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Edições Sesc São Paulo lançam terceiro volume da coleção Álbum, de Pedro Alexandre Sanches
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Edições Sesc São Paulo lançam terceiro volume da coleção Álbum, de Pedro Alexandre Sanches

As Edições Sesc lançam o e-book Álbum 3 – 1978 a 1993: levante feminino, fundo de quintal, new wave tropical e afropop brasileiro, do jornalista e crítico musical Pedro Alexandre Sanches. O livro apresenta uma análise de 110 discos de artistas brasileiros lançados entre 1978 e 1993, um período marcado pelo desdobramento da chamada música de protesto, pelo rock das bandas nacionais, o avanço da chamada música sertaneja nos grandes centros urbanos, além do pagode, axé music, hip hop e funk.

Este período testemunhou ainda uma substituição dos LPs pelos CDs. Segundo o autor, “os ‘bolachões’ de vinil encolheram para ‘bolachinhas’ metalizadas encaixotadas em plástico, discos compactos de tecnologia digital em que cabem não mais as duas canções dos compactos originais do início do século XX, mas uma fartura composta por 14 ou mais faixas. O ambiente de exuberância obrigou os artistas a criarem mais músicas para cada álbum e gerou, no contrafluxo, uma demanda cada vez maior pelos projetos de regravações (com destaque para o Acústico MTV) de sucessos antigos, a princípio por parte de artistas veteranos que lutavam para se manter relevantes no mercado musical”, afirma.

Entre os álbuns, sempre acompanhados das imagens de capa, Sanches aborda Babilônia, de Rita Lee & Tutti Frutti; Zé Ramalho (1978); Cinema transcendental, de Caetano Veloso; Paratodos, de Chico Buarque; Chaos A.D., do Sepultura; Sorriso de criança, de Dona Ivone Lara; Holocausto urbano, dos Racionais MCs; Cássia Eller (1990); Raça Negra (1991); Os Saltimbancos Trapalhões (1981); Voo de coração, de Ritchie; Gretchen(1983); Clementina, de Clementina de Jesus; Fullgás, de Marina Lima; Leci Brandão (1985); Legião Urbana (1985); Cabeça Dinossauro, dos Titãs; Selvagem?, d‘Os Paralamas do Sucesso; Jovelina Pérola Negra(1986); Zeca Pagodinho (1986); Cio da Terra, de Pena Branca & Xavantinho; Egito Madagáscar, do Olodum; Xou da Xuxa 3 (1988); Pergunte a quem conhece, de Thaíde & DJ Hum; DJ Marlboro apresenta Funk Brasil (1989); Leandro & Leonardo (1990); Bicho de 7 cabeças, de Itamar Assumpção, entre outros.

Com capa e projeto visual de Érico Peretta, Álbum 3 – 1978 a 1993: levante feminino, fundo de quintal, new wave tropical e afropop brasileiro está disponível em edição digital no formato ePub, e para os aplicativos Amazon Kindle, Apple iBooks, Google Play Livros e Kobo, assim como os volumes 1 e 2 da coleção Álbum: A História da Música Brasileira por Seus Discos.

Histórico da coleção 

Na coleção Álbum, Sanches propõe um recorte que cobre álbuns de fundamental importância, mas também espécimes esquecidos (apesar da relevância que tiveram em seus tempos). A ordem estritamente cronológica permite que o leitor acompanhe, por intermédio de considerações sobre os álbuns, os artistas e as canções, a evolução não só da música brasileira, mas do próprio Brasil, em termos sociopolíticos, comportamentais e culturais.

O primeiro volume, Álbum 1 – 1950 a 1972: saudade, bossa nova e as revoluções dos anos 1960, lançado em 2021, contempla o início da história dos discos de longa duração, depois de mais de meio século de domínio dos discos compactos. Pouco a pouco, os “bolachões” iam deixando de ser compilações de sucessos lançados primeiramente em compacto e começavam a contar histórias próprias, com começo, meio e fim.

Já no segundo volume da coleção, Álbum 2 – 1972 a 1978: samba, rebelião sexual e segundo levante negro, lançado em 2022, é abordado o período que muitos consideram o auge criativo da MPB, turbinado pelo incentivo fiscal da campanha “Disco é Cultura”, realizada pelo governo militar. “Hoje parece paradoxal que a ditadura de direita investisse na música brasileira que ela própria censuraria a seguir. No entanto, as complexas motivações para o crescimento do bolo fonográfico na década de 1970 têm como ponto de partida o estímulo ao consumo (e ao consumismo) forjado naquilo que os militares batizaram de ‘milagre econômico brasileiro’”, lembra o autor.

