One Man Guy é uma história que comprova a frase “os opostos se atraem,”, nos apresentando ao romance de Alek, que é um garoto armênio que tem uma educação extremamente rígida, e por conta do genocídio armênio sofrido por seus antepassados, tem como obrigação ser um garoto exemplar, tirando as melhores notas da classe, participando de turmas especiais (avançadas), frequentando a igreja aos domingos e estar sempre próximo de sua família e Ethan que é o garoto descolado, que anda de skate, mata aula para ir para Nova York se divertir e tem uma vida social bem agitada.
Os dois se conhecem quando no caminho da escola para casa, Alek resolve sair um pouco da rota e chega à pista de skate que Ethan frequenta, e por ser literalmente um outsider no local, é rodeado por garotos que não querem sua presença e tem sua pele salva por Ethan. Após este incidente, os dois começam a se falar na escola e a ficarem mais próximos. Desesperado pelo que estava sentindo, Alek procura sua melhor amiga Becky, que confunde tudo o que o amigo está passando e tenta beija-lo, achando que ele estava apaixonado por ela, já que ele não deixou claro para ela que estava gostando de garoto, o que é um ponto bem interessante, pois Alek já tinha tido algumas namoradas no passado e até então não tinha descoberto sua sexualidade.
Não somos apresentados apenas a um romance gay, mas somos imersos pelas diferenças um dos outros, da paciência e tolerância necessária para se respeitar o próximo e ter assim uma relação bacana. É bom ver Alek se desprendendo de tudo e deixando de levar uma vida tão certinha e Ethan entendendo a importância de se preservar algumas tradições familiares e valorizar estes laços. Os diálogos com Becky são de um humor sutil e ela realmente parece uma amiga que todos nós temos: livre e desbocada. As constantes brigas com o irmão ou uma família que não nos compreende: todos os elementos da vida da maior parte dos jovens estão ali. Sem dúvidas é uma leitura prazerosa que com certeza você irá se identificar em alguma parte.