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Resenha: Divergente, Veronica Roth

Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

Lembro de quando estava na livraria do shopping, há algum tempo, e vi este livro na prateleira, em inglês, o único da loja e bem velho, inclusive, mas comprei assim mesmo e li em alguns dias, a história era fascinante. Um tempo depois, anunciaram que fariam um filme, e eu claro, gostei, apesar do receio. Tenho um carinho especial por essa trilogia, porque foi uma das únicas que eu descobri e acompanhei desde o comecinho, quando não existiam páginas sobre, fã clubes ou nada assim.

O livro distópico conta a história de uma Chicago futurista, onde toda a população está dividida em cinco facções: a Audácia, a Abnegação, a Franqueza, a Amizade e a Erudição. Existem também, aqueles que são sem facção, os invisíveis do sistema.

Há décadas nossos antepassados perceberam que a culpa por um mundo em guerra não poderia ser atribuída à ideologia política, à crença religiosa, à raça ou ao nacionalismo. Eles concluíram, no entanto, que a culpa estava na personalidade humana, na inclinação humana para o mal, seja qual for sua forma. Dividiram-se em facções que procuravam erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo.

Se você pertence a uma facção, você deve seguir uma regra: facção antes de sangue. Você nasce na mesma facção que seus pais, e quando atinge dezesseis anos, você faz um teste de aptidão, que revela qual lugar é o melhor para você, no entanto, você não precisa necessariamente seguir o resultado do teste, já que são secretos.

O livro conta a história de Beatrice Prior, nascida na Abnegação, assim como seu irmão, Caleb. Chegou a época de ambos fazerem o teste de aptidão, e ela ainda não sabe onde pertence e espera que o teste mostre algum resultado que possa ajudá-la.

Escolher a Abnegação exigiria uma grande demonstração de altruísmo da minha parte, e escolher a Audácia exigiria uma grande demonstração de coragem, e talvez apenas a escolha entre uma das duas facções já seja uma comprovação de onde eu pertenço. Amanhã, essas duas qualidades se enfrentarão dentro de mim, e apenas uma poderá vencer.

O teste de aptidão consiste em uma simulação com várias situações, porém, quando Beatrice faz o teste, este mostra resultados inconclusivos, ou seja, a garota tem mais de uma aptidão. Ela é o que eles chamam de Divergente, não pode ser controlada, e por isso, deve ser exterminada.

Meu coração bate tão forte que o peito dói, e não consigo gritar ou respirar, mas ao mesmo tempo sinto tudo, cada veia e cada fibra, cada osso e cada nervo, todos vivos e alertas em meu corpo, como se tivessem recebido uma carga elétrica. Eu sou pura adrenalina.

É nesse momento que começam os clímax múltiplos que a narrativa de Roth possui, com uma aventura diferente e inesperada a cada página virada, que vai se afunilando conforme o livro vai chegando ao fim, e deixa o leitor arrancando os cabelos para ter a continuação da história de Tris em sua nova facção, e a dúvida iminente que nos acompanha em cada capítulo, será que Tris vai sobreviver?

Os olhos do meu pai queimam os meus com uma expressão e acusação. A princípio, ao sentir um calor atras dos meus olhos penso que ele descobriu uma maneira de atear fogo em mim, de me punir pelo que fiz, mas não. A verdade é que estou quase chorando.

É de longe, minha saga preferida, não só pelos motivos que eu falei lá em cima, mas também pela complexidade de fatos que a autora conseguiu desencadear e explicar sem deixar nada a desejar. Só espero que o filme siga os mesmos padrões de Jogos Vorazes no quesito fidelidade ao enredo, porque uma saga como esta tem tudo para ser um grande sucesso de bilheteria, assim como os livros foram sucesso de venda.

A edição em português dele, que eu tive a oportunidade de ver, é totalmente linda, com uma qualidade incomparável na capa, que dá vontade de segurar o livro e nunca mais soltar, capaz de despertar emoções indecifráveis. Está na minha lista de releitura neste natal, e recomendo a todos que tiverem a oportunidade de comprar, é uma história muito boa.

