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Resenha: A Maldição do Vencedor, Marie Rutkoski

Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai – o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos -, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão. O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas. O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida… As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas. A Maldição do Vencedor é um verdadeiro triunfo lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie Rutkoski constrói um épico de beleza indômita. Em um mundo dividido entre o desejo e a escolha, o dominador e o dominado, a razão e a emoção, de que lado você permanecerá?

A Maldição do Vencedor é o primeiro livro da trilogia do Vencedor, lançado pela editora Plataforma 21.

Felizmente, posso dizer que o conteúdo da sinopse está no livro, mas com algumas ressalvas. Da primeira vez que ouvi falar em A Maldição do Vencedor, já estava pra lá de saturado de young adults assim, então nem dei muita bola. Até que a história de Kestrel foi traduzida e uma amiga (que é muito exigente) se mostrou interessada e aí, fui atrás de conhecer melhor. Comecei a ler na livraria e lá mesmo terminei, para a minha surpresa. Não é o melhor livro do mundo e passa longe de início de trilogia mais empolgante, mas uma coisa preciso admitir: Rutkoski soube como me fisgar.

Começando pela sua escrita simples e rápida, as páginas fluem com facilidade, além disso, os capítulos curtos também ajudaram.
Uma coisa que me surpreendeu durante a leitura foi a evolução dos personagens, porque de início, achei a Kestrel bem bobinha, mas com o decorrer da história a garota foi mostrando para o que veio, e eu achei bem bacana.
Outro ponto bem interessante e relevante desse livro é que Marie Rutkoski soube traçar muito bem o romance com a trama, coisa que é bem difícil encontrarmos por aí. Ela não deixa o romance interferir de maneira direta no decorrer dos acontecimentos. Além disso, gostei da construção da paixão entre os dois protagonistas, apesar dos clichês.

O que eu posso dizer para vocês sobre A Maldição do Vencedor é: se você tá procurando algo inovador ou coisa do tipo, não irá encontrar nele. Mas agora se você busca um passatempo, uma leitura leve pra se divertir e ficar torcendo para o que vai acontecer em seguida, embarque na jornada de Kestrel.

A Maldição do Vencedor fica longe de ser um livro original, de ser bombástico, de ser inovador e de ser o melhor livro que você vai ler. Porém, Marie Rutkoski fez um bom trabalho. Recheado de ação e intriga, é impossível não ficar ansioso para o próximo volume, mesmo a história sendo previsível.

Além disso, o trabalho da Plataforma 21 nesse livro está impecável. Vale a pena adquirir o físico. A lombada é LINDA!!