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Canal: 5 livros para ler antes do fim do ano
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Canal: 5 livros para ler antes do fim do ano

O ano está acabando e claro, que a vida de leitor é sempre muito agitada. Por isso, separamos 5 livros que você precisa ler com a gente antes do ano acabar. Em ritmo de Natal, quem é vivo sempre aparece e por isso, reativamos o nosso canal no Youtube (clica aqui e já se inscreve), e teremos vídeos novos todas as semanas se tudo correr conforme o planejado.

O vídeo dessa semana é uma lista de livros que quero ler antes do ano acabar e claro, quero te indicar e desafiar para ler junto comigo. Bora?

Os livros mostrados no vídeo são:

  • Caminho Longo, Vinícius Fernandes

Quando recebi o primeiro texto sobre “Caminho Longo”, algo já despertou em mim aquele comichão pra ler, ainda mais que sou apaixonado por romances e dramas, com a qualificação de que era LGBT. Me ganhou pela temática. Recebi o livro do autor um pouco tempo depois e comecei a ler no dia em que terminei meu TCC, querendo esfriar a cabeça e passar um tempo livre. Eu tinha uma hora de leitura antes da faculdade e pensei, bom, vou começar o livro e depois termino. Mas não foi bem assim que as coisas aconteceram.

Caminho Longo conta a história de Bruno, um garoto gay que ainda está se descobrindo como tal. Ele sabe que é diferente dos outros de sua idade e sabe que há uma remota possibilidade de gostar de garotos. A trama tem um prólogo que me deixou ansioso e um desenvolvimento rápido, que mostra Bruno criança e logo depois, já no ensino médio, quando conhece Luiz, sua primeira paixão avassaladora. Leia nossa resenha completa aqui.

  • Conectadas, Clara Alves
  • Carnarvon, Marco A. D. Souza
  • Blackout, Jennifer LaBrecque
  • Um novo coração, Sylvia Day
  • Sessão da meia-noite com Rayne e Delilah, Jeff Zentner

Bora pro desafio com a gente?

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TAG: 5 melhores personagens femininas da literatura

A TAG de hoje é sobre as 5 melhores personagens femininas da literatura. Claro que é muito difícil listar somente 5, já que, cada vez mais, as mulheres vêm lutando pelo seu protagonismo, o que não é diferente nos livros. Porém, podemos dizer que essas 5 personagens iniciam uma lista infinita de mulheres fortes, independentes e aquém aos padrões ditados pela sociedade.

1 – Aurélia Camargo (Senhora, de José de Alencar)

Aurélia é a protagonista de Senhora, um livro de José de Alencar, publicado em 1874. Na trama, Aurélia era filha de uma costureira pobre e se apaixona por Fernando Seixas, um homem ambicioso que a despreza por querer se casar com uma mulher rica. Com a morte da mãe e uma herança inesperada do avô, Aurélia ascende de classe social e atrai novamente a atenção de Fernando. Com isso, ela propõe um acordo em forma de vingança: um casamento arranjado em troca do dinheiro que ele tanto queria. Assim, ela deixa bem claro o tempo todo que o está comprando, porém, o sentimento não some e Aurélia sofre bastante com sua própria vingança antes do final feliz.

O que coloca Aurélia em primeiro lugar é a sua personalidade forte e o papel que ela desempenha na história. Ao observarmos o contexto, a sociedade carioca do século XIX, não acha-se muito comum uma moça jovem e sozinha agir assim com tanta incisão e firmeza, administrando seus próprios negócios e até comprando seu próprio marido. Aurélia pode ser claramente vista como uma mulher feminista que, apesar de sofrer as consequências de seu próprio plano de vingança, age como tal para se posicionar como dona de si e contra a hipocrisia da sociedade da época.

2 – Capitu (Dom Casmurro, de Machado de Assis)

Capitu é a coadjuvante do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Narrada por Bentinho, a história tem como enredo principal seu romance com Capitu que acaba em um casamento cheio de desconfiança com uma possível traição entre Capitu e seu melhor amigo. Afinal, Capitu traiu ou não traiu Bentinho? Ninguém nunca saberá e, talvez, nem o próprio Machado de Assis sabia. Porém, o relevante para esse post é o espírito livre e independente de Capitu que não se deixou abalar pela insegurança de Bentinho, mantendo sua personalidade forte e não cedendo às pressões de uma sociedade machista que a rotulava como “dada” demais para uma moça de família.

3 – Elizabeth Bennett (Orgulho e Preconceito, de Jane Austen)

Chamada de Lizzie pelas irmãs e pela melhor amiga, Elizabeth Bennett não se intimida diante da possibilidade de não receber herança do pai por ser mulher e não encara o casamento como a única coisa que ela deva almejar na vida. Orgulho e Preconceito é um romance de Jane Austen e se passa na antiga Inglaterra, quando as filhas não tinham direito à herança, ou seja, a maior preocupação dos pais era casá-las antes de sua morte, senão, ficavam na rua ou à mercê dos cuidados de outros parentes. A família Bennett tem 5 moças solteiras, então, o desespero exala a cada página.

