Apaixonado pelo universo das letras desde a infância, o advogado catarinense Mauro Felippe vem ao Rio para lançar, de forma independente, seu quarto livro de poemas durante a 18ª Edição da Bienal Internacional do Livro, que acontecerá de 31 de agosto a 10 de setembro de 2017, no Riocentro. O título “Humanos” é o quarto livro do autor e reúne poemas que provocam reflexões sobre a vida em sociedade e/ou solitária. Mauro fará seu lançamento oficial no sábado, dia 2, em seu estande de 40 metros quadrados – o maior, segundo a organização do evento, entre os estandes de autores independentes.
Com um estilo próprio, o autor coloca em seus poemas pitadas de realismo, envolvendo temas psicológicos e filosóficos. Poemas que, segundo ele, chegam sem hora marcada, quase prontos em seus pensamentos para que possam refletir sobre a sociedade e a vida cotidiana. “As virtudes e desgraças do ser humano são o centro de tudo o que passo aos leitores”, explica.
O novo escritor, hoje com de 51 anos de idade, iniciou seus primeiros rascunhos ainda na adolescência, mas só resolveu lançar a sua primeira publicação há três anos. “A literatura sempre fez parte do meu convívio familiar. Fui muito incentivado pelos meus pais desde criança e até hoje. Somos de uma família que lê muito, principalmente grandes temas literários”, revela. A descoberta pelo Direito e a ideia de se lançar como autor vieram – como Mauro costuma mencionar – “num estalo”.
“Após anos cursando Engenharia de Alimentos, “um estalo”, inexplicável, me fez seguir outro caminho profissional. Com dois Diplomas, optei pelo de Direito. Hoje sou uma pessoa realizada, profissionalmente. Sou daquele tipo incansável e apaixonado pelo que faço e ainda tenho muito a aprender. Há 23 anos não vejo jamais a ideia de um dia encerrar esta carreira. É a minha vida”, conta.
Em 2014, “outro estalo” o fez pensar em lançar um livro como um troféu pessoal por duas décadas de carreira na área jurídica. Mas, o livro nada tem a ver com Direito, mas com poesia, aquela inspirada, profunda, do fundo da alma. “Eu lancei o meu primogênito, “Nove” e no mesmo ano participei da 24ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, considerado o maior encontro literário do País e um dos mais importantes do mundo. E, inesperadamente, sem qualquer ambição, esse livro vendeu muito bem em todos os estados brasileiros. Aquilo que eu jamais havia sonhado se tornou um negócio sério”, comemora.
Na Bienal seguinte, em 2016, lançou simultaneamente dois livros: o “Ócio” e o “Espectros”, respectivamente. Segundo Mauro, todos os seus livros são completamente distintos e independentes entre si. “Um não é a sequência do outro, como, aliás, não são cada um dos textos. Por isso até, as páginas não são sequer numeradas. São como livros de cabeceira, para a cada dia ler um texto novo e refletir, pois a temática é a mesma: a essência da alma”, comenta. Todos eles têm mais uma coisa em comum: são ilustrados pelo artista Rael Dionisio. Todas as ilustrações são surrealistas.
Em pouco tempo, suas publicações ultrapassaram mais de 135 mil curtidas nas redes sociais. “Nunca imaginei que meus poemas fossem agradar tantos leitores. Até hoje, ainda não mensurei o tamanho de tudo isto. Resta-me, apenas, o sincero agradecimento a todos”, acrescenta. Mauro Felippe é de Urussanga, pequena cidade com pouco mais de 20 mil habitantes, de Santa Catarina. Também fã de futebol, torce pelo time carioca Botafogo. É casado, tem dois filhos pequenos e já teve uma banda de rock.
Além da participação como expositor das duas últimas edições da Bienal de São Paulo, esta é a primeira participação do autor na Bienal Internacional do Rio. Este ano, participará também da X Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em outubro.
Comentários do Facebook
Sem comentários