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Não se humilha, não
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Resenha: Não se humilha, não, Isabela Freitas

Sinopse: Humilhar-se: se menosprezar, se rebaixar. Você já se rebaixou por amor? Já comprou uma passagem só de ida para o fundo do poço? “Ah, mas o amor dói…” Dor para mim é joelho ralado, bolado no nariz, pedra nos rins. Ah, o amor, não. Sem essa, vai. É inadmissível que passemos a vida toda procurando por algo que, no final, vai doer. O que dói não é o amor, são as pessoas que não sabem amar. Elas te obrigam a ser pequeninha, a se desfazer das suas peças para se encaixar. E você tem tanta certeza de que um dia o amor dos seus sonhos vai florescer que nem se importa de se quebrar um pouquinho. Se é tudo em nome do amor, por que você não se sente amada?

Eu precisava desse tapa na cara. Você precisa desse tapa na cara. Toda amiga (e inimiga) que conheço também precisa desse tapa na cara. Dessa vez é oficial: “Não se humilha, não”, o mais recente lançamento da best-seller Isabela Freitas, é leitura obrigatória para todas as mulheres que conheço.

Quando comecei a ler a série, com o inicial “Não se apega, não” (cuja resenha você encontra aqui) ouvi muitas críticas aos livros da autora. Hoje tenho certeza que todas elas foram feitas por quem nunca leu uma palavra da Isabela Freitas. “Auto-ajuda” ou “leitura infanto-juvenil” foram algumas das coisas que ouvi na época, e como fiquei feliz em ver, ler – e escrever – que estavam enganados.

“Não se humilha, não”, apesar de ser o quarto livro da série, se passa antes do primeiro. Conta a história da Isabela com seu primeiro namorado, Gustavo. Aquele que todos achavam que era perfeito. Aquele que postava fotos em redes sociais constantemente com declarações imensas. Mas também era aquele que a julgava quando ela ria alto demais. Ou quando ela saia com os amigos de infância. Aquele que levantava a voz quando estava irritado demais. Aquele que queria que a namorada coubesse num molde perfeito, que não cabia a ela (e a ninguém). Afinal, não fomos feitos pra encaixar em ninguém. Não somos a metade de ninguém. Somos inteiros.

“Se tudo é em nome do amor, porque não me sinto amada?”

Embora o tema esteja sendo cada vez mais falado e exposto nas redes sociais, é cada vez maior também o número de mulheres brilhantes perdendo todo dia um pouco mais do seu brilho pra caber no mundo de alguém. Lemos textos sobre isso. Vemos posts sobre isso. Mas dessa vez, Isabela se superou.

“Eu não sinto muito por sentir tanto. Quantas pessoas entraram na sua vida só para fazerem você se sentir insuficiente? Pequenininha?”

Em seu livro mais adulto da série, a experiencia que temos é de vivenciar tudo que a personagem passa. Como se apaixonar por uma pessoa e acordar ao lado de outra. Como encontrar uma desculpa pra cada comportamento agressivo. Como procurar cada tentativa de entender o que não é pra ser entendido. E finalmente, como entender que aquilo ali não é saudável. Não é ser feliz. A verdade é que cair em si não é tropeço, é voo.

Apesar do livro ser pré-Não se apega não, temos sim a presença dos personagens que amamos… Pedro e Amanda estão melhores que nunca em suas participações na vida da protagonista. Parando por aqui para evitar spoilers, só me resta terminar essa resenha com um conselho de amiga e um pedido de mulher: leia este livro. Dê este livro de presente pra aquela pessoa que precisa de um empurrãozinho pra entender que o mundo é muito maior que ele. Indique este livro pra suas colegas. Espalhe a idéia de que não somos criadas para satisfazer ninguém além de nós mesmas. E como a própria Isabela me ensinou lá em 2014… “desapego não é desamor.”

Leia também as resenhas dos livros anteriores: Não se apega, não | Não se iluda, não | Não se enrola, não.

Resenhas

Resenha: Por Lugares Incríveis, Jennifer Niven

Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família.

Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.

Por Lugares Incríveis com o Rodrigo

Sabe aquele livro que te conquista pela capa? Mas sabe aquele livro que além de conquistar pelo seu trabalho visual, conquista na primeira página? Que não te deixa ir dormir até você ter terminado o capítulo? Que traz alegria e tristeza ao mesmo tempo, que te faz sorrir e que te deixa aos prantos? Esse livro é Por Lugares Incríveis.

Confesso que eu tinha lá meus medos pelo fato de ser um drama. Hoje em dia, o mercado literário está cheio de dramas pré-fabricados e prontos para emocionar o leitor e fim. Previsíveis e sempre com a mesma fórmula. Porém, Niven nos presenteia com uma obra imprevisível, assim como o seu protagonista.

Por Lugares Incríveis conta a história de Theodore Finch e Violet Market, dois jovens com tendências suicidas que acabam encontrando um no outro a vontade de viver. De início, pode parecer clichê, porém, não o é.

O livro começa, por incrível que pareça, em uma situação triste e feliz ao mesmo tempo. E assim segue até o seu desfecho. Alegria e tristeza juntas lado a lado, o que é lindo e aflitivo. Até agora, não sei o que falar sobre essa história. Sério. É muito complicado lembrar e não para pensar. As reflexões que Niven trouxe são um tapa na minha cara. Me faz refletir sobre muitos conceitos: amizade, família, escola e vida. É difícil não se emocionar…

Para mim, Jennifer Niven fez uma obra incrível e essencial para qualquer adolescente. Com sua narrativa poética e melancólica, trata de assuntos como bipolaridade, sobre aproveitar e valorizar a vida.

Sinceramente, não consigo falar sobre os personagens. Eles são lindos, apaixonantes, impressionantes. Com uma maestria sensacional, Niven criou Violet e Finch e eu sempre vou carregá-los comigo nos momentos difíceis. Eles são uma lição para mim.

Enfim, não tenho papas na língua para falar sobre Por Lugares Incríveis. Só tenho mais uma coisa a dizer: se vocês tiverem a chance de ler, leiam.

Eu só tenho a agradecer à editora Seguinte por traduzir e disponibilizar um livro tão lindo e tão marcante como este. O extremo cuidado com a edição é tão impressionante quanto a história de Finch e Violet. Mais uma vez, vocês estão de parabéns.

 

Por Lugares Incríveis com a Rafa

É oficial que poucos livros hoje em dia conseguem me surpreender. Talvez porque leio demais, ou porque todas as histórias estão realmente indo sempre pro mesmo lugar, eu estou bastante desgastada com os romances atuais. E ler Por Lugares Incríveis foi como um sopro de vida em meio a tantos livros mortos. Após a leitura, eu fiquei – e aqui peço licença pra utilizar as palavras usadas por Violet, nossa protagonista – mudada para sempre.

Nós conhecemos Violet e Finch no momento que eles se conhecem também. Na torre do sino do colégio, ambos pensando se valia a pena ou não tirar a própria vida. E por incrível que pareça, ler um livro onde ambos os personagens tem tendências suicidas não é mórbido. Por Lugares Incríveis consegue ser um livro alegre, e isso se deve muito a Finch.

