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Resenha: O visconde que me amava, Julia Quinn

A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva. Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele. Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

A coleção “Os Bridgertons” (até agora com 3 livros publicados) conta a história dos irmãos Bridgertons, irmãos que vivem em harmonia em uma família enorme, porém criada com muito amor, numa época em que casamentos eram firmados sem nem mesmo os noivos se conhecerem e tudo era julgado pela sociedade. Os livros não precisam necessariamente serem lidos na ordem com que foram publicados, pois cada um foca em um irmão ou irmã e sua história. Isso traz uma coisa muito boa: ao começar o próximo livro, você conhece a maioria dos personagens, tem aquela sensação familiar e ainda pode ter a sorte de ver seu personagem favorito de outros livros participar de histórias paralelas!

Neste livro, conhecemos a história de Anthony (pessoalmente, ele é até agora meu Bridgerton favorito, e já li os 3 livros da Julia Quinn) e justamente por isso esperava muito da história dele. Ele é o filho mais velho, e logo assumiu a responsabilidade de cuidar da família após a morte do pai, que com apenas 38 anos faleceu, deixando sua esposa Violet, e seus muitos filhos. Anthony conduz essa tarefa com maestria: cuida do dinheiro da família, da reputação das irmãs e é inteiramente dedicado a família. Porém nas ruas, ele é um libertino. Muito bonito, extremamente charmoso e poderoso, Anthony nem precisa se esforçar para conseguir a atenção das mulheres. Ao chegar perto dos 30 anos, atormentado pelos seus medos infundáveis, Anthony resolve que está na hora de se casar e deixar herdeiros para a família, mas essa decisão é tomada pelos motivos errados.

Anthony idolatrava o pai como seu herói. Para Anthony, seu pai foi a melhor pessoa que já existiu: era dedicado, apaixonado e sempre foi fiel a sua esposa. Era um pai exemplar, sem diferenciar seus filhos e sempre tendo tempo de dar atenção a todos eles. Era um excelente administrador e conseguiu aumentar a fortuna da família, deixando todos muito confortáveis durante a vida. Para ele, não havia como superar seu pai, ele nunca conseguiria ser melhor que ele em nenhuma parte da sua vida, e também na morte. Por acreditar que nunca superaria seu pai, Anthony tinha um medo e uma certeza (completamente infundada, diga-se de passagem) de que ele também iria morrer jovem, antes dos 39. E por isso, resolve que deve escolher uma esposa que seja bonita,  afinal, iria se deitar com ela e era com ela que teria seus filhos, uma esposa inteligente, pois teria de conviver com essa pessoa até o final de seus dias e o principal fator ao escolher uma esposa: ele não deveria se apaixonar por ela, tratá-la com respeito e educação, porém nunca com amor, para que ela também não o amasse e não ficasse triste e desolada como sua mãe Violet ficou, quando seu pai faleceu.

E foi nessa parte que não engoli direito essa explicação do livro. A história toda tem como base uma ideia de Anthony de que ele não seria capaz de ultrapassar a idade de 39 anos anos, e isso me incomodava a cada vez que ele tomava uma atitude baseada nisso ou cada vez que ele afirmava isso com certeza. Achei infundado e meio que mal explicado, e isso me incomodou extremamente. Felizmente, para esquecer esse aborrecimento, conhecemos Kate, a irmã mais velha de Edwina, que é a jovem mais cotada para a época de casar. Edwina é graciosa, delicada, educada e principalmente, a moça mais linda que toda a Londres já viu. Kate se sente muito pouco perto de Edwina, a sua irmã perfeita, mas a ama imensamente, e ela e Edwina são inseparáveis. Para compensar nunca ser cortejada em festas ou nunca ser reparada quando andava com Edwina, Kate se tornou uma mulher extremamente engraçada, forte, sarcástica e muito perspicaz.

Anthony, para conquistar Edwina, deve primeiro conseguir a aprovação de Kate, mas quando ele a conhece, tudo muda… e é por Kate que seu coração acelera, sua vontade de provocá-la aumenta e aumenta mais ainda a vontade de estar perto dela.

