Tags

Conexão

Autorais

Autoria: Conexões

O amor é mesmo um negócio complicado. Digo isso porque todas as vezes que achei que agora vai, nunca foi e para ser bem sincera meus romances dão marcha ré e caem direto no precipício. Se alguém sobrevive, esse alguém não sou eu. Pelo menos não imediatamente, leva um tempo para a cicatrização completa do coração.

Até aqui você deve me achar uma exagerada (e talvez seja), mas tudo começou quando Ele, vou chamá-lo por uma forma mais impessoal, me mandou direct. Conversamos durante um mês. A conversa fluía muito bem, tem pessoas que você mal conhece e já tem conexão rápida como se conhecesse há anos.

Depois desse mês apenas no virtual marcamos um encontro. Era a hora de tirar a prova dos nove, saber a realidade nua e crua, tal qual como ela é. Engraçado pois a conexão continuou e durou pelos meses seguintes. Quase um ano.

Vou pular os detalhes da parte que deu certo e focar na obscura. Lembra que esse texto é sobre o que deu errado, né?! Iremos logo aos episódios em que a Bela adormecida acorda e descobre que o príncipe encantado nunca existiu.

Marcamos de sair em um domingo a tarde, iríamos ao cinema e posteriormente, lancharíamos na praça de alimentação do shopping. Esse foi o nosso ritual de praticamente todos os domingos desde que nos conhecemos. Quando a ida ao cinema não acontecia, ficávamos em casa para fazermos nosso programinha de casal. Mesmo sem a relação oficializada, eu nos considerava um casal. Além de exagerada, vejo coisas onde não tem.

Porém naquele domingo senti um clima estranho, Ele estava distante. Pressentia que algo estava por vir. Depois do filme, sentamos para lanchar e foi aí que descobri toda a verdade. Ele estava apaixonado por outra garota, difícil ouvir que já saíam há meses também, ou seja, ao mesmo tempo que comigo. Se você não entendeu o porquê dessa conversa ainda, te digo, Ele me dispensou naquela tarde. Sem demonstrações afetuosas, vi um completo estranho sentado a minha frente.

Trágico? Muito, porém aguentei e só desabei quando estava em casa. Apesar disso, ainda me resta um pouco de orgulho para evitar vê-lo me olhar com piedade. Dói saber que foi uma despedida fria que romperam as conexões que quiçá existiram. Um dia essa dor cessará e ficará somente as lembranças. Ainda bem.