Com uma péssima reputação de rebelde do colégio, abandonado pelo pai (que o espancava quando menor) e morando numa casa onde sua mãe nem sabe onde os filhos estão, Finch é uma bagunça porque vive uma bagunça. E ainda em meio ao turbilhão de energias ruins que acontecem em sua vida, ele consegue ser alegre, engraçado e feliz. Isto é: quando ele não apaga, dorme durante dias e fica isolado de todos, e nem seus melhores amigos sabem onde ele está. É como se ele fosse inúmeros personagens em um só: Finch apagado, Finch feliz, Finch malvado, Finch revoltado… mas existe um Finch que permanece durante todo o livro, que é o meu Finch preferido, o apaixonado.

Violet mora na casa perfeita. Sua família é exemplar e tudo é feito como manda o figurino. Ela era extremamente feliz e popular até perder sua irmã repentinamente num acidente de carro há quase um ano. Sofre as consequências da perda de sua irmã e melhor amiga todos os dias da sua vida. Ela se sente culpada, solitária, incompreendida e culpada de novo. E eu a compreendo: sabe quando acontece uma tragédia e você estava lá, mas você sobreviveu e enquanto você deveria se sentir feliz por estar viva se sente culpada por estar viva? Quando você perde alguém que você ama muito e depois de um tempo, qualquer momento feliz, qualquer risada é uma traição à pessoa que você perdeu. Porque você está rindo num mundo onde ela nem existe mais?

Todos esses sentimentos são muito complexos para suportar quando se tem dezessete anos, e é isso que nossos protagonistas enfrentam todos os dias. É incrível como às vezes não é um pai, uma mãe, um terapeuta que pode te ajudar. Às vezes quem está com o coração machucado precisa falar com alguém tão machucado quanto, que pode entender cada pedacinho da sua dor (e acho que essa é a premissa de grupos de apoio, certo?).

“- Sabe o que gosto em você, Finch? Você é interessante. Você é diferente. E consigo conversar com você. Não deixe isso subir à cabeça.
O ar parece carregado e elétrico, como se tudo – o ar, o carro, Violet e eu – fosse explodir caso alguém acendesse um fósforo. Mantenho os olhos na estrada.
– Sabe o que gosto em você, Ultravioleta Markante? Tudo.”

No livro temos a  narração alternada entre Violet e Finch. Confesso que não sou muito fã de alternância de narrativa, mas neste livro não havia como ser diferente. Tínhamos que conhecer cada pedacinho sombrio de cada personagem para que pudéssemos entender cada atitude tomada.

Ambos se juntam para realizar um trabalho de geografia: ir em dois lugares que nunca foram do seu estado e descrever porque eles são marcantes. E ao invés de dois, no final temos mais de vinte localidades que Finch e Violet foram e deixaram um pouquinho de cada um por onde andaram.

Abordar temas como depressão, transtornos bipolares e tendências suicidas nunca é fácil, aliás, tanto escrevê-los quanto lê-los. Acredito fielmente que a autora realmente baseou esse livro na história da sua vida, pois não acredito que um terceiro colocaria tanta emoção e verdade em suas falas. Jennifer Niver consegue nos colocar na atmosfera dos personagens e ainda aborda temas polêmicos e dolorosos: porque a depressão não é vista como doença para tantas pessoas? Porque quando minha irmã morreu de câncer ela recebeu flores e homenagens, mas quando meu irmão se suicidou ninguém mandou uma pétala sequer? Vocês realmente acham que ele tinha como escolher não se matar? Vocês acham que se houvesse uma outra alternativa na cabeça dele, ele não a faria?

Confesso que chorei litros durante a leitura, mas não pouparia nenhuma dessas lágrimas se tivesse que ler novamente. Por Lugares Incríveis saiu disparado como melhor leitura de 2015 e subiu ao topo da minha lista mais importante de todas: a dos meus livros favoritos. Recomendo a todos (todos mesmo, se existe um livro que todo mundo tem que ler, é esse!)

Não preciso me preocupar com o fato de Finch e eu não termos filmado nossas andanças. Tudo bem não termos recolhido lembranças nem tido tempo de organizar tudo de um jeito que fizesse sentido pra outra pessoa.
O que percebo agora é que o que importa não é o que a gente leva, mas o que a gente deixa.”

Resenha: O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry
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Resenha: O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry

Publicado pela primeira vez em 1942 nos Estados Unidos e, três anos mais tarde, na França, O pequeno príncipe tornou-se obra de apelo universal, um clássico moderno traduzido para mais de oitenta idiomas. Suas páginas abrigam valiosas lições sobre a solidão, a amizade, o tempo, a vida e a morte, compartilhadas conosco por meio do pequeno habitante do asteroide B 612. Apesar de escrito e narrado por um adulto, O pequeno príncipe se dirige, desde suas primeiras linhas, às crianças. É, na verdade, uma ode à infância, uma delicada viagem a esse planeta que aos poucos abandonamos, vivendo em prol das nossas vaidades, vícios, obrigações, números e demais coisas “sérias e importantes”. Deixe-se conquistar pela fábula atemporal de Antoine de Saint-Exupéry e acompanhe o pequeno príncipe em sua jornada rumo ao nosso planeta. Lembre-se apenas de fechar um pouco os olhos e abrir bem o coração. Pois o essencial, como nos têm ensinado o pequeno príncipe e sua amiga raposa, por mais de setenta anos, é invisível aos olhos.

A resenha de O Pequeno Príncipe é um pouco diferente porque foi o livro do mês escolhido para discussão e debate no Beco Club, grupo de leitores VIPs do Beco Literário, e foi produzida por todos que participaram. Dessa forma, ela será apresentada aqui em forma de diálogo, com a devida assinatura de cada um dos Becudos que participaram.

O Pequeno Príncipe é um sonho, um livro que te mostra o quanto é importante você aproveitar e levar para sua vida os sonhos, a magia e tudo o que gosta de fazer, isto é sua habilidade ou dom e não deixar morrer por causa da vida toda. Além do amor às pequenas coisas, afinal tu és responsável por tudo aquilo que cativas. Esse livro já é um velho amigo, li na infância, passei para duas turmas que dei aula e até estimulei as minhas filhas a ler. Sonhos assim nunca devem acabar. — Sylvia Rainho

O livro retrata pra mim a valorização das pequenas coisas. Eu já tinha lido esse livro na infância e assisti também ao filme (que me encantou igual o livro). É um livro que vou dar para os meus filhos lêem. E me deu vontade de assistir o filme novamente. — Michelly da Costa

O livro é encantador, li pela primeira vez quando criança, depois disto li ele várias vezes, no entanto, ele nos dá uma lição de vida encantadora, nos ensina a se contentar com o pouco e valorizar as amizades. — Kallinny Almeida

Eu li na época de escola, eu amei tanto… lembro sempre da lição de dedicarmos tempo às coisas que realmente importam na vida. — Gabu Camacho