O livro é de fato muito bem escrito, tem uma leitura extremamente fluída e não é muito grande, o que faz você acabá-lo em uma sentada numa tarde de domingo. Quando comecei a procurar saber sobre Julia Quinn, me empolguei logo ao ver que ela era considerada a Jane Austen da nova geração. Bom, mais pressão e expectativa que isso é impossível, né? Talvez por isso eu fiquei com aquela sensação de “esperava mais” ao final da leitura.  Mas talvez isso se deva ao fato de que nunca engoli a “explicação” de Anthony para as suas escolhas. Mesmo com tudo isso, “O visconde que me amava” é uma leitura agradável e engraçada – adoro acompanhar como Anthony provoca e pirraça Kate e ela responde a altura – e acabou sendo uma maravilhosa distração

 

 

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Resenha: Garota Exemplar, Gillian Flynn

“Garota Exemplar” alia humor perspicaz a uma narrativa eletrizante. O resultado é uma atmosfera de dúvidas que faz o leitor mudar de opinião a cada capítulo. Na manhã de seu quinto aniversário de casamento, Amy, a linda e inteligente esposa de Nick Dunne, desaparece de sua casa às margens do Rio Mississippi. Aparentemente trata-se de um crime violento, e passagens do diário de Amy revelam uma garota perfeccionista que seria capaz de levar qualquer um ao limite. Pressionado pela polícia e pela opinião pública – e também pelos ferozmente amorosos pais de Amy –, Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamentos inapropriados. Sim, ele parece estranhamente evasivo, e sem dúvida amargo, mas seria um assassino? Com sua irmã gêmea Margo a seu lado, Nick afirma inocência. O problema é: se não foi Nick, onde está Amy? E por que todas as pistas apontam para ele?

“Feroz! Eletrizante! Você vai temer até a sua própria sombra.”
-Beco Literário

O casamento mata!
Cuidado com quem você tem ao seu lado, elas escondem coisas que você nem imagina.

É assim que começo a resenha, meus caros. Não via outro jeito de começar a resenha de um livro tão intenso e atormentado como esse. Quando falo que o livro é atormentado, não é porque é ruim, longe disso, o livro é simplesmente um verdadeiro thriller que faz qualquer um desconfiar da sua própria sombra.

Tratar sobre casamentos normais é difícil, mas agora imagina tratar de um casamento de um homem com pavio curto e de uma perfeccionista, trabalho mais do que difícil, quase impossível. Mas não é bem assim quando ambos usam uma mascara.

O livro é dividido em partes, e acredite cada parte é um grande sufoco, pois você não sabe em quem acreditar. Mas é nesse fator que entra a grande graça do livro, a indecisão do leitor. E isso foi realmente incrível, nunca fiquei com tanta duvida lendo um livro.

Gillian Flynn consegue por elementos certos na história, e assim deixou a trama mais sombria e mais real, o melhor foi que ela fugiu de todos os clichês usados em livros assim. E a escrita dela colaborou ainda mais com tudo isso, é sagaz e possuí pitadas de ironia.

Personagens? Tão bem construídos e planejados que chegam a parecer com pessoas que conhecemos. Nunca mudei tanto de opinião sobre personagens lendo um livro. São totalmente fantásticos.

Garota Exemplar é um livro para quem gosta de história eletrizante e de deixar qualquer boquiaberto, e é claro que é mais do que recomendado.
E só um recado, cuidado com quem você divide a escova de dente. Haha.

Já leu e quer expressar sua opinião sobre o livro? Ponha ela nos comentários, adoraremos conversar com vocês sobre esse livro.

 

 

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Resenha: Princesa Mecânica, Cassandra Clare

Continuação de Príncipe mecânico, “Princesa Mecânica” é ambientado no universo dos Caçadores de sombras, também explorado na série Os Instrumentos mortais, que chega agora ao cinema. Neste volume, o mistério sobre Tessa Gray e o Magistrado continua. Mas enquanto luta para descobrir mais sobre o próprio passado, a moça se envolve cada vez mais num triângulo amoroso que pode trazer consequências nefastas para ela, seu noivo, seu verdadeiro amor e os habitantes do Submundo.

“Perfeito! Um clássico.”
-Beco Literário

Princesa Mecânica é o terceiro volume da trilogia As Peças Infernais, e se passa no universo dos Caçadores de Sombras. Escrita por Cassandra Clare, a série se passa na Londres de 1870.

Depois dos acontecimentos que ocorreram desde que chegou a Londres, Tessa só pensa em seu casamento com Jem, porém uma força maior vem atormentando sua vida. Mortmain com seu exercito mecânico está mais disposto do que nunca para ter Tessa nas mãos.

Nunca me surpreendi tanto lendo um livro, que final foi esse? Sério, Cassandra Clare me surpreendeu, foi uma avalanche de acontecimentos. Mas vamos para a resenha.

Depois dos acontecimentos de Príncipe, não sabia se estava preparado para Princesa, pois saberia que ela só poderia ficar com um e isso me trazia o medo de que o meu shipper poderia não acontecer. Mas a mestra em fazer corações serem partidos não deu pista de com quem Tessa iria ficar. Ai já viu o desespero.

Uma coisa que me fez ficar realmente boquiaberto foi o segredo envolvendo o poder da Tessa, totalmente incrível e bem planejado, o melhor foi que tudo tinha um encaixe com flashbacks da história, esse fator mostrou a capacidade de Clare criar tramas perfeitamente estruturadas.

