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4 livros sobre adoção para ler com crianças e adolescentes
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Dia da Adoção: 4 livros sobre adoção para ler com crianças e adolescentes

O Dia Nacional da Adoção foi criado para promover a conscientização e o debate sobre o acolhimento de crianças e jovens em situação de abandono. A data foi comemorada pela primeira vez em 1996, durante o I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção.

Hoje, mais de 5 mil crianças e adolescentes estão aptas para o processo adotivo no Brasil e cerca de 36 mil famílias manifestam disposição para adotar . Um levantamento feito pelo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), de 2020, mostra que, desse total, apenas 2,7% das famílias demonstram interesse na adoção de crianças acima dos dez anos, fazendo com que, muitas vezes, elas cresçam em casas de acolhimento.

A inserção de filhos adotivos em suas respectivas famílias ou a novos ambientes escolares podem ser delicadas, pois nem sempre os pequenos compreendem o conceito, ou então, quando acolhidos na adolescência, podem não saber lidar com seus sentimentos e frustrações. Nesse contexto, o diálogo e a paciência são as melhores das alternativas, oferecendo a esses jovens todo o suporte necessário.

Dessa forma, os livros cabem como a ferramenta perfeita para se discutir a diversidade familiar, seja em casa ou até mesmo no ambiente escolar. De acordo com Laura Vecchioli do Prado, coordenadora editorial de literatura e informativos da SOMOS Educação, livros infantis e juvenis sobre adoção são ferramentas cruciais para promover empatia e inclusão. “Ao apresentar narrativas que exploram as experiências e emoções envolvidas nesse processo, esses livros não apenas oferecem suporte emocional para crianças adotadas, mas também promovem a compreensão e aceitação por parte de outras que podem não estar familiarizadas com essa realidade”, afirma Laura . “Além disso, tais histórias oferecem oportunidades valiosas para discutir questões complexas, como identidade e pertencimento”, destaca.

Neste contexto, a SOMOS Literatura, unidade de literatura da SOMOS Educação, selecionou quatro livros sobre adoção, que abordam o assunto de formas diversas.

4 livros sobre adoção para ler com crianças e adolescentes

1.    “A Galinha que Criava um Ratinho”, de Ana Maria Machado – Editora Ática

4 livros sobre adoção para ler com crianças e adolescentes

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Autora: Ana Maria Machado

Número de páginas: 24

O livro da coleção Barquinho de papel conta as aventuras de um galo e uma galinha que não tinham filhos biológicos, até que um ratinho aparece em suas vidas e conquista o coração do casal de aves. Um dia, a mamãe galinha se vê aflita com a invasão de uma raposa faminta à casa da família. De forma simples e divertida, Ana Maria Machado explica a adoção para crianças de 0 a 5 anos.

2.    “Diário ao Contrário”, de Sônia Barros – Editora Atual

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Autora: Sônia Barros

Número de páginas: 72

Nessa emocionante trama de Sônia Barros, Eduardo narra sua vida em forma de diário pessoal de um jeito inusitado: ele é escrito de trás para frente! Na obra da coleção Entre linhas e letras, os momentos e memórias mais felizes de Eduardo são coloridos pelas ilustrações de Roberto Weigand, conduzindo o leitor ao 24 de dezembro em que o menino ganhou tudo o que mais queria: uma família.

3.    “Ganhei Uma Menina!”, de Tereza Yamashita e Luiz Bras – Editora Scipione

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Autores: Tereza Yamashita e Luiz Bras

Número de páginas: 24

Nesse livro da coleção Dó-Ré-Mi-Fá, os autores contam a história do cãozinho Quiuí, que vive o melhor da vida junto ao seu casal de estimação, Pedro e Paula. No dia de seu aniversário, o alegre cachorro ganha um presente inesperado: Érica, sua mais nova irmãzinha adotada pelo casal. Agora Quiuí tem com quem compartilhar suas caminhadas, sonecas e brincadeiras! Com humor e leveza, a obra é uma ótima forma de debater o tema da adoção com os pequenos.