E também a respeito de lembrarmos sempre de ser em alguns momentos como um criança. A gente passa muito tempo querendo ser o forte ou maduro e esquece que se formos levar tudo a sério a vida perde a graça. Já queria ler há algum tempo, mas nunca tive coragem de comprar e ler. Seguindo o livro do mês, me vi “obrigado” a ler para compartilhar o que achei. Bom, de início o livro parece uma loucura: um príncipe que viaja planetas diferentes, que ama uma rosa e fala com animais. Um personagem infantil que a todo momento incentiva um terráqueo a jamais se esquecer de ser criança (que levou o autor a dedicar o livro ao seu amigo enquanto criança). Além disso, traz outros ensinamentos ao longo do livro, como quando ele se apresenta ao rei e lhe pede para ver o pôr do sol, sob o pretexto de que o rei manda em tudo e a resposta do rei é interessante. Ele diz: “É preciso exigir de cada um o que cada um pode pode dar”. Outro, quando a raposa lhe ensina que podemos ter diversas pessoas ao nosso redor, mas nenhuma será igual àquela que temos laços, pois são eles que diferenciam umas de outras. E, nesse livro também consta uma frase bem conhecida: o essencial é invisível aos olhos. — Pedro Henrique Domingos

O Pequeno Príncipe, é um livro infantil, mas ao meu ver é um livro feito para as crianças que estão dentro de nós, que infelizmente na maioria das vezes a deixamos escondidas e esquecidas dentro do peito, sem esperança. Este livro atemporal, que mesmo tendo sido escrito por volta de 1943, é sempre muito atual em suas questões, que desde cedo falava sobre responsabilidade afetiva, esperança, vaidade, ganância, entre outras coisas que passam desapercebidas aos olhos adultos, seja por falta de tempo ou egoísmo.  O livro nós mostra que por muitas vezes, nós adultos nós fechamos em uma bolha egoísta, exigindo demais dos outros e não se doando com reciprocidade. Este é meu livro favorito desde criança e a cada vez que eu o leio, tenho a leve impressão de que acabou de ser escrito, pois é sempre muito atual. Saint-Exupéry, foi sábio e habilidoso em cada palavra, todas foram colocadas de forma com que tocasse a maioria das pessoas que lêem o livro, nem que fosse por um instante e com isso eu aprendi que sim, o essencial é sempre invisível aos olhos humanos, perdemos tanto tempo preocupados com o material e esquecemos do que está dentro. — May Esteves

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Resenha: Vermelho, branco e sangue azul, Casey McQuiston
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Resenha: Vermelho, branco e sangue azul, Casey McQuiston

Vermelho, branco e sangue azul é um livro complicado para eu falar sobre porque talvez seja o livro que eu mais gostei na vida desde que li História é tudo o que me deixou, do Adam Silvera. Estou só o caco depois que acabei essa leitura e vou tentar ser sério durante a resenha. Mas para isso, fiz uma coisa que nunca fiz antes e coloquei uma música para você ouvir enquanto lê. Fará a diferença, te garanto.

Bom, Vermelho, branco e sangue azul conta a história de Alex Claremont-Diaz, filho da presidenta dos Estados Unidos, que se tornou o queridinho da mídia norte-americana. Ele é bonito, carismático, leva jeito para a política e quer seguir os passos dos pais (o pai também faz parte da política). Sua família é então convidada para o casamento real de Philip, príncipe britânico, e na festa, Alex precisa lidar com Henry, irmão mais novo de Philip e o queridinho do mundo todo. Sim, sua versão britânica que ele não suporta, ainda mais com as constantes comparações da mídia.

É fato que eles não se dão bem desde o primeiro encontro e não seria diferente no casamento. Após uma série de provocações, os dois acabam caindo em cima do bolo caríssimo da festa e indo parar na capa de todos os tabloides do mundo, quase acabando com a relação diplomática entre Estados Unidos e Inglaterra. A assessoria de imprensa de ambos os lados arquiteta um plano que eles precisam se passar por melhores amigos durante um final de semana. Visitando hospitais de caridade, dando entrevistas, sendo vistos juntos por aí… E vão, trocando farpas em qualquer oportunidade, mas fingindo aquele sorriso perante as câmeras, até que um falso ataque terrorista no hospital em que estão faz os dois ficarem confinados juntos em um armário de vassouras. E aí começa a conversa de verdade entre os dois e depois, a troca de números com a volta de Alex aos Estados Unidos.

Eles começam a conversar pelo celular, cada vez com mais frequência. Eles se aproximam e, durante uma festa na Casa Branca apenas para pessoas influentes e famosas, Henry beija Alex e foge. Alex fica confuso, porque nunca tinha pensado na possibilidade de ser bissexual antes. E começa sua jornada de autodescoberta, enquanto descobre maneiras de voltar a falar com Henry.

Sim, seu idiota arrogante da porra, eu quero você há tanto tempo que não vou permitir que me provoque por mais nenhum segundo.

É nesse ponto, gente, que a vaca do leitor vai para o brejo e você não consegue mais largar o livro. O romance dos dois é, primeiramente, baseado no despertar sexual e na vontade louca de transar um com o outro sem qualquer sentimento, pelo menos no ponto de vista de Alex. Mas com o tempo, vemos esse sentimento nascer e se solidificar cada vez mais, de forma que Alex e Henry estão terrivelmente apaixonados um pelo o outro. Mas quais as chances disso dar certo? Alex está no meio da campanha presidencial de reeleição da mãe e Henry é o príncipe da Inglaterra, com todos os protocolos e coisas do gênero. Mas o bicho pega quando uma foto dos dois se beijando no banco de trás do carro vaza. E a assessoria de imprensa quer encobrir.

pqp, diz um dos comentários, se peguem de uma vez, vai.

Mas eles não. Eles querem fazer história e estão dispostos a enfrentar o mundo para ficarem juntos, porque sabem, com mil por cento de certeza, que é para sempre. Vermelho, branco e sangue azul é sofrido, me tirou lágrimas, me tirou sorrisos e tirou a minha alma várias vezes. É uma leitura leve, que flui de maneira muito rápida, apesar dos capítulos serem extensos (algo que pessoalmente não gosto, mas não me incomodou em nada nesse livro). Ganhou em disparada como o meu livro preferido, e agora eu me sinto triste por ter terminado e mais triste ainda por não ter uma continuação. E por saber que os personagens não existem de verdade.

Você é um pé na curva sensível e delicada do saco que é minha vida.

É uma leitura interessante para vermos como o poder midiático influencia a vida das pessoas e como somos facilmente manipuláveis pelo Jornalismo e pelas coisas que querem que saibamos. Também, nos mostra que existem coisas na vida que valem a pena lutar. Eu amei cada segundo que passei imerso nessa leitura e quero ler outras e outras vezes. As cenas de sexo são sutis e bem escritas, dando aquele ar sexy para a história que não beira a vulgaridade (apesar de muitas horas eu quase implorar para tê-la). O final é feliz, e apesar de também odiar finais felizes, Vermelho, branco e sangue azul me fez amar cada letra, cada página e cada segundo que minha cabeça ficava louca por Alex Claremont-Diaz e Príncipe Henry de Gales. Quero mais e quero que eles sejam reais, agora.

Obrigado pelo livro, Editora Seguinte, e obrigado pela oportunidade de estar no mundo limitado de 300 páginas de Alex e Henry. Agora me levem para o mundo deles de verdade.

Dia da Consciência Negra: 4 livros escritos por pessoas negras
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Dia da Consciência Negra: 4 livros escritos por pessoas negras

O Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, impulsiona reflexões e debates importantes sobre racismo, inclusão, desigualdade e os papéis ocupados pelos negros no Brasil. Mesmo após mais de 130 anos desde a assinatura da lei que instituiu o fim da escravidão, a presença de pessoas de cor em posições de poder ainda é tímida. A mesma escassez é percebida na prática de leitura de livros escritos por pessoas negras.