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Resenha: Julieta Imortal, Stacey Lay

Julieta Capuleto não tirou a própria vida. Ela foi assassinada pela pessoa em quem mais confiava, seu marido, Romeu Montecchio, que fez o sacrifício para assegurar sua imortalidade. Mas Romeu não imaginou que Julieta também teria vida eterna e se tornaria uma agente dos Embaixadores da Luz. Por setecentos anos, Julieta lutou para preservar o amor e as vidas de inocentes, enquanto Romeu tinha por fim destruir o coração humano. Mas agora que Julieta encontrou seu amor proibido, Romeu fará tudo que estiver ao seu alcance para destruir a felicidade dela. Segredos, mistérios e surpresas envolvem este poderoso romance em que o casal mais famoso da literatura mundial tem a chance de contar sua verdadeira história.

Não lembro-me muito bem como foi a compra do livro, mas sei o que me atraiu nele. O que me chamou atenção em Julieta Imortal, de Stacey Jay, foi a capa. O fato de estar escrito Julieta Imortal já fez eu ir até ele e quando li o subtítulo fiquei ainda mais ansiosa para lê-lo: “A maior história de amor de todos os tempos é uma farsa”. Sem citar o fato que ao ver que a editora era a Novo Conceito, tive que comprá-lo imediatamente. Eu nunca havia ouvido falar sobre uma história assim, onde a relação de Romeu e Julieta não é aquela romântica que nos tira o fôlego.

O livro conta uma versão totalmente diferente da que vemos em Romeu e Julieta de William Shakespeare. Julieta não tirou a sua vida por não poder viver mais sem o amado, ela fora assassinada por ele. Já que se ele matasse-a, teria a sua imortalidade garantida. É, se você gosta muito da história original e do romance que os dois nutrem, essa história mostra um lado muito sombrio do nosso Romeu. O que ele não esperava era que ela se tornasse imortal, assim como ele, e juntasse-se aos Embaixadores da Luz. Então ela tem a missão de preservar e proteger as vidas dos inocentes amantes, enquanto ele tenta destruir o coração humano.

Ela lutará pela luz, e ele pela escuridão. Lutando por séculos pela doce centelha do amor. Sempre que duas almas se amarem de verdade, vocês os encontrarão, a corajosa Julieta, e Romeu, o desertor.

Julieta então encontra o seu amor “proibido” e Romeu, como sempre, vem para destruir a sua felicidade, fazendo tudo que estiver ao seu alcance. O desenvolver da história é bem interessante, temos ação, romance, amizade, drama e até um certo “terror”. Eu gostei muito de como a autora desenvolveu o romance de Julieta, que está no corpo de Ariel, e Ben. Mas ela surpreende-se ao saber que a melhor amiga da dona do seu corpo e o seu amado, são almas gêmeas e ela deve juntá-los, assim como protegê-los.

Quando comecei a ler, tive uma certa dificuldade em entender todo esse universo que o livro aborda. Os embaixadores da luz e os mercenários imortais. Eu não sei se apenas eu penso isso, mas acho que a autora deveria ter explorado mais isso, mostrando para nós a história mais explicada deles. Dessa parte do universo que Julieta entrou. Mas além disso é um romance muito bom. Como sempre digo: sou uma fanática por romances. E para quem gosta desse gênero e guarda todos os pequenos detalhes em sua mente, é uma ótima leitura!

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Resenha: Quem é você, Alasca?, John Green

Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao “Grande Talvez”.

CONTÉM SPOILERS!

Quem é você, Alasca?, conta a história de Miles Halter, que é transferido para o ex-colégio interno de seu pai, Culver Creek, é fissurado por biografias e últimas palavras, introvertido e não tem muitos amigos. Miles está em busca do Grande Talvez, isto é, uma grande reviravolta que pode mudar totalmente sua vida, segundo o poeta François Rabelais.

Saio em busca de um Grande Talvez. François Rabelais

Ao chegar no colégio interno, Miles conhece seu colega de quarto Chip Martin, o Coronel, que logo o apelida ironicamente de Gordo, Takumi, o fiel escudeiro de Coronel, viciado em investigações e Alasca Young, uma garota inteligente, um tanto quanto maluca e que adora livros e que está em busca da resposta das últimas palavras de Símon Bolívar, como sairei deste labirinto?