Ao longo da história, vemos os esforços da mãe em arranjar bons casamentos para as filhas, porém, uma delas, Lizzie, não aceita muito bem essa história. Voluntariosa, inteligente, curiosa e leitora voraz, Lizzie não se importa com a postura, etiqueta, bailes e sua posição na sociedade. Ela também não se importa se terá direito a herança ou não, não tendo medo do trabalho e em ter que se cuidar sozinha. A única coisa com que Elizabeth Bennett se importa é se manter dona de si mesma, não aceitando de forma alguma se vender para qualquer um em troca de dinheiro e posição social. Quem leu o livro sabe que ela conhece o Mr. Darcy e que, depois de muitas brigas e desentendimentos, ele se mostra digno de se casar com ela e é aceito, porém, sempre é deixado bem claro que ele nunca seria seu dono e nunca a diria o que fazer.

4 – Gabriela da Silva (Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado)

Gabriela da Silva é uma sertaneja que migra do agreste baiano para Ilhéus em 1925 em busca de trabalho e uma vida melhor. É levada pelo árabe Nacib até seu bar e assume a cozinha como cozinheira, já que sabe usar bem os temperos baianos. Logo, chama a atenção de todos os homens da região por ter a cor da canela, o cheiro do cravo e uma beleza e sensualidade sem igual. O próprio Nacib não resiste e, após um tempo mantendo relações com Gabriela, resolve casar com ela, porém, a moça não cede às obrigações e costumes da época para uma mulher casada, já que sempre foi fiel aos seus desejos e vontades.

Após Gabriela ser flagrada na cama com outro, Nacib anula o casamento, mas a mantém como cozinheira e amante como antes, se conformando com a situação e aceitando o espírito livre de Gabriela, que é quem personifica as transformações de uma sociedade patriarcal, arcaica e autoritária em pleno nordeste brasileiro.

5 – Luna Lovegood (Harry Potter e o cálice de fogo, de J.K. Rowling)

Luna Lovegood é uma personagem da saga britânica Harry Potter que inicia sua jornada no quarto volume da série. Filha de Xenofílio Lovegood, autor da revista O Pasquim, e órfã de mãe, Luna está nesta lista por uma característica muito peculiar: ela não se importa com o que pensam sobre ela. Apesar de ser uma característica simples e parecer até “bonitinho” em uma história escrita originalmente para crianças, Luna nos traz uma lição que vai muito além disso.

Em algumas partes da história, vemos Luna sofrer bullying por agir diferente dos outros alunos. Ouvimos as risadas, vemos o revirar de olhos, o desconforto de alguns ao redor… Luna acredita em seres místicos que, apesar da trama fantasiosa, não existem no mundo mágico de Harry Potter, como uma criança que acredita no Papai Noel ou na Fada do Dente. Luna se veste como acha melhor e mais confortável, apesar de usar certos acessórios que não vemos as outras meninas de sua idade usarem. Luna dança conforme sente a música, mesmo que isso signifique dançar diferente de todo mundo ao redor. Enfim, Luna Lovegood é feliz e satisfeita em ser quem é, não se importando nunca e nem um pouco com o que pensam sobre ela.

A mensagem que isso passa para as meninas que assistem a saga é maravilhoso, afinal, o que mais temos na nossa sociedade é a pressão em seguir o padrão e a eterna frustração de nunca alcançar esse padrão. Seja pelo corpo perfeito, a personalidade perfeita, a inteligência perfeita… Se, assim como a Luna, nos importássemos mais com quem somos e o que gostamos, e menos com o que pensam que devemos ser, seríamos muito mais felizes.

Publicar seu livro
Livros, Novidades

Cinco motivos para publicar seu livro

O cineasta brasileiro Glauber Rocha, expoente do cinema novo no Brasil, defendia que uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, era o inicio para se fazer um filme. Mas nem tudo funciona assim. É fato que todo mundo tem uma história para contar, seja sobre sua família, sua experiência profissional, uma ficção, um sonho ou qualquer assunto que desperte interesse e que possa acrescentar algo na vida de outra pessoa. Mas daí a transformar essa história em um livro, já é outro departamento. No campo das letras, não se pode ajustar a máxima de Glauber – uma ideia na cabeça e um computador nem sempre é o inicio para se ter um livro publicado.

“Lançar um livro é uma das melhores formas de eternizarmos aquilo que sentimos e nossa visão de mundo sobre determinado assunto. É também uma oportunidade muito especial de dividirmos nossas vivências, aprendizados e habilidades com os outros”, defende o book advisor Eduardo Villela que, desde 2004, ajuda autores a terem seus projetos publicados. De acordo com Villela, seguir alguns passos, como planejamento, organização, dedicação e contar com conhecimentos naquilo que se quer escrever são fundamentais para publicar uma obra.

