Resenhas

Resenha: Psicose, Roberth Bloch

Psicose, o clássico de Robert Bloch, foi publicado originalmente em 1959, livremente inspirado no caso do assassino de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, assim como Gein, era um assassino solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora, construiu um santuário para ela em um quarto e se vestia com roupas femininas. Em Psicose, sem edição no Brasil há 50 anos, Bloch antecipou e prenunciou a explosão do fenômeno serial killer do final dos anos 1980 e começo dos 1990. O livro, assim com o filme de Hitchcock, tornou-se um ícone do horror, inspirando um número sem fim de imitações inferiores, assim como a criação de Bloch, o esquizofrênico violento e travestido Bate tornou-se um arquétipo do horror incorporado à cultura pop.

Psicose é um suspense escrito por Robert Bloch.

Em um hotel na beira de uma rodovia, uma mulher se hospeda para passar a noite. Até então, é bem acolhida, mas sua estada por lá não dura muito. A hóspede acaba sendo assassinada e aí vários segredos do hotel e da jovem morta começam a ser descobertos.

É bem difícil resenhar um livro como Psicose. Bem, para quem não sabe, existe um clássico do cinema que é inspirado na obra de Bloch. O filme tem o mesmo nome e conta com a direção do mestre Hitchcock. Como vi a adaptação há um tempão, não me lembrava mais de muitas coisas e fui surpreendido (novamente!). Confesso que, o início é bem chatinho, porém quando fui avançando e adentrando mais no mistério, fiquei totalmente enrolado na teia que Robert criou. Sério, a apreensão tomou conta! Não tem como não ficar absorto na trama.

O modo como vai se desenrolando, que as descobertas são feitas, que os pontos se ligam e principalmente quando estamos próximos de desvendar o grande mistério que envolve os Bates. É o tipo de narrativa que evolui, e o autor, que começa tímido, vai se mostrando voraz com o decorrer de sua narrativa. Isso é tão bom, pois me pegou de surpresa quando as coisas explodiram e só lendo para saber o quão impressionante é!

Se você já assistiu ao filme, sabe que Norman Bates, o protagonista e gerente/dono do hotel, é um dos personagens mais complexos e – diga-se de passagem – bem construídos da história. Sua personalidade misteriosa chega a ser insana! O homem é simplesmente uma caixinha de surpresa que vai se abrindo durante as páginas. Gostei bastante da relação dele com sua mãe. O tema que envolve os dois é bem elaborado e a forma como Bloch tratou, a meticulosidade de todo o assunto, foi incrível.

Não tenho nem palavras que exprimam completamente minha opinião sobre esta obra! É fantástica! Não foi à toa que um grande cineasta tenha usado o livro como inspiração para um filme magistral. Não é todo dia que o mundo literário é agraciado com uma história como esta. Precisamos de mais autores com a genialidade de Robert Bloch! Além de possuir tudo isto, ainda fui agraciado com uma edição fantástica. DarkSide com as melhores edições, sempre!

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