O que falar da escrita desta mulher? É fantástico ver a evolução dela, neste livro está amadurecida e sagaz. Ela conseguiu transformar esta história num clássico de época. A forma brilhante com que ela coloca as frases de grandes clássicos da literatura ao inicio de cada capitulo mostra ainda mais seu potencial.

Ah, os personagens, esses sim são personagens que você se apega até não querendo, confesso que tenho certo preconceito com Will Herondale, mas mesmo assim é impossível odia-lo. Apeguei-me a todos dessa série e quando acontecia algo com algum deles meu coração se partia. Ao chegar o final foi que meu coração foi totalmente despedaçado e pisado, porém, ainda existe esperança no mundo, ao mesmo tempo em que para uns o epílogo possa ser doloroso, para outros é o sinal da esperança.

Depois de tanto tempo, eu ainda fico sem papas na língua quando se trata deste livro e desta trilogia. Totalmente apaixonante, As Peças Infernais é uma obra prima a ser contemplada pelos apreciadores de um bom romance.

 

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Resenha: Entre o Agora e o Nunca, J.A. Redmerski

Camryn Bennett é uma jovem de 20 anos que desistiu do amor desde que Ian, seu namorado, morreu num acidente de carro há um ano. Sua melhor amiga, Natalie, é a única capaz de animá-la. Mas a relação entre as duas fica abalada quando o namorado de Nat revela à Camryn que está apaixonado por ela. Perdida, sem saber o que fazer, Camryn vai para rodoviária e pega o primeiro ônibus interestadual, sem se importar com o destino. Com uma carteira, um celular e uma pequena bolsa com alguns itens indispensáveis, Camryn embarca para Idaho. Mas o que ela não esperava era conhecer Andrew Parrish, um jovem sedutor e misterioso, a caminho para visitar o pai, que está morrendo de câncer. Andrew se aproxima da companheira de viagem, primeiro para protegê-la, mas logo uma conexão irresistível se forma entre os dois. Camryn tenta lutar contra o sentimento, já que jurou nunca mais se apaixonar desde a morte de Ian. Andrew também tenta resistir, motivado pelos próprios segredos. Narrado em capítulos que alternam as vozes de Andrew e Camryn, Entre O Agora e O Nunca é uma história de amor e sexo, na qual os personagens testam seus limites, exploram seus desejos e buscam o caminho que os levará à felicidade.

Adoro começar um livro sem nenhuma expectativa. Sem ler nenhuma resenha, nenhuma crítica, pra não ficar esperando demais e me decepcionar depois. E foi assim, do jeitinho que gosto, que comecei “Entre o agora e o nunca”. Um belo dia estava com uma amiga na livraria, olhei para ele, li a sinopse e levei (na verdade, levamos, minha amiga e eu. Vivian, 1 beijo hahaha).

Eu não conhecia nenhum trabalho da J.A. Redmerski e adorei a escrita fluída que ela tem. Ela conseguiu me prender no primeiro capítulo… E dai foi ladeira abaixo, só larguei o livro pra comer e voltar a ler.

No inicio do livro conhecemos Camryn, uma jovem cheia de problemas: sua mãe tem um lapso de comportamento em relação a sua filha, o que a faz se sentir sempre em segundo plano. Seu irmão está preso. Seu ex namorado (e até então, amor da sua vida) morreu em um acidente de carro. E pra completar (porque desgraça pouca é bobagem) sua melhor amiga, Natálie, a única que esteve ao seu lado durante todos os momentos difíceis, não acredita nela quando Camryn afirma que seu namorado, Damon, tentou agarra-lá e a acusa de tentar acabar com seu relacionamento. Além de tudo isso, ela odeia seu emprego, que não tem previsão de crescer, ela apenas faz alguma coisa para passar o tempo e ganhar dinheiro. Diante de tudo isso, Camyrn resolve ir embora.
Camryn é uma jovem, ao meu ver, corajosa e covarde ao mesmo tempo. Ela é corajosa na sua decisão de largar tudo e sair sem rumo, procurando algum significado em sua vida, coisa que não consigo me imaginar fazendo, e que muitos nunca fariam… Estamos acostumados com a comodidade, com a rotina e preferimos a certeza de uma vida mediana do que a incerteza de uma vida emocionante. Mas acho Camryn extremamente covarde na sua viagem, porque os motivos que a levaram a entrar no ônibus foi para fugir de todos os problemas que a cercavam, e com o tempo, não só ela como todos nós aprendemos, que não importa aonde formos, nossos problemas vão nos acompanhar.