Pensando nisso, o 12min, aplicativo que condensa os pontos mais importantes de livros de não-ficção em pequenas resenhas de áudio e texto, preparou uma lista de obras escritas por negros para serem apreciadas todos os períodos do ano:

– Minha História, de Michelle Obama

Uma das mulheres mais importantes do século XXI, Michelle Obama, a ex-primeira-dama dos Estados Unidos já vendeu mais de 10 milhões de exemplares no mundo da obra que narra algumas das experiências que ela viveu. No livro, Michelle conta como lidou com a mídia, ajudou a criar uma política inclusiva e se consolidou como relevante figura na política americana enquanto acompanhava o crescimento e o amadurecimento das filhas.

– Quem tem Medo do Feminismo Negro?, de Djamilla Ribeiro

Djamilla Ribeiro é uma das 100 mulheres mais inspiradoras e influentes de todo o mundo em 2019, de acordo com lista da BBC. Boa parte de seu reconhecimento vem justamente do conteúdo abordado neste livro, que reúne uma seleção de artigos publicados pela autora e um ensaio autobiográfico, em que ela conta um pouco da sua infância e adolescência. A poderosa obra discute a representatividade negra e aborda diferentes retratos das mulheres e da discriminação racial no Brasil.

– Hackeando Tudo, de Raiam Santos

Criar hábitos e construir uma rotina produtiva pode fazer a diferença para se chegar ao sucesso pessoal e profissional. É isso que o autor Raiam Santos apresenta no livro Hackeando Tudo, em que dá dicas simples com exemplos claros para conseguir aplicar no dia a dia, que vão desde tomar banho gelado a arrumar a cama quando acordar. Para escrever a obra, o escritor leu diversas biografias estudando os costumes de algumas das pessoas mais bem-sucedidas da atualidade.

– Na Minha Pele, Lázaro Ramos

O Brasil é um dos países mais diversos do mundo, mas até hoje a nação sofre com os danos causados pela escravidão e genocídio da população negra. Para abordar esse tema, o renomado ator, cineasta, apresentador e escritor Lázaro Ramos conta sua história de exceção para sugerir uma reflexão sobre o racismo. É um convite para repensar o quanto a nação está perdendo por causa do preconceito.
Capa do livro O Conto da Aia
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RESENHA: O CONTO DA AIA, DE MARGARET ATWOOD

Sinopse: O romance distópico O conto da aia, de Margaret Atwood, se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa – basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América. Uma das obras mais importantes da premiada escritora canadense, conhecida por seu ativismo político, ambiental e em prol das causas femininas, O conto da aia foi escrito em 1985 e inspirou a série homônima (The Handmaid’s Tale, no original), produzida pelo canal de streaming Hulu em 2017.

 O Conto da Aia mostra a vida na República de Gilead, anteriormente o território dos EUA, após o país sofrer uma revolução teocrática e ser governado por radicais cristãos. Regidos por interpretações exageradas do Velho Testamento, os novos governantes excluem as mulheres da vida em sociedade e as dividem em castas funcionais: as Marthas, são pelos serviços domésticos; as Esposas, administradoras do lar; as Aias, como reprodutoras; e as Tias, senhoras que educam as mulheres para a servidão e submissão.

Em Gilead, sem direito a opinar, de se expressarem ou mesmo de serem alfabetizadas, as mulheres estão no nível mais baixo da sociedade. Além disso, através das informações que são passadas pela protagonista, sabemos que Gilead está passando por conflitos contra outras nações – e que alguma radiação trouxe infertilidade ao país. Sendo essa a razão de algumas mulheres, saudáveis e ainda férteis, serem tomadas como aias.

Contra-capa-conto-da-aia

Imersa nesse contexto, Offred é uma aia que vai nos contando sua rotina na casa do Comandante, tendo ali a estrita função de lhe dar um filho. Entre lembranças do seu passado com seu marido e filha e sua realidade no presente, cheia de horrores, Offred vai tecendo sua narrativa que, conforme a autora brinca com hipérboles, guarda semelhanças com a realidade do século XXI.

Publicado em 1985, o livro tem inspirações visíveis na Revolução Islâmica que ocorreu no Oriente Médio, em meados do século passado – tornando o Irã uma república islâmica teocrática, pautada pelo radicalismo, e retirando quase totalmente a liberdade feminina no Afeganistão. Ao parafrasear esse contexto para uma versão cristã de dominação, Atwood subverte alguns dos princípios ocidentais e nos releva até que ponto o radicalismo religioso pode levar a sociedade.

Nesse sentido, o maior trunfo do O Conto da Aia é seu flerte com a realidade. Seguindo a tradição do gênero distópico, que se apropria de hipérboles sociais para criar um cenário impactante ao leitor, por um lado o livro nos apresenta uma situação que beira ao absurdo – já que nossa própria narrativa ocidental tem caminhado em uma direção contrária a esse estado radicalista. Afinal, na maior parte dos países da Europa e América, as politicas costumam ser pautadas pela liberdade de credo, de sexualidade e maior autonomia feminina.

Contudo, a obra ainda permanece relevante, pois o objetivo da ficção cientifica é nos alertar dos perigos de nossas próprias intolerâncias e preconceitos. O propósito da obra não é simplesmente retratar a realidade do mundo, mais apresentar uma perspectiva de futuro assombrosa – propondo uma reflexão profunda do que nos levaria até tal ponto como sociedade, e possibilitando que tomemos um outro rumo.
Ao apresentar uma realidade onde o patriarcado e o radicalismo triunfão em pleno ocidente, Atwood nos direciona para o extremo oposto – nos deixando receosos e desejosos pela liberdade.

Contudo, também não se pode negar que toda a violência contra a mulher revelada, sem censuras, dentro da história são uma maximização do que ocorre nas vielas e becos de muitas cidades brasileiras e ao redor do mundo. A violência e opressão sofridas por Offred e todas as aias, ainda que não aconteça em escala governamental, é uma analogia ao que ocorre em muitos lares e relacionamentos abusivos – onde os homens ainda persistem em subjugar ao mulheres, simplesmente por serem aquilo que são. Impondo-lhes uma realidade de terror e escravidão social.

interior do livro o conto da aia

O Conto da Aia não deve ser lido de forma leviana, nem é um mero entretenimento. Sua mensagem poderosa deve ser absorvida e refletida, para que possamos cada vez mais nos distanciar da sociedade de Gillead, e avançar para uma mais libertária, igual e digna.

Vale ressaltar também o poder da escrita de Atwood, que possuí uma enorme superioridade em relação a alguns dos romances dessa mesma temática. No Canadá, o livro de Atwood é considerado um clássico na literatura nacional, sendo estudado em escolas e universidades, não apenas por seu conteúdo impactante, mas também pela sua força literária.

Baseada na obra, a série The Handmaid’s Tale estreiou em 2016, pelo serviço de streaming Hulu, e já venceu 8 Emmys e 2 Globos de Ouro. Atualmente, a série está em sua 3º temporada e pode ser acompanhada pelo Globoplay

O livro pode ser encontrado nas maiores livrarias do país, e também pode ser adquirido em lojas online como a Amazon, Americanas, Livrarias Cultura, Submarino ou por qualquer outra de sua preferência.