Ótimo. E não me chame de Chip, é Coronel.”
Eu segurei uma risada. “Coronel?”
“É. Coronel. E seu apelido vai ser… hmm… Gordo.”
“Como?”
“Gordo”, o Coronel disse. “Porque você é magricela. Isso se chama ironia, Gordo. Já ouviu falar? Agora vamos arranjar uns cigarros para não começar o ano com o pé direito.”

Cativante e sedutora, Alasca se torna uma amiga bem próxima de Gordo, que se apaixona por ela, e consegue prender o leitor cada vez mais nas páginas do livro, deixando-o ansioso para passar de página e descobrir o significado da estranha contagem de dias nos títulos de cada capítulo.

Vocês fumam para saborear. Eu fumo para morrer.  Alasca Young

Conforme a história se desenrola, as personagens adquirem novos interesses amorosos, crescem mentalmente e seus laços se estreitam cada vez mais, e apesar da grande tragédia que nos aguarda no final, o livro tem um desfecho magnífico e passa uma mensagem extremamente profunda sobre o poder do amor e da amizade.

Se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela, um furacão.

John Green nos mostra nas páginas desta história, as mudanças que as pessoas podem exercer na vida de outras e os laços que podem se formar provindos de uma amizade verdadeira e duradoura, mesmo que tenha começado há pouco tempo. Todos deveriam ler para se apaixonarem perdidamente por Alasca e seus atos feitos sem pensar, que podem mudar sua maneira de pensar e observar o mundo.

Quando os adultos dizem: “Os adolescentes se acham invencíveis”, com aquele sorriso malicioso e idiota estampado na cara, eles não sabem quanto estão certos. Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos. Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Não nascemos, nem morremos. Como toda energia, nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação. Os adultos se esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de perder e de fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar.

Sou um tanto quanto suspeito para dar opiniões sobre os livros de Green, já que eu leria até sua lista de compras, mas este é de longe um dos meus preferidos. É uma história linda e muito boa de ser lida, aquelas do tipo que você não sente o tempo passar e quando termina, fica pensando como sua vida vai continuar a partir de agora. Vale muito a pena ler o livro, e além disso, passar a aplicar suas lições na vida real.

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Resenha: Um Homem de Sorte, Nicholas Sparks

“Amar não significa estar junto, mas sim querer ver a pessoa feliz, mesmo que isso custe a sua felicidade.”

Logan é um jovem que esteve no Iraque com as forças dos Estados Unidos. Em um dia de treinamento ele encontra, no meio do deserto, uma foto de uma garota loira e linda. De início ele coloca aquela foto no mural para que o dono a encontre novamente. Mas passa algum tempo e ninguém a tira de lá, então, ele resolve tirá-la de lá e guardá-la com ele. Após sobreviver a vários atentados e bombas e após vários jogos ganhos, Victor, seu amigo e também fuzileiro, tenta convencê-lo de que essa sorte sem tamanho tem vindo daquela foto. Ele era um homem de sorte graças àquela garota, graças àquela foto.

Era um dia como qualquer outro quando atrevi-me a entrar na livraria do centro da minha pacata cidade. Entre tantos outros livros, Um homem de Sorte, de Nicholas Sparks, destacou-se na minha visão. Eu conhecia a história pela adaptação cinematográfica do livro, que até então não havia visto. Eu já tinha conhecimento sobre o autor pelas suas grandes obras, como o Diário de uma paixão e Um amor para recordar. Não resisti e comprei-o. Eu sempre fui apaixonada por livros românticos, que são os meus preferidos no mundo da leitura.

Todos já devem ter percebido que os romances de Nicholas são muito parecidos, alguns chegam até a repetir o fato do protagonista masculino ser um fuzileiro naval. Mas sempre há um diferencial: as suas histórias sempre parecem um conto de fadas, algo irracional na realidade do nosso mundo. Uma realidade que parece que nunca vai acontecer na nossa vida. E é isso que me atraí no autor: ele cria situações que nunca iríamos esperar.