Ao pegar um ônibus qualquer, ela conhece Andrew – e ai está uma peculiaridade maravilhosa desse livro: a narração dos dois personagens principais. Adoro poder ouvir os dois lados da história em uma mesma situação, contada pelo dois separadamente – e depois de fazer um amigo de viagem, a vida de Camryn muda completamente. Andrew é uma pessoa misteriosa a respeito de sua vida, que está viajando para visitar o pai no hospital, nos momentos terminais de um câncer. Andrew é engraçado, corajoso e insistente! Não tem como não rir ou não torcer por ele durante a leitura.

Como esperado, Andrew e Cam logo se tornam amigos viajando juntos pelo país, e dessa amizade surgem taaaantas coisas que é impossível falar sem soltar nenhum spoiler, portanto pararei por aqui, rs!

“Entre o Agora e o Nunca” fala sobre libertação. Libertação da dor, de parar de remoer a sua dor e viver o que está pela frente, sobre fazer o que VOCÊ tem vontade, e não sobre o que as pessoas esperam de você. E não falo apenas da libertação de empregos indesejáveis, de sentimentos que não vão embora. Nos ensina a nos divertir, e não apenas a cumprir obrigações. O livro também fala sobre a liberação no sexo (afinal, é um New Adult). Outro ponto que preciso destacar é: palavrões! Não estou acostumada com essa literatura, em que do nada o personagem larga palavras nada bonitas. Mas acho que afinal, eu estava acostumada a conversas formais e educadas e isso não acontece na vida real. E é isso que o livro nos traz: uma sensação de fidelidade, de realidade, e apesar do estranhamento inicial, fui me acostumando (e acabei xingando com eles em inúmeras situações).

São 368 páginas de risos, de surpresas e de amor! E para nossa felicidade, J.A. Redmerski não parou por ai: “Entre o Agora e o Sempre” (já lançado no Brasil e também maravilhoso) é a continuação da história de Andrew e Cam e já já teremos a resenha aqui!

 

 

 

 

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Resenha: Cidade das Almas Perdidas, Cassandra Clare

Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia de Lilith, um demônio muito poderoso, ligou Jace ao perverso Sebastian, transformando o Caçador de Sombras em um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de mata-lo sem destruir Jace. Clary e seus amigos, no entanto, irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar o namorado, mas ainda pode confiar nele? Ou ele está realmente perdido?

Quinto e penúltimo livro da série “Os Instrumentos Mortais“, Cidade das Almas Perdidas é um livro totalmente diferente dos outros quatro que Cassandra Clare escreveu. Neste livro, até seu modo de escrita mudou/evoluiu perante a história e isso foi uma coisa maravilhosa e gratificante.

Neste quinto volume, o universo da história está completamente diferente. Está mais pesado e escuro do que os outros livros, com seu enredo mais evoluído e diferente. Neste vemos uma nova situação, um novo combate, uma nova luta e uma nova esperança.

Em Cidade das Almas Perdidas temos duas histórias acontecendo ao decorrer do livro mas todas com o mesmo objetivo.

Após todos os acontecimentos de Cidade dos Anjos Caídos, Clary está desesperada com o repentino desaparecimento de Jace, mas a Clave proíbe os caçadores de sombras a procurá-los, pois pode ser muito perigoso, mas como era de se esperar, Clary, Alec, Simon, Isabelle e Magnus começam a procurá-los por conta própria, não ligando em quebrar as regras da Clave para encontrar Jace. Mas isso é só o começo, o grande problema mesmo é o que os espera, que deixa a todos com o coração na mão, é o que está acontecendo. Após a confusão no final do quarto livro, descobrimos que Lilith colocou um feitiço em Jace e em Sebastian, um feitiço que os ligou, literalmente. O que significa que não se pode ferir um sem machucar o outro, ou seja, matar Sebastian significa matar Jace também.

A Clave está desesperada para conseguir algo que detenha Sebastian, mas não será possível sem ao menos machucar ou até matar Jace. Mas ninguém, ou melhor dizendo, nenhuma pessoa que já conviveu com Jace, está disposta a perde-lo para sempre, muito menos Clary.

Clary arranja um jeito de chegar a Jace, e consequentemente, a Sebastian. Assim que os encontra, e descobre o que está acontecendo, o que Lilith fez, e o que seu namorado se tornou, ela não sabe como lidar, se tem forças para viver uma “mentira” ao lado de seu namorado e seu irmão e tentar ajudar a clave, ou confiar no que Jace diz. Antes confiar em Jace não seria um problema, nem haveria outra opção, mas após ver no que seu namorado se tornou por causa desta ligação, confiar nele já não é mais uma opção.

Será que alguma parte do verdadeiro Jace ainda está ali? Será que existe algo a se salvar?