Anavitória inspira livro infantil
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Cultura, Livros, Música

Empresário da dupla Anavitória publica livro infantil inspirado nas cantoras

Anavitória, uma das duplas de maior sucesso e mais queridas da música popular brasileira inspira o livro infantil Me conta dois contos das Anavitória?, lançamento da Editora Trix assinado pelo produtor musical  e empresário Felipe Simas.

Gerente de carreira das cantoras, o autor se baseia em histórias reais para criar dois universos, que reúnem elementos e características de Ana Clara Costa e Vitória Falcão.

A obra, formatada no estilo 2 em 1 ou “vira-vira”, é carregada de sensibilidade e poesia e ganhou contornos coloridos com as ilustrações da mestra em artes e design, Luciana Grether.

De um lado, sob o título “A Caracol do Cabelo da Vi”, a narrativa nasce de uma interação corriqueira entre o autor e Vitória: os abraços para saudar um ao outro.

(…) nos emaranhados desses abraços que entendi que ela nunca andava só. Há vida naquela cabeleira cacheada e dourada. E, como em toda forma de vida, há também personalidade. Assim fui apresentado à Carol, a caracol do cabelo da Vi”.

(Me conta dois contos das Anavitória?, p. 26)

A personagem sonha voar e carrega uma mensagem importante junto à concha pesada: a de que quem leva os sonhos a sério corre o risco de vê-los realizados.

Ao virar o livro, em o “O Cílio do Olho da Clara”, o escritor parte de uma queixa, um incômodo, para embasar a história. Segundo Felipe, um cílio teimava em nascer dentro do olho da artista e, querendo animá-la, enviou um recado por aplicativo. “Acabei transformando aquela mensagem neste livro lindamente ilustrado com pinturas de nanquim e aquarela da Luciana”, destaca.

O enredo aponta que o cílio desejava ser notado, ter vida própria, ser o pelo que arrepia ou o cabelo esvoaçante. Assim, em ato de rebeldia, costumava nascer dentro do olho de Ana Clara, onde reinava soberano. “Quer ser único, quem não quer?”, descreve.

De forma lúdica, Felipe Simas aborda a importância de encontrar um lugar no mundo e indica que não há problema em desejar ser diferente. Ao mesmo tempo, trabalha a resiliência e possibilita a identificação com o cabelo volumoso de Vitória e o cílio descabelado de Ana Clara, singularidades a serem respeitadas.

Em Me conta dois contos das Anavitória?, a beleza e as características das protagonistas são enaltecidas em desenhos delicados a cada página. É um convite para que os pequenos leitores se envolvam na magia que há entre a realidade e a fantasia.

Ficha técnica

Livro: Me conta dois contos das Anavitória?
Autor: Felipe Simas
Editora:
 Matrix Editora
ISBN:
 978-65-5616-431-1
Páginas: 58
Onde encontrar: Amazon

Graphic novel LGBTQIAPN+
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Livros

Celebre o Mês do Orgulho com “Roaming”, uma graphic novel LGBTQIAPN+

Graphic novel LGBTQIAPN+ usa Nova Iorque como cenário para uma história de amor, amizade e amadurecimento

A vida universitária separou os caminhos de duas amigas da época de escola. Qual seria a melhor forma delas matarem a saudade? Uma viagem! Assim como muitos outros jovens adultos, Zoe e Dani sonham em visitar a Grande Maçã, uma alcunha para Nova Iorque que se tornou popular no século 20. Fiona, amiga de Dani, também se junta nessa aventura.

Nova Iorque, primavera de 2009, esse é o cenário de Roaming. A graphic novel LGBTQIAPN+ é uma colaboração entre as primas Jillian Tamaki (arte) e Mariko Tamak e chega ao Brasil pela nVersos Editora.

Fotos, pizza, lojas, museus e todas as atividades obrigatórias aos turistas. O trio passeia pela cidade que nunca dorme, mas Zoe e Dani percebem que elas não são mais as mesmas de antes. Zoe gosta de beber e usa uma identidade falsa. Dani está empolgada para seguir todo o roteiro que traçou nessa tão sonhada aventura.