Deixar um Legado

Os livros nunca morrem, estão sempre presentes em prateleiras de bibliotecas, livrarias e também no ambiente virtual como e-books. De acordo com Villela, quem possui uma obra publicada deixa uma herança para as próximas gerações. “Um livro nunca expira, pode passar de geração para geração e não deixa a sabedoria, as memórias e os aprendizados de seu escritor morrerem”, conta.

Compartilhar experiências

“O livro é um meio muito eficaz para você transmitir seus conhecimentos e experiências a um grande número de pessoas”, a frase de Villela demonstra que escrever também é uma maneira de compartilhar uma expertise de determinado assunto com seu público-alvo.

Um exemplo disso é o livro “O Guia do Viajante do Caminho de Santiago – Uma Vida Em 30 Dias”, escrito pelo Daniel Agrela, viajante profissional e jornalista, a obra é um guia brasileiro que compartilha a experiência do autor no famoso caminho europeu e traz orientações valiosas para que os leitores aproveitem muito a viagem.

Alavancar os negócios

Publicar um livro para um autor pode ser um impulsionador de carreira. Eduardo Villela conta que já lançou mais de 200 livros de autores que já eram palestrantes, consultores, profissionais liberais e autônomos. Após terem suas obras lançadas, eles viram, depois de um ano, aumentar em, pelo menos, 50%, ou mesmo viram dobrar a procura por suas aulas, workshops e consultorias. “Se o livro tem conteúdo, seu texto está bem redigido e gostoso de ler e o autor o escreveu tendo em mente as necessidades do público-alvo no tema, ele terá muito boas chances de ser bem aceito pelos leitores”, esclarece o book advisor.

Conferir credibilidade e tornar seu autor uma referência

O livro dá força para o profissional que pretende ser referência em uma área. Villela defende que lançar um livro confere credibilidade e contribui muito para o seu autor se consolidar como especialista em determinado assunto, mas para isso a obra deve ser muito bem construída e de fato agregar valor aos seus leitores . “Todos nós temos conhecimentos, habilidades e experiências valiosos que podem mudar a vida de alguém. Ao escrever um livro, você torna possível que outras pessoas aprendam com você”, ressalta o especialista.

Siga uma metodologia

Ainda de acordo com ele, é possível, viável e existe uma metodologia certa para escrever um bom livro. “Escrever um livro não é uma atividade para ser realizada sozinho, não exige nenhum talento nato, mas demanda conhecer bem e ter experiência de determinado assunto e do público. É preciso contar com a orientação especializada de um book advisor, que possa acompanhar o autor em cada uma das etapas da escrita e publicação de seu livro ”, revela.
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ENTREVISTA COM LÚCIA TULCHINSKI, AUTORA DO “MONSTRONÁRIO – MONSTROS E ASSOMBRAÇÕES DO BRASIL DE A A Z”

A Estrela Cultural, editora que surgiu no mercado editorial em 2018, vem lançando uma série de obras nacionais voltadas para o público infantil. Agora, a editora apresenta seu mais novo lançamento, a obra Monstronário – Monstros e assombrações do Brasil de A a Z, escrita pela jornalista Lúcia Tulchinski, com ilustração de Alexandre Carvalho.

Nesse final de semana, fomos até a Livraria da Vila, no Pátio Batel Curitiba, onde acompanhamos o lançamento do livro e tivemos a oportunidade de conversar um pouco com a autora. Continue lendo para conferir:

Beco Literário: Muito bom participar do lançamento da sua obra, Lúcia. Para começar, nos fale um pouco sobre você.

Bom, sou nascida em Campo Grande, mas criada em Curitiba. Eu me formei em Jornalismo, pela Universidade Federal do Paraná, e sempre tive um gosto pelos livros. Já trabalhei em TV e em alguns outros veículos, mas fui para São Paulo em busca de outros caminhos e foi lá que descobri essa minha veia literária. Desde então tenho trabalhado em obras voltadas ao público infantil, já tendo publicado nove livros pela Editora Scipione. São todas histórias lúdicas, com contos, fábulas e adaptações – como As Viagens de Gulliver e o Mágico de OZ.

BL: E o que pode nos falar sobre seu novo lançamento?

É um guia com 37 monstros do folclore brasileiro. Eles estão em ordem, de A-Z, e estão todos ilustrados pelo Alexandre Carvalho. A ideia é ser algo bastante lúdico mesmo e mais puxado para o humor, voltado para as crianças – nada como um dicionário oficial ou coisa do tipo. O intuito é proporcionar esse contato com o folclore nacional de uma forma lúdica.

BL: Como uma autora do público infantil, como você encara o desafio da literatura em competir com tantas outras formas de entretenimento? Hoje é mais difícil fazer as crianças se interessarem pela leitura, sendo tão bombardeadas com conteúdo na tv, na internet, no cinema etc?