Enquanto Clary tenta de seu jeito, salvar Jace das garras de seu irmão (Sebastian), seus amigos: Alec, Magnus, Isabelle, Simon e etc. Tentam de onde estão, achar formas de fazer a mesma coisa. Matar Sebastian sem machucar Jace.

Cidade das Almas Perdidas é um livro que se passa em dois universos diferentes, e isso é maravilhoso e dá um up na leitura.

Enquanto Clary está com Jace e Sebastian, ela tenta de maneiras possíveis e impossíveis achar uma brecha na ligação de Jace e Sebastian. E isso se passa em vários locais, porque quando ela os encontra, eles estão em um navio, navegando por mares que até então, para os outros caçadores de sombras, não tem um paradeiro. Hora estão em um local da Europa no seguinte estão em um totalmente diferente e etc. Mas nem a clave nem seus amigos conseguem sabem onde Clary, Jace e Sebastian se encontram. Além de isso estar acontecendo, em New York e em Idris, a Clave e Alec, Magnus, Isabelle e Simon estão tentando achar formas de encontrar Sebastian, mas se a Clave o achar, as consequências serão drásticas, o que implica que machucará Jace também, e ninguém quer isso. Então além de Izzy, Simon, Alec e Magnus os acharem primeiros, eles também tem que ter uma forma de quebrar a ligação entre Jace e Sebastian. Tudo isso antes que a Clave os achem, e também precisam ser rápidos, pois não sabem o que está acontecendo nem o que acontecerá com Clary, que está nas mãos dos dois.

A mensagem principal do livro é enfrentar nossos medos para salvar quem amamos. E isso é provado quando Clary vai morar na mesma “casa” em que seu irmão mais velho, Sebastian, por acreditar que o verdadeiro Jace, o seu Jace, ainda estava lá, por baixo daquela máscara fria e indiferente que o está cobrindo no momento.

E enquanto Clary está com Jace e Sebastian, Isabelle e Jocelyn vão falar com as Irmãs de Ferro, para verem se elas podem ajudar a quebrar está ligação com os materiais que as é provido, o Adamas (que é o material divino que usam para fazer as estelas e as torres de Alicante), para tentar fazer uma arma que mate somente um, ou que separe-os. Mas infelizmente não há nada que as irmãs possam fazer.

E é ai que Cassandra se supera novamente. Como já vimos antes, em Cidade de Vidro, os Caçadores de Sombras precisam invocar ao Anjo Raziel, para ver se ele consegue fazer alguma coisa a respeito, separar Jace e Sebastian.

A história tem um incrível decorrer, com tudo interligado. Muito suspense e preocupações, confesso que em várias partes me escorreu uma lágrima, mas tudo é incrivelmente dosado e todas os ocorridos se encaixam perfeitamente no contexto.

Na minha opinião, este livro, por enquanto, foi o que a Cassie mais abusou de nós, leitores rsrs. Ela faz com que a cada momento tenhamos um sentimento diferente perante a história e trás cada coisa para nós que é inimaginável.

Cidade das Almas Perdidas é um penúltimo livro perfeito e que nos deixa mais e mais ansiosos para o grande e esperado desfecho desta incrível saga. Vários personagens secundários foram mais explorados neste livro, o que nos permite conhece-los melhor e como este livro é narrado em terceira pessoa, conseguimos ver o ponto de vista de todos os personagens. E esse que é o diferente, não fica só naquele mesmo personagem narrando, é algo por cima, terceira pessoa, mostra o ponto de vista de todos os personagens, conseguimos ver o que cada um pensa e isso é maravilhoso para conhecermos melhor esses personagens. Um exemplo deles são Maia e Jordan.

Vários personagens que amadurecem e entendem o correto e seus verdadeiros sentimentos, como por exemplo Isabelle Lightwood. Com Clary vemos o que podemos e o que não podemos fazer para salvar quem amamos. Com Alec e Magnus vemos que em uma relação precisamos ter confiança e etc. E é isso que Cassie nos mostra neste livro, que mesmo quando achamos que tudo está perdido, vale a pena nos arriscar e enfrentar nossos maiores medos, para salvar quem nós realmente amamos.

 

     

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Resenha: Métrica, Colleen Hoover

“O romance de estreia de Colleen Hoover, autora que viria a figurar na lista de best sellers do New York Times, apresenta uma família devastada por uma morte repentina. Após a perda inesperada do pai, Layken, de 18 anos, é obrigada a ser o suporte tanto da mãe quanto do irmão mais novo. Por fora, ela parece resiliente e tenaz; por dentro, entretanto, está perdendo as esperanças. Um rapaz transforma tudo isso: o vizinho de 21 anos, que se identifica com a realidade de Layken e parece entendê-la como ninguém. A atração entre os dois é inevitável, mas talvez o destino não esteja pronto para aceitar esse amor”.