Entre um passeio e outro, Zoe e Fiona começam a flertar e Dani é deixada de lado, e ao descobrir esse romance, resolve sumir. Zoe se desespera. Estariam os planos das amigas de longa data arruinados?

Fiona: A gente tem que sair desse quarto. Você tá pirando. Pega o celular.
Zoe: Mas se eu ligo o roaming não custa um milhão de dólares?
Fiona: Isso mil dólares a mensagem. A economia mundial vai vir abaixo se você fizer uma ligação.
Zoe: Tem como mandar mensagem por Wi-fi, essas coisas?
(Roaming, p. 285)

Com ilustrações vívidas, Nova Iorque se torna o quarto personagem da história. Pelas 400 páginas, os leitores passeiam por uma jornada de risos e choros. Jillian e Mariko elucidam as relações humanas enquanto cativam ao retratarem questões de amadurecimento e laços de amizade.

Ficha técnica
Título: Roaming
Autoras: Jillian Tamaki e Mariko Tamaki
Editora: nVersos
ISBN: 978-85-54862-58-9
Formato: 15,5 cm x 20 cm
Páginas: 448
Preço: R$ 149.90
Onde encontrar: 
Amazon

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Edições Sesc SP lançam Ideias e formas virais, com ensaios sobre a Semana de 22

As Edições Sesc lançam, dia 15 de maio, quarta-feira, às 19h, no Teatro Oficina, o livro Ideias e Formas Virais: o modernismo de 1922 em artes cênicas, música e cinema, organizado por Alvaro Machado. A obra é uma coletânea de artigos de críticos e pesquisadores como Veronica Stigger, Sérgio de Carvalho e Gutemberg Medeiros (1964-2023) com ensaios sobre artistas como Flávio de Carvalho, Mário de Andrade e Patrícia Galvão. Traz, ainda, a participação especial de José Celso Martinez Corrêa (1937-2023), em texto sobre O rei da vela e outras peças de Oswald de Andrade. O lançamento conta com um bate-papo entre o autor Alvaro Machado, o ator Marcelo Drummond e a pesquisadora Maria Lívia Nobre Goes, seguido de sessão de autógrafos.

Cada capítulo começa com um texto-síntese, seguido de transcrições e análises entremeadas por uma rica seleção de imagens que documentam os temas em discussão. Na introdução, Alvaro Machado traça um panorama da “fascinante aventura da modernização cênica brasileira, sobretudo no Rio de Janeiro das décadas de 1920 e 1930”: como essa cena se relaciona com a performatividade dos modernistas de 22 e como o espírito da Semana influenciou os movimentos cênicos e artísticos das décadas posteriores.

No primeiro capítulo, Sérgio de Carvalho analisa o teatro na obra de Mário de Andrade, enfocando, entre outros textos dramáticos, o Monólogo dum elefante do Circo Sarrasani (1925), que prenuncia estilisticamente Macunaína (1928). A seguir, Luiz Fernando Ramos aborda a crítica teatral modernista de Alcântara Machado; e, no texto Circo, chanchada e deboche no petardo do avesso, José Celso Martinez Corrêa traz, junto a Alvaro Machado, uma análise que parte de sua encenação feita em 1967 de O rei da vela, de Oswald de Andrade, no Teatro Oficina, que acabou por influenciar uma geração de atores, músicos e diretores em busca de estéticas inovadoras na década de 1960.

A jornalista e escritora Verônica Stigger enfoca a contribuição do multiartista paulistano Flávio de Carvalho para o teatro, enquanto Maria Lívia Nobre Goes articula teatro, política e vanguarda na trajetória de Patrícia Galvão. Pagu também é tema do ensaio de Gutemberg Medeiros, enquanto Irineu Franco Perpetuo aborda as “três noites do barulho” que reuniram os paulistas com o maestro carioca Heitor Villa-Lobos no Theatro Municipal de São Paulo naquele fevereiro de 1922, concentrando-se na expressão musical do modernismo brasileiro. Encerrando o volume, Luiz Nazario analisa como o movimento modernista foi prolífico no cinema brasileiro, em especial no Cinema Novo e na obra de Glauber Rocha.

Conforme escreveu Danilo Santos de Miranda (1943-2023) no texto de apresentação da coletânea, “o amálgama de estímulos estéticos propiciado pela obra cênica moderna, conquanto tardio na terra que deu vida a Macunaíma, viralizará século XX afora, assumindo papel-chave na trajetória da modernização das artes no Brasil”.