Eu sou otimista. Acho que tem muitas coisas legais acontecendo, como os diversos clubes de leitura que estão crescendo pelo país! Acho que tem muitos pais que incentivam a leitura dos filhos, que trazem para ter autógrafos, que compram livros. São pais conscientes do poder da leitura. Além da escola, que está sempre inserindo a leitura – e que também possuem projetos muitos lúdicos voltados para a leitura.

Autora Lucia com seu novo livro

BL: Então, você confia que ainda tem espaço para trabalhar com os livros entre as crianças?

Tem muitas editoras fazendo isso, a própria Estrela está há dois anos no mercado e já está cheia de títulos. Tem tantos eventos literários, sempre lotados, feiras, piqueniques literários, caravanas do livro, até mesmo a própria Bienal. Em todo lugar têm pessoas trabalhando com literatura de uma forma lúdica, alegre e descontraída.

BL: Nós do Beco sabemos como é importante incentivar a leitura no país. Seu livro também tem o desafio de incentivar a cultura folclórica brasileira, como você entende esse papel do autor nacional?

É um papel importante de quem trabalha com o livro, temos que ensinar a celebrar essa miscigenação – essa composição de culturas que formam o Brasil. Somos frutos de diversas influencias e precisamos celebrar isso de uma forma alegre, saudável, lúdica e criativa. Sou muito fã disso.

Sobre a obra:

Monstronário – Monstros e assombrações do Brasil de A a Z apresenta seres como Bicho-Papão, Tutu Marambá, Pisadeira, Quibungo e Lobisomem. Nas 37 páginas da obra, eles desfilam seus adoráveis trejeitos assustadores de forma lúdica e divertida. Definitivamente, Monstronário possui um repertório único, no qual o fantástico convive com o popular, traduzindo de maneira dinâmica, para os pequenos, nossa imensa riqueza cultural.

Nas páginas desse guia, personagens do folclore brasileiro desfilam seus adoráveis trejeitos assustadores de forma bem-humorada. Um repertório único, no qual o fantástico convive com o popular, traduzindo nessa imensa riqueza cultural. Dizem que eles vivem apenas na imaginação daqueles que adoram contar causos, mas quem pode garantir?

Ficha técnica:

Título: Monstronário – Monstros e assombrações do Brasil de A a Z

Indicação: A partir de 6 anos

Autoria: Lúcia Tulchinski

Ilustração: Alexandre Carvalho

Temas transversais: Folclore

ISBN: 978-85-45559-67-2

Páginas: 84

Preço: 49,90

Para conhecer mais da autora, você pode visitar seus perfis no Facebook e no Instagram. Ou, se quiser adquirir o livro, pode procurar em livrarias e lojas como a Amazon.

Quarto de Despejo
Livros, Resenhas

Análise: Quarto de Despejo, Carolina Maria de Jesus

Quarto de Despejo é o primeiro livro de Carolina Maria de Jesus, até então desconhecida. Publicado na década de 1960, o livro é um diário que aborda o cotidiano de uma mulher negra, mãe, pobre, solteira e favelada. O livro é uma arma, tanto para expor ao mundo suas vivências na favela do Canindé, quanto quando era insultada e esbravejava que colocaria isso em seu livro. Quarto de Despejo é uma obra de resistência.

Os relatos, divididos em capítulos datados de 1955 a 1960, com aspectos da rotina de Carolina escritos de forma bem fiel. No meio dos fatos, ela escreve devaneios de como é difícil a vida de uma mãe que cria seus filhos na linha da miséria. Três filhos sob sua inteira responsabilidade, fazem com que a mulher se desdobre entre catadora de papelão, metal e como lavadeira. Ela não dá conta e muitas vezes sua frustração transparece nas páginas, mas há algo maior que a move: sua fé.

Ela tem total repúdio pela situação em que vive, e ao mesmo tempo é apedrejada pelos seus vizinhos ao menor sinal de sucesso de sua publicação. Isso causa estranheza, porque mesmo inconformada e em uma situação precária, consegue tirar olhares de inveja de pessoas próximas. Nisso, ela também encontra explicação na fé, quando cita em certas passagens do livro que precisa se benzer porque está com mau olhado.

Quarto de Despejo é um desabafo vomitado em páginas que nos deixam imersos em uma realidade que muitas vezes não conhecemos. Algo que é importante destacar, mais uma vez, é sua luta que desdobra todos os dias para prover o sustento de sua família. É ela pelos seus filhos, e muitas vezes, ela não tem para dar a eles. Ela cita que sabe a cor da fome: amarela. E essa cor ela tentava fugir ao máximo.

É uma obra sofrida que poderia ser facilmente ficcional, mas infelizmente não é. É dura, difícil e honesta. Seu linguajar também demonstra essa dureza e frieza. Há alguns erros gramaticais que contribuem para comprovarmos a veracidade da história. Carolina é autodidata.