4. “A Voz do Silêncio”, de Giselda Laporta Nicolelis – Editora Scipione

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Autores: Giselda Laporta Nicolelis

Número de páginas: 64

O livro de Giselda Laporta Nicolelis nos apresenta Samara, uma professora que vive com o marido e o filho. Ao conhecer Nádia, a filha de sua faxineira, a professora fica muito comovida por sua história: a menina, de apenas 6 anos, é surda de nascença por conta da rubéola que acometeu sua mãe na gravidez e não tem condições de passar por um tratamento adequado. Baseada em uma história real, a emocionante obra narra a história professora que adotou uma criança surda e lutou por sua integração.

Alexandre Patricio e Liana Ferraz lançam obra que entrelaça a psicanálise e a poesia
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Alexandre Patricio e Liana Ferraz lançam obra que entrelaça a psicanálise e a poesia

Alexandre Patricio e Liana Ferraz se uniram para escrever um livro singular e profundo. A obra Poemas de amor no divã, lançada pelo selo Paidós da Editora Planeta, mescla a psicanálise e a poesia e explora temas como amor, desilusão, reconstrução e autoconhecimento. Alexandre é autor de Psicanálise de boteco, finalista do prêmio Jabuti 2023, enquanto Liana Ferraz é escritora de Sede de me beber inteira, contado com mais de 140 mil seguidores nas redes sociais. O livreto possui uma proposta única ao mostrar o encontro entre os sentimentos intensos e conflituosos, por meio da poesia e das teorias e conceitos técnicos da psicanálise.

O livro é escrito em duas linguagens distintas: o estilo lírico dos poemas de Liana e o linguajar analítico de Alexandre Patricio. Na trama, Liana encarna a identidade de Cecilia, uma personagem intensa criada através de versos que sintetizam os sentimentos, as angústias e as crises existenciais que permeiam os seus pensamentos. Alexandre assume o papel do psicanalista, dedicando-se a interpretar a voz de Cecilia, analisando cada palavra e verso enunciado. Ele reúne as peças que a tornam real, referenciando grandes pensadores, como Freud, Melanie Klein, Winnicott, Lacan, entre outros.

As ilustrações que acompanham a obra foram criadas especialmente para se relacionarem com os textos e poemas de Liana, ao abordar as confusões que a aflige, há o retrato de uma mulher com nuvens turbulentas no lugar da cabeça; ao se expressar sobre um amor fantasma, há uma delicada ilustração de um fantasma com um buque de flores. Aliadas às análises detalhadas de Alexandre, o livro contribui para uma nova perspectiva, na qual a psicanálise e a poesia andam de mãos dadas.

“Este é um livro sobre amores. Sobre o amor de Freud à literatura e à ciência que desembocou na psicanálise, sobre o amor entre psicanálise e literatura que desemboca na continuidade da psicanálise no mundo e, sobretudo, sobre os amores aos quais a psicanálise e a literatura nos conduzem. Esses tantos amores aparecem materializados na dança da escrita e da amizade entre Liana e Alexandre. Este livro é também um presente a quem se nutre de palavras!”, escreveu a psicanalista e escritora Ana Suy sobre a obra.

Poemas de amor no divã é o encontro de dois inventores de palavras poéticas e de inconscientes. Cada um com sua singularidade, mas que juntos desafiam as leis da natureza e fazem uma revolução ao derrubar muros estreitos que, supostamente, separariam a psicanálise e a poesia. A obra convida os leitores e leitoras a quebrarem os paradigmas que os aprisionam e ampliarem suas perspectivas para conquistarem o mundo.

EVENTOS

São Paulo: Dia 7 de junho a partir das 19h na Livraria Megafauna – Av. Ipiranga, 200 – Loja 53 – República – São Paulo/SP

Rio de Janeiro: Dia 19 de julho a partir das 19h na Livraria da Travessa – Leblon. Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon – Rio de Janeiro/RJ.

Curitiba: Dia 27 de julho a partir das 16h na Livrarias Curitiba – Shopping Palladium. Av. Pres. Kennedy, 2047 – Curitiba/PR.

