O Prisioneiro de Azkaban é um dos meus livros preferidos, não me pergunte qual de Harry Potter eu não digo isso, sem dúvidas, e cujo filme foi um choque um tanto decepcionante para mim. Muita gente fala que é o melhor filme, e me sinto totalmente excluído ao discordar, mas, fazer o quê.
Bom, que a vida de Harry na casa dos Dursley é complicada, disso todos nós já sabemos, mas a estadia do garoto só piora com a chegada da irmã do Tio Válter, Guida, uma mulher extremamente arrogante e folgada, que trata Potter como se fosse apenas mais um móvel ou um pedaço que carne que só merece ser punido, pelo o que os pais supostamente foram. Irritado, Harry se descontrola magicamente e faz a tia inflar como um balão, que perde o controle e sobe aos céus, sobrevoando toda a cidade.
A palavra de uma criança, embora honesta e verdadeira tem pouco valor para aqueles que não sabem mais ouvir.
Feito isso e ciente de que as punições seriam severas, Harry prepara o malão e sai de casa sem destino algum, e acaba se deparando com o Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos – basta esticar a mão da varinha, subir a bordo e podemos levá-lo aonde quiser… –, que o leva até o Caldeirão Furado, onde conhece Cornélio Fudge, o ministro da magia e fica sabendo então, do que houve na casa dos tios trouxas depois que saiu.
Logo que chega ao universo mágico, descobre que o mundo da magia está em alarde: Sirius Black, condenado por vários assassinatos, havia fugido da prisão de segurança máxima de Azkaban, sendo o primeiro a conseguir tal feito. Todos dizem que Harry deve ter cuidado e não procurar o criminoso, mas o próprio não entende exatamente o porquê de tais conselhos, apesar de saber que Black está a sua procura.
Pode se encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, se a pessoa se lembrar de acender a luz.
A trama de Rowling se desenvolve magnífica como sempre, sendo este livro, um verdadeiro divisor de águas entre a infância completa e totalmente inocente de Harry e sua pré-adolescência, que promete não ser nada pacata, o que é comprovado mais uma vez, enquanto viaja a bordo do Expresso de Hogwarts, e um Dementador – criaturas negras, com capas, que sugam toda a felicidade existente dentro de uma pessoa -, que deveria apenas patrulhar os vagões em busca de Black, ataca o garoto, fazendo-o desmaiar. Mas isto não foi tudo: Harry foi o único a sofrer tal dano, que só não foi maior porque o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas estava ao seu lado: Remo Lupin, que para mim, foi um dos melhores professores que Harry já teve em Hogwarts.
Em meio a previsões de morte feitas pela professora de adivinhação, Sibila Trelawney, bichos-papão e dementadores, Harry ganha dos gêmeos Weasley, o Mapa do Maroto, que mostra um mapa completo de Hogwarts, inclusive onde está cada pessoa naquele exato momento, mina de ouro para ele, que finalmente pode visitar o vilarejo de Hogsmeade, através das passagens secretas e da capa da invisibilidade e inclusive, chega a mostrar alguém que deveria estar morto, Pedro Pettigrew, o famoso Rabicho…
Juro solenemente não fazer nada de bom.
Além disso, Hermione está mais sobrecarregada que nunca: ganhou um vira-tempo da professora Minerva, que permite à garota estudar todas as matérias, até mesmo aquelas que ocorrem ao mesmo tempo e posteriormente, ajuda a salvar mais de uma vida inocente, como coloca Dumbledore, tão sabiamente.
A aura de mistério que emana do livro aumenta a cada página e é sustentada completa e magnificamente sem furos pela autora, capaz de fazer o leitor sentir e imaginar tudo o que descreve com perfeição e maestria, além de esclarecer aos poucos, pequenos fantasmas do passado, que inclui o pai de Harry e seus amigos, chamados na época, de Marotos.
O filme, dirigido por Cuarón, foi outro divisor de águas que transformou a atmosfera mais mágica e paternal da Hogwarts de Columbus em algo mais sério, mais frio e se a palavra me permite, mais sombrio. O filme tem cenas perfeitas e regidas de maneira magnífica, apesar de apresentar cortes que me deixaram extremamente irritado, como as explicações acerca do Feitiço Fidelius e os contos dos Marotos. Entendo que é uma adaptação porém, certas coisas não poderiam ficar de fora.
Quando um Wood soluçante, passou a Taça a Harry e este a ergueu no ar, o garoto sentiu que seria capaz de produzir o melhor Patrono do mundo.
É fato que recomendo Harry Potter para qualquer pessoa e acredito que esta história deveria ser apresentada a todas as crianças do mundo, nas escolas ou em casa, para que elas aprendam a dar valor nas coisas que realmente importam, além, é claro, das outras inúmeras lições que Joanne nos passa, como as mais variadas formas de amor, e que este é mais que um simples eu te amo e outras palavras repletas de significados vagos, já que, o principal combustível para esta explosão de fatos, foi o amor, presente em cada entrelinha de cada livro, mesmo nenhum deles apresentando a comum e agora tão fútil frase de três palavras.