Sobre a Autora: Escritora canadense que atua como romancista, poetisa, contista, ensaísta e crítica literária. Reconhecida por inúmeros prêmios literários internacionais de grande importância. Recebeu a Ordem do Canadá, a mais alta distinção em seu país. Em 2001, foi incluída na calçada da fama canadense e muitos dos seus poemas foram inspirações para contos de fada europeus. Desde 1976, é membro fundadora de uma organização não governamental que atua em apoio da comunidade de escritores canadenses ou que residem no país. Desde 1976, é membro fundador do Writers’ Trust of Canada, uma organização não governamental que atua em apoio à comunidade de escritores canadenses ou que residem no país. Suas obras são conhecidas por mesclarem uma veia irônica e lúdica com sua aguçada perspicácia para questões contemporâneas – como as relações de gênero e o meio ambiente.

Ficha Técnica:
Capa comum: 368 páginas
Editora: Rocco; Edição: 1 (7 de junho de 2017)
Idioma: Português
Autora: Margaret Atwood
Tradução: Ana Deiró
ISBN-10: 8532520669
ISBN-13: 978-8532520661
Dimensões do produto: 20,8 x 14,2 x 2,4 cm
Peso de envio: 363 g

Margaret Atwood com seu livro

Não se apega, não, Isabela Freitas - Sol em Escorpião
Colunas, Livros

TAG: 5 livros para aproveitar o sol em escorpião

Se você entende de signos já deve saber e esperar os efeitos que o sol em escorpião traz para a nossa vida. Se não entende, vou te explicar por cima. Desde o último dia 23, todos os signos ficam acometidos por um clima de introspecção, cautela e muita atenção com relação aos sentimentos mais profundos. Além é claro, daquela efervescência de hormônios que escorpião, o signo mais sexual do zodíaco traz para a vida de todo mundo.

Para comemorar essa época, que chega ao fim em alguns dias, separamos cinco livros para você aproveitar o sol em escorpião com toda a sua energia:

Submisso, Daniel Zimmer

Submisso conta a história de David, rapaz casado com Lázaro há quase dez anos que adora ser submisso ao seu marido. Sempre adorou servi-lo e isso é uma coisa que funciona entre os dois. Lázaro é intenso e tem um apetite incontrolável, fato que enlouquece David ainda mais. Com uma escrita leve, permeada com trechos vulgares, o autor consegue escrever aquele romance erótico que dá gosto de ler. É verossímil na medida certa e bem escrito, sem erros de português e de concordância que poderiam atrapalhar o clima que a história cria. Leia nossa resenha completa aqui.

O Amante do Tritão, R. B. Mutty

O Amante do Tritão conta a história de Gabe (meu xará), que se muda para uma nova cidade para morar com o irmão, depois de ter sido expulso de casa por assumir sua sexualidade. Ele nunca tinha visto o mar, e nessa cidade nova, todos eram surfistas, donos de lojas de surf e coisas do gênero. Ele precisa fazer amigos, mas ninguém o interessa, apenas Dylan, um misterioso rapaz de 18 anos, como ele. Forte, musculoso e com olhos marcantes que deixam os nervos de Gabe a flor da pele. No entanto, Dylan não é normal, e Gabe não sabia o que se passava com ele até começarem a se envolver. E todo esse envolvimento termina em sexo. Gabe perde sua virgindade com Dylan, mas ele não imagina (e nem nós) o que acontece a seguir… Ele começa a se sentir estranho enjoado, com dores aqui e ali e o diagnóstico vem: Gabe está grávido de Dylan, que é um tritão. Sim, o masculino de sereia. Leia nossa resenha completa aqui.

Um milhão de finais felizes, Vitor Martins

Um Milhão de Finais Felizes é o segundo romance do autor e ilustrador Vitor Martins. Publicado (nem tão) recentemente pela Globo Alt, a história dessa vez vai um pouquinho além no quesito idade dos protagonistas, se diferenciando um pouco do já resenhado por aqui, Quinze Dias. Aqui, os protagonistas já dividem o seu tempo com estudos, trabalhos, problemas familiares e a tentativa de conseguir manter uma vida social no meio de tudo. Já começo dizendo que ambos os livros não possuem relação, mas passa a impressão de que a melhor ordem de leitura é Quinze Dias > Um Milhão de Finais Felizes, pois, no primeiro você se encanta e no segundo você fica meio: “eita, essa é minha vida”. Leia nossa resenha completa aqui.

Para todos os garotos que já amei, Jenny Han

Para todos os garotos que já amei conta a história de Lara Jean, uma jovem de 16 anos, que teve que amadurecer rapidamente após a morte de sua mãe. Junto com suas duas irmãs, elas assumem um pacto de fazer a vida do seu pai mais fácil, tomarem conta da rotina da casa e serem boas meninas. Lara Jean faz seu papel de filha do meio muito bem, mas não se sente destemida como sua irmã mais velha Margot ou determinada como sua irmã pequena Kitty. Lara Jean se sente “apenas” a filha do meio. Leia nossa resenha completa aqui.

Não se apega, não, Isabela Freitas

Isabela Freitas, em seu primeiro livro, Não se apega, não, narra os percalços vividos por sua personagem para encarar a vida e não se apegar ao que não presta, ainda assim, preservando seu lado romântico. Confesso que tinha preconceito com “Não se apega, não”. Achava que era mais um livro de autoajuda do que qualquer outra coisa. Até agora, muito tempo depois de ter terminado a leitura, ainda não sei classificar o livro. Não é autoajuda, nem um romance, nem ficção, semibaseado na realidade… E olha, rotular pra quê? Acho que é justamente o fato de o livro ser uma mistura que o torna especial. Leia nossa resenha completa aqui.

O Amante do Tritão
Livros, Resenhas

Resenha: O Amante do Tritão, R. B. Mutty (+18)

O Amante do Tritão caiu nas minhas mãos por acaso. Passei por uma época na faculdade em que eu estava fascinado por tritões e eu descobri o livro, comprei na mesma hora e comecei a ler na van do caminho de volta. Achei que teria uma leitura garantida pelo resto da semana, mas li em duas viagens e uma aula de jornalismo contemporâneo.

Que eu amo romances eróticos, que permeiam aqueles da banca vocês já estão cansados de saber. E eu encontrei essa pitada que eu amo em O Amante do Tritão, com aquela mistura de ser LGBTQ+, que ganha meu coração logo de cara. Já faz algum tempo que eu li e depois parei de acompanhar a saga, mas sei que existem alguns prequels e sequels, os quais ainda não tive coragem porque jamais superei esse livro.

O Amante do Tritão conta a história de Gabe (meu xará), que se muda para uma nova cidade para morar com o irmão, depois de ter sido expulso de casa por assumir sua sexualidade. Ele nunca tinha visto o mar, e nessa cidade nova, todos eram surfistas, donos de lojas de surf e coisas do gênero. Ele precisa fazer amigos, mas ninguém o interessa, apenas Dylan, um misterioso rapaz de 18 anos, como ele. Forte, musculoso e com olhos marcantes que deixam os nervos de Gabe a flor da pele.

