Era apenas um pequeno trajeto, de sua casa até a livraria do outro quarteirão. O que tinha de arriscado, de desafiador? Na verdade, revelou-se uma viagem de descoberta e de autoconhecimento. O novo livro de Adriana Falcão, Lá dentro tem coisa, ilustrado por Lole e publicado pela Salamandra, acompanha uma menina insegura, que se considera diferente, e acha que está sempre errada no maior desafio de sua vida: sair pela primeira vez de casa sozinha.
Sem nome, a menina é uma figura arquetípica, mais uma pensando que não se encaixa neste mundo e com muito medo. Preocupados, os pais dela então resolvem dar um presente de aniversário no mínimo inusitado. A garota, para comemorar seus 11 anos de idade, poderia ir a qualquer lugar sem a companhia deles, algo que nunca ocorreu antes. O destino escolhido foi a livraria. Afinal, ela já conhecia o caminho e era ali pertinho. Não tinha segredo. Ou, pelo menos, não deveria ter.
Desde o momento em que ela sai de casa, o cenário muda completamente. O mundo concreto e racional dá lugar a um universo onde a realidade flerta com a fantasia, onde a garota tem contato com coisas que nunca tinha visto, ou percebido, como borboletas falantes, um menino gêmeo sem o outro gêmeo, uma rosa pedindo para ser colhida, portas para labirintos, buracos cheios de sentimentos e vários outros simbolismos.
Abordando a questão da insegurança, diferenças, ansiedades e expectativas, a autora mostra que as coisas mais corriqueiras escondem grandes descobertas quando encaradas de frente pela primeira vez.
Sobre a autora
Adriana Falcão nasceu no Rio de Janeiro, em 1960, mas passou boa parte de sua vida em Recife, onde se formou em arquitetura. Adriana nunca exerceu a profissão, mas com certeza usa suas habilidades arquitetônicas para criar as rocambolescas estruturas de suas histórias, sempre muito divertidas e influenciadas pelo folclore nordestino.
Adriana Falcão nasceu no Rio de Janeiro, em 1960, mas passou boa parte de sua vida em Recife, onde se formou em arquitetura. Adriana nunca exerceu a profissão, mas com certeza usa suas habilidades arquitetônicas para criar as rocambolescas estruturas de suas histórias, sempre muito divertidas e influenciadas pelo folclore nordestino.
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