Tinta Sangue Irmã Escriba - Emma Törzs
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Tinta Sangue Irmã Escriba, livro de estreia da autora Emma Törzs, é um romance envolvente que explora as relações familiares em meio a um mundo mágico

Best-seller do Sunday TimesTinta Sangue Irmã Escriba, livro de estreia da autora Emma Törzs, é lançado no Brasil pela coleção Minotauro da Editora Planeta. A obra narra a história de duas meias-irmãs, separadas pelo tempo, que precisam se reencontrar após a morte do pai. Elas são encarregadas de guardar a biblioteca mágica da família, mas, para além do zelo do local, acabam precisando trabalhar juntas para desvendar um segredo mortal que coloca em risco a vida de todos.

A história inicia mostrando as meias-irmãs, Joanna e Esther, afastadas e com vidas diferentes. Joanna mora na casa que viveu na infância e é a única protetora dos livros mágicos, por isso, não pode sair por muito tempo. Esther passou anos viajando e se estabeleceu em uma estação de pesquisa na Antártica, porém, ao presenciar uma matança na base, ela descobre que está sendo caçadas pelas mesmas pessoas que buscam a biblioteca de sua família. Além das protagonistas, há um terceiro personagem marcante para o decorrer da história. Nicholas é guardião de outra biblioteca mágica e é o último escriba – pessoas que através do sangue detém o poder de escrever magias. Quando os caminhos são entrelaçados, acabam se envolvendo em uma história sombria de mentiras e segredos.

Para conferir singularidade aos personagens, Törzs escreve cada ponto de vista com um tom diferente. A visão de Joanna é escrita como um conto de fadas, já de Ester possui um estilo contemporâneo com diálogos espontâneos, enquanto Nicholas detém um tom acadêmico. Em cada capítulo, as irmãs recordam memórias da infância, recriando cenários de quando a família era unida até o momento em que a ambição e a busca pelo poder os separam. Expondo os segredos em doses homeopáticas, a autora entrelaça a narração com um tom divertido, ao mesmo tempo que utiliza figuras sombrias.

Emma Törzs combina elementos contemporâneos com clássicos dos contos de fadas, passando de forma sutil por encantamentos, espelhos mágicos até atingir problemas familiares reais. Tinta Sangue Irmã Escriba é uma história de lealdade e traição familiar que transporta os leitores e leitoras para um mundo onde a magia é real e que transcende as páginas e transborda a imaginação. “Acompanhe este romance até onde ele pode nos levar, e você ficará perdido em meio a um feitiço encantador. Um livro mágico sobre livros mágicos, e pessoas que acabam emaranhadas ao lê-los.”, escreveu Marlon James, autor de Leopardo negro, lobo vermelho.

FICHA TÉCNICA

Título: Tinta Sangue Irmã Escriba

Autora: Emma Törzs

ISBN: 978-85-422-2683-6

Páginas: 432

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Um dos maiores poetas do mundo, Seamus Heaney é lançado em tradução inédita
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Um dos maiores poetas do mundo, Seamus Heaney é lançado em tradução inédita

Seamus Heaney, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1995, é amplamente reconhecido como um dos grandes poetas do século XX, com sua obra tendo um impacto significativo na literatura mundial.

Na antologia 100 poemas, que abrange toda sua vida de escritor, seus principais textos, como os famosos “Cavando” e “Andaimes”, vêm acompanhados de escolhas menos óbvias, como o seu último poema, escrito poucos dias antes de sua morte, em 2013.

A cuidadosa curadoria poética foi realizada por sua família e chega ao Brasil em edição bilíngue, com tradução habilidosa da professora e premiada poeta Luci Collin, e prefácio da professora Laura Izarra, da USP. Um lançamento da gaúcha Isto Edições.

Seamus Heaney foi e ainda é reconhecido como um dos principais contribuintes para a poesia na Irlanda. O poeta americano Robert Lowell descreveu-o como “o poeta irlandês mais importante desde Yeats”, e muitos outros, incluindo o acadêmico John Sutherland, disseram que ele era “o maior poeta de nossa época”. O jornal The Independent descreveu-o como “provavelmente o poeta mais conhecido do mundo”.

100 poemas é uma coleção singular de textos de Heaney, acessível agora a novos leitores brasileiros que têm a oportunidade de fazer uma bela viagem pela obra poética do autor.