Em Um homem de sorte, conhecemos Logan Thibault, um fuzileiro naval que serviu no Iraque. É uma grande honra servir o seu país, mas um grande pesadelo ficar na guerra em um território desconhecido, onde todos parecem querer te matar. Logan surpreendeu-se, em uma de suas longas corridas assim que acordava no Iraque, quando encontrou uma fotografia de uma garota linda e loira no meio do deserto. Então ele começa a ver a fotografia como um amuleto da sorte, assim como o seu amigo Victor lhe diz. Ele acredita que a fotografia o salvou dos atentados que sofreu enquanto servia ao seu país, sendo informado pelo seu amigo que ele tem uma dívida com a mulher.

Pode parecer estranho e você deve se perguntar o porque de Nicholas ter abordado esse fato de amuleto da sorte, dívida e até mesmo o fato do destino querer uni-los. Quando se está na guerra, você passa por situações de pânico, de desespero total e isso faz você ter um certo tipo de insanidade. E nas pequenas coisas que você acreditar, você aguentar tudo o que está passando e afirmar que há algo a mais, que a sua vida não irá terminar ali.

Com esse pensamento, o fuzileiro naval arriscou-se, abandonou o seu estado, Colorado, e atravessou os Estados Unidos para encontrar a garota de olhos travessos cor de jade. Indo até Hampton na Virgínia. Como diz na própria capa do livro “descubra do que é capaz a força avassaladora do destino”. O desenvolver dessa história é surpreendentemente interessante, pois Logan não conta para Elizabeth, ou Beth, a garota da fotografia, que a imagem está sobre sua posse. Deixando que a relação desenvolva-se naturalmente e sem pressões. Eles começam a envolver-se e Logan começa a entender o porque de ter encontrado aquela fotografia no deserto, onde não havia nenhuma esperança.

Para você pode até parecer uma obsessão pela parte de Logan, como a Elizabeth pensa no livro, mas é algo que atravessa esse pensamento. É algo que nunca iremos imaginar, é o destino. Aquela força que nos faz encontrar o que realmente nos pertence. Logan apenas seguiu o seu coração e deixou levar-se até a mulher que salvou a sua vida. Para ele, ela salvou-o. E isso torna ainda mais a história romântica e interessante.

Mas não estava em outra época e lugar, e nada daquilo era normal. Trazia a fotografia dela consigo há mais de cinco anos. Atravessou o país por ela.

Não tenho nem como criticar Nicholas, pois a sua perfeição na escrita é algo que muitos já conhecem. Como já disse, os romances são os meus livros preferidos e esse é um dos mais emocionantes que eu já li. Principalmente por abordar essa questão do destino. Eu aconselho-o para todas as pessoas que gostam de um romance não forçado e que também gostam de algo bem romântico. Os personagens são bem diferenciados, aposto que vocês vão achar ou acharam o Zeus e o Ben uns fofos, odiaram, mas também gostaram, do Keith, acharam a Nana engraçada e amaram a relação que Beth e Logan desenvolveram no livro. O final é surpreendente e para mim foi algo que eu não esperava, mas que atingiu as minhas expectativas.

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Resenha: A Seleção, Kiera Cass

Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.

A história se passa em Illéa, os antigos Estados Unidos, depois da 4° Guerra Mundial, em que as classes sociais são bem rígidas, e são divididas em castas, a casta Um é a realeza e a Oito é a mais pobre.

America Singer, uma garota de 17 anos, que mora com os pais e seus dois irmãos. São de casta Cinco, os artistas: eles pintam quadros e tocam para conseguir dinheiro para comer.

A única chance que eles tem de conseguir um pouco mais de dinheiro é America entrar no reality show, “A Seleção’” que consiste em meninas do país inteiro de 16 até 19 anos competindo entre si para obter o amor do príncipe mas America não quer de jeito nenhum entrar para esse reality, ou ao menos se inscrever nele, porque está namorando escondido de sua família. América namora Aspen, que é de casta Seis, e caso eles se casem, ela seria uma Seis, ou seja mais inferior ainda do que já é.

