Atenção! Este texto contém spoilers do livro #1 A Morte de Sarai
Foi com muita surpresa que recebi “O Retorno de Izabel” este mês. Não esperava uma continuação em tão pouco tempo, mas isso só demonstra que muitos outros leitores, assim como eu, estavam ansiosos pra saber o que acontece na história de Victor e Sarai. Calma, não tá lembrando? Vem relembrar tudo que aconteceu na nossa resenha do primeiro livro da série Na Companhia de Assassinos – A Morte de Sarai (AQUI).
Após terminar o primeiro livro da saga de forma tensa e com as coisas meio no ar, J.A. Redmerski aposta novamente no suspense. Nossa história agora começa um pouco depois de Sarai ser deixada por Victor em uma nova cidade para tentar levar uma vida normal. Se sentindo abandonada pelo homem que ela não consegue esquecer, Sarai encontra dificuldades para conseguir ser uma jovem normal e passar despercebida. E vamos combinar, como ser uma pessoa normal após sair de anos de cativeiro? Como esquecer tudo que passou e tudo que viu de uma hora pra outra?
“Acho que a vingança sempre encontra um caminho, mesmo nos gestos mais insignificantes.”
É com esse pensamento que encontramos nossa heroína novamente. E são nesses argumentos que eu me agarro para tentar entender as ações de Sarai no inicio da leitura. Após conseguir se firmar e até construir relações com vizinhos, amigos e até um namorado maravilhoso, Sarai decide simplesmente ir atrás do assassino Arthur Hamburg, em busca da sua vingança. Ok Sarai, você pode estar revoltada e toda trabalhada no rancor, mas como uma jovem sem nenhum treinamento ou experiência pretende matar um importante empresário infiltrado na máfia??? Miga, melhore!
Esses momentos me deixam muito irritada em uma leitura. Você sabe que a mocinha está indo diretamente pra maior roubada da sua vida, e é previsível tudo que vai acontecer e todos os erros que ela vai cometer. E ela vai lá e comete! Aqui foi o momento em que fui de agonia e irritação com a mocinha para a empolgação: Victor volta para salvá-la, e com ele o maior plot twist da leitura, deixando quase impossível o leitor desgrudar desse livro.
É importante ressaltar que Victor não volta sozinho. Com ele, chegam Fredrik e Niklas, personagens secundários que conseguem roubar a cena mesmo com toda a trama centrada em Sarai. Estou muito ansiosa pra conhecer um pouco mais da história de Fredrik (que está no próximo livro! Yay!) e de Niklas (o irmão ora malvado, ora maravilhoso de Victor) que até hoje não me decidi se é um cara de confiança ou não, e devo continuar nessa dúvida por mais tempo, o livro de Niklas é o quinto e último da série!
Victor percebe que é impossível fazer essa menina desistir de sua ideia suicida de vingança e decide então treinar nossa mocinha, para que ela pelo menos tenha uma chance diante de tudo que pretende enfrentar. E é ai que temos de volta a explosiva interação entre os dois e fica difícil não imaginar o que está por vir…
“Parece que fomos feitos um para o outro, como duas peças de um quebra-cabeça que de início parecem não se encaixar, mas que se adaptam perfeitamente quando vistas pelo mais improvável dos ângulos.”
O livro continua com sua narrativa compartilhada (um capítulo de Victor e outro de Sarai) o que nos traz a enorme vantagem de compreender cada ação e pensamento do personagem. A Suma de Letras está (novamente) de parabéns pela edição e pela capa maravilhosa! Já estou ansiosa pelo terceiro e próximo livro da série “O cisne e o chacal“! Leitura recomendada!