Edições Sesc São Paulo lançam terceiro volume da coleção Álbum, de Pedro Alexandre Sanches
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Edições Sesc São Paulo lançam terceiro volume da coleção Álbum, de Pedro Alexandre Sanches

As Edições Sesc lançam o e-book Álbum 3 – 1978 a 1993: levante feminino, fundo de quintal, new wave tropical e afropop brasileiro, do jornalista e crítico musical Pedro Alexandre Sanches. O livro apresenta uma análise de 110 discos de artistas brasileiros lançados entre 1978 e 1993, um período marcado pelo desdobramento da chamada música de protesto, pelo rock das bandas nacionais, o avanço da chamada música sertaneja nos grandes centros urbanos, além do pagode, axé music, hip hop e funk.

Este período testemunhou ainda uma substituição dos LPs pelos CDs. Segundo o autor, “os ‘bolachões’ de vinil encolheram para ‘bolachinhas’ metalizadas encaixotadas em plástico, discos compactos de tecnologia digital em que cabem não mais as duas canções dos compactos originais do início do século XX, mas uma fartura composta por 14 ou mais faixas. O ambiente de exuberância obrigou os artistas a criarem mais músicas para cada álbum e gerou, no contrafluxo, uma demanda cada vez maior pelos projetos de regravações (com destaque para o Acústico MTV) de sucessos antigos, a princípio por parte de artistas veteranos que lutavam para se manter relevantes no mercado musical”, afirma.

Entre os álbuns, sempre acompanhados das imagens de capa, Sanches aborda Babilônia, de Rita Lee & Tutti Frutti; Zé Ramalho (1978); Cinema transcendental, de Caetano Veloso; Paratodos, de Chico Buarque; Chaos A.D., do Sepultura; Sorriso de criança, de Dona Ivone Lara; Holocausto urbano, dos Racionais MCs; Cássia Eller (1990); Raça Negra (1991); Os Saltimbancos Trapalhões (1981); Voo de coração, de Ritchie; Gretchen(1983); Clementina, de Clementina de Jesus; Fullgás, de Marina Lima; Leci Brandão (1985); Legião Urbana (1985); Cabeça Dinossauro, dos Titãs; Selvagem?, d‘Os Paralamas do Sucesso; Jovelina Pérola Negra(1986); Zeca Pagodinho (1986); Cio da Terra, de Pena Branca & Xavantinho; Egito Madagáscar, do Olodum; Xou da Xuxa 3 (1988); Pergunte a quem conhece, de Thaíde & DJ Hum; DJ Marlboro apresenta Funk Brasil (1989); Leandro & Leonardo (1990); Bicho de 7 cabeças, de Itamar Assumpção, entre outros.

Com capa e projeto visual de Érico Peretta, Álbum 3 – 1978 a 1993: levante feminino, fundo de quintal, new wave tropical e afropop brasileiro está disponível em edição digital no formato ePub, e para os aplicativos Amazon Kindle, Apple iBooks, Google Play Livros e Kobo, assim como os volumes 1 e 2 da coleção Álbum: A História da Música Brasileira por Seus Discos.

Histórico da coleção 

Na coleção Álbum, Sanches propõe um recorte que cobre álbuns de fundamental importância, mas também espécimes esquecidos (apesar da relevância que tiveram em seus tempos). A ordem estritamente cronológica permite que o leitor acompanhe, por intermédio de considerações sobre os álbuns, os artistas e as canções, a evolução não só da música brasileira, mas do próprio Brasil, em termos sociopolíticos, comportamentais e culturais.

O primeiro volume, Álbum 1 – 1950 a 1972: saudade, bossa nova e as revoluções dos anos 1960, lançado em 2021, contempla o início da história dos discos de longa duração, depois de mais de meio século de domínio dos discos compactos. Pouco a pouco, os “bolachões” iam deixando de ser compilações de sucessos lançados primeiramente em compacto e começavam a contar histórias próprias, com começo, meio e fim.

Já no segundo volume da coleção, Álbum 2 – 1972 a 1978: samba, rebelião sexual e segundo levante negro, lançado em 2022, é abordado o período que muitos consideram o auge criativo da MPB, turbinado pelo incentivo fiscal da campanha “Disco é Cultura”, realizada pelo governo militar. “Hoje parece paradoxal que a ditadura de direita investisse na música brasileira que ela própria censuraria a seguir. No entanto, as complexas motivações para o crescimento do bolo fonográfico na década de 1970 têm como ponto de partida o estímulo ao consumo (e ao consumismo) forjado naquilo que os militares batizaram de ‘milagre econômico brasileiro’”, lembra o autor.

