Todos saúdam Divergente! Um suspiro coletivo de alívio emanava dos corredores de Hollywood no último final de semana, quando a última tentativa de trabalhar com jovens expectadores do sexo feminino funcionou com a bem sucedida bilheteria do filme pós-apocalíptico Divergente, $55 milhões. E não são apenas os executivos da Summit Entertainment que estão respirando aliviados já que ainda preparam os dois próximos filmes baseados na trilogia de jovens adultos de Veronica Roth. O alívio também vem daqueles em Hollywood que estão trabalhando em inúmeras adaptações adolescentes desde o último ano em meio à tendência preocupante de qualquer um ser chamado de “Jogos Vorazes Flopados”, incluindo Dezesseis Luas, Os Intrumentos Mortais, e A Hospedeira de Stephenie Meyer.
“Parece que o quadro está mudando com Divergente“, disse o produtor Mark Ciardi, que está produzindo atualmente a adaptação do primeiro livro da série de Lauren Kate, Fallen em Budapeste. “Na indústria destes filmes, você quer saber que existem outras adaptações viáveis, além de Jogos Vorazes e Crepúsculo. Divergente está provando isto.”
Talvez
Divergente tenha ressaltado a lição mais importante de seu sucesso: Não jogar rapidamente e fazer com que os fãs considerem o material sagrado. “Se você acha que pode só liberar as coisas – pensando que está melhorando a narrativa – você vai fracassar”, diz Wyck Godfrey, que produziu
Crepúsculo e está por trás da adaptação do livro de John Green
A Culpa É das Estrelas. “Você irrita os fãs imediatamente – e as pessoas de fora da
fanbase já estão céticas com relação a isso”.
Tal mentalidade será testada neste verão enquanto Hollywood experimenta uma nova fase de projetos menos voltado para ações e mais íntimo. Primeiro, a versão da Fox para
A Culpa É das Estrelas, uma história de amor entre dois adolescentes com câncer (As estrelas de
Divergente Shailene Woodley e Ansel Elgort estrelarão), chega em 5 de junho no Brasil. As expectativas dos fãs para
TFIOS está febril; o trailer foi visto mais de 13 milhões de vezes no YouTube.
“Depois de Crepúsculo… e Jogos Vorazes, pensamos que as meninas iriam querem uma experiência mais emocional”, disse Godfrey, que acabou de anunciar que se reunirá com o autor John Green para produzir o filme de Cidades de Papel. “Eu sinto como se A Culpa É das Estrelas realmente dará tal experiência. E eu realmente acredito que esse pequeno filme sobre duas crianças com câncer se apaixonando pela primeira vez será um grande evento”.
Em 22 de agosto, MGM e Warner Bros. irão lançar If I Stay, baseado no livro de Gayle Forman sobre a decisão de uma garota de viver ou morrer, após um acidente de carro severo. Stay será estrelado por Chloë Grace Moretz, que intepreta Mia, que encontrou um fandom intenso em torno de tal projeto. “Eu realmente estava na cabeça de Mia. Eu me senti conectada a ela”, diz Moretz, que possui vários pontos em comum com a personagem em vários níveis, incluindo o fato que ela e Mia encontraram o sucesso da carreira bem jovens. “Mas sempre que eu tinha uma pergunta, eu perguntava a Gayle – e aos fãs – só para me manter fiel ao projeto”, ela acrescenta.
Obviamente nem todo projeto deixará os fanáticos felizes. Os fãs da distopia O Doador, por exemplo, não estão felizes com a adaptação feita pela Weinstein Co. (lançamento em 15 de agosto), começando pela idade do protagonista; o herói de 12 anos do livro será interpretado pelo ator de 24 anos Brenton Thwaites. Mais uma razão para considerar qualquer mudança com relação ao livro – coisa que o diretor R. J. Cutler de If I Stay está tomando muito cuidado.
“No momento em que lemos o livro, algo tocou uma coisa bem específica em nós”, ele diz. “Foi algo que a roteirista Shauna Cross tentou retomar em sua escrita e eu retornei na filmagem. Esse é o porquê de eu querer ter feito o filme.”
Esperamos que isso seja o que os fãs da série querem ouvir. (Lindsey Bahr contribuíu para esta matéria.)
Tradução feita na íntegra pelo Beco Literário. Dê os créditos, plágio é crime!
Jornalista que lê, escreve, e se ilude com personagens fictícios desde os quatro anos de idade. Usa coroa na rua e chapéu em casa enquanto sofre por antecipação esperando a próxima visita do carteiro. Autor de "O garoto que usava coroa" e "Contando estrelas cadentes".