“Han Gong-Ju é levada para uma casa em uma área desconhecida. A casa pertence à mãe do ex-professor de sua escola. A mãe quer saber por que seu filho está deixando Han Gong Ju lá, mesmo que ele promete que ela vai estar lá para apenas uma semana. Uma investigação está em curso de volta a cidade natal de Han Gong-Ju. Pode Han Gong-Ju escapar de seu passado?”
Não consigo falar sobre esse filme sem expressar um conflito entre êxtase e indignação. É incrível como essa obra independente sul-coreana conseguiu captar de forma singela, bela, triste e aterrorizante, o estupro de um vulnerável.
Sim, o filme se baseia em um dos casos que mais chocou a Coreia do Sul em 2004: Um estupro coletivo.
Quem é fã de trabalhos sul-coreanos dramáticos, ou de trabalhos asiáticos no geral, com certeza vai colocar Han Gong Ju como Number One na lista de filmes favoritos.
Com uma duração um tanto longa e um desenrolar lento e extremamente minucioso (coisa de asiático), pode ser que o filme se torne um pouco cansativo, no mais, continua maravilhoso.
Gong Ju, interpretada por Chun Woo Hee, conseguiu passar o sofrimento mais do que sufocante do dia-a-dia de uma jovem que além de conviver com o peso da auto depreciação, precisa se esquivar dos problemas acerca de uma família desestruturada, machismo, perseguição, conflito emocional, etc.
Os personagens coadjuvantes, como o ex-professor e a mãe dele (os quais deram guarita a Gong Ju), a melhor amiga Gong Ju, entre outros, fazem você parar para pensar: Temos dois caminhos para seguir, e quase sempre escolhemos os mais difíceis.
Temo dizer que os minutos finais são os mais belos. A trama, juntamente com a trilha sonora, conseguiu tornar o desfecho não apenas impactante como também emocionante.
Dirigido, produzido e escrito por Lee Su Jin, Han Gong Ju é um filme dramático indescritivelmente fascinante.
Só assistindo para entender.