Anavitória inspira livro infantil
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Cultura, Livros, Música

Empresário da dupla Anavitória publica livro infantil inspirado nas cantoras

Anavitória, uma das duplas de maior sucesso e mais queridas da música popular brasileira inspira o livro infantil Me conta dois contos das Anavitória?, lançamento da Editora Trix assinado pelo produtor musical  e empresário Felipe Simas.

Gerente de carreira das cantoras, o autor se baseia em histórias reais para criar dois universos, que reúnem elementos e características de Ana Clara Costa e Vitória Falcão.

A obra, formatada no estilo 2 em 1 ou “vira-vira”, é carregada de sensibilidade e poesia e ganhou contornos coloridos com as ilustrações da mestra em artes e design, Luciana Grether.

De um lado, sob o título “A Caracol do Cabelo da Vi”, a narrativa nasce de uma interação corriqueira entre o autor e Vitória: os abraços para saudar um ao outro.

(…) nos emaranhados desses abraços que entendi que ela nunca andava só. Há vida naquela cabeleira cacheada e dourada. E, como em toda forma de vida, há também personalidade. Assim fui apresentado à Carol, a caracol do cabelo da Vi”.

(Me conta dois contos das Anavitória?, p. 26)

A personagem sonha voar e carrega uma mensagem importante junto à concha pesada: a de que quem leva os sonhos a sério corre o risco de vê-los realizados.

Ao virar o livro, em o “O Cílio do Olho da Clara”, o escritor parte de uma queixa, um incômodo, para embasar a história. Segundo Felipe, um cílio teimava em nascer dentro do olho da artista e, querendo animá-la, enviou um recado por aplicativo. “Acabei transformando aquela mensagem neste livro lindamente ilustrado com pinturas de nanquim e aquarela da Luciana”, destaca.

O enredo aponta que o cílio desejava ser notado, ter vida própria, ser o pelo que arrepia ou o cabelo esvoaçante. Assim, em ato de rebeldia, costumava nascer dentro do olho de Ana Clara, onde reinava soberano. “Quer ser único, quem não quer?”, descreve.

De forma lúdica, Felipe Simas aborda a importância de encontrar um lugar no mundo e indica que não há problema em desejar ser diferente. Ao mesmo tempo, trabalha a resiliência e possibilita a identificação com o cabelo volumoso de Vitória e o cílio descabelado de Ana Clara, singularidades a serem respeitadas.

Em Me conta dois contos das Anavitória?, a beleza e as características das protagonistas são enaltecidas em desenhos delicados a cada página. É um convite para que os pequenos leitores se envolvam na magia que há entre a realidade e a fantasia.

Ficha técnica

Livro: Me conta dois contos das Anavitória?
Autor: Felipe Simas
Editora:
 Matrix Editora
ISBN:
 978-65-5616-431-1
Páginas: 58
Onde encontrar: Amazon

Graphic novel LGBTQIAPN+
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Celebre o Mês do Orgulho com “Roaming”, uma graphic novel LGBTQIAPN+

Graphic novel LGBTQIAPN+ usa Nova Iorque como cenário para uma história de amor, amizade e amadurecimento

A vida universitária separou os caminhos de duas amigas da época de escola. Qual seria a melhor forma delas matarem a saudade? Uma viagem! Assim como muitos outros jovens adultos, Zoe e Dani sonham em visitar a Grande Maçã, uma alcunha para Nova Iorque que se tornou popular no século 20. Fiona, amiga de Dani, também se junta nessa aventura.

Nova Iorque, primavera de 2009, esse é o cenário de Roaming. A graphic novel LGBTQIAPN+ é uma colaboração entre as primas Jillian Tamaki (arte) e Mariko Tamak e chega ao Brasil pela nVersos Editora.

Fotos, pizza, lojas, museus e todas as atividades obrigatórias aos turistas. O trio passeia pela cidade que nunca dorme, mas Zoe e Dani percebem que elas não são mais as mesmas de antes. Zoe gosta de beber e usa uma identidade falsa. Dani está empolgada para seguir todo o roteiro que traçou nessa tão sonhada aventura.

