Categorias

Reviews de Séries

Reviews de Séries

Review: How to Get Away with Murder 1×14/15 – Season Finale

Depois de uma semana repleta de chamadas em vídeos extremamente intrigantes para a season finale de How to Get Away with Murder, cujo episódio seria duplo e de quase duas horas de duração, eu estava praticamente subindo pelas paredes para saber o que viria a seguir. E devo adiantar: superou as expectativas.

Contém spoilers fortes!

Na primeira parte, intitulada de The Night Lila Died, vemos pequenos trechos de flashbacks da noite em que Lila foi assassinada misteriosamente, enquanto (graças a Deus!) Annalise retoma ao seu verdadeiro eu, entrando no tribunal para assumir o caso de um padre acusado de um assassinato. Os desafios para a defesa do réu estão bem grandes, uma vez que, este tendo feito seus votos para com a Igreja, não pode fugir de alguns princípios e utilizar a mentira ou a omissão como seus artifícios, e que, coincidentemente, são os preferidos da professora Keating.

Ao mesmo tempo, a dúvida sobre a veracidade das informações que Rebecca contou para o Keating Four (é injusto eu dizer que me sinto imensamente bem ao excluir o Asher?) é posta em xeque, já que existem divergências entre o que eles sabem, o que foi contado à polícia, e o que as evidências apontam. Wes se sente mais confuso que nunca, tendo em vista que seus sentimentos pela garota são fortíssimos, capazes de interferirem em tudo o que ele faz.

Neste episódio, conhecemos também um personagem que era onipresente até então, Rudy Walters, o morador do apartamento de Wes que se mudou há algum tempo, para ser diretamente internado em um hospital psiquiátrico após uma overdose. O fato de fecharem este ponto aberto no piloto e sustentado nos outros episódios, foi um fato bastante interessante em toda a construção do enredo de How to Get Away with Murder, que te surpreende a cada segundo, e que provou não estar aí para jogar histórias paralelas sem explicação ou sentido algum, como acontece em Pretty Little Liars por exemplo, onde inúmeras histórias paralelas são jogadas e jamais são concluídas. É como se os roteiristas já estivessem enrolados em seus próprios fatos. Deixo aqui então, meus parabéns para os escritores que souberam como concluir até mesmo algo que pensávamos não ser tão importante assim para a finalização.

Com um final digno de te deixar roendo as unhas, a primeira parte se encerra com uma ação drástica sobre Rebecca, o que mostra cada vez mais que os estudantes estão permanentemente danificados e confusos, após o assassinato de Sam Keating ter sido posto nas costas de um detetive inocente, Nate Lahey, que agora sofre nas mãos dos outros detentos.

Se eu cheguei a cochilar em algum ponto da primeira parte, na segunda, posso garantir que mal respirei. It’s All My Fault, é chocante! Um pequeno tribunal é formado no escritório de Annalise, para que cada um dos estudantes possam mostrar provas concretas de que Rebecca é culpada, na verdade. Nenhum deles obtém sucesso, o que gera uma ira digna de premiação por parte da professora.

Enquanto isso, vemos pequenos fragmentos das horas que antecederam o assassinato de Lila. Ficamos em dúvida sobre a culpa de Sam nisso tudo, já que Rebecca está novamente com índole duvidosa, e devidamente amarrada pelos estudantes. Isso mesmo, amarrada. Engraçado ver a que ponto uma pessoa pode chegar pelo sentimento de culpa e justiça. A humanidade que este episódio exala é inigualável. E claro, mais uma vez, estou aqui aplaudindo a exclusão de Asher, foi como ver um sonho sendo realizado. Vocês não entendem como eu odeio esse personagem.

Como o julgamento não dá certo, Annie aposta todas as suas fichas em Wes, que deve conversar com Rebecca e ver o que ela tem a dizer. O garoto imaturo, apaixonado, trouxa e emocionalmente danificado, tenta tirar seu corpo do fato, e então é a gota d’água para a advogada de defesa, que fica irada e o manda virar um homem. Meus aplausos mais uma vez, para Anna Mae, que se mostrou para que veio e claro, deixou o Wes menos bobão, porque sinceramente, estava complicado aguentá-lo. Destaque também para a atuação inigualável de Viola fucking Davis.