Quarto de Despejo foi descoberto pelo jornalista Audálio Dantas, para quem Carolina mostrou seus cadernos durante uma reportagem que ele fazia no Canindé. Os trechos foram publicados em uma reportagem da Folha e depois publicado e organizado pelo próprio Audálio, que fez poucas alterações mantendo seu diário na íntegra.

A escritora faleceu em 1977, após sucesso de vendas dos livros, deixando três filhos.

Submisso
Livros, Resenhas

Resenha: Submisso (Fetiches #01), Daniel Zimmer (+18)

Não é segredo para ninguém que eu amo romances eróticos. Desde pequeno, ia na banca de jornal com os meus avós e minha avó, sem saber que o livro se tratava desse assunto, comprava um livro daqueles pra mim. Bianca, Sabrina e outros. Claro que no começo eu também não sabia do que era. Mas depois, viciei e ainda hoje não vivo sem um romancezinho de banca. Foi nessas que encontrei Submisso.

Os livros de banca evoluíram e agora a gente tem os romances eróticos da Amazon. Com a ferramenta de autopublicação, muitos escritores tem publicado belíssimas obras de arte no site, por valores mínimos. Submisso, de Daniel Zimmer, foi encontrado dessa forma. O livro é um conto LGBTQ+ que dá início a série Fetiches.

Ele conta a história de David, rapaz casado com Lázaro há quase dez anos que adora ser submisso ao seu marido. Sempre adorou servi-lo e isso é uma coisa que funciona entre os dois. Lázaro é intenso e tem um apetite incontrolável, fato que enlouquece David ainda mais.

Com uma escrita leve, permeada com trechos vulgares, o autor consegue escrever aquele romance erótico que dá gosto de ler. É verossímil na medida certa e bem escrito, sem erros de português e de concordância que poderiam atrapalhar o clima que a história cria.

O conto Submisso se passa em uma noite de jogatina, em que Lázaro convida três homens para jogar poker. Lázaro é muito bom, e convicto de que nunca irá perder, aposta a bunda de David no jogo. Os homens parecem devora-lo com o olhar, enquanto ele sensualiza de cueca no colo do marido.

Semana após semana, meu marido ganhou todos os jogos, e as apostas aumentavam de valor. Eu ficava excitadíssimo, tanto por atrair homens deliciosos à nossa casa, que me desejavam daquela forma, quanto pelo dinheiro que ganhávamos com as vitórias sucessivas.

Conforme o jogo esquenta, o tesão dos rapazes só aumenta. David permanece no colo de Lázaro enquanto, com as mãos, ele percorre todo o corpo do rapaz como se fizesse inveja aos outros presentes na mesa. O jogo acaba, e o marido ganhou, como sempre. Mas uma partida foi de Pedro, que recebe um boquete de David, na frente de todos os outros, enlouquecidos ao redor da mesa.

Ainda no espírito de putinha do marido, David é servido de presente a todos da festa, mas sem sexo, apenas masturbação. E claro, ele ama. As cenas são descritas de forma calma, ao mesmo tempo em que o livro tem um ritmo perfeito para um romance erótico. Não é afobado, não é parado demais.

Ao fim, o casal dorme junto e comemora seus 14 anos juntos, com cenas fofas e que nem parecem ter vindas do mesmo livro. A maneira com que elas são intercaladas fazem uma montanha russa necessária na trama, que contribui para os ápices sexuais apimentados.

Nada me excita mais que ser submisso.

Promoção prazer define
Novidades

Promoção: Prazer define, em parceria com a Prazer, Gabrik!

Fazia tempo que não rolava uma promoção por aqui, hein? Mas dessa vez fechamos uma promoção incrível com os nossos parceiros da Prazer, Gabrik, empresa de doces que produz brownies, palhas italianas, bombons, cookies com os melhores sabores do planeta Terra. Não é a toa que o slogan deles é prazer define, né?

A promoção está rolando no Facebook e no Instagram, em que serão sorteadas duas pessoas e entre essas duas pessoas, um ganhador do kit maravilhoso que contém um brownie tradicional de chocolate, um cookie de gotas de chocolate ou confeitos coloridos, uma palha italiana de leite ninho e um brownie de pote pequeno! Já deu água na sua boca? Porque na minha sim!