Entre um passeio e outro, Zoe e Fiona começam a flertar e Dani é deixada de lado, e ao descobrir esse romance, resolve sumir. Zoe se desespera. Estariam os planos das amigas de longa data arruinados?

Fiona: A gente tem que sair desse quarto. Você tá pirando. Pega o celular.
Zoe: Mas se eu ligo o roaming não custa um milhão de dólares?
Fiona: Isso mil dólares a mensagem. A economia mundial vai vir abaixo se você fizer uma ligação.
Zoe: Tem como mandar mensagem por Wi-fi, essas coisas?
(Roaming, p. 285)

Com ilustrações vívidas, Nova Iorque se torna o quarto personagem da história. Pelas 400 páginas, os leitores passeiam por uma jornada de risos e choros. Jillian e Mariko elucidam as relações humanas enquanto cativam ao retratarem questões de amadurecimento e laços de amizade.

Ficha técnica
Título: Roaming
Autoras: Jillian Tamaki e Mariko Tamaki
Editora: nVersos
ISBN: 978-85-54862-58-9
Formato: 15,5 cm x 20 cm
Páginas: 448
Preço: R$ 149.90
Onde encontrar: 
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Edições Sesc SP lançam Ideias e formas virais, com ensaios sobre a Semana de 22

As Edições Sesc lançam, dia 15 de maio, quarta-feira, às 19h, no Teatro Oficina, o livro Ideias e Formas Virais: o modernismo de 1922 em artes cênicas, música e cinema, organizado por Alvaro Machado. A obra é uma coletânea de artigos de críticos e pesquisadores como Veronica Stigger, Sérgio de Carvalho e Gutemberg Medeiros (1964-2023) com ensaios sobre artistas como Flávio de Carvalho, Mário de Andrade e Patrícia Galvão. Traz, ainda, a participação especial de José Celso Martinez Corrêa (1937-2023), em texto sobre O rei da vela e outras peças de Oswald de Andrade. O lançamento conta com um bate-papo entre o autor Alvaro Machado, o ator Marcelo Drummond e a pesquisadora Maria Lívia Nobre Goes, seguido de sessão de autógrafos.

Cada capítulo começa com um texto-síntese, seguido de transcrições e análises entremeadas por uma rica seleção de imagens que documentam os temas em discussão. Na introdução, Alvaro Machado traça um panorama da “fascinante aventura da modernização cênica brasileira, sobretudo no Rio de Janeiro das décadas de 1920 e 1930”: como essa cena se relaciona com a performatividade dos modernistas de 22 e como o espírito da Semana influenciou os movimentos cênicos e artísticos das décadas posteriores.

No primeiro capítulo, Sérgio de Carvalho analisa o teatro na obra de Mário de Andrade, enfocando, entre outros textos dramáticos, o Monólogo dum elefante do Circo Sarrasani (1925), que prenuncia estilisticamente Macunaína (1928). A seguir, Luiz Fernando Ramos aborda a crítica teatral modernista de Alcântara Machado; e, no texto Circo, chanchada e deboche no petardo do avesso, José Celso Martinez Corrêa traz, junto a Alvaro Machado, uma análise que parte de sua encenação feita em 1967 de O rei da vela, de Oswald de Andrade, no Teatro Oficina, que acabou por influenciar uma geração de atores, músicos e diretores em busca de estéticas inovadoras na década de 1960.

A jornalista e escritora Verônica Stigger enfoca a contribuição do multiartista paulistano Flávio de Carvalho para o teatro, enquanto Maria Lívia Nobre Goes articula teatro, política e vanguarda na trajetória de Patrícia Galvão. Pagu também é tema do ensaio de Gutemberg Medeiros, enquanto Irineu Franco Perpetuo aborda as “três noites do barulho” que reuniram os paulistas com o maestro carioca Heitor Villa-Lobos no Theatro Municipal de São Paulo naquele fevereiro de 1922, concentrando-se na expressão musical do modernismo brasileiro. Encerrando o volume, Luiz Nazario analisa como o movimento modernista foi prolífico no cinema brasileiro, em especial no Cinema Novo e na obra de Glauber Rocha.