O final então, gente, o final! O que foi aquilo? Eu confesso que todas as minhas teorias estavam erradas, e que tudo tomou um sentido tão coerente que me deixou boquiaberto com a perfeição do roteiro. Vemos quem realmente matou Lila, e posso dizer que, você não está preparado. Além disso temos a explicação sobre a inocência de Rebecca e Sam, agora, além de finado, inocente. INSANO, define o que foram os minutos finais. Não sei como aguentarei até setembro.

season finale sanou uma série de dúvidas mas também implantou mais um monte delas em nossa cabeça. Agora há spoilers monstruosos sobre o episódio, então se você ainda não viu, mas leu a review até aqui porque é curioso, pare agora mesmo ou estarei estragando tudo. Enfim, algumas perguntas que estão me aterrorizando:

– Quem matou Rebecca? Vemos a garota morta nos últimos dez segundos e um pequeno diálogo entre Frank e Annalise, onde um pensava que era o outro que havia cometido o assassinato, quando na verdade, ambos estavam errados. O fato nos chocou e ainda implantou essa dúvida monstruosa que só saberemos a resposta daqui seis meses. Aposto no Wes ou na Michaela.

– O que é “Eggs 911”? Rebecca mandou uma mensagem com este conteúdo para alguém, enquanto era mantida em cativeiro pelos estudantes. O que isso significa?

– O que Frank devia a Sam? Sabemos que Lila foi morta por Frank a pedido de Sam, que fez uma ligação ao sócio de Annie, dizendo que ele devia algo e deveria pagá-lo. O que era esse saldo devedor?

– Annalise sabe que Frank matou Lila? Tudo me leva a crer que não, mas em se tratando de Annalise Keating, podemos esperar tudo.

– Bonnie sabe que Frank matou Lila? Bonnie diz a Asher que Frank não contaria sobre sua relação a Annalise, uma vez que ela sabe coisas muito piores sobre o amigo. O que seriam essas coisas? Só mais alguns affairs com alunas ou algo realmente mais forte como os assassinatos?

– O que Frank é? Sério, ele é advogado, como Bonnie? Guarda costas de Annalise? O que Frank realmente é? Isso é uma das perguntas que está me deixando mais intrigado no momento.

– O que acontecerá com Bonnie e Asher? Vão assumir o namoro? Continuar na mesma? Como todos irão reagir?

– Asher vai descobrir que seus amigos são assassinos? Eu espero que não, e ainda espero que o matem.

– Por que a promotora resolveu interrogar Asher sobre Annalise? Com cinco estudantes mais próximos dela, porque justamente o senhor Millstone foi o escolhido?

– Quem é o advogado para quem Nate ligou? Annalise indicou um advogado para o caso de Nate, quem é ele? Um amigo dela tão bom quanto?

– Qual será o futuro de Nate? Conseguirá sair da prisão? Reatará o relacionamento com Annie?

– Michaela ficará contra Laurel? Laurel escondeu o anel da colega durante esse tempo todo em que ela pensava tê-lo perdido na floresta no dia do assassinato de Sam. Como ela reagirá diante disso?

– O que Annalise é de Wes? Mãe? Sério, aquele relacionamento não é só professora e aluno. Tem algo a mais acontecendo aí. Aposto que Wes é filho de Annalise. Poderia apostar inclusive, que ele é filho dela com seu tio, que a estuprou na adolescência.

– Se Annie não é mãe de Wes, então o que realmente aconteceu com a sua mãe? Só sabermos que ela morreu não é o suficiente. Tem coisa escondida.

– Quem passou AIDS para Oliver? Será que o namorado de Connor não é tão santinho quanto parece?

Para essas e outras respostas, teremos que esperar até setembro, quando a série estreará sua segunda temporada. Enquanto isso, nos resta tentar sobreviver e rever os episódios antigos atrás de pistas.

Reviews de Séries

Review: How to Get Away with Murder 1×13 – Mama’s Here Now

Mama’s Here Now, considerado o penúltimo episódio da primeira temporada já que amanhã sairão os dois últimos de uma só vez, foi um capítulo emocionalmente pesado e frágil, mostrando uma Annalise Keating totalmente introspectiva, diferente da que estamos acostumados a ver berrando a plenos pulmões nos tribunais e deixando todos sem palavras.

