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Resenha: Morra por mim, Amy Plum

Depois que seus pais morrem em um acidente de carro, Kate e sua irmã, Georgia, vão morar com os avós em Paris. Enquanto Georgia encontra na balada a cura para sua tristeza, Kate é mais introspectiva e se recusa a sair e se divertir, até resolver ir para um café com seus livros para tomar um pouco de sol. Ela conhece Vincent, um belo e misterioso garoto parisiense. Ao se relacionar com o menino e descobrir sua história, Kate tem que escolher entre deixar sua paixão de lado e seguir a vida em segurança, e assumir seus sentimentos e toda a complicação que seria namorar alguém imortal e com inimigos, e mudar para sempre sua vida.
“Eu sabia que existia algo diferente em Vincent. Eu tinha sentido isso, mesmo antes de ver sua foto no obituário. Era algo distante de mim, e muito obscuro para eu conseguir entender. Então eu ignorei. Mas agora vou descobrir quem ele é.”

Li “Morra por mim” dentro de um ônibus engarrafado. Sim, esse foi o nível: em uma sentada eu terminei. Agora me perguntem como: com essa narrativa maravilhosa, sinopse misteriosa e uma forte identificação com a personagem principal. “Morra por mim” foi uma dessas leituras arrebatadoras, que te deixam completamente imerso na história e ansiando pelo capitulo seguinte.

Logo no começo, conhecemos a história de Kate, uma americana de 16 anos, que juntamente com sua irmã mais velha, se muda para a casa dos avós na França, após a trágica morte dos seus pais nos Estados Unidos. Enquanto sua irmã Georgia enfrenta o luto não parando em casa e saindo para todas as festas, Kate fica trancafiada dentro do quarto, lendo um livro atrás do outro, com o único objetivo de não se apegar a mais ninguém e perdê-los de novo. Com a insistente preocupação dos seus avós para ela sair de casa e conhecer pessoas, Kate passa a sair com seus livros na bolsa e sentar em cafés tranquilos para lê-los sem ter que ficar lidando com as interrupções e sermões de sua família sobre a importância de socializar.

E é em um desses cafés que um belo dia, Kate conhece Vincent. Ou melhor, ela vê Vincent, e desde então, o visualiza em todos os lugares. Vincent é o mocinho clássico, um gentleman, inteligente e altruísta, mas o que me ganhou em Vincent foi a sua ironia! Ele é engraçado e divertido e tenta conquistar Kate sem revelar muito sobre seu passado para tentar protege-la de toda a sua história. Como se costume, não vou revelar aqui os mistérios de Vincent, porque acho que quem solta spoiler deveria arder no mármore do inferno, maaaas adianto que na resenha da continuação desse livro, “Até que eu morra” falarei bastante sobre o passado, a família e a história de Vincent.

A relação entre Kate e Vincent logo conquista todos os leitores: sarcásticos e extremamente fofos, não tem como não torcer pelo casal ou como não compreender suas angústias. Ao contrário de muitas mocinhas literárias, Kate me conquistou por não ser cheia de frescuras e indecisões. Ela tem seus valores, tem seus medos e seu passado – que por ser trágico, lhe traz uma desconfiança nas pessoas e uma descrença na vida e em finais felizes, mas tudo muito justificado. Kate não se deixa enrolar, quando tem uma dúvida na cabeça, pesquisa até o fim, invade casas e bibliotecas, faz tudo que for preciso para “resolver” sua situação, e olha, como isso faz falta nessas literaturas com: mocinhas românticas x moreno alto sensual x luta do bem e do mal! Ter uma personagem forte, que mesmo com todos os pesares não é burra, não é enrolada e não é passiva, nos estimula a continuar a leitura e pensar “poxa, eu faria a mesma coisa que ela!”

Outro fator positivo é o histórico: a história se passa em Paris, e é muito minuciosa e detalhada acerca dos pontos turísticos e sua importância histórica, o que fez aumentar (ainda mais) minha vontade de conhecer o lugar. Ao relatar a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, temos a impressão que a autora de fato estudou profundamente os assuntos e temos aquele fundo de veracidade maravilhoso para o desenrolar da história.

Como que para colocar uma cereja no bolo, o livro tem a capa mais linda da minha estante, além de páginas super bem trabalhadas!

Recomendo demais a leitura de “Morra por mim”, livro que li há um tempão mas quis guardá-lo só pra mim durante mais tempo antes de vir compartilhar aqui com vocês. A continuação “Até que eu morra” já está nas lojas e o terceiro e último livro da saga “If I Should Die” ainda não foi lançado no Brasil – estou no aguardo!! 

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