Mas, com muitos pedidos de sua família, ela se inscreve sabendo que não tem nem chance de conseguir já que ela não quer mesmo. No entanto, seu nome aparece no sorteio e ela deve ir para o palácio disputar com mais trinta e quatro garotas, o príncipe e a coroa.

Todavia, quando ela chega ao palácio, ela vê que o príncipe não é arrogante e vaidoso como ela achou que ele fosse, ele é dócil, elegante e bem carinhoso. Por uma ironia do destino passa a chama-la de ”minha melhor amiga”, ela e America começa a se aproximar cada vez mais dele.

Então, America se vê em um impasse entre amizade e amor, e passa a pensar em como pode se decidir, se ama ou não o príncipe Maxon, ou se ama Aspen.

Apesar de não ser muito explorado a parte política da historia, acredito que nas continuações sejam, a autora soube muito bem descrever cada personagem e fazer que nos familiarize com eles, a trilogia começou muito bem com o primeiro livro. Recomendo muito.

Colunas, Resenhas

Resenha/Coluna: O Diário de Anne Frank, Anne Frank

“12 de junho de 1942 – 1° de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de muitos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente seguiu para Auschwitz e mais tarde para Bergen-Belsen.”

Acredito que em meados de 2011, quando eu estudava em uma escola com uma biblioteca boa, escutei amigos conversando sobre este livro. Um amigo meu alugou, e eu aluguei também, pela primeira vez.

De primeiro, não entendi do que se tratava, ou o porquê de tudo aquilo. Mas a história me prendeu de tal maneira, não só porque tudo relacionado a segunda guerra mundial, nazismo, me desperta certo interesse, mas também porque era algo real, que alguém realmente viveu, sofreu, chorou, sorriu.

Li em exatas cinco aulas e uma noite. Devolvi praticamente uma semana antes do prazo, e desde então não parei de pesquisar sobre. Uma semana depois, era Carnaval. Aluguei uma outra edição, mais nova do livro e reli durante o feriado, revivendo tudo aquilo de novo e sempre pesquisando mais.

Uns meses depois, teve bienal do livro na minha cidade, e visitei o stand de um sebo, e tinha o livro, em promoção, numa edição sem cortes, eu não havia lido essa ainda. Comprei e então? Reli de novo!

Mas deixando minha história com o livro a parte, este é um dos meus livros preferidos com certeza, porque conta com a visão de uma adolescente extremamente pura, como foi o massacre aos judeus, de forma que você sofre com a personagem, que escreve através de cartas, a sua amiga Kitty, única confidente no anexo secreto, que coincidentemente era seu diário. É uma leitura extremamente fácil, e que flui, mas você se apaixona de certa forma, e se interessa cada vez mais, uma vez que acompanha a evolução de Anne, comportamental e emocional, a adolescente que passou a pensar como adulta, anos a frente da era que vivia, com frases de efeito que me marcarão para sempre. Indico demais, a qualquer um que queria ler. Qualquer idade.

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Resenha: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista, Jennifer E. Smith

Com uma certa atmosfera de Um dia, mas voltado para o público jovem adulto, A probabilidade estatística do amor à primeira vista é uma história romântica, capaz de conquistar fãs de todas as idades. Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver. Um britânico fofo, que se senta a seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia.

Ao pegar para ler este livro, primeiro parei para observar a capa, que diz muito sobre a história em questão. As cores, passam uma atmosfera calma ao livro, assim como os desenhos sem muitos detalhes, que revelam detalhes do enredo.

O livro conta a história de Hadley, uma adolescente que está indo viajar para o casamento do pai em Londres, com uma madrasta que parece legal pelos e-mails. A garota não via o pai, com quem era muito apegada na infância há séculos, e não havia conhecido sua nova namorada, apenas haviam trocado alguns e-mails, estes que se tornaram constantes conforme o casamento ia se aproximando.

Quando chega o grande dia do embarque, tudo parece dar errado e Hadley perde o voo e tem que esperar até o próximo no aeroporto. Lá, ela conhece um garoto britânico chamado Oliver, e então, o dia que parecia estar dando errado, começa a mostrar uma nova face.

