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Resenha: Bonsai, Alejandro Zambra

“NO FINAL ELA MORRE E ELE FICA SOZINHO”. É desta forma que Bonsai de Alejandro Zambra se inicia, e marca uma das mais interessantes características desse livro, a intensidade de sua narrativa.

Alejandro Zambra é um poeta e escritor chileno, nascido em 1975 e Bonsai, seu primeiro romance, foi traduzido na França, Itália, Holanda, China, Israel, entre outros. Zambra também foi eleito pela revista Granta como um dos vinte e dois melhores jovens escritores hispano-americanos. Curiosamente Zambra em seu tempo livre cultiva bonsais.

O Livro narra fins e começos, histórias paralelas e intercaladas sobre dois amantes, Júlio e Emília. Essa narrativa se faz através de um narrador onisciente que entende seus personagens e desde o início já sabe o destino de todos. O amor, o sexo, as amizades e os caminhos que vida nos leva a tomar são marcas nesse livro que nos faz a cada momento pensar se não nos encontramos em alguma daquelas etapas da vida.

Apesar de ser uma narrativa bastante direta – trata-se de um livro curto –, ela de modo algum é parca de personalidade ou repleta de clichês, muito pelo contrário o narrador se mostra bastante sarcástico e repleto de referências a outros autores, contemporâneos ou clássicos. Não obstante talvez esse seja o maior trunfo de Bonsai, ele se desenrola como se a história nos fosse contada em uma mesa de bar, a história de algum conhecido nosso de juventude que por acaso se torna o assunto da mesa.

Ao fim, chegamos à conclusão de que Júlio e Emília partilham as nossas histórias pessoais bem como a de nossos amigos, personagens ordinários e cotidianos e no fim talvez todos sejamos algum personagem secundário ou principal da história de alguém.