Ophelia, mãe de Annalise, chega à cidade após uma ligação desesperada da filha no episódio anterior, causando impacto em Bonnie e Frank, que não sabiam da surpresa. Don’t you know a VIP when you see one?

Diferente de todos ao seu redor, Ophelia não acha a filha extraordinária, o que nos serviu de gancho para mostrar todas as fragilidades que o passado de uma professora de direito penal esconde, causadas por traumas da infância pobre e sofrida. A Mama não dá brechas, porque, segundo ela, havia alertado Annalise sobre tudo isso. Annalise, que insiste em chamar de Anna Mae, seu nome de batismo.

Enquanto isso, há um novo caso para Bonnie, Frank e os estudantes defenderem: uma enfermeira acusada de estuprar um de seus pacientes. Como não há Keating para arrasar nos tribunais, é a vez de Bonnie provar porque possui tanta estima por parte de sua chefe. E, no que parecia um caso perdido, a moça consegue virar o jogo e se mostrar como uma digna sócia da melhor advogada criminal do país.

Além disso, a prisão de Nate Lahey, inocente pelo assassinato de Sam Keating, faz Laurel, Michaella, Wes e Connor se sentirem cada vez mais corroídos pela culpa de mandar um inocente para a cadeia, beirando a paranoia, acrescida à preocupação constante de Wes com sua namorada Rebecca, que parece estar omitindo mais coisas desta vez.

Confesso que não gosto do que Wes está se tornando. O que, ao mesmo tempo, parece ser um protagonista forte, é totalmente corruptível e vulnerável pelo amor que sente por Rebecca. E ainda não estou convencido por ela. Muito misteriosa, leva a maioria dos acontecimentos na brincadeira, acontecimentos estes que podem definir seu futuro. Veremos como será o desenrolar do casal nos próximos episódios – e na próxima temporada, que já foi confirmada por Viola!

A atuação de Cicely Tyson como Ophelia foi incrivelmente brilhante e nos faz pensar que não poderia ter havido atriz melhor para contracenar com Viola Davis, que dispensa quaisquer comentários sobre sua atuação realista e comovente. Outro destaque deste episódio vai para Liza Weil – a Bonnie! – cuja atuação empatou com a de Viola quando sua personagem se provou uma fiel escudeira de Annalise perante os jurados, mesmo após cometer deslizes significativos para o andamento do caso.

Mama’s Here Now apresentou um ligeiro aumento na audiência, como vem acontecendo quase toda semana, e nos deixou uma aura misteriosa para o fim, quando Annalise visita Nate, e planta a semente da discórdia em nossos pensamentos: afinal, ela vai defendê-lo ou não? O que o casal esconde além dos beijos trocados em segredo?

Reviews de Séries

Review: The Casual Vacancy 1×01 – Episode 1

Contém spoilers e comparações com a obra homônima de J.K. Rowling. Leia, ciente disso, por sua conta e risco.

The Casual Vacancy é a adaptação do livro Morte Súbita da autora J.K. Rowling (Harry Potter), que foi formatado em minissérie com três episódios, roteirizados por Sarah Phelps. Desde que foi anunciada, os fãs nutrem grandes esperanças e expectativas sobre o que o livro se tornaria ao ser adaptado para a televisão, já que, como todos sabemos, seria uma maneira de manter sua fidelidade ao máximo possível, mesmo que em três episódios. Mas após assistir a esse primeiro episódio, eu me pergunto, será que conseguirão manter a essência do livro? Será que conseguirão manter a história cativante que Rowling criou ao menos em sua forma mais superficial? Depois dos rumores de que a produtora mudou o final por ser muito triste para a televisão, eu acredito que não. Mas veremos.

Este primeiro capítulo se inicia de uma maneira um tanto vaga e introdutória, até então, tudo certo. Conhecemos Barry Fairbrother, o personagem principal, e vemos o quão grande é sua relação com a população de Pagford. Barry é bastante engajado, conhece muita gente e, inclusive, exerce influência na vida dessas pessoas. O típico político do bem, que nos é apresentado de maneira tão demorada no decorrer do livro, mas que é entregue de maneira tão fácil na primeira metade do episódio. Gostaria de fazer uma pequena ressalva à cena em que Barry está escovando os dentes e, de repente, vemos um efeito em que seu espelho trinca, e ele cai de maneira teatral no chão. Não gostei disso, achei falso, excessivamente teatral. Entendo que era pra ser um efeito de confusão, algo perturbador, mas simplesmente não deu certo pra mim.