Eles passam todo o tempo que tem que esperar no aeroporto juntos, e ao embarcar, estão na mesma fileira de assentos, e indo para o mesmo lugar por ocasiões parecidas…

A narrativa linear em que se apresenta o livro, com capítulos mostrando as horas dos fatos que estão acontecendo, torna a história extremamente cativante que te prende a cada capítulo que passa, e mostra que o amor, não possui hora, local e nem tampouco tempo de duração.

As pessoas que se encontram em aeroportos têm 72 por cento mais chance de se apaixonarem que as pessoas que se encontram em outros lugares. Oliver

Indico o livro para todos aqueles que são fãs dos romances clichês (no bom sentido), porque apesar de possuir uma história cativante, não é de profundos detalhes. Li em e-book, mas tive a oportunidade de examinar a edição física, que possui um acabamento impecável, incluindo a lombada, as folhas e a capa, com uma textura que consegue captar exatamente o que a arte de capa propõe à primeira vista.

Críticas de Cinema, Resenhas

Resenha: Bling Ring, A Gangue de Hollywood, Nancy Jo Sales + Documentário de Sofia Coppola

Entre 2008 e 2009, as residências de Lindsay Lohan, Orlando Bloom, Paris Hilton e diversas outras celebridades foram invadidas e saqueadas. Os ladrões, um grupo de jovens criados em um endinheirado subúrbio de Los Angeles, levaram o equivalente a 3 milhões de dólares em joias, dinheiro e artigos de grife, como relógios Rolex, bolsas Louis Vuitton, perfumes Chanel e jaquetas Diane von Furstenberg. As notícias surpreendentes sobre o caso chocaram Hollywood e intrigaram o mundo. Por que esses garotos, que em nada correspondiam à tradicional imagem dos bandidos, realizaram crimes tão ousados?

A jornalista Nancy Jo Sales entrevistou todos os envolvidos, incluindo os pais e os advogados dos jovens, e até mesmo as celebridades que sofreram os assaltos. Em Bling Ring: a gangue de Hollywood, ela apresenta todos os detalhes de uma das quadrilhas mais audaciosas de nossos tempos. A história real também inspirou o filme de Sofia Coppola, estrelado por Emma Watson.

Quando fiquei sabendo do lançamento deste livro na turnê da Intrínseca, logo me interessei pela história mas, até aquele momento, eu achava que era tudo ficcional. Pesquisei um pouco, e descobri que tudo tinha acontecido de verdade, não era apenas ficção. Então, antes de comprar o livro, procurei saber um pouco mais desse caso, li documentos dos julgamentos da época, vídeos, entrevistas, e até conversei com um dos envolvidos.

Consegui contato com outros membros, mas não conversei. Aliás, não conversei com nenhum deles, coisas relacionadas ao caso, apenas sobre suas vidas pessoais, tudo o que eu sei, foi pesquisando.

CONTÉM SPOILERS!

Bom, Nick Prugo, era um garoto que não gostava de sua imagem e tinha sérios problemas de auto estima. Quando ele muda para a escola Indian Hills, na Califórnia, ele conhece Rachel Lee e sua melhor amiga Diana Tamayo. Na época, ambas já possuíam passagem na polícia por roubo de produtos da Sephora. Pouco tempo depois, o trio conhece Courtney Ames, e Nick conhece as irmãs Tess Taylor e Alexis Neiers (não são irmãs de verdade), participantes de um reality show, Pretty Wild.

Nick e Rachel se tornam melhores amigos. Ela apresenta à ele, a maconha e a cocaína, primeiramente e saem juntos todas as noites para checar os carros, um procedimento em que eles saíam pela sua rica vizinhança, Calabasas, checando as portas dos carros para ver quais estavam abertas e pegar algum dinheiro ou qualquer coisa interessante que encontravam, para comprar bebida, roupas e poder viver luxuosamente, como as celebridades.

Um dia, um amigo próximo de Nick, estava viajando. Foi a primeira casa que roubaram. E não parou por aí: após frequentarem sites como TMZ, Celebrity Address Aerial, eles passaram a descobrir mais sobre a vida das celebridades e quando estavam ausentes de suas residências. Paris Hilton foi a primeira vítima, e não foi a última. E essa, nem tampouco foi a última vez que a roubaram.