O leitor encontrará neste volume inúmeras evidências da importância das artes do espetáculo para as iniciativas de inovação nos processos criativos e a ampliação das referências cênicas, musicais e visuais nos anos 1920-1930, assim como no contexto da contracultura, quando a Tropicália, o Cinema Novo e a poesia concreta concorreram para o resgate do modernismo.

Orna Levin (orelha do livro)

A capa e o projeto gráfico do livro são assinados por Homem de Melo & Troia Design.

A Feira do Livro
Divulgação/Gabriel Guarany
Cultura, Livros, Lugares

A Feira do Livro confirma a participação de mais 11 autores para a terceira edição

A Feira do Livro, que chega à sua terceira edição em junho, apresenta mais 11 autores convidados para a programação principal. Realizada na praça Charles Miller, em frente à Mercado Livre Arena — Pacaembu, A Feira do Livro foi criada em 2022 pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos voltada para a difusão do livro, em parceria com a Maré Produções, empresa especializada em eventos e exposições de arte. A edição terá nove dias de duração e reunirá alguns dos principais destaques da cena literária brasileira e internacional para debates gratuitos, a céu aberto.

Entre as novidades estão dois nomes da cena literária argentina Betina González, autora de Las Poseídas (Bazar do Tempo) e ganhadora do prêmio Tusquets e Michel Nieva, autor de Dengue Boy (Record), lançado em fevereiro deste ano no Brasil e contemplado pelo prêmio O. Henry, um dos mais reconhecidos dos Estados Unidos.

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Em busca pela bibliodiversidade, um dos princípios que norteiam o evento, figuram na programação o psicanalista e professor Christian Dunker, o expoente da literatura periférica no Brasil Sérgio Vaz e a psicóloga indígena Geni Núñez. As escritoras brasileiras Adelaide IvánovaLilia Guerra e Julia de Souza também estão confirmadas e comentarão seus últimos romances publicados, que partem de narrativas sensíveis para tratar de questões sociais e íntimas.

Estreantes na ficção estão Pablo Casella, autor de Contra Fogo (Todavia), lançado em março, e Odorico Leal, autor de Nostalgias Canibais (Âyiné), a ser lançado no final de maio.

Com mais de 100 convidados na edição anterior, a organização d’A Feira do Livro optou por divulgar os nomes em fatias ao longo do ano, com a programação completa a ser apresentada no final de maio.

Os autores se apresentarão em dois palcos que funcionam simultaneamente, um deles montado na praça e outro no Museu do Futebol, parceiro da Feira do Livro. Neste ano, a organização também prevê palcos menores, para debates e lançamentos com dois ou três autores, em formato “pocket”, sempre mantendo o espírito de uma “aldeia” efêmera em pleno asfalto paulistano, nas palavras de Álvaro Razuk, diretor de arte e arquitetura.

Além dos espaços de programação, A Feira do Livro tem mais de 150 expositores, entre editoras e livrarias, que vendem seus livros em tendas e bancadas montadas no meio da rua.

Confira os convidados da terceira edição d’A Feira do Livro, confirmados até o momento:

  1.     Adelaide Ivánova
  2.     Bernardo Esteves
  3.     Betina González
  4.     Caetano W. Galindo
  5.     Camila Fabbri
  6.     Camila Sosa Villada
  7.     Christian Dunker
  8.     Claudia Piñeiro
  9.     Dan
  10. Geni Núñez
  11. Henry Louis Gates Jr.
  12. Iara Biderman
  13. Jabari Asim
  14. Jamaica Kincaid
  15. João Moreira Salles
  16. Julia de Souza
  17. Lilia Guerra
  18. Luiz Felipe de Alencastro
  19. Mar Becker
  20. Marcelo Viana
  21. Marcos Bagno
  22. Maria Adelaide Amaral
  23. Martinho da Vila
  24. Michel Nieva
  25. Nara Vidal
  26. Natalia Timerman
  27. Odorico Leal
  28. Pablo Casella
  29. Rita Lobo
  30. Rodrigo Hübner Mendes
  31. Rosa Freire d’Aguiar
  32. Sérgio Vaz
  33. Stênio Gardel
  34. Tatiana Salem Levy
  35. Vera Iaconelli

Quem faz A Feira do Livro

Associação Quatro Cinco Um é uma organização sem fins lucrativos dedicada a levar o livro para o centro do debate na sociedade brasileira. Seus principais projetos são a revista de crítica de livros Quatro Cinco Um, que tem edição impressa, digital, em podcasts e newsletters, a editora de livros Tinta-da-China Brasil, com foco em literatura e ensaio, e o festival literário A Feira do Livro, criado em parceria com a Maré Produções Artísticas no Pacaembu, em São Paulo.