Vamos começar com o título… Logo que vi a primeira crítica sobre este livro, fiquei “Han? Métrica… what?” Pra quem não entende o título, “Métrica” significa, numa linguagem poética, a contagem silábica das palavras em um verso, tornando assim diferenciada a leitura pela entonação que o leitor usa. E é esse tipo de poesia que nos é introduzida no livro. Ai já veio a segunda parte que fiquei preocupada… “Poesia? O livro é de poesia?” Eu tinha um preconceito com isso… Sou uma leitora acomodada aos meus estilos de literários, e ler um livro que me fala de poesia não me empolgava… Mas ouvi tantas críticas positivas que resolvi dar uma chance e não me arrependo de nenhuma página lida em Métrica.

No livro, conhecemos Lake, uma garota que perdeu seu pai há 6 meses, e para que possam conseguir se sustentar financeiramente, sua mãe muda de emprego, levando ela o irmão mais novo a se mudarem do Texas, sua cidade natal que continha todas as lembranças do seu pai para Michigan. Ainda de luto pela perda do pai amado, um pouco revoltada com a mãe pela  decisão da mudança, Lake chega na sua nova casa triste, porém fazendo sua melhor cara de forte, para animar o irmão e a mãe. Mas então tudo muda quando ela conhece Will.

Will é seu vizinho e tem um irmão da idade do seu irmão menor – e eles logo se tornam dois melhores amigos, que vivem brincando juntos e são responsáveis por algumas fofuras do livro – e por causa da amizade dos seus irmãos, Will e Lake se aproximam, e não é nada daquele tipo de aproximação literária forçada: avassaladora e insana a primeira vista. Eles se aproximam com conversas, com olhares, com pequenos encontros na porta de casa, com idas ao supermercado… e quando você percebe, você também já está envolvida na história dos dois.

Na primeira parte do livro, conhecemos a dor de Lake e ficamos logo animados para que ela se relacione com alguém que possa trazer um pouco de felicidade e leveza a sua vida, mas quando conhecemos a verdadeira história de Will, percebemos que a dor dos dois é muito semelhante, e que de leveza a vida de Will não tem nada. Eis outro ponto do livro que me surpreendeu: o livro é direto. Não tenta diminuir a dor, ou nos ensinar a nos acostumarmos com a dor, ou a acreditar que se fizermos coisas boas, só coisas boas vão acontecer com a gente. Por que na realidade, isso não acontece.

“- Não foi a morte que deu um murro em você, Layken. Foi a vida. A vida acontece. Merda acontece. E acontece muito. Com muita gente.”

O que posso dizer sobre Métrica, é que é um livro cheio de surpresas, com muitas lições maravilhosas e que eu recomendo a todos que conheço! Quando você pensa que já sabe o que vai acontecer, uma reviravolta muda toda a nossa percepção sobre a vida, e isso é outra coisa que amo nessa leitura: assim como a vida, ela também não é previsível.

“Ela me ensinou a questionar.
A nunca me arrepender.
Ela me ensinou a ampliar meus limites,
Porque é para isso que eles existem.”

E o melhor é que Métrica não para por ai! A série “Slammed” (nome original) é uma trilogia, e já temos o segundo livro, “Pausa” – tão maravilhoso quanto o primeiro – e que em breve vocês terão a resenha aqui!

 

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Resenha: Príncipe Mecânico, Cassandra Clare

Tessa Gray não está sonhando. Nada do que aconteceu desde que saiu de Nova York para Londres – ser sequestrada pelas Irmãs Sombrias, perseguida por um exército mecânico, ser traída pelo próprio irmão e se apaixonar pela pessoa errada – foi fruto de sua imaginação. Mas talvez Tessa Gray, como ela mesma se reconhece, nem sequer exista. O Magistrado garante que ela não passa de uma invenção. Para entender o próprio passado e ter alguma chance de projetar seu futuro, primeiro Tessa precisa entender quem criou Axel Mortmain, também conhecido como Príncipe Mecânico.

“Arrebatador como Tessa, Jem e Will.”
-Beco Literário.

Príncipe Mecânico é o segundo volume da trilogia As Peças Infernais, escrita por Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais). O quanto uma vida pode mudar em um pouco período de tempo? A vida de Tessa virou ao avesso quando a garota foi para Londres, e as coisas parecem não melhorar para ela. Foi sequestrada por duas irmãs sombrias, descobriu que tinha um poder acima do normal, conheceu uma Londres totalmente desconhecida pelos humanos e ainda por cima seu coração bate forte por dois rapazes, mas como nada na vida é fácil, os dois rapazes são melhores amigos. Parece que muita coisa vai acontecer no Instituto Shadowhunter de Londres.

