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Resenha: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, J.K. Rowling

As aulas estão de volta a Hogwarts e Harry Potter não vê a hora de embarcar no Expresso a vapor que o levará de volta à escola de bruxaria. Mais uma vez suas férias na rua dos Alfeneiros, 4, foi triste e solitária. Tio Válter Dursley estava especialmente irritado com ele, porque seu amigo Rony Weasley tinha lhe telefonado. E ele não aceitava qualquer ligação de Harry com o mundo dos mágicos dentro de sua casa. A situação piorou ainda mais com a chegada de tia Guida, irmã de Válter. Harry já estava acostumado a ser humilhado pelos Dursley, mas quando tia Guida passou a ofender os pais de Harry, mortos pelo bruxo Voldemort, ele não agüentou e transformou-a num imenso balão. Irritado, fugiu da casa dos tios, indo se abrigar no Beco Diagonal. Lá ele reencontra Rony e Hermione, seus melhores amigos em Hogwarts e, para sua surpresa, é procurado pelo próprio Ministro da Magia. Sem que Harry saiba, o ministro está preocupado com o garoto, pois fugiu da prisão de Azkaban o perigoso bruxo Sirius Black, que teria assassinado treze pessoas com um único feitiço e traído os pais de Harry, entregando-os a Voldemort. Sob forte escolta, o garoto é levado para Hogwarts. Na escola as dificuldades são as de sempre: Severo Snape, o professor de Poções, o trata cada vez pior, enquanto ele tem de se esforçar nos treinos de quadribol, e levar Grifinória à vitória do campeonato. Para piorar a situação, os terríveis guardas de Azkaban, conhecidos por dementadores, estão de guarda nos portões da escola, caso Sirius Black tente algo contra Harry. Por fim, Harry tem de enfrentar seu inimigo para salvar Rony e obrigado a escolher entre matar ou não aquele que traiu seus pais. Com muita ação, humor e magia, Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban traz de volta o gigante atrapalhado Rúbeo Hagrid, o sábio diretor Alvo Dumbledore, a exigente professora de transformação Minerva MacGonagall e o novo mestre Lupin, que guarda grandes surpresas para Harry.

O Prisioneiro de Azkaban é um dos meus livros preferidos, não me pergunte qual de Harry Potter eu não digo isso, sem dúvidas, e cujo filme foi um choque um tanto decepcionante para mim. Muita gente fala que é o melhor filme, e me sinto totalmente excluído ao discordar, mas, fazer o quê.

Bom, que a vida de Harry na casa dos Dursley é complicada, disso todos nós já sabemos, mas a estadia do garoto só piora com a chegada da irmã do Tio Válter, Guida, uma mulher extremamente arrogante e folgada, que trata Potter como se fosse apenas mais um móvel ou um pedaço que carne que só merece ser punido, pelo o que os pais supostamente foram. Irritado, Harry se descontrola magicamente e faz a tia inflar como um balão, que perde o controle e sobe aos céus, sobrevoando toda a cidade.

A palavra de uma criança, embora honesta e verdadeira tem pouco valor para aqueles que não sabem mais ouvir.

Feito isso e ciente de que as punições seriam severas, Harry prepara o malão e sai de casa sem destino algum, e acaba se deparando com o Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos – basta esticar a mão da varinha, subir a bordo e podemos levá-lo aonde quiser… –, que o leva até o Caldeirão Furado, onde conhece Cornélio Fudge, o ministro da magia e fica sabendo então, do que houve na casa dos tios trouxas depois que saiu.

Logo que chega ao universo mágico, descobre que o mundo da magia está em alarde: Sirius Black, condenado por vários assassinatos, havia fugido da prisão de segurança máxima de Azkaban, sendo o primeiro a conseguir tal feito. Todos dizem que Harry deve ter cuidado e não procurar o criminoso, mas o próprio não entende exatamente o porquê de tais conselhos, apesar de saber que Black está a sua procura.

Pode se encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, se a pessoa se lembrar de acender a luz.

A trama de Rowling se desenvolve magnífica como sempre, sendo este livro, um verdadeiro divisor de águas entre a infância completa e totalmente inocente de Harry e sua pré-adolescência, que promete não ser nada pacata, o que é comprovado mais uma vez, enquanto viaja a bordo do Expresso de Hogwarts, e um Dementador – criaturas negras, com capas, que sugam toda a felicidade existente dentro de uma pessoa -, que deveria apenas patrulhar os vagões em busca de Black, ataca o garoto, fazendo-o desmaiar. Mas isto não foi tudo: Harry foi o único a sofrer tal dano, que só não foi maior porque o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas estava ao seu lado: Remo Lupin, que para mim, foi um dos melhores professores que Harry já teve em Hogwarts.

Em meio a previsões de morte feitas pela professora de adivinhação, Sibila Trelawney, bichos-papão e dementadores, Harry ganha dos gêmeos Weasley, o Mapa do Maroto, que mostra um mapa completo de Hogwarts, inclusive onde está cada pessoa naquele exato momento, mina de ouro para ele, que finalmente pode visitar o vilarejo de Hogsmeade, através das passagens secretas e da capa da invisibilidade e inclusive, chega a mostrar alguém que deveria estar morto, Pedro Pettigrew, o famoso Rabicho…

Juro solenemente não fazer nada de bom.

Além disso, Hermione está mais sobrecarregada que nunca: ganhou um vira-tempo da professora Minerva, que permite à garota estudar todas as matérias, até mesmo aquelas que ocorrem ao mesmo tempo e posteriormente, ajuda a salvar mais de uma vida inocente, como coloca Dumbledore, tão sabiamente.

A aura de mistério que emana do livro aumenta a cada página e é sustentada completa e magnificamente sem furos pela autora, capaz de fazer o leitor sentir e imaginar tudo o que descreve com perfeição e maestria, além de esclarecer aos poucos, pequenos fantasmas do passado, que inclui o pai de Harry e seus amigos, chamados na época, de Marotos.

O filme, dirigido por Cuarón, foi outro divisor de águas que transformou a atmosfera mais mágica e paternal da Hogwarts de Columbus em algo mais sério, mais frio e se a palavra me permite, mais sombrio. O filme tem cenas perfeitas e regidas de maneira magnífica, apesar de apresentar cortes que me deixaram extremamente irritado, como as explicações acerca do Feitiço Fidelius e os contos dos Marotos. Entendo que é uma adaptação porém, certas coisas não poderiam ficar de fora.

Quando um Wood soluçante, passou a Taça a Harry e este a ergueu no ar, o garoto sentiu que seria capaz de produzir o melhor Patrono do mundo.

É fato que recomendo Harry Potter para qualquer pessoa e acredito que esta história deveria ser apresentada a todas as crianças do mundo, nas escolas ou em casa, para que elas aprendam a dar valor nas coisas que realmente importam, além, é claro, das outras inúmeras lições que Joanne nos passa, como as mais variadas formas de amor, e que este é mais que um simples eu te amo  e outras palavras repletas de significados vagos, já que, o principal combustível para esta explosão de fatos, foi o amor, presente em cada entrelinha de cada livro, mesmo nenhum deles apresentando a comum e agora tão fútil frase de três palavras.

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