Personalidades como Linday Lohan, Orlando Bloom e Audrina Patridge tiveram muitos itens roubados. Nick e Rachel se vangloriavam nas festas que frequentavam, dos roubos que faziam. E assim, começaram a ter a vida de famoso que sempre sonhavam. O grupo passou a agir em bando, então.

A história é totalmente fascinante, e eu realmente me empolguei escrevendo o resumo acima, que contém spoilers não intencionais. O livro, passa a maior parte, refletindo acerca do comportamento deles, e conta pouca coisa, do caso real. É uma ótima introdução para você que se interessou pelo bando, e pelas suas ações, afinal, que adolescente não sonha em ter o guarda roupa da Paris Hilton ou os rolexes do Orlando Bloom?

Com relação ao filme da Sofia Coppola, foi produzido, ao meu ver, como se fosse ficcional. Não parece um documentário, e uma pessoa desinformada do assunto, pode achar totalmente desconexo com a realidade. É muito bom, apesar de apresentar um Nick Prugo (Marc, no filme), como homossexual assumido, coisa que não coincide com a realidade. Nick sempre foi muito reservado com relação a isso.

Diana Tamayo não aparece retratada no filme por um motivo desconhecido. O filme gira em torno de Emma Watson (interpretou a Alexis, da vida real, Nicki, no filme), o que era uma coisa óbvia, mas a história central, gira em torno de Nick e Rachel. No entanto, apesar de tudo isso, sou viciado no filme e viciado no caso. Não pelo o que eles fizeram, mas pelos princípios que fizeram a gangue chegar até determinado ponto. Totalmente indicado, livro e filme.

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Resenha: Cidades de Papel, John Green

Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.

Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.

Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

CONTÉM SPOILERS!

Cidades de Papel, é narrado da perspectiva de Quentin, apelidado na história como Q; que nutre uma paixonite pela colega de escola Margo Roth Spiegelman (sim, o nome dela deve ser falado sempre inteiro por causa do impacto que ela causa), que era sua melhor amiga de infância, até que, ao verem um cara morto no parquinho, se afastaram por algum motivo.

Uma noite, que parecia uma qualquer, Margo Roth Spiegelman aparece toda pintada na janela de Quentin e o convoca para um plano de vingança muito bem arquitetado, para se vingar do namorado. Juntos, eles compram inúmeros itens inusitados, como vaselina tamanho papai gordão e peixes frescos enrolados em jornais e depois partem para uma aventura arquitetada em alguns passos, por Margo Roth Spiegelman.

Juntos, eles invadem casas de amigos, e até mesmo o Sea World, mas no dia seguinte, quando Q esperava que tudo mudaria, Margo Roth Spiegelman simplesmente sumiu, e deixou apenas algumas pistas totalmente improváveis do seu paradeiro.

Quentin não consegue mais tirar Margo Roth Spiegelman da cabeça, nem carpar seus diems, já que necessita saber de seu paradeiro. Então, ele com seus amigos começam a seguir as pistas de Margo Roth Spiegelman mas elas parecem não levar a lugar nenhum…

Comecei a leitura desse livro, logo após minha leitura de Quem é você, Alasca? e desde quando Margo Roth Spiegelman sumiu, eu passei a esperar o tempo todo, sua morte, o momento que Q acharia seu corpo ou algo parecido. Pensei que o livro não teria um final feliz, mas muito pelo contrário, o final me surpreendeu totalmente, e é aquele livro típico do John Green que você termina e fica olhando para o nada e pensando, O que vai ser da minha vida agora? É uma leitura totalmente recomendável, e leve, não é uma narrativa profunda, o que não muda o fato de ser um livro perfeito. Já vi muita gente reclamando dessa leveza dos contos do Green, e eu não consigo respeitar essas opiniões que simplesmente não sabem absorver o melhor de cada livro dele sem proferir reclamações. Enfim, é a minha opinião, e eu recomendo para qualquer idade.

