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Resenha: Deadpool – Caçador de Almas, Posehn, Duggan, Koblish & Hawthorne

“Primeiro: voltamos um pouco no tempo para conferir as aventuras passadas do Deadpool com o Homem de Ferro! Depois: um demônio contrata o Degenerado Regenerado para coletar almas amaldiçoadas! E, antes que você diga que não tem como ficar mais esquisito, Wade entra em contato com seu lado feminino! E mais: Deadpool ataca um cara com poderes aquáticos e depois se alia ao nosso Amigão Superior da Vizinhança, o Homem-Aranha! E prometemos que ele mata pelo menos um deles…!”

O que falar sobre Deadpool? Esse personagem que muitos conhecem e mesmo sem intimidade já o consideram tanto? Se você assistiu ao filme, já sabe muito bem como é o mercenário tagarela, mas nos quadrinhos ele é ainda mais escrachado e imoral do que em sua película. Essa HQ explora esse lado de Deadpool, onde ele não liga para quem é a vítima, se é um mocinho ou um vilão, ele mata sem dó nem piedade, ao mesmo tempo em que zomba de suas vítimas de sua maneira única e hilária.

Os roteiristas Duggan e Posehn fizeram um ótimo trabalho com o roteiro, criando uma história atraente e digna do Deadpool. Onde mais um demônio poderia ser feito de gato e sapato senão pelas mãos de Wade Wilson, que em sua loucura consegue encontrar espaço até mesmo para zombar de um poderoso e ameaçador demônio. Koblish e Hawthorne fizeram um grande trabalho com seus traços precisos, a participação de Koblish se limita ao passado, onde é possível perceber pelas cores e traços uma vibe dos anos 70 e 80, da Era do Bronze dos quadrinhos. Já Hawthorne retrata o presente.

Na vibe da Era do Bronze, podemos encontrar Deadpool roubando o carro de Flash Thompson, amigo de Peter Parker. Wilson está apenas fazendo aquilo que faz de melhor, espalhar o caos ao seu bel-prazer. Dirigindo de forma natural, isso quer dizer rápido e inconsequente, Deadpool freia bem a tempo de impedir uma tragédia, pois quase atropela um quarteto de crianças que ainda têm um futuro fantástico pela frente. Assim que para o carro, ele é abordado por Vetis, um demônio que planeja derrubar Mefisto e se tornar o ser mais poderoso do Inferno.

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Vetis negocia um contrato com Wade Wilson, ele espera que o Deadpool acate com sua vontade, e é claro que o mercenário o fará, mas não porque Vetis pediu, mas sim porque Deadpool adora ver o circo pegar fogo. A missão de Wade é simples, fazer o Homem de Ferro ter uma recaída, pois é um alcoólatra em reabilitação. Deadpool não vê dificuldade em sua missão, pois o Homem de Ferro é também aquele que veste a armadura, dessa forma ele rouba o uniforme de Tony Stark e veste-o, em seguida ele sai voando na armadura enquanto enche a cara.

Muitos goles e memórias reprimidas depois, Wade aguarda enquanto Vetis retorna para cobrar a missão, mas o mesmo já a completara. O Demônio se irrita, pois Tony Stark continua sóbrio, mas ai é que está o problema, o contrato dizia Homem de Ferro e não Stark. Deadpool explica que completou a missão se vestindo de Homem de Ferro e enchendo a cara de cachaça já que Vetis não especificara que o alvo era Tony Stark. Vetis percebe que fora feito de palhaço, e que não há nada que possa fazer a não ser retornar para o Inferno e lidar com Mefisto cara a cara. O único problema é que Vetis guarda muito rancor no coraçãozinho, ele voltará, ainda mais forte do que antes! Estará Deadpool preparado para o que virá?

“Deadpool – Caçador de Almas” é uma HQ divertida, repleta de violência e piadas de humor negro. É uma experiência genuína do Mercenário Tagarela. Ver Wade lidando com os problemas de forma displicente e imoral é sempre um alívio cômico na seriedade de algumas HQs do universo dos quadrinhos. Um verdadeiro Anti-herói que toma decisões duvidosas e usa a comédia para desviar de seu passado. Recomendado para todos, mas estejam avisados, Deadpool não liga se você se ofender com alguma piada.

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