Como todos sabem, esta série se passa no mesmo mundo de “Os Instrumentos Mortais”, porém em uma época diferente, em Londres no ano de 1878. Esse livro é totalmente apaixonante, afinal, existe algum casal mais perfeito do que Jem e a Tessa? Cassandra Clare, ao escrever “Anjo Mecânico”  já estava preparando terreno para fazer os corações dos leitores ficarem apertados ao ler Príncipe. Tessa, neste livro, fica dividida entre Will e Jem a cada capítulo que se passa, forçando o leitor a se dividir juntamente com ela. Aliás, quem não ficaria divido se tivesse o amor de duas pessoas que ama?

Este volume não é aquele livro de te deixar sem fôlego de tanta ação, mas é o livro que te faz sofrer, do começo ao fim, com uma montanha russa de emoções. Com o decorrer da trama, os personagens vão passando por problemas maiores e o leitor vai se envolvendo cada vez mais. Clare tem o dom de fazer você ficar apegado ao personagem e depois fazer seu coração tremer com a possibilidade de que algo ruim possa acontecer com ele.

Com uma narrativa espetacular e uma trama totalmente digna de um grande clássico, “As Peças Infernais” mostra que Cassandra Clare tem um potencial extraordinário para escrever grandes histórias. Destaque para citações no começo de cada capítulo, são fabulosas e ao mesmo tempo conseguem deixar uma mensagem para você refletir sobre o capítulo.

Depois de um começo morno em Anjo Mecânico, Príncipe Mecânico vem como uma avalanche de emoções e arrebata até aqueles leitores que tem coração de pedra, além de tudo isso, deixa o terreno pronto para um final fantástico, onde só poderemos descansar em paz depois de o ler.

 

 

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Resenha: O Feitiço do Desejo, Chris Colfer

Os irmãos gêmeos Alex e Conner estão vivendo os piores dias de suas vidas. Para tentar alegrá-los, no aniversário de 12 anos, a avó os presenteia com o antigo livro de histórias que o pai costumava ler para eles, quando crianças, antes de dormir. E a magia volta a tomar conta da vida dos dois – de verdade! Assim como Alice chegou ao País das Maravilhas após cair num buraco do coelho, Alex e Conner são sugados pelo livro e vão parar dentro do mundo dos contos de fadas. Lá, descobrem o que aconteceu com os personagens após o “E foram felizes para sempre!”. Cachinhos Dourados, por exemplo, é uma fugitiva, Chapeuzinho Vermelho tem seu próprio reino e Cinderela, agora rainha, está prestes a se tornar mãe.
Mesmo em meio a tantas surpresas, os gêmeos não têm tempo a perder: precisam voltar para casa antes que o livro se feche e a mãe dê queixa do desaparecimento deles. Para que o Feitiço do Desejo se cumpra, Alex e Conner têm de desvendar as pistas deixadas em um diário. Eles só não podiam imaginar que mais alguém estava no rastro e faria de tudo para atravessar para o mundo real no lugar deles: a Rainha Diabólica.

“Tem gostinho de infância.”
-Beco Literário.

 

O Feitiço do Desejo é o primeiro volume da saga “Terra de Histórias”, escrita por Chris Colfer (Glee). Quem nunca quis entrar no seu livro favorito e esquecer todos os seus problemas? Os irmãos Alex e Conner sim.

Alex e Conner são irmãos gêmeos que vivem uma vida normal, bem, com problemas mas normal. Alex é totalmente apaixonada por contos de fadas, leitora ávida e uma grande sonhadora. Conner é totalmente o contrário da irmã, vive dormindo e não gosta de contos de fada. A família dos dois passa por problemas com dinheiro, mas tudo muda quando os dois recebem de presente, o famoso livro de história de sua avó, porém, o livro não é um livro comum e os gêmeos percebem isso. E devido a alguns acontecimentos os dois embarcam em uma incrível aventura.

Uou. Sabe aquele livro que você pega para passar o tempo e acaba totalmente apaixonado? O Feitiço do Desejo é esse tipo de livro. Com uma trama que junta todas aquelas histórias que ouviamos quando éramos crianças, Colfer desenvolveu uma história digna de uma produção da Disney. A junção de tudo isso gerou uma história totalmente interessante, agradável, leve e divertida. Apesar de já conhecer o autor devido o seu papel no seriado de TV, Glee, nunca imaginei que este rapaz também tivesse o incrível dom de escrever.

A jornada de Alex e Conner fica ainda mais interessante quando os dois se deparam com vários personagens dos contos de fadas, e para completar o pacote eles viajam pelas terras desse mundo, assim conhecendo um pouquinho de cada canto. Todos os personagens tem o seu papel de destaque na história, cada um tem seu momento de glamour. Uma que me chamou atenção foi a Cachinhos Dourados que é uma grande guerreira e é valente, foi legal imaginar uma personagem que até então, no meu ver, era ingênua.