No entanto, Dylan não é normal, e Gabe não sabia o que se passava com ele até começarem a se envolver. E todo esse envolvimento termina em sexo. Gabe perde sua virgindade com Dylan, mas ele não imagina (e nem nós) o que acontece a seguir… Ele começa a se sentir estranho enjoado, com dores aqui e ali e o diagnóstico vem: Gabe está grávido de Dylan, que é um tritão. Sim, o masculino de sereia.

Toda a narrativa do livro segue então, na vida amorosa de Gabe e Dylan, que agora estão formando a sua família metade humana e metade sereia/tritão. Acompanhamos o romance dos dois crescer, o cuidado que Dylan tem com Gabe grávido, o desenvolvimento do bebê no ventre do garoto e MUITOS momentos sexuais que são escritos em detalhe e com perfeição. Uma pequena observação, é que em algumas cenas de sexo, eu não senti tanta verossimilhança, mas esse aspecto não quebrou o clima e a continuidade da história.

Não quero dar muitos spoilers além dessas bombas que a história nos traz, mas O Amante do Tritão é incrível. Não foi meu primeiro livro de MPREG (Masculine Pregnancy, ou gravidez masculina, em português), mas com certeza foi o que mais me fez sofrer, chorar e sentir como se eu fosse o próprio protagonista. A autora R. B. Mutty tem uma escrita fluída que te carrega para dentro da história e do seu universo de forma leve, e você se sente como o protagonista. Algo muito parecido com o que senti lendo Crepúsculo, que nenhum outro livro havia me causado até então.

Tire seus preconceitos e dê uma chance para O Amante do Tritão, eu tenho certeza que você não vai se arrepender. E ah, antes que eu me esqueça: a autora criou todo um contexto no parto, se você está procurando semelhanças com gravidez no mundo real e devo dizer que SIM, eu terminei o livro pensando que poderia facilmente acontecer perto de mim, ou até mesmo, comigo.

eu, a vó e a boi
– Turandot (Arlete Salles) e Yolanda (Vera Holtz) vestidas iguais de baianas
Atualizações, Filmes, Novidades

Eu, a Vó e a Boi, série baseada em thread do Twitter, estreia dia 29

Uma história de inimizade de mais de 60 anos. Uma guerra declarada entre duas vizinhas capazes de tudo para prejudicar a vida uma da outra. De um lado, Turandot (Arlete Salles); do outro, Yolanda (Vera Holtz), a “Boi” – apelido dado pela primeira, ao concluir que “vaca” está fora de moda. Ninguém sabe quando tudo começou, mas já aposentadas, viúvas e, portanto, dispondo de tempo livre o suficiente nas mãos, nenhuma delas tem a menor intenção de propor um tratado de paz. Em meio a esse embate, o neto em comum, Roblou (Daniel Rangel), tenta sobreviver ao ambiente hostil onde foi criado e se agarra à única oportunidade que encontra em seu caminho: Demimur (Valentina Bulc), menina cheia de sonhos com quem descobre as alegrias e as dores do amor. É pelo seu ponto de vista, um tanto fragilizado, que o público acompanha as constantes desavenças entre as duas senhoras.

O storyline de ‘Eu, a Vó e a Boi’, apesar de nada convencional, tem como pano de fundo a vida real. Em 2017, Eduardo Hanzo decidiu compartilhar com seus seguidores no Twitter a bélica – e muitas vezes cômica – relação de inimizade entre sua avó e a vizinha dela. A história viralizou e chamou a atenção de Gloria Perez, que, assim como um grande número de internautas, achou que a postagem divertida na rede social renderia um roteiro de televisão.

Nas mãos de Miguel Falabella, a narrativa deu origem a uma série de humor ácido, com personagens alucinados e, ao mesmo tempo, absolutamente comuns. “Embora seja uma série de humor, com tipos muito inusitados, ela também coloca o dedo na ferida. Hoje temos um país sentido, dividido. O discurso é sempre da truculência. E isso é o que a avó e a Boi fazem nessa história. Elas não argumentam, elas agem uma contra a outra. São situações engraçadas, mas por trás desse humor as coisas são ditas”, revela o autor.

A trama se passa na Tudor Afogado, uma rua cinza e monocromática, inspirada no subúrbio do Rio de Janeiro. Separadas por uma vala que praticamente materializa a aura de ódio e rancor entre as vizinhas, vivem frente a frente as famílias das duas. Por ali, ninguém escapa ileso dos boicotes diários praticados pelas matriarcas. Quando Norma (Danielle Winits) e Montgomery (Marco Luque), filhos das rivais, se apaixonam perdidamente, tudo parece sentenciado ao caos eterno. Nem mesmo o nascimento dos netos Roblou e Matdilou (Matheus Braga) abre uma trégua entre as duas senhoras.

Ao longo de 12 episódios, os personagens surgem em cena com reações e atitudes que beiram o absurdo. “São todos alucinados, com relações alucinadas. Na série não há uma cronologia muito rígida. São fatias de emoção. Os personagens reagem aos estímulos das situações propostas. É como se fosse a toca do coelho da Alice, em que a gente mergulha e vai viver um universo paralelo”, explica o diretor artístico Paulo Silvestrini.

‘Eu, a Vó e a Boi’ é uma série original Globoplay, desenvolvida pelos Estúdios Globo. Criada e escrita por Miguel Falabella, com Flávio Marinho e Ana Quintana, a partir de uma ideia original de Eduardo Hanzo, a obra tem direção artística de Paulo Silvestrini e direção de Mariana Richard.

A casa da vó

Turandot, já aposentada e viúva, tem na vida uma única motivação: atrapalhar tanto quanto for possível cada um dos dias de sua arqui-inimiga Yolanda, que – ela jura – roubou todos os seus namorados da juventude. Em sua casa, onde mora com as duas filhas, Celeste (Giovana Zotti) e Norma (Danielle Winits), e com o neto Roblou, ela é a dona da primeira e da última palavra. E ai daqueles que ousarem contrariá-la: para estes, a fama de grande atiradora é zelada constantemente.

Sua mais recente determinação é vencer a eleição e tomar da Boi o posto de presidente da associação de moradores. O motivo da candidatura, segundo ela, é conseguir dar andamento às obras de cobertura da vala com esgoto a céu aberto que divide ao meio a rua Tudor Afogado. Mas todos sabem que este é só pretexto para tirar tudo o que pode de sua rival. “A Turandot é uma mulher que, infelizmente, escolheu como sentimentos condutores da vida dela o ódio e o rancor. Ela não é uma mãe feliz, não é uma mulher feliz, não foi uma amante feliz. Como intérprete, é uma alegria porque esse é um grande personagem” conta a atriz Arlete Salles.

Celeste é quem mais sofre com as loucuras da mãe. Há 25 anos, a ascensorista é noiva de Cabello (Edgar Bustamante), o dono da Cabello Lanches. Mas, no que depender do comerciante, os sonhos de casamento não têm data para serem concretizados. Não bastasse toda a frustração, ela ainda é lembrada diariamente pela própria mãe de que sua vida e seus planos, há muito, estão falidos.

Norma também não teve sucesso na vida amorosa. Escolheu casar-se justamente com o filho da inimiga de Turandot, Montgomery (Marco Luque), com quem teve dois filhos – Roblou e Matdilou. Sempre foi perdidamente apaixonada por ele, enfrentando até mesmo toda a torcida contra o relacionamento. Quando os meninos ainda eram crianças, foi abandonada pelo marido e, dez anos depois, ainda vive sob o efeito dos remédios que toma para esquecer que um dia foi feliz ao lado do amado. Seu refúgio é a boate Mona de Ekê, onde trabalha como recepcionista e, em meio a muita purpurina, lantejoulas e conversas animadas com a amiga Sapore (Adriano Tunes), esquece dos problemas.