Maré Produções é um escritório de arquitetura especializado em exposições e feiras culturais. Entre as suas realizações recentes está a exposição internacional Amazônia, de Sebastião Salgado.

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Bienal do Livro Rio, que será o principal evento do Rio Capital Mundial do Livro, acontecerá em nova data: junho de 2025

Depois de uma histórica edição de 40 anos, com recordes de vendas de livros e mais de 600 mil pessoas no ano passado, a Bienal do Livro Rio – maior festival de cultura, literatura e entretenimento do país – anuncia suas datas para 2025. No ano que vem, o evento ocorrerá entre os dias 13 e 22 de junho de 2025 e será a principal atração do calendário do Rio Capital Mundial do Livro, título formalizado à cidade do Rio de Janeiro pela UNESCO e pelo Comitê Consultivo da Capital Mundial do Livro.

Esta é a primeira vez que uma cidade de língua portuguesa é nomeada Capital Mundial do Livro. Um dos principais diferenciais do Rio de Janeiro para esta conquista é a realização da Bienal do Livro Rio, que foi declarada pela Prefeitura do Rio Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da cidade.

Presente na memória afetiva de milhões de pessoas, a Bienal do Livro Rio promoveu, em 2023, experiências que foram além dos livros, em palcos inéditos e apostando na interação com o público, trazendo relevantes discussões contemporâneas que acompanham as mudanças do mundo e novas abordagens para criar mais conexões com os visitantes. Houve também sessões pensadas para explorar a transversalidade dos livros, trazendo narrativas que extrapolam para filmes, séries, músicas e peças de teatro.

Realizado pela GL events Exhibitions e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o festival recebeu mais de 300 autores e personalidades em mais de 200 horas de programação para um público de todas as idades, unindo pessoas apaixonadas por contar e ouvir histórias.

Com o apoio de secretarias municipais e estadual de Educação, a Bienal recebeu ainda mais de 120 mil alunos da rede pública, além de professores. Para muitos estudantes, a Bienal do Livro Rio marca o primeiro contato com o universo literário. O projeto de visitação escolar, que recebeu alunos do Rio, Queimados (na Baixada Fluminense) e de Angra dos Reis (no Litoral Sul Fluminense), teve investimento de R$ 13,5 milhões para a aquisição de livros. Profissionais da rede de Educação do município do Rio também receberam vouchers para compra de exemplares, o que contribuiu para o recorde histórico de vendas das editoras.

O título de Capital Mundial do Livro valerá de 23 de abril de 2025 a 23 de abril de 2026 – não por acaso esta é data em que se comemora o Dia Mundial do Livro. Para ser coroado, o Rio de Janeiro teve que apresentar projetos via sua secretaria municipal de Cultura em que comprovava a importância do seu patrimônio literário e apresentar uma visão claramente definida com um plano de ação para promover suas iniciativas literárias, a sustentabilidade do mercado editorial e o estímulo à leitura entre os jovens, aproveitando as novas tecnologias e o ambiente digital.

“A Bienal do Livro Rio está constantemente atenta às transformações culturais e aos novos formatos da expressão literária. Sempre partimos do livro como o protagonista e fio condutor dessa relação com o leitor. Entendemos também que desempenhamos um papel fundamental como catalisadores da potência que é o universo literário. Isso, claro, foi um dos principais argumentos para que o município pudesse conquistar esse título inédito”, afirma Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). “No próximo ano, teremos um festival ainda mais especial, em meio a tantas comemorações, aproveitando o feriado de Corpus Christi para receber visitantes de fora do Rio”.

Ricardo Martins lança novo livro que valoriza a beleza do litoral brasileiro
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Ricardo Martins lança novo livro que valoriza a beleza do litoral brasileiro

Percorrer 3.000 quilômetros de litoral em 60 dias. Você topa? 

O fotógrafo Ricardo Martins topou e essa foi a jornada para produzir seu 13º livro, “Litoral Brasileiro”, um testemunho visual do artista frente às maravilhas encontradas ao longo da Costa Atlântica, do Rio Grande do Sul aos Lençóis Maranhenses O primeiro lançamento será no dia 18 de abril em Ubatuba, às 19h, na Fundação Projeto Tamar, à rua Antônio Atanázio, 273,  Jardim Paula Nobre.