Com uma trama bem estruturada, vamos montando o quebra-cabeça ao longo do livro, tanto que em alguns momentos durante a leitura, fiquei pensando que o modo de vista do autor sobre os contos e as tramas que ele criou por cima das histórias verdadeiras são tão boas que poderiam ser as originais. A escrita dele é totalmente fantástica para um autor iniciante. Fluí como se estivéssemos vendo um filme no Disney Channel.

Mais do que recomendado, “O Feitiço do Desejo” é um livro que todos aqueles que assistiam à recriação dos contos na TV deveriam ler. Com uma capa linda, uma diagramação perfeita, uma edição repleta de detalhes super legais e uma trama fantástica, é impossível larga-lo. Parabéns à Editora Benvirá pelo belo trabalho com este livro tão lindo e tão fofo. E por último mas não menos importante, Chris Colfer, você me surpreendeu.

 

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Resenha: O Sonho do Súcubo, Richelle Mead

A cidade de Seattle está passando por grandes mudanças, e um novo súcubo chega para tumultuar ainda mais os dias já nada calmos de Georgina Kincaid. Não que ela se importe em deixar de ser a garota, a única garota, da turma. Só não tem tempo a perder como tutora de Tawny – que, mesmo com todos os seus dotes de súcubo, parece completamente inepta na arte da sedução. Georgina tem problemas realmente sérios para resolver. Apesar de estar no auge de seu sex appeal, toda a energia que rouba dos homens numa noite de sexo desaparece na manhã seguinte, após um sonho.

“Para os amantes de fantasias hot, a série do Súcubo é um bom vinho à ser degustado.”
-Beco Literário.

O Sonho do Súcubo é o terceiro volume da série Súcubo, escrita por Richelle Mead (Academia de Vampiros). Tudo anda bem pelo mundo sobrenatural de Seattle, até que algo/alguém começa a roubar a energia de Georgina durante seu sono. Além de estar sofrendo com este problema, precisa ajudar uma nova súcubo, mas o pior só está por vir, Seth vem se afastando cada vez mais dela. Será que o amor dos dois conseguem superar esta barreira?

Iê! Até que enfim esta série pegou um fôlego! Apesar dos dois volumes iniciais serem agradáveis e charmosos, não aconteceu nada de relevante no romance dos dois, e não aconteceu uma reviravolta brusca na história. Como os outros livros, o foco principal é a investigação de Georgina sobre algo sobrenatural que lhe causa problemas, mas em “O Sonho do Súcubo”, o romance roubou a cena e fez bonito. Apesar de o mistério deste livro ser um pouco mais interessante do que o dos outros, a história de amor de Seth e Georgina ficou mais encorpada e começou a receber ares para que a trama da saga ficasse mais envolvente. Apesar de o livro na maior parte do tempo tratar do que assola os sonhos da Súcubo, o final é totalmente de partir os corações dos leitores e os deixar ansiosos para o que vai acontecer com o casal. É algo um pouco previsível, mas mesmo assim deixa todos com o coração na mão.

Durante a leitura deste livro percebi que a autora fez deste livro a ponte para a série começar a se desenvolver de verdade. Mead quando escreveu este volume estava disposta à deixar todos enrolados na vida da protagonista, e bem, acredito que conseguiu. A escrita desta garota está mais sagaz e evoluída a cada capítulo que se passa. Impossível não reconhecer a capacidade desta brilhante autora que em cada livro escrito deixa o leitor mais ansioso para o que vai acontecer com os seus personagens favoritos.

 

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Resenha: Cidade dos Anjos Caídos, Cassandra Clare

Os últimos meses não foram fáceis para Clary. Demônios, um ex-caçador de sombras com jeito de supervilão — detalhe: seu pai —, um triângulo amoroso com o melhor amigo (a quem pode inadvertidamente ter ajudado a transformar em vampiro) e um conflito entre dimensões. Mas agora a guerra chegou ao fim, e ela voltou a Nova York para aperfeiçoar seus poderes e assistir ao casamento da mãe.
O melhor: finalmente pode chamar Jace de seu. Sem fantasmas ou dúvidas. O paraíso? Nem tanto. Apesar do sangue Nephilim que corre em suas veias as coisas não estão assim tão angelicais. Alguém está matando Caçadores de Sombras, e a tensão entre os habitantes do Submundo atinge níveis alarmantes. Uma segunda guerra parece cada vez mais provável.

“A imaginação de Cassandra Clare não tem fim, quando você acha que não tem mais o que acontecer ela vai lá e lhe surpreende.”
-Beco Literário

“Cidade dos Anjos Caídos” é o quarto volume da série