Conforme escreveu Danilo Santos de Miranda (1943-2023) no texto de apresentação da coletânea, “o amálgama de estímulos estéticos propiciado pela obra cênica moderna, conquanto tardio na terra que deu vida a Macunaíma, viralizará século XX afora, assumindo papel-chave na trajetória da modernização das artes no Brasil”.

O leitor encontrará neste volume inúmeras evidências da importância das artes do espetáculo para as iniciativas de inovação nos processos criativos e a ampliação das referências cênicas, musicais e visuais nos anos 1920-1930, assim como no contexto da contracultura, quando a Tropicália, o Cinema Novo e a poesia concreta concorreram para o resgate do modernismo.

Orna Levin (orelha do livro)

A capa e o projeto gráfico do livro são assinados por Homem de Melo & Troia Design.

A Feira do Livro
Divulgação/Gabriel Guarany
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A Feira do Livro confirma a participação de mais 11 autores para a terceira edição

A Feira do Livro, que chega à sua terceira edição em junho, apresenta mais 11 autores convidados para a programação principal. Realizada na praça Charles Miller, em frente à Mercado Livre Arena — Pacaembu, A Feira do Livro foi criada em 2022 pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos voltada para a difusão do livro, em parceria com a Maré Produções, empresa especializada em eventos e exposições de arte. A edição terá nove dias de duração e reunirá alguns dos principais destaques da cena literária brasileira e internacional para debates gratuitos, a céu aberto.

Entre as novidades estão dois nomes da cena literária argentina Betina González, autora de Las Poseídas (Bazar do Tempo) e ganhadora do prêmio Tusquets e Michel Nieva, autor de Dengue Boy (Record), lançado em fevereiro deste ano no Brasil e contemplado pelo prêmio O. Henry, um dos mais reconhecidos dos Estados Unidos.

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Em busca pela bibliodiversidade, um dos princípios que norteiam o evento, figuram na programação o psicanalista e professor Christian Dunker, o expoente da literatura periférica no Brasil Sérgio Vaz e a psicóloga indígena Geni Núñez. As escritoras brasileiras Adelaide IvánovaLilia Guerra e Julia de Souza também estão confirmadas e comentarão seus últimos romances publicados, que partem de narrativas sensíveis para tratar de questões sociais e íntimas.

Estreantes na ficção estão Pablo Casella, autor de Contra Fogo (Todavia), lançado em março, e Odorico Leal, autor de Nostalgias Canibais (Âyiné), a ser lançado no final de maio.

Com mais de 100 convidados na edição anterior, a organização d’A Feira do Livro optou por divulgar os nomes em fatias ao longo do ano, com a programação completa a ser apresentada no final de maio.

Os autores se apresentarão em dois palcos que funcionam simultaneamente, um deles montado na praça e outro no Museu do Futebol, parceiro da Feira do Livro. Neste ano, a organização também prevê palcos menores, para debates e lançamentos com dois ou três autores, em formato “pocket”, sempre mantendo o espírito de uma “aldeia” efêmera em pleno asfalto paulistano, nas palavras de Álvaro Razuk, diretor de arte e arquitetura.

Além dos espaços de programação, A Feira do Livro tem mais de 150 expositores, entre editoras e livrarias, que vendem seus livros em tendas e bancadas montadas no meio da rua.

Confira os convidados da terceira edição d’A Feira do Livro, confirmados até o momento:

  1.     Adelaide Ivánova
  2.     Bernardo Esteves
  3.     Betina González
  4.     Caetano W. Galindo
  5.     Camila Fabbri
  6.     Camila Sosa Villada
  7.     Christian Dunker
  8.     Claudia Piñeiro
  9.     Dan
  10. Geni Núñez
  11. Henry Louis Gates Jr.
  12. Iara Biderman
  13. Jabari Asim
  14. Jamaica Kincaid
  15. João Moreira Salles
  16. Julia de Souza
  17. Lilia Guerra
  18. Luiz Felipe de Alencastro
  19. Mar Becker
  20. Marcelo Viana
  21. Marcos Bagno
  22. Maria Adelaide Amaral
  23. Martinho da Vila
  24. Michel Nieva
  25. Nara Vidal
  26. Natalia Timerman
  27. Odorico Leal
  28. Pablo Casella
  29. Rita Lobo
  30. Rodrigo Hübner Mendes
  31. Rosa Freire d’Aguiar
  32. Sérgio Vaz
  33. Stênio Gardel
  34. Tatiana Salem Levy
  35. Vera Iaconelli