Após essa pequena introdução, voltei a me perguntar, será que era realmente necessária? Foram 25 minutos de cenas conjugadas, que são apresentadas no livro aos poucos. Com tanto tempo perdido, fica complicado manter a fidelidade à obra, certo? Todas essas informações a respeito do Barry, poderiam muito bem ser dosadas em flashbacks no decorrer dos três episódios. Muito mais atraente de se assistir.

A ambientação do seriado, neste princípio, ficou magnífica, ao menos Pagford. Conseguiram mostrar com fidelidade o que Rowling descreveu em sua obra, mas receio não poder dizer o mesmo sobre Fields, cuja ambientação me pareceu mais arrumada e, se a palavra me permite, limpa, que o normal. Tudo muito certinho, isso no núcleo externo, já que internamente – Casa da Terri – , está tudo como é apresentado pela autora no sentido mais primitivo e sujo possível. Não há ressalvas para se fazer, nem algo a comentar. Perfeito.

Inclusive, a frase adicionada à porta de Robbie, provavelmente por Krystal, Don’t even fuckin’ try!! (Nem pense em tentar!!), contribuiu ainda mais para o ambiente que queríamos ver bem adaptado, uma ótima sacada dos produtores, o que também reforça nossa percepção de que a garota se preocupa com o irmão de uma maneira incondicional, mais que a própria mãe.

Um outro ambiente que não me agradou muito, foi o esconderijo do Arf e do Bola. Substituíram a caverna do rio por um casebre de madeira no campo, o que, nem de longe, contribuiu para a percepção inicial do objetivo da “base” deles: ficarem escondidos de tudo e todos.

Falado sobre a ambientação, vamos analisar o novo enredo conjugado com a atuação do elenco, e suas capacidades de darem vida aos personagens a que nos apegamos tanto:

– Terri, interpretada pela Keeley Forsyth: Mal tenho palavras para descrever a atuação de Keeley. Esplêndida, conseguiu passar exatamente a essência da mãe de Krystal e Robbie. Simplesmente magnífica, o que inclui também sua caracterização.

– Sukhvinder e Parminder, interpretadas por Ria ChoonyLolita Chakrabarti: Ria me pareceu uma ótima escolha para Sukhvinder, dizendo fisicamente, já que ela não teve uma fala sequer neste episódio. Espero, realmente, que não cortem suas cenas, que são importantíssimas para a mensagem final do livro. Com relação a Lolita, só tenho a dizer o quanto gostei, de sua caracterização, atuação e do que ela acrescentou à Parminder que conhecemos. Concordaram em gênero, número e grau com o que eu havia imaginado.

– Paul e Andrew, interpretados por Sonny Ashbourne Serkis e Joe Hurst: Sonny interpretou Paul com uma maestria de ator veterano. Pena não poder dizer o mesmo de Joe, que deu vida a um Andrew sem sal, semimorto e distante daquele dos livros. O ator parecia não expressar emoções, falando de maneira monótona, atuando como se tivesse má vontade. Não me conquistou como Andrew, o que me decepcionou bastante, porque era o meu personagem preferido nos livros.

– Julia e Aubrey, interpretados por Emilia FoxJulian Wadham: Uma grande interrogação no enredo. Mal tiveram espaço, em uma cena totalmente dispensável, não conquistaram a minha atenção, o que se deve à falta de atenção no quesito de quem são eles? Alguém que assista à minissérie sem ler o livro, provavelmente desistiria com uma grande sensação de falta de explicação. Espero que isso seja explicado melhor nos próximos capítulos.

– Simon e Ruth, interpretados por Richard GloverMarie Critchley: Richard conseguiu captar a essência do personagem. Apesar de sua caracterização não ser das melhores, o ator conseguiu nos cativar interpretando um Simon extremamente fiel ao do livro. Perturbador, impaciente, agressor, rancoroso (principalmente na cena em que vai reconhecer o corpo de Barry no hospital). Super bem retratado. Já Marie, não teve muito espaço na série, e possuiu uma caracterização extremamente falha, também. No entanto, passa a impressão de que seremos surpreendidos ainda, espero não estar errado e ficar muito surpreso com a Ruth na minissérie, também.

