Scandal chega a sua 6ª temporada em uma linha divisória muito tênue: se amamos ou odiamos Olivia Pope. Após algumas derrapadas ao decorrer de sua história, fomos agraciados na segunda metade da 5ª temporada com uma melhora significativa em seu enredo e a estreia da nova temporada na última quinta só nos mostrou que não devemos duvidar de Olivia Pope.
Quando foi renovada para retornar neste ano de 2017, recebemos junto a informação da gravidez da atriz Kerry Washington, o que resultou numa redução de episódios: serão apenas 16 nessa leva. E isso é ótimo! Após uma instável leva de episódios em 2016, a redução nos dá esperança que os que estão programados sejam mais consistentes, sem precisar dar voltas em círculos como estava acontecendo com frequência.
Após um plot sobre sequestro e venda de pessoas na deep-web, a novela mexicana que rondava o romance de Olivia e o presidente do mundo livre, Fitz e os surtos de Huck que me faziam acelerar a velocidade do reprodutor, Scandal encontrou no fim da última temporada aquilo que os fãs pediram e o motivo pelos quais nos apaixonamos: a RP foda, gladiadora, a resolvedora de problemas. Olivia nos conquistou por apenas saber como entrar num lugar e mostrar quem manda. Suas roupas sempre impecáveis, sua postura, seu jeito de ser superior porque de fato É superior. E isso tudo havia se perdido no meio de tantos plots insuportáveis. Pior do que Papa Pope falando como se fosse ter um AVC a qualquer momento era ver Olivia querendo ir pra Vermont viver de fazer geléia. Quem comprava isso?
E assim chegamos ao principal problema da série: Papa Pope. Não existe meio termo com ele. Ou ama ou odeia. E na maior parte das vezes, vejo gente odiando. Ele dominou a 4ª temporada e teve seus momentos de holofote na 5ª, e francamente? Deu. Isso de comando, B613, acontecendo bem debaixo do nariz de todos é intragável.
Chegamos em um ponto que como disse no começo, estávamos a ponto de começar a odiar Scandal por conta do circo que ela havia se transformado. Mas agora, no primeiro episódio deste ano, Shonda Rhimes mostra que ainda sabe acertar. A disputa eleitoral mostrada no último ano deu o gás que era preciso para recuperarmos nosso amor pela série. Agora, com Cyrus Beene podendo assumir a presidência dos Estados Unidos, temos uma base para mais 15 episódios imperdíveis. Foi impossível piscar, se distrair com o celular ou pensar em fazer outra coisa ao decorrer deste retorno.
Por fim, Scandal tem essa mania de nos apresentar a histórias paralelas que não interessam nem um pouco. Lizzie e Rosen foram nosso último exemplo. Qual será a deste ano? Por falar nisso, será que teremos mais de Susan Ross? Susan se mostrou a mais carismática do elenco, sabendo ir do sério ao cômico em um piscar de olhos. Quando surgiu pela primeira vez para assumir a vice-presidência já dava pra notar que ela seria um alívio para a história, e que com o tempo foi saindo de cena, para de repente se tornar candidata e roubar a cena em muitos instantes. Agora que este plot se foi seria interessante vê-la em ação nesses últimos dias de governo Fitz. A 6ª temporada tem tudo para fazer a série se reencontrar e voltar com tudo aos trilhos. E é para isso que torcemos.