A Evolução de Mara Dyer é o segundo volume da trilogia “Mara Dyer” escrita por Michelle Hodkin.
Depois de passar por vários problemas desde que brincou com uma tábua Ouija, Mara Dyer acaba se vendo em uma situação mais complicada ainda. A garota vê Jude, seu ex-namorado que estava aparantemente morto, em uma delegacia e após esse acontecimento, fatos ainda mais estranhos acontecem na vida de Mara.
Após uma espera meio longa, estou aqui para trazer minhas impressões sobre a continuação do maravilhoso A Desconstrução de Mara Dyer. Vamos lá.
Na maioria das trilogias/sagas, sempre que gosto bastante do primeiro, a ansiedade e a expectativa circundam o segundo. Há vezes em que as sequências conseguem superar o anterior, há vezes que elas se mantêm no mesmo nível, há vezes que derrapam um pouco e, por fim, há vezes que o erro se torna imperdoável. Bem, Evolução se encaixa em duas categorias: mesmo nível e leve derrapagem. Não me leve a mal, não desliza tanto quanto Perfeitos, porém o livro não conseguiu superar o seu anterior.
Não, não estou decepcionado com este tomo, ao contrário, estou surpreso com os rumos que a história tomou. Ao ler Desconstrução, eu não sabia o que esperar de Evolução e foi uma grande surpresa me deparar com os caminhos que Hodkin apresenta neste volume. Porém, apesar da imprevisibilidade, boa parte das 400 páginas não mostra fatos relevantes para o desenvolvimento da trama, mas sim, desculpem a expressão, muita encheção de linguiça. Por isso, Evolução figura nas categorias que citei.
Enquanto no primeiro livro um clima de terror e suspense dominava, neste o romance e perguntas tomaram conta. Mara e Noah são um dos meus OTPs prediletos. Adoro a relação dos dois. A alta tensão contida entre os dois é um dos maiores pontos altos da série até agora. Mas o suspense que eu considerava ser o auge da história, acabou ficando meio perdido em Evolução. Até metade do livro, Michelle estava conseguindo manter toda a aura aterrorizante, porém da metade do em diante as coisas ganharam outra cor e, particularmente, fiquei bem bolado pois, ao meu ver, se tivesse continuado no mesmo clima teria sido mais empolgante. Porém, ressalto que apesar dessa mudança, a alteração feita na narrativa foi necessária para o final. Mesmo eu não tendo curtido tanto essa mudança, foi preciso. Então, Hodkin, você está perdoada.
Os dois pontos mais altos de Evolução foram Mara e o final. Mara por estar mais perturbada do que nunca e se mostrar uma narradora bem tenebrosa, e o final por ser completamente inesperado. Sério, nunca em milênios que imaginaria que iria ser do jeito que foi.
A escrita de Michelle Hodkin continua a mesma. Inebriante e profunda, ler sua narrativa é como estar afundando em um lago. É incrível! E por escrever em primeira pessoa, Hodkin deixa o leitor tão atordoado quanto Mara. É impossível não ver o seu talento. Sou a favor de um mundo literário com mais Michelle Hodkin.
Enfim, A Evolução de Mara Dyer cumpriu seu dever de honrar o seu anterior e de deixar o leitor sedento para saber como será o final de tudo. Eu estou bastante apreensivo pelo terceiro, pois existem muitas dúvidas rondando minha mente e eu espero que elas sejam extinguidas. Resta a nós esperar para ver se Hodkin conseguirá fazer um final que honre a incrível e macabra história de Desconstrução e Evolução.
Você pode conferir minha resenha de A Desconstrução de Mara Dyer clicando aqui.