A participação pode ser pelo Facebook ou Instagram do Beco Literário e em ambos os casos, é necessário seguir as regras descritas na descrição de cada postagem:

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ALGUÉM AFIM DE UMA PROMOÇÃO ~DELICIOSA~? 😎 Pois bem! O Beco Literário se juntou com a Prazer, Gabrik pra presentear um #Becudo sortudo com um kit MARAVILHOSO com os doces mais gostosos do planeta! 😱😱 . ⚠️ O kit contém: – 1 brownie tradicional de chocolate; – 1 cookie de chocolate ou confeitos coloridos; – 1 brownie de pote; – 1 palha italiana de leite Ninho! . ⚠️ Para participar, você precisa: – Seguir o @beco.literario – Seguir a @prazergabrik – Marcar um amigo aqui nos comentários (pode marcar quantos quiser, quanto mais amigos diferentes, maiores as chances de ganhar); . O sorteio será no dia 06/12! Os custos de envio serão por nossa conta. Boa sorte, vocês vão precisar. 😂❤

Uma publicação compartilhada por Beco Literário (@beco.literario) em

Para conhecer mais o trabalho da Prazer, Gabrik ou fazer compras no e-commerce novinho em folha deles, clique aqui.

Lista de livros para vestibular
Atualizações, Livros

Vestibular: Lista definitiva de livros e análises para as provas

O vestibular é uma das épocas mais estressantes da vida de um estudante. Todas as matérias, ao mesmo tempo, em uma prova que dizem que vai definir a sua vida. Por isso, para aliviar um pouco esse fardo das suas costas, nós do Beco Literário preparamos uma lista com os principais livros divulgados para cada um dos vestibulares mais importantes do país. Alguns deles, já tem análise feita por professores de literatura postadas aqui no site. Olha só:

Livros para vestibular 2020

Universidade de Taubaté – Unitau

  • Coração, cabeça e estômago (Camilo Castelo Branco)
  • Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto)
  • Memorial de Aires (Machado de Assis)
  • Primeiras estórias (João Guimarães Rosa)
  • Laços de Família (Clarice Lispector)
  • Nós matamos o cão tinhoso (Luis Bernardo Honwana)
  • Hibisco roxo (Chimamanda Nzozie Adichie)
  • Poemas negros (Jorge de Lima)
  • Toda poesia (Paulo Leminski)

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP

  • Claro enigma (Carlos Drummond de Andrade)
  • Iracema (José de Alencar)
  • Mayombe (Pepetela)
  • O guardador de rebanhos (Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa)
  • Sagarana (João Guimarães Rosa)

Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC-PR

  • Estrela da vida inteira (Manuel Bandeira)
  • O Auto da compadecida (Ariano Suassuna)
  • Relato de um certo oriente (Milton Hatoum)

Universidade de São Paulo – USP/Fuvest

  • Poemas Escolhidos (Gregório de Matos)
  • Quincas Borba (Machado de Assis)
  • Claro Enigma (Carlos Drummond de Andrade)
  • Angústia (Graciliano Ramos)
  • A Relíquia (Eça de Queirós)
  • Mayombe (Pepetela)
  • Sagarana (Guimarães Rosa)
  • O Cortiço (Aluísio Azevedo)
  • Minha Vida de Menina (Helena Morley)

Associação Catarinense das Fundações Educacionais – ACAFE

  • Quarto de despejo: diário de uma favelada (Carolina Maria de Jesus)
  • Capitães da areia (Jorge Amado)
  • Melhores contos de Lygia Fagundes Telles (Editora Global)
  • Cemitério dos vivos (Lima Barreto)
  • Os milagres do cão Jerônimo (Péricles Prade)

Universidade do Estado de Santa Catarina – Udesc

  • O conto da mulher brasileira (Edla van Steen)
  • Cemitério dos Vivos (Lima Barreto)
  • Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)
  • Melhores Poemas (Paulo Leminski)
  • Os milagres do cão Jerônimo (Péricles Prade)

Universidade Estadual Do Sudoeste Da Bahia – UESB

  • A farsa de Inês Pereira (Gil Vicente)
  • Anésia Cauaçu (Domingos Ailton)
  • A audácia dessa mulher (Ana Maria Machado)
  • Olhos d’água (Conceição Evaristo)

Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG

  • Vidas Secas (Graciliano Ramos)
  • Obra completa de Murilo Rubião
  • Vestido de noiva (Nelson Rodrigues)
  • Toda poesia (Paulo Leminski)
  • Quarto de despejo (Carolina Maria de Jesus)

Universidade Federal do Paraná – UFPR

  • O Uraguai (Basílio da Gama)
  • Últimos Cantos (Gonçalves Dias)
  • Casa de Pensão (Aluísio de Azevedo)
  • Clara dos Anjos (Lima Barreto)
  • Sagarana (Guimarães Rosa)
  • Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto)
  • Nove Noites (Bernardo Carvalho)
  • Relato de um certo oriente (Miltom Hatoum)

Universidade Estadual do Paraná – Unespar

  • Iracema (José de Alencar)
  • Lira dos 20 Anos (Álvares de Azevedo)
  • Sagarana (Guimarães Rosa)
  • Pau Brasil (Oswald de Andrade)
  • O Filho Eterno (Cristóvão Tezza)

Insituto Técnico de Aeronáutica – ITA

  • O Alienista (Machado de Assis)
  • A Hora e Vez de Augusto Matraga (Guimarães Rosa)
  • São Bernardo (Graciliano Ramos)