A casa da Boi

Do outro lado da vala, exatamente na casa em frente, vive Yolanda. A atual presidente da associação de moradores da Turdor Afogado divide teto com o filho Marlon (Magno Bandarz) e o neto Matdilou, e não poupa um minuto sequer do tempo que se dedica a planejar artimanhas contra a rival. Defende os seus como uma leoa, independente do que façam.

Isto inclui o filho mais velho, Montgomery. Dez anos depois de abandonar esposa e filhos e sumir no mundo, ele volta para casa – e para debaixo das asas da mãe. A alegria da Boi ultrapassa o retorno de sua cria: a volta de Montgomery desestabiliza Norma e, consequentemente, a harmonia da casa de Turandot. Era tudo com o que poderia sonhar. “A Yolanda é a matriarca de uma família direta, sem rodeios e sem julgamentos. Eu gosto dessas personagens que não têm passado nem futuro, vivem o tempo presente, são o que são. A Boi não está nem aí. Ela não gosta da Turandot e você não sabe bem o porquê. Ela não gosta, simplesmente”, explica a atriz Vera Holtz.

Também na casa, Marlon e Matdilou são praticamente cúmplices. Um imita o que o outro faz. Marlon adora se exibir nas redes sociais como o bonitão que é, enquanto o sobrinho Matdilou se revela um ótimo filmaker com o canal “A vida interessante das pessoas”. Preocupados em se dar bem financeiramente, eles encontram um caminho em comum: o relacionamento com Sugar Mammas. No namoro de contrato, tudo é acordado entre eles e as senhoras mais velhas com as quais cada um se relaciona – Belize (Eliana Rocha) e Mary Tyler (Stella Miranda), respectivamente.

O elo ferido entre duas família

Roblou é o narrador e testemunha ocular das desavenças entre Turandot e Yolanda. O drama enfrentado pelo protagonista de apenas 18 anos é semelhante ao de muitos brasileiros: impactado e ferido pelo ambiente de ódio em que cresceu, ele faz parte dos 75% de jovens que não têm qualquer esperança no Brasil. Onde não há esperança, o que sobra?

O amor. É nele que Roblou encontra sua válvula de escape e, talvez, a única saída para colocar sua vida nos eixos. Quando Demimur volta a morar com o tio, Cabello (Edgar Bustamante) – o dono da lanchonete da vizinhança –, um sentimento arrebatador inflama seu coração, bem no dia de seu aniversário de 18 anos. A menina com quem brincava na infância agora é uma jovem bailarina, linda e encantadora. Chega como um presente. Juntos, eles vivem as emoções de uma paixão intensa, capaz de transportá-los para um universo paralelo.

A felicidade dos pombinhos só tem um grande percalço: a tão almejada carreira internacional de Demimur. Prestes a embarcar para uma competição de dança esportiva de salão na Europa, ela precisa se dividir entre a intensa rotina de treinos, conduzida pelo rigoroso professor Rosalvo Lebrão (Cleto Bacic), e os momentos ao lado de Roblou.

O protagonista de ‘Eu, a vó e a Boi’ também é o responsável pelo diálogo com um importante interlocutor: o público. Roblou quebra a quarta parede, olha para a câmera e fala diretamente com quem o assiste sobre tudo o que vê nos arredores da Tudor Afogado. “Ele é o narrador da história e, além disso, é o protagonista, está em todas as cenas. São muitos textos falados para a câmera, muita narração em off. O Roblou tem uma troca com os personagens e com o público ao mesmo tempo. Para mim, esse é o lado mais desafiador desse personagem”, revela o ator Daniel Rangel.

A vizinhança da Tudor Afogado

Ponto de encontro oficial dos moradores, a Cabello Lanches é um recorrente palco para as tensões entre Turandot e Yolanda. Quando não estão se estranhando de suas casas, frente a frente, é ali que as senhoras acabam tecendo grandes embates. Cabello, o eterno noivo de Celeste, é o proprietário do estabelecimento – o que põe a todos em posição de alerta com os lanches servidos no local, que têm a fama de serem servidos com uma amostra dos fios capilares do dono. O único funcionário é Dimundo (Alexandre Barbalho), que sempre tem na ponta da língua um comentário inoportuno sobre a vida dos clientes.

Em frente à lanchonete fica o brechó de Orlando (Otávio Augusto). Mesmo entulhado de itens de colecionador, nunca se teve notícia da venda de qualquer objeto. Isso levanta a suspeita de todos, inclusive da detetive Ardósia Rocha (Alessandra Maestrini), mais conhecida como Seu Rocha, que está sempre atenta à movimentação do local. E o antiquário não é o único motivo das visitas da policial à região. Perdidamente apaixonada por Norma, a detetive está sempre a postos para qualquer chamado por ali – inclusive vindo da amada, com quem também mantém uma bonita relação de amizade.

A volta de Montgomery para a casa da mãe também estaciona na Tudor Afogado um trailer. É nele que o filho da Boi vende as empanadas feitas por sua nova esposa, a venezuelana Milagros (Paula Cohen). A chegada dos dois preocupa não só o comércio local como também a família de Turandot, já que trata-se do mesmo trailer comprado por Montgomery com o dinheiro da sogra. E o mesmo veículo com o qual abandonou Norma, dez anos antes.

O palco de um universo fabular

Para que a história e as atitudes dos personagens de ‘Eu, a vó e a Boi’ fossem o maior destaque da série, foi preparada uma cidade cenográfica com ares de palco. Construída especialmente para o projeto, ela tem 2.325 metros quadrados inteiramente monocromáticos. Todas as casas e estabelecimentos montados no local são cinzas do lado de fora.

“A série tem um universo não-realista, com relações extremadas entre os personagens e, por isso, eu queria que tivesse algo de teatral no tom. A cidade cenográfica monocromática cria esse ambiente. Uma vez que o ambiente é cenográfico, como um palco de teatro, você se distancia da realidade imediatamente. Ela é feita para que tudo seja verdade ali porque, em outro lugar, não seria”, explica o diretor Paulo Silvestrini.

Bem no meio da cidade cresce uma vala que divide a rua Tudor Afogado. Na série, ela personifica a tensão entre Turandot e Yolanda, e é tão presente e atuante na trama como qualquer outro personagem. “Para nós, esse foi o item mais difícil de entender e projetar. Parece que é um buraco simples, mas não é. Ele é todo estruturado por dentro porque alguns personagens caem na vala e são filmados dentro dela”, detalha a cenógrafa Marcia Inoue.