De resto, as atuações e caracterizações estavam extremamente boas, a produção da série está de parabéns. Barry e Mary, retratados com grande fidelidade, assim como Miles e Samantha – que convenhamos, é uma personagem magnífica nos livros, que foi transportada para a televisão da mesma maneira, sem nenhuma perda.

A cena da morte de Barry, com a qual o livro se inicia, foi mostrada com os mesmos sentimentos, repetindo o tal efeito do espelho se quebrando, que já comentei no início da review, com a única diferença de que, nesta parte, podemos sentir a aflição que Fairbrother estava possivelmente sentindo. Uma das melhores cenas, que só perde para a introdução de Krystal, que chega na escola atraindo a atenção de tudo e todos, causando. Uma atriz bem caracterizada, com uma atuação impecável e que conseguiu transmitir com exatidão a personagem de Joanne. Fiquei um tanto impressionado, inclusive, porque é raro ver algo assim.

Apesar das ressalvas, o primeiro episódio ficou com uma boa qualidade de adaptação para quem leu o livro, acredito que dificilmente cativará alguém de fora, como era a intenção dos produtores. Espero que continue dessa maneira e que não siga a linha de mistério de Pretty Little Liars ou Gossip Girl à qual somos introduzidos na cena final, onde o suposto fantasma de Barry Fairbrother é alguém que está assistindo o povo de Pagford, e está a par de todos os segredos.

Reviews de Séries

Review: How to Get Away with Murder 1×12 – She's a Murderer

Registrando um aumento em sua audiência, HGAWM cria uma constante em seus episódios, algo que estava faltando entre os dois últimos. O número de telespectadores diminuíra no episódio 11, mas graças a uma Annalise psicodélica e uma irmã sem escrúpulos (isso também serve para a professora) a audiência de How to Get Away with Murder ganhou uma rampa e, no que se refere ao último episódio, a série subirá essa rampa rumo ao seu maior público.

O 1×12 é um marco na história. Wes mostra que é bem mais racional do que já provara enquanto os demais alunos de Keating caem em um abismo de puro descontrole e paranoia. Com a chegada da irmã de Sam, a tensão vai ao nível máximo, a mulher sabe provocar, sabe atingir o ponto fraco de cada um. O nome do ep. diz tudo: “she’s a murderer”, gritara para Annalise, “she killed my brother” cuspira sem nenhuma cerimônia. É a partir daí que todo o capítulo se desenrola. Keating, a professora, tentando provar sua inocência que, para muitos (a maioria), é duvidosa e Wes tentando conciliar os amigos. How to Get Away with Murder consegue satisfazer com esses dois focos, mas a série é anormal, precisa fazer mais.

Em um terceiro momento a advogada vai em busca dos clientes que estão saindo de fininho de sua agenda. Annalise consegue segurar um dos desistentes de seus serviços e cria o apogeu do episódio. Enquanto procura a chave para sua salvação sem ir aos tribunais, mais uma batalha é travada. Defendendo a máfia, a professora corre contra a promotoria em uma competição aparentemente sem vantagem, tudo está perdido na segunda metade do 1×12, tudo aparenta estar perdido.

A qualidade da produção mantém seu perfil gradativo. A cada novo episódio somos surpreendidos por acréscimos mais que válidos à fotografia e aos cenários. How to get away with murder transformou-se em um labirinto de histórias, quando pensamos que tudo está em seu fim, “Expelliarmus”, eis mais um problema a ser debatido por personagens e telespectadores, é incrível como tudo rende sem obstáculos, é uma teia feita sem furos, sem nós que precisem ser reatados futuramente. A escrita de Erika Harrison não tem apogeu, pois ela é linear, não verticalizada, é algo fantástico, não encontra-se um pico pois a constante de “bom conteúdo” mantém-se a cada novo episódio. A direção de Bill D’Elia nem se fala. Escrita e ação correm juntas, e que bela maratona.