Universidade de Passo Fundo – UPF

  • Lucíola (José de Alencar)
  • Alguma Poesia (Carlos Drummond de Andrade)
  • O cavalo cego (Josué Guimarães)
  • Poemas da recordação e outros movimentos (Conceição Evaristo)
  • Álbum de família (Nelson Rodrigues)
  • Machado (Silviano Santiago)

Cásper Líbero

  • Quincas Borba (Machado de Assis)
  • Sagarana (Guimarães Rosa)
  • Minha Vida de Menina (Helena Morley)

Universidade Estadual de Londrina – UEL

  • A hora da estrela (Clarice Lispector)
  • Alguma poesia (Carlos Drummond de Andrade)
  • Vozes anoitecidas (Mia Couto)
  • Amor de perdição (Camilo Castelo Branco)
  • Clara dos Anjos (Lima Barreto)
  • Comédia para se ler na escola (Luis Fernando Veríssimo)
  • O demônio familiar (José de Alencar)
  • O filho eterno (Cristovão Tezza)
  • Poemas escolhidos de Gregório de Matos (Gregório de Matos)
  • Quarenta dias (Maria Valéria Rezende)
Enem: livros e períodos literários que caem na prova
Livros

ENEM: autores e períodos literários que caem no exame

O ENEM não tem uma lista de livros obrigatórios, o que leva muitos estudantes a imaginar que não precisam ler nada para fazer uma boa prova. No entanto, de acordo com especialistas, a realidade é diferente: “embora a prova do ENEM não cobre livros específicos, há períodos e autores que aparecem com mais frequência”, afirma Cícero Gomes, da Evolucional, startup de educação baseada em evidências que realiza simulados modelo ENEM.

A prova do ENEM tem uma clara tendência à cobrança de autores e obras da Literatura Contemporânea e do Modernismo. “Considerando não só a aplicação principal, mas também a segunda aplicação, a prova PPL (para Pessoas Privadas de Liberdade), os exames cancelados e as provas em Libras, entre 2014 e 2018, o ENEM cobrou 63 itens de literatura contemporânea e 54 de Modernismo”, diz Cícero. “Todas as outras escolas literárias cobradas (Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Romantismo, Pré-modernismo, Barroco, Arcadismo, Classicismo, Simbolismo e Trovadorismo) somam apenas 27 itens nesses cinco anos”, completa o especialista.

E dentro das escolas literárias, existem autores preferidos pela banca elaboradora do ENEM? Ainda de acordo com análises feitas pela Evolucional, a resposta varia de acordo com o período. “Na Literatura Contemporânea, há uma variedade muito grande. Apenas alguns autores, como Chico Buarque e Luis Fernando Veríssimo, aparecem mais de uma vez nos últimos cinco anos.”, explica Cícero.

Quando se considera o Modernismo, há um grupo considerável de autores que aparecem com maior frequência. O professor Cícero Gomes traz os números: “Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Mário de Andrade e Manuel Bandeira aparecem em 27 dos 54 itens dessa escola cobrados entre 2014 e 2018”. Portanto, o estudante que conhecer a obra desses autores tem uma alta probabilidade de se sair melhor na prova.

Seria errado concluir, no entanto, que conhecer profundamente os livros e autores citados é garantia de bons resultados. A prova do ENEM é conhecida por valorizar a leitura, muito mais do que exigir a memorização de livros e escolas específicas. “Não se desespere se não conhecer algum autor ou obra citados no exame”, aconselha o especialista da Evolucional. “Leia o texto-base e, principalmente, o enunciado do item com atenção. Quase todas as questões de Linguagens do ENEM podem ser resolvidas com uma interpretação cuidadosa”.

Escrita e publicação de livros com book advisor
Colunas, Livros

Cinco mitos sobre escrita e publicação de livros

Além de um legado para as próximas gerações, lançar um livro também pode funcionar como um alavancador da carreira e dos negócios de seu autor, a realização do sonho de registrar memórias, experiências e aprendizados e uma forma de compartilhar seus conhecimentos e expertise sobre algum tema. Existem vários mitos que cercam a vida de um escritor principiante e para esclarecer e desvendar os mistérios da escrita e publicação de livros, Eduardo Villela, Book Advisor, que ajuda pessoas a escrever e publicar suas obras, fala sobre o assunto. Olha só:

Escrever um livro é um processo solitário

MITO – O Primeiro grande mito que cerca quem quer ser um autor é o de que é preciso trabalhar sozinho na construção de sua obra. De acordo com Eduardo Villela, “Quem deseja escrever e publicar um livro pode e deve contar com a ajuda do Book Advisor. Ele é um profissional que assessora o autor em todas as etapas de seu livro: no planejamento do projeto, que envolve análises sobre a temática escolhida e público-alvo de leitores, a elaboração de um roteiro de capítulos, cronograma e outros aspectos; durante o processo de escrita, dando feedback para os textos; e na publicação do livro, seja buscando uma editora no mercado para publicá-lo ou auxiliando o autor na realização de uma edição independente”, explica.