O litoral do Brasil, 15o. maior litoral, é adornado por uma riqueza de características geográficas como ilhas, arrecifes e baías, que fazem dele uma obra de arte famosa globalmente, atraindo milhares de turistas a cada ano. Esse cenário atraiu Martins.

“O litoral brasileiro é lindíssimo. Tem uma costa que não se vê em nenhum outro lugar do mundo. Morando em Ubatuba há 2 anos e frequentador da cidade desde a infância, sempre tive vontade de produzir um livro como este, para mostrar ao brasileiro toda a riqueza que nós temos. E, de fato, foi impressionante, um verdadeiro deleite conhecer todos esses lugares”, disse Ricardo Martins sobre a sua inspiração para o lançamento.

Para além da composição do livro, que inclui QR codes para acesso a vídeos exclusivos na internet, Ricardo Martins também capturou os momentos marcantes da viagem em uma minissérie de quatro episódios, com cerca de 20 minutos cada, que será lançada pela RM Produções em conjunto com o livro.

Dentre os locais destacados em “Litoral Brasileiro”, Ricardo guarda um carinho especial por alguns, como a Praia do Leão, em Fernando de Noronha, que despertou seu espírito aventureiro pela mistura entre selvageria e solidão. “Teve um momento que, do alto, avistamos um tubarão percorrendo as margens da praia, mas já estávamos retornando para a base. Dispensei a minha equipe no hotel, mas fiquei com vontade de voltar. Ao retornar, mergulhei sozinho e fui atrás daquele ser emblemático para mim. Não o encontrei naquele dia, mas o momento, com aquela energia, foi catártico para mim”, disse.

Apesar de se dar por satisfeito pelo encontro que teve com si próprio ali nas águas de Noronha, Martins ainda teve uma surpresa. “Alguns dias depois, aconteceu o meu batismo como mergulhador. O primeiro momento em que eu mergulharia sozinho. Quando submergi, eu não precisei buscar. O rei dos mares veio na minha direção e passou por mim como quem dizia ‘seja bem-vindo’. Foi um momento único na minha vida que eternizei na minha pele em forma de tatuagem”, relembra.

No âmbito da criatividade, Ricardo revela que suas inspirações brotaram de suas próprias vivências. A Praia do Puruba, em Ubatuba (SP), considerada seu “quintal de casa”, e a Praia do Xaréu, em Maragogi (AL), selecionada para a capa do livro, foram destinos que estimularam seu espírito criativo, principalmente pelas cores, texturas e atmosfera.

“Litoral Brasileiro” tem o patrocínio da Localiza e estará disponível por R$ 79 nas principais livrarias de todo o país, além do site do autor em www.ricardomartins.org. Anualmente, o fotógrafo empreende um novo projeto para lançamento, sendo os próximos em formato de livro e série intitulados “Amazônia: Cultura e Tradição” e “Os Últimos Filhos da Floresta”, ainda sem datas definidas para lançamento.

Sobre Ricardo Martins:

Ricardo Martins é jornalista, fotógrafo, apresentador e sócio-fundador da RM Produções, produtora e editora pela qual lança seus projetos. 

Considerado um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do país na atualidade, é autor e editor de 13 livros, apresentou e produziu quatro séries passando pelo Pantanal, Amazônia, Itália e litoral brasileiro, onde mostra os bastidores de suas expedições.

Em 2012, foi honrado com um dos maiores prêmios da literatura brasileira, o Prêmio Jabuti, na categoria de melhor fotografia pela obra A Riqueza de um Vale. Ricardo Martins promove exposições fotográficas divulgando a cultura e as belezas brasileiras no Brasil e no mundo; a última, intitulada  “Uma língua de várias faces”,  aconteceu em Paris na sede da Unesco, em comemoração ao dia da língua portuguesa.

FUVEST: Cinco dicas úteis para compreender os livros obrigatórios de forma eficaz
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FUVEST: Cinco dicas úteis para compreender os livros obrigatórios de forma eficaz

Ter o hábito da leitura é fundamental para conseguir bons resultados em vestibulares. No entanto, quando se trata da FUVEST, o mais tradicional do País, também é importante ter um bom domínio sobre obras consideradas históricas e relevantes nos diversos movimentos culturais brasileiros.