Agora falemos do elenco (um dos melhores 2014/2015). Katie Findlay (Rebecca) mantém a versão “sou apática aos acontecimentos” e o faz medianamente. Alfred Enoch (Wes) é com toda certeza a revelação, o jovem deixara Harry Potter em grande estilo e mostra que é bem mais que o coadjuvante Dino, ele é protagonista e assemelha-se a qualquer Daniel ou Rupert. Viola Davis (Annalise) chega ao topo de sua interpretação neste episódio, suas reações frente às verdades ouvidas e as mentiras ditas chegam a ser um incômodo para atores de séries diversas, a mulher é literalmente avassaladora. Rendo-me também a Aja Naomi (Michaela) que também alcança sua melhor face no 1×12, ela e Jack Falahee (Connor), a paranoia generalizada é marca dos dois. O único incômodo do elenco é Karla Souza (Laurel), desde o primeiro episódio ela é a pedra no sapato de “How to Get Away with Murder”, digamos que Karla é a Kristen Stewart da série, sem diferentes rostos, criou um perfil e neste ela se mantém, mesmo quando é preciso um sorriso, uma entonação a mais na voz. O mundo está vendo isso, alguém mate Laurel e nos poupe de tanta lerdeza.

How to Get Away with Murder conta os dias para sua season finale, a renovação é praticamente certa e com este episódio fica ainda mais firme a 2ª temporada da série. As pontas soltas serão amarradas no 1×13 e com toda certeza outras serão colocadas a exposição, é de HGAWM o costume de criar situações-problema sem receio e isso só torna a série ainda mais bem elaborada.

Reviews de Séries

Review: The Big Bang Theory 8×14 – The Troll Manifestation

A série volta com tudo. No 13º episódio da oitava temporada até o pior e mal humorado telespectador teve ataques de risos. Sheldon tentou provar sua teoria científica e Raj foi perturbado por Howard e Leonard por conta de seu amor excessivo pela cadela. The Big Bang Theory deixa o estilo que adotara nos últimos episódios (mais precisamente entre o 8º e o 12º) para trás. Tudo estava trágico e triste demais para uma série de comédia. Agora Sheldon recupera seu egocentrismo e Penny volta a ser superficial (no melhor sentido). A conclusão do episódio foi o impulso para assistir o 14º.

No episódio 14 a descoberta feita por Leonard e Sheldon no anterior rende perfeitamente. Os 20 minutos foram bem distribuídos e caberia até mais. No capítulo outro foco é criado. Temos Bernadette, Amy e Penny retirando suas produções do fundo do baú. Bernadette com seu vídeo, Amy com uma fanfic ao estilo “Cinquenta Tons de Cinza” e Penny com o filme que já ouvimos falar bastante no decorrer da série.

Para você  que apresenta uma paixão imensa por séries e do mesmo modo adora literatura, verá, na reação de Penny e Bernadette enquanto leem a fanfic de Amy, seu reflexo. A atuação de Kaley e Melissa traduz o sentimento de todo leitor no momento de uma morte ou de uma revelação, e é claro, a fic de Amy é um dos pontos fortes do episódio.

No quarteto masculino o enredo também não falha. Um certo “Sr.” Anônimo deixa Leonard e companhia nervosos. Graças ao artigo publicado por Sheldon diversas críticas surgem na internet e uma delas tem teor negativo e isso só poderia resultar em um Shelly mais que paranoico. O resultado final deste episódio é mais provocativo que o do 13º. Descobrimos quem enviara as mensagens ofensivas aos donos do artigo e podemos desfrutar de uma Amy escritora junto a uma Bernadette modelo. The Big Bang Theory retorna ao seu padrão de qualidade da melhor forma possível.

Reviews de Séries

Review: How to Get Away with Murder 1×11 – Best Christmas Ever

Já era de se esperar, graças ao que vem apresentando, que How to Get Away With Murder não persistiria com a linha “Assassinato de Sam”. Para não tornar a série batida, episódio após episódio nos é oferecido um novo caso, no 11º uma verdadeira “História Americana” é adicionada à trama. Tudo começa quando uma mulher, que na visão de Annalise nada mais era do que uma bisbilhoteira, decide convocar a advogada em sua defesa. Jackie, que pousara no escritório de Keating como quem aparata, coloca algumas de suas cartas na mesa, relata os crimes do marido e confia na situação para conseguir um apoio no tribunal. Como ocorrera no caso de Rebecca, a professora assume tudo às cegas.

