transformaram. Personagens que não aparecem no livro foram incluídos e muita informação dispensável foi adicionada.

Apesar das críticas, a trilogia O Hobbit foi um sucesso. Mas em termos de conteúdo, o resultado ficou muito abaixo do esperado.

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‘Desventuras em Série’ ganha novo trailer maravilhoso e cheio de cenas novas

Engraçado, Magnifico e cheio de cenas novas! A Netflix liberou mais um trailer de ‘Desventuras em Série’, sua nova produção original baseada nas obras de Lemony Snicket. Confira:

Baseada na famosa série de livros de Lemony Snicket (Daniel Handler) e estrelada pelo vencedor dos prêmios Emmy e Tony Neil Patrick Harris, Desventuras em Série conta a trágica história dos irmãos Baudelaire – Violet, Klaus, e Sunny – vivendo com o Conde Olaf, seu perverso guardião disposto a tudo para ficar com a herança dos irmãos. Para encontrar pistas sobre a misteriosa morte de seus pais, os órfãos precisam constantemente enganar Olaf e destruir seus planos malignos.

A primeira temporada de ‘Desventuras em Série’ terá oito episódio e chega ao serviço de streaming dia 13 de Janeiro de 2017. Mal podemos esperar para assistir todo no mesmo dia!

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Teaser de Desventuras em série é focado no Conde Olaf

Desventuras em série é uma famosa saga de livros que conta a história dos órfãos Sunny, Klaus e Violet. Quem cuida das crianças é o Conde Olaf, que pretende roubar a herança deixada pelos pais das crianças.

A Netflix é a responsável pela adaptação que contará com oito episódios. A produção está sendo muito comentada por contar com nomes como o de Neil Patrick Harris.

Os oito episódios serão liberados pela Netflix no dia 13 de janeiro de 2017.

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‘Desventuras em Série’ ganha data de estréia e primeiro teaser

No inicio do ano, a Netflix anunciou que estava nos preparativos para a adaptação de ‘Desventuras em Série’. Obra literária de Lemony Snicket (pseudônimo de Daniel Handler), que em 2004 ganhou um filme estrelado por Jim Carrey.

Neil Patrick Harris foi anunciado como o protagonista, o Conde Olaf. Algumas fotos vazadas do set foram o suficiente para mexer com a imaginação e ansiar ainda mais os fãs da série literária. Hoje, a Netflix finalmente acabou com essa torturante espera e liberou o primeiro teaser e a data de estréia da nova produção, que chega em 13 de Janeiro de 2017 ao serviço de Streaming.

Atualizações

Neil Patrick Harris aparece irreconhecível como Conde Olaf de Desventuras em Série

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A série de treze livros Desventuras em Série, originalmente escrita por Lemony Snicket e Daniel Handler, virou filme em 2004 e contou com a saudosa participação de Jim Carrey na interpretação do lendário Conde Olaf. O filme não ganhou continuação nos cinemas, mas vai garantir uma série na NETFLIX, não possuindo data prevista de lançamento.

O que sabemos?
– A série será dirigida por Barry Sonnenfeld, mesmo autor do filme de 2004.
– O maravilhoso Neil Patrick Harris irá interpretar o Conde Olaf. (FOTOS NA GALERIA)
– Mark Hudis (da série True Blood) não irá integrar o programa.
– Desventuras em Série recebeu um pedido de 13 episódios em novembro de 2014.

Os livros venderam mais de 65 milhões de cópias desde o primeiro lançamento em 1999 e narram a vida de 3 órfãos deixados sob o cuidado do enigmático Conde Olaf. As crianças procuram pela verdade a respeito da morte de seus pais, enquanto Olaf busca uma maneira de conseguir toda a fortuna para si próprio.