Já era de se esperar, graças ao que vem apresentando, que How to Get Away With Murder não persistiria com a linha “Assassinato de Sam”. Para não tornar a série batida, episódio após episódio nos é oferecido um novo caso, no 11º uma verdadeira “História Americana” é adicionada à trama. Tudo começa quando uma mulher, que na visão de Annalise nada mais era do que uma bisbilhoteira, decide convocar a advogada em sua defesa. Jackie, que pousara no escritório de Keating como quem aparata, coloca algumas de suas cartas na mesa, relata os crimes do marido e confia na situação para conseguir um apoio no tribunal. Como ocorrera no caso de Rebecca, a professora assume tudo às cegas.
O episódio é dividido em quatro polos. O primeiro é a chegada da irmã de Sam que busca de todas as formas obter a verdade no que se refere ao professor de Middleton. O segundo foca o drama dos aspirantes a advogados que vivem o famoso drama pós-assassinato. Neste caso quem ganha certo destaque é Wes com seus pesadelos constantes. Graças a flashbacks podemos observar a tensão que permeia os estudantes. O terceiro polo é destinado ao crime já citado, onde Jackie, a mulher que pedira asilo a Annalise, oferece diversas faces. O quarto e último tópico a ser debatido no episódio é o pendulo entre “revelação” e “desaparecimento”. Sam nos dá o ar de sua graça mesmo estando morto, queimado, dilacerado e com seus braços e pernas jogados em uma lixeira qualquer. O telespectador sofre com as três situações anteriores a essa, teme o que está por vir.
Por ser a revelação de 2014, How to get Away with Murder promete sacudir o primeiro semestre, mesmo com a chegada das novas temporadas de Bates Motel e Game of Thrones, a série deve figurar como uma das maiores audiências dos EUA. O episódio 11 mantém a linha, não tão revelador quanto os episódios entre o 8º e o 10º, mas com qualidade idêntica. HGAWM não se perde no labirinto das séries de seu estilo, hoje é referência.