O universo não-realista de ‘Eu, a Vó e a Boi’ é composto por exageros divertidos e momentos que beiram o surreal. A monocromia do exterior das casas contrasta com o colorido de seus interiores, que seguem a mesma paleta de cores de cada um de seus habitantes, diferenciando o “campo de guerra” do lugar de paz e liberdade dos personagens. E essas foram as características que a Produção de Arte adotou como linguagem principal. Todos os objetos foram garimpados um por um, e são uma mistura de itens de antiquários e brechós com artigos kitsch e de lojas modernas, resguardando o cuidado de não transformarem os ambientes em cenários de época. “Os cenários são como pequenos relicários, remetendo a muita vivência e lembranças, e com misturas e cores contrastando com o cinza e o vazio da cidade cenográfica, onde habitam os personagens. Assim representamos o complexo universo interior de cada um, cheios de segredos e mistérios, alegrias e tristezas, e, ao mesmo tempo, blindados por máscaras sociais”, revela a produtora de arte Carolina Pierazzo.

Carolina também detalha os elementos que diferenciam as casas – e o temperamento – das famílias de Turandot e Yolanda: “Turandot tem o vermelho como cor principal. É a cor da paixão, da intensidade, dos afetos, representante das duas filhas românticas e sonhadoras. As linhas da arquitetura da casa e do mobiliário são curvas como as linhas femininas. É uma casa viva, que tem sempre comida no fogão e um café fresco servido na mesa. Já na casa de Yolanda as linhas são retas. É um ambiente mais sóbrio, menos organizado. A paleta em tons de azul contrasta com o tom amadeirado dos mais de 40 porta-retratos antigos de família que preenchem uma parede inteira da sala, quase se transformando em um papel de parede texturizado. O acúmulo, ali, é memória”.

O trabalho das equipes de Arte e Cenografia foi complementado pelo de outras duas áreas: Efeitos Especiais e Efeitos Visuais. Os primeiros planejaram diferentes efeitos físicos para a cidade, como esguichos de água nos bueiros, sacadas móveis capazes de serem derrubadas em cena e a simulação de curto-circuitos em postes. E também um grande desafio: uma reprodução em maquete da rua Tudor Afogado e sua vala, com sete metros de comprimento, feita para facilitar alguns takes de câmera. “A série baseia-se muito na complexidade dos personagens e da relação entre eles. E isso, no desenrolar da história, cria situações em que a cidade literalmente colapsa. E nós preparamos toda a base desse colapso”, conta Renato Lopes, responsável pela área.

Já o time de Efeitos Visuais, comandado por Léo Faria, reproduziu graficamente, em 3D, todo o exterior das casas e estabelecimentos da cidade cenográfica. O trabalho ajudou a criar o efeito de gamificação que permite oferecer ao público pontos de vista diferentes dos tradicionais. Como se um joystick movimentasse as câmeras por todos os ângulos possíveis, transportando o público para dentro da cena. “Pensamos muito em tudo que poderíamos propor em termos de diferentes movimentos de câmera ao Paulo Silvestrini, que nos fez essa encomenda. Para as passagens de tempo, por exemplo, optamos por um enquadramento virtual estático, como uma foto”, revela Faria.

A explosão de cores de um universo monocromático

Dando vida a um universo cinza, os personagens. Os figurinos assinados por Cao Albuquerque têm, para cada um, uma cor diferente. Juntos na rua Tudor Afogado, eles são uma explosão multicolorida. Para Turandot e Yolanda as referências foram as divas dos anos 1950 e as grandes rivais do cinema clássico, como Bette Davis e Joan Crawford. “Elas se parecem no visual, mas passeiam por cores distintas. Uma nunca tem a cor da outra. Enquanto Turandot tem um bloco de cor vinho, Yolanda traz o azul marinho”, descreve o figurinista. Já o protagonista Roblou tem uma pegada mais nerd no visual, refletindo sua afinidade com os muitos livros que têm dentre os seus pertences. Suas roupas flertam com o estilo do personagem Harry Potter, sempre em tons azul-esverdeados.

Assim como o trio protagonista, cada um dos demais personagens tem sua cor predominante. A licença poética para fugir desse padrão é Norma. Por trabalhar em uma boate, único lugar da série onde todos se sentem à vontade para serem, livremente, o que quiserem, a personagem abusa de diferentes cores e adereços com um figurino que acompanha seu humor, seja dentro ou fora da Mona de Ekê. “Ela é Beyoncé, Cher, Tina Turner. Um mix de referências dos clipes musicais dos anos 1980 e 1990”, pontua Cao.

São mais de 35 perucas dentre os itens de caracterização. Grande parte delas pertencente a Norma. “Ela foi o nosso parque de diversões. Sempre que tivemos a oportunidade, mudamos a cor e o corte dos cabelos de Norma. Ela é uma mulher livre e isso transparece no seu visual”, conta Dayse Teixeira. A caracterizadora ainda aponta a grande surpresa da equipe: o personagem Cabello. Na trama, ele é dono de uma vasta cabeleira com fios na altura dos ombros. Mas não é peruca e, sim, o próprio cabelo de seu intérprete, Edgard Bustamante. Em determinado momento da história, Cabello têm os fios cortados por Celeste. “Pensamos que teríamos que simular a careca do personagem. Mas, quando soube do corte de cabelo, o Edgar topou na hora. O cabelo real dele é cortado em cena”, revela Dayse.

Série original do Facebook Watch, ‘Limetown’ chega ao final nesta semana
Filmes, Novidades, Séries

Série original do Facebook Watch, ‘Limetown’ chega ao final nesta semana

Nesta quarta-feira, dia 13 de novembro, os dois últimos episódios de Limetown estreiam no Facebook Watch. A série original conta a história da jornalista investigativa Lia Haddock, vivida por Jessica Biel, que busca desvendar o misterioso desaparecimento de 300 pessoas em uma comunidade de pesquisa em neurociência, em Tennessee. A produção é baseada no podcast de ficção homônimo, lançado em 2015, e conta com 10 episódios, todos disponíveis com legendas em português na Página Oficial da série no Facebook.

Baseado no podcast de sucesso homônimo e produzido por Two-Up (“36 Questions”, “The Wilderness”), Limetown conta a história de Lia Haddock (Jessica Biel), jornalista da American Public Radio (APR), enquanto ela desvenda o mistério por trás do desaparecimento de mais de 300 pessoas em uma comunidade de pesquisa em neurociência no Tennessee.

Os 10 episódios da série de Limetown podem ser vistos aqui.

As estrelas da série são: Jessica Biel (The Sinner, BoJack Horseman)Stanley Tucci (A Private War, Jogos Vorazes), Marlee Matlin (Quântico, The Magicians), Kelly Jenrette (The Handmaid’s Tale, Grandfathered), John Beasley (Shots Fired, A Vida Imortal de Henrietta Lacks), Sherri Saum (The FostersAgentes da S.H.I.E.L.D.), Omar Elba (Negócio das Arábias), Louis Ferriera (O Homem do Castelo Alto,S.W.A.T.)Janet Kidder (ArrowO Homem do Castelo Alto)

Como assistir Limetown no Facebook Watch?

  1. Faça login  com sua conta do Facebook.
  2. Localize o ícone do Facebook Watch (no celular está no menu de opções na parte inferior e no computador está ao lado esquerdo)
  3. Busque no campo de pesquisa por ‘Limetown’ ou uma palavra-chave, por exemplo: ‘Jessica Biel’. Você encontrará a página oficial da série.
  4. Siga para não perder nenhum dos episódios e receber as notificações.
  5. Assista aos episódios de Limetown na página. O conteúdo aparecerá automaticamente com legendas no idioma que o seu Facebook está configurado. Para mudar, basta clicar em configurações e alterar clicando em ‘Idioma e Região’.