Quem faz A Feira do Livro

Associação Quatro Cinco Um é uma organização sem fins lucrativos dedicada a levar o livro para o centro do debate na sociedade brasileira. Seus principais projetos são a revista de crítica de livros Quatro Cinco Um, que tem edição impressa, digital, em podcasts e newsletters, a editora de livros Tinta-da-China Brasil, com foco em literatura e ensaio, e o festival literário A Feira do Livro, criado em parceria com a Maré Produções Artísticas no Pacaembu, em São Paulo.

Maré Produções é um escritório de arquitetura especializado em exposições e feiras culturais. Entre as suas realizações recentes está a exposição internacional Amazônia, de Sebastião Salgado.

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Bienal do Livro Rio, que será o principal evento do Rio Capital Mundial do Livro, acontecerá em nova data: junho de 2025

Depois de uma histórica edição de 40 anos, com recordes de vendas de livros e mais de 600 mil pessoas no ano passado, a Bienal do Livro Rio – maior festival de cultura, literatura e entretenimento do país – anuncia suas datas para 2025. No ano que vem, o evento ocorrerá entre os dias 13 e 22 de junho de 2025 e será a principal atração do calendário do Rio Capital Mundial do Livro, título formalizado à cidade do Rio de Janeiro pela UNESCO e pelo Comitê Consultivo da Capital Mundial do Livro.

Esta é a primeira vez que uma cidade de língua portuguesa é nomeada Capital Mundial do Livro. Um dos principais diferenciais do Rio de Janeiro para esta conquista é a realização da Bienal do Livro Rio, que foi declarada pela Prefeitura do Rio Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da cidade.

Presente na memória afetiva de milhões de pessoas, a Bienal do Livro Rio promoveu, em 2023, experiências que foram além dos livros, em palcos inéditos e apostando na interação com o público, trazendo relevantes discussões contemporâneas que acompanham as mudanças do mundo e novas abordagens para criar mais conexões com os visitantes. Houve também sessões pensadas para explorar a transversalidade dos livros, trazendo narrativas que extrapolam para filmes, séries, músicas e peças de teatro.

Realizado pela GL events Exhibitions e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o festival recebeu mais de 300 autores e personalidades em mais de 200 horas de programação para um público de todas as idades, unindo pessoas apaixonadas por contar e ouvir histórias.

Com o apoio de secretarias municipais e estadual de Educação, a Bienal recebeu ainda mais de 120 mil alunos da rede pública, além de professores. Para muitos estudantes, a Bienal do Livro Rio marca o primeiro contato com o universo literário. O projeto de visitação escolar, que recebeu alunos do Rio, Queimados (na Baixada Fluminense) e de Angra dos Reis (no Litoral Sul Fluminense), teve investimento de R$ 13,5 milhões para a aquisição de livros. Profissionais da rede de Educação do município do Rio também receberam vouchers para compra de exemplares, o que contribuiu para o recorde histórico de vendas das editoras.

O título de Capital Mundial do Livro valerá de 23 de abril de 2025 a 23 de abril de 2026 – não por acaso esta é data em que se comemora o Dia Mundial do Livro. Para ser coroado, o Rio de Janeiro teve que apresentar projetos via sua secretaria municipal de Cultura em que comprovava a importância do seu patrimônio literário e apresentar uma visão claramente definida com um plano de ação para promover suas iniciativas literárias, a sustentabilidade do mercado editorial e o estímulo à leitura entre os jovens, aproveitando as novas tecnologias e o ambiente digital.

“A Bienal do Livro Rio está constantemente atenta às transformações culturais e aos novos formatos da expressão literária. Sempre partimos do livro como o protagonista e fio condutor dessa relação com o leitor. Entendemos também que desempenhamos um papel fundamental como catalisadores da potência que é o universo literário. Isso, claro, foi um dos principais argumentos para que o município pudesse conquistar esse título inédito”, afirma Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). “No próximo ano, teremos um festival ainda mais especial, em meio a tantas comemorações, aproveitando o feriado de Corpus Christi para receber visitantes de fora do Rio”.