O episódio é dividido em quatro polos. O primeiro é a chegada da irmã de Sam que busca de todas as formas obter a verdade no que se refere ao professor de Middleton. O segundo foca o drama dos aspirantes a advogados que vivem o famoso drama pós-assassinato. Neste caso quem ganha certo destaque é Wes com seus pesadelos constantes. Graças a flashbacks podemos observar a tensão que permeia os estudantes. O terceiro polo é destinado ao crime já citado, onde Jackie, a mulher que pedira asilo a Annalise, oferece diversas faces. O quarto e último tópico a ser debatido no episódio é o pendulo entre “revelação” e “desaparecimento”. Sam nos dá o ar de sua graça mesmo estando morto, queimado, dilacerado e com seus braços e pernas jogados em uma lixeira qualquer. O telespectador sofre com as três situações anteriores a essa, teme o que está por vir.

Por ser a revelação de 2014, How to get Away with Murder promete sacudir o primeiro semestre, mesmo com a chegada das novas temporadas de Bates Motel e Game of Thrones, a série deve figurar como uma das maiores audiências dos EUA. O episódio 11 mantém a linha, não tão revelador quanto os episódios entre o 8º e o 10º, mas com qualidade idêntica. HGAWM não se perde no labirinto das séries de seu estilo, hoje é referência.

Reviews de Séries

Review: How to Get Away with Murder 1×01 – Pilot (Series Premiere)

Michaela, Wes, Laurel, Asher e Patrick são ambiciosos calouros de Direito da prestigiada academia Middleton University, onde apenas os melhores alunos podem participar de casos reais. Eles competem entre si para conseguir a atenção da carismática e sedutora Professora Annalise Keating (Viola Davis), na aula de Direito Criminal 1, também conhecida como “Como Se Livrar de Um Assassinato”.

Vi o trailer dessa série no trabalho e no mesmo tempo senti aquela vontade imensa de largar tudo e assistir. Calouros em uma faculdade de direito, mistério e assassinatos… Poderia ser melhor? Provavelmente só se a Alex Vause estivesse no meio.

Logo de início, vemos o auditório da faculdade enchendo, em meio a flashbacks confusos de um determinado grupo de alunos, aparentemente tentando sumir com um corpo. Wes é o garoto comum, que conseguiu uma bolsa em uma das melhores faculdades do país, onde todos parecem ser incrivelmente ótimos, e ele, só mais um número.

A primeira aula é a de Direito Criminal 1, ministrada pela professora Annalise Keating, que ao entrar na sala, exala uma aura de sofisticação, deixando todos quietos e boquiabertos. A primeira coisa que ela diz é que não é como os outros professores, isto é, não é do tipo que passa livros e leis para serem decorados, mas sim, mostra tudo na prática e por isso, prefere chamar sua aula de Como se livrar de um assassinato.

Viola Davis é uma atriz e tanto! No papel de Annalise, acredito que não poderiam ter colocado ninguém melhor. Ela sabe dar um ar de, e aqui parafraseio o neologismo de Renata Ventura, fodacidade a tudo o que está presente.

Os flashbacks, sinceramente, só servem para nos confundir. O episódio é feito para ser assistido pelo menos umas três vezes e então, ser digerido. Além do vocabulário próprio do direito, as cenas no tribunal apresentam argumentos tão complexos e concretos, que é difícil acompanhar tudo (e entender de primeira).

A série também nos mostra, o quão longe uma pessoa pode ir para conseguir provas. Annalise, leva o próprio amante para depor ao seu favor em um de seus casos e Connor chega a fazer sexo com um desconhecido para conseguir a cópia de um e-mail, o que posteriormente, rende muitos pontos a ele na aula de Keating.

Apesar da confusão no episódio piloto, o que pode ser um ponto negativo, a série conseguiu me prender muito, e me deixar ansioso por saber o que acontece a seguir. Acredito que toda essa mistura de passado e presente foram propositais, já que o final, é inexplicável.

Portanto, se você, assim como eu, tem uma queda/abismo por áreas do direito criminal, How to get away with murder é a escolha perfeita.