Estudar os livros exigidos pela FUVEST requer uma abordagem cuidadosa e abrangente. Não se trata apenas de memorizar informações, mas de desenvolver uma compreensão profunda e crítica das obras literárias, imprescindível para o sucesso na prova.

Patricia de Avila Vechiatto Cajai, docente de Língua Portuguesa e Literatura, do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado na Zona Sul de São Paulo (SP), fornece cinco dicas úteis para compreender e memorizar os livros de maneira eficiente:

1. Leitura cuidadosa

Comece lendo os livros com atenção, absorvendo não apenas a trama, mas também os detalhes, temas, estilo e técnica utilizados pelo autor. Faça anotações enquanto lê para destacar passagens importantes, citações significativas e observações sobre personagens e enredos.

2.Contextualização histórica e cultural

Entenda o contexto histórico e cultural em que os livros foram escritos. Isso ajudará a compreender melhor as motivações dos personagens, os temas abordados e as mensagens subjacentes.

3.Análise crítica

Desenvolva habilidades de análise crítica ao examinar os livros. Questione (a si) sobre os motivos por trás das escolhas dos personagens, as mensagens transmitidas pelo autor e as conexões entre os elementos da história.

4.Prática de redação

Pratique a escrita de ensaios analíticos sobre os livros, abordando temas específicos, personagens ou aspectos da narrativa. Isso ajudará a aprimorar suas habilidades de escrita e a organizar suas ideias de forma clara e coerente.

5.Revisão e resumos

Faça a releitura das passagens mais significativas das obras, revisando suas anotações e seus resumos. Isso ajudará a reforçar o aprendizado.

Obras obrigatórias do vestibular Fuvest 2025: 

  1. Marília de Dirceu – Tomás Antônio Gonzaga
  2. Quincas Borba – Machado de Assis
  3. Os ratos – Dyonélio Machado
  4. Alguma Poesia – Carlos Drummond de Andrade
  5. A Ilustre Casa de Ramires – Eça de Queirós
  6. Nós matamos o cão tinhoso! – Luís Bernardo Honwana
  7. Água Funda – Ruth Guimarães
  8. Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles
  9. Dois irmãos – Milton Hatoum
A Feira do Livro
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A Feira do Livro divulga primeira lista de convidados

A Feira do Livro, festival literário criado em São Paulo em 2022, e que chega à sua terceira edição em junho, divulgou a primeira lista de autores convidados. Realizada na praça Charles Miller, em frente à Mercado Livre Arena — Pacaembu, A Feira do Livro, realizada pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos voltada para a difusão do livro, e a Maré Produções, empresa especializada em eventos e exposições de arte, terá nove dias de duração e reunirá alguns dos principais destaques da cena literária brasileira e internacional para debates gratuitos.

Entre os nomes divulgados, estão destaques da literatura contemporânea internacional, como as escritoras argentinas Camila Sosa Villada, Camila Fabbri e Claudia Piñeiro, a romancista Jamaica Kincaid, o romancista e historiador Jabari Asim, a romancista Natália Timerman, o vencedor no National Book Award Stenio Gardel, o tradutor e ensaísta Caetano W. Galindo, entre outros nomes.

Além dos destaques literários, a Feira do Livro vai receber grandes autores de não ficção, como Rita Lobo, o médico Carlos Monteiro, um dos criadores do Guia da Alimentação Brasileira, o linguista Marcos Bagno, o matemático Marcelo Viana e os historiadores Luiz Felipe de Alencastro e Henry Louis Gates Jr. Segundo o diretor geral da Feira do Livro, Paulo Werneck, “a programação buscou convidar autores que caíram no gosto dos leitores e promovem debates relevantes para o Brasil e o mundo”.

Tendo recebido mais de 100 autores convidados na edição de 2023, a organização da Feira do Livro optou por divulgar os nomes em fatias ao longo dos próximos três meses. Os autores se apresentam em dois palcos que funcionam simultaneamente, um deles montado na praça e outro no Museu do Futebol, parceiro do evento. Neste ano, a organização prevê palcos menores, para debates e lançamentos com dois ou três autores, em formato “pocket”, sempre mantendo o espírito de uma “aldeia” efêmera em pleno asfalto paulistano, nas palavras de Álvaro Razuk, diretor de arte e arquitetura.