Villela ainda compara a escrita de um livro ao processo de construir uma casa: é necessária ajuda profissional para a sua realização. “Quando explico como é o meu trabalho, eu faço uma analogia com a área de construção civil. Elaborar o projeto de um livro e escrevê-lo requer assessoria especializada de um Book Advisor assim como a criação do projeto de uma casa necessita de um arquiteto e a sua construção do acompanhamento de um engenheiro. O Book Advisor facilita o trabalho do escritor fazendo os papéis de arquiteto e de engenheiro.”, revela Villela.

Como já tenho o livro “pronto” na minha cabeça, vou conseguir escrevê-lo rapidamente

MITO – Muitas pessoas querem sentar e escrever seus livros de uma só vez, de forma bem rápida, pois acham que têm todo o conteúdo já pronto e organizado na cabeça. “Isso é um grande mito. A pessoa que já senta e sai escrevendo o primeiro capítulo, sem ter feito nenhum planejamento prévio, corre um risco bastante alto de, em pouco tempo de trabalho, travar e ficar confusa. Como ela não fez nem o básico (um roteiro detalhado de capítulos e um levantamento prévio de informações), ela se verá perdida, sem saber como dar continuidade ao livro. E aí, a grande maioria dos novos autores desiste de seu livro”, alerta Villela.

Para escrever um livro bem feito é necessário investir tempo em um planejamento completo e por etapas. “Três a quatro semanas é o tempo suficiente para um bom planejamento do projeto. Durante o processo, converso muito com o autor e fazemos uma análise da relevância do tema, definimos e estudamos o público-alvo, avaliamos o que já existe no mercado sobre o assunto, verificamos se esta temática é uma tendência, criamos um roteiro detalhado de capítulos, pensamos o número de páginas, montamos um cronograma de escrita, entre outros vários detalhes”, esclarece o Book Advisor.

Escrever um livro exige uma baita criatividade, muita inspiração e um dom especial

MITO – Várias pessoas acham que para escrever um livro é preciso ter talento, inspiração e criatividade fora do comum, mas, de acordo com Villela, isso é bobagem. “Para escrever seu livro, é fundamental que você, autor, conheça muito bem o tema escolhido (tanto na prática como na teoria), quem serão os seus leitores e suas necessidades, ou seja, por quais razões eles se interessarão pelo seu livro. Quais são os sonhos, as dúvidas, os medos de seus leitores? Quais desafios e mudanças ele estão vivendo no dia a dia?”, pondera Villela.

Villela complementa que “também é necessário saber se há concorrência ou não para o seu livro. E caso existam outras obras sobre o assunto, é preciso pensar o que diferenciará o seu livro delas. A pergunta a ser respondida é a seguinte: O que tornará o seu livro único e especial no mercado?”.

Não posso escrever meu livro pois não sou bom em língua portuguesa, redação e não tenho tempo

MITO – É comum pessoas que desejam escrever um livro desistirem do sonho por não dominarem o português e terem dificuldades com a escrita. “Se a pessoa conhece bem o assunto que deseja abordar e o público-alvo de leitores, ela pode contar com a ajuda de um Ghostwriter para realizar a parte escrita. Este profissional produzirá os textos dos capítulos por meio de entrevistas feitas com o autor sobre o conteúdo de cada um deles. O Ghostwriter atua como um escriba: ele transforma a fala do autor em texto. Porém, para o trabalho com o Ghostwriter funcionar bem, o autor deve previamente fazer um roteiro detalhado de capítulos, o qual servirá de base para as entrevistas. A construção deste roteiro deve ser feita em conjunto com o Book Advisor e é recomendável que ele coordene o trabalho do autor com o Ghostwriter ”, diz Villela.

Outra preocupação corriqueira é a falta de tempo para escrever o livro. Segundo o Book Advisor, uma organização eficaz da rotina de escrita do autor e um cronograma detalhado tornam o processo de escrita bem mais simples. “Um Book Advisor experiente está preparado para orientar o autor a encontrar a dinâmica de trabalho que funcione para sua realidade de tempo.”, destaca Villela.

Meu livro só será lido e valorizado pelos leitores se publicado por uma editora

MITO – Muita gente acredita que seu livro só vai ser lido e bem-aceito pelos leitores caso seja publicado por uma editora, mas, de acordo com Villela isso não é uma regra. “Hoje, se você é um autor que cria vínculo, conexão, com o seu público-alvo nas redes sociais, uma edição independente de seu livro pode ser um caminho bastante interessante e viável. Existe, por exemplo, um bom número de autores que lançam seus livros como e-book em plataformas como o Kindle da Amazon e alcançam resultados muito bons”, revela.