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Resenha: Paperboy, Pete Dexter + Crítica do Filme: Obsessão

Hillary Van Wetter foi preso pelo homicídio de um xerife sem escrúpulos e está, agora, aguardando no corredor da morte. Enquanto espera pela sentença final, Van Wetter recebe cartas da atraente Charlotte Bless, que está determinada a libertá-lo para que eles possam se casar. Bless tentará provar a inocência de Wetter conquistando o apoio de dois repórteres investigativos de um jornal de Miami: o ambicioso Yardley Acheman e o ingênuo e obsessivo Ward James.
As provas contra Wetter são inconsistentes e os escritores estão confiantes de que, se conseguirem expor Wetter como vítima de uma justiça caipira e racista, sua história será aclamada no mundo jornalístico. No entanto, histórias mal contadas e fatos falsificados levarão Jack James, o irmão mais novo de Ward, a fazer uma investigação por conta própria. Uma investigação que dará conta de um mundo que se sustenta sobre mentiras e segredos torpes.Best-seller do The New York Times, Paperboy é um romance gótico sobre a vida aparentemente sossegada das cidades do interior. Um thriller tenso até a última linha, que fala de corrupção e violência, mas que, ao mesmo tempo, promove uma lição de ética.

“Um romance estranho e belo que nos obriga a permanecer em suas misteriosas vielas emocionais.” Desculpa, New York Times, mas não me obrigou. Do gênero Thriller, o livro narrado por Jack, ex-nadador, irmão de Ward, conta a história de uma cidade do interior cujo xerife fora assassinado no passado e tal crime, possui como culpado Hillary Van Wetter, que foi julgado e condenado culpado apesar de provas inconsistentes, já que estas foram todas extraviadas. Enquanto aguarda no corredor da morte, Hillary se corresponde com a sedutora Charlotte Bless, atraída por homens cuja liberdade é privada, que está determinada a livrá-lo da pena. O desenrolar da história se dá, portanto, numa investigação de Ward e Yardley, ambos jornalistas de um jornal de Miami, que procura apresentar tamanha injustiça ocorrida com a condenação de Van Wetter.

O livro que ganhou demasiada atenção da mídia, possui uma narrativa difícil, repleta de detalhes (estes que são em excesso em determinadas horas), e um grande enredo para um final pequeno, uma vez que, em seus mais variados pontos de clímax, chegamos bem perto de grandes soluções, que não são apresentadas posteriormente, e acabam empobrecendo toda a história, uma vez que, se um livro apresenta determinado mistério, ao meu ver, deveria apresentar uma solução plausível, nem que seja implícita no enredo.
Os personagens, salvo algumas exceções, são bastante superficiais, e a linguagem utilizada pelo autor em vários pontos, é chula, e torna o livro inapropriado para determinadas idades.

Apresenta também, alguns bocados de erros ortográficos, o que acredito ser problema da edição. Apesar de tudo, a história central é bastante interessante, porque apresenta romances proibidos e corruptos, caminhando lado a lado com a ética, retratando exatamente como é a realidade atual, e da época em que a história se passa. Portanto, apesar de poder ter sido mais aproveitada em alguns pontos e menos em outros, é um livro recomendável, desde que você tenha paciência para “permanecer em suas vielas emocionais”, coisa que não tive, e portanto, levei tempo demais para concluir a leitura.

Com relação ao filme, Obsessão, baseado no livro, vale ressaltar a palavra baseado. Não foi totalmente fiel, apresentou apenas a história central, com poucas ramificações apresentadas no livro, começando pela narração da história, feita por Jack, no livro e pela empregada da casa, Anita, no filme. Alguns nomes foram mudados, mas nada que comprometesse a história central. Outra coisa que contribuiu para minha “não aceitação” do filme, foi o elenco escolhido: não gostei de nenhum ator, com exceção da Nicole Kidman, que interpretou uma Charlote Bless em perfeitas condições.

Indico o livro para todos aqueles que possuem paciência e não se importem com linguagens chulas e enrolações vindas do autor. Possui uma boa história central, totalmente inovadora, mas que não fora bem aproveitada, o que deixa o leitor bipolar com relação a aceitação ou não.