Além dos espaços de programação, A Feira do Livro tem mais de 150 expositores, entre editoras e livrarias, que vendem seus livros em tendas e bancadas montadas no meio da rua.

Confira os convidados da terceira edição d’A Feira do Livro:

Bernardo Esteves
Caetano W. Galindo
Camila Fabbri
Camila Sosa Villada
Carlos Monteiro
Claudia Piñeiro
Dan
Henry Louis Gates Jr.
Iara Biderman
Jabari Azim
Jamaica Kincaid
João Moreira Salles
Luiz Felipe de Alencastro
Marcelo Viana
Maria Adelaide Amaral
Martinho da Vila
Nara Vidal
Natalia Timerman
Rita Lobo
Rodrigo Hübner Mendes
Rosa Freire d’Aguiar
Stênio Gardel
Tatiana Salem Levy
Vera Iaconelli

Serviço

A Feira do Livro
Data: de 29 de junho a 7 de julho de 2024
Local: Praça Charles Miller – Pacaembu – São Paulo/SP
Entrada Gratuita

Resenha: Searching Desirrê - Minha jornada pela liberdade, Desirrê Freitas
Beco Literário
Livros, Resenhas

Resenha: Searching Desirrê – Minha jornada pela liberdade, Desirrê Freitas

Desde que foi anunciado Searching Desirrê, eu fiquei ansioso para entender, pelo olhar da vítima, tudo o que tinha acontecido no caso do suposto tráfico humano encabeçado por Kat Torres, coach e ex-modelo, que chegou a envolver até a Yasmin Brunet na história. Me lembro de acompanhar ao vivo toda a explosão da história na mídia, toda a luta do perfil @searchingdesirre no Instagram e os posteriores desdobramentos. Mas, a pergunta que ficava era: o que realmente aconteceu nos Estados Unidos?

+ Em episódio extra de A Coach, Kat Torres dá entrevista para Chico Felitti diretamente da prisão

Chico Felitti até chegou a lançar um podcast no ano passado, intitulado de A Coach, em que ele investigava todo o passado e o background de Kat Torres até chegar na figura mística que supostamente iniciou um esquema de tráfico humano das suas seguidores. Apesar disso, a gente não tinha conseguido ouvir nenhuma delas falando sobre o caso tão abertamente, o que é compreensível, devido ao nível traumático das situações pelas quais elas foram empurradas.

Searching Desirrê, uma narrativa crua e honesta de Desirrê Freitas vem para nos explicar todas essas lacunas, mas também como uma forma de escrita terapêutica rumo à cura desses traumas. No livro, que é bem curto e de leitura fácil, com escrita popular digna de alguém que precisa desabafar desesperadamente, Desirrê nos conta um pouco da sua vida e como ela chegou em Kat Torres.

À medida em que vamos conhecendo sua história, conseguimos compreender um pouco mais todas as artimanhas sutis utilizadas pela coach para ludibriar e atrair suas vítimas. Desirrê conta que ela precisava da sua independência financeira e Kat prometia à ela, mundos e fundos. Na verdade, Torres jamais cumpriria nenhuma promessa, mas ela não abria espaço para o pensamento crítico de Freitas. Ela não dava espaço sequer para o benefício da dúvida.

Muitas pessoas podem julgar a falta de noção das vítimas, mas não deveriam. Ao ler o livro com empatia, conseguimos abrir uma porta de situações que poderiam colocar qualquer um de nós na mesma posição. A gente tá acostumado a ver pessoas como Morena e Lívia Marini nas novelas da Globo fazendo tráfico humano de uma forma escrachada, mas a gente esquece que as formas sutis e os sequestros mentais que envolvem uma situação como essa também são consideradas igualmente abusivas.

Searching Desirrê não é uma grande obra literária para que sejam feitas críticas. É um diário, um desabafo e um pedido de ajuda de uma garota que teve seus sonhos utilizados contra ela em uma situação de extrema injustiça e que hoje, longe da sua algoz, consegue observar tudo o que aconteceu com mais clareza enquanto coloca as cartas na mesa. E sinto que esse livro é a apenas a primeira carta do seu novo castelo.

É uma leitura rápida, de fácil compreensão, apesar da dificuldade de digestão e que você consegue ler em apenas um dia, em uma sentada. Tem gatilhos fortes com relação à automutilação, abuso sexual, abuso moral, abuso patrimonial, abuso psicológico, suicídio e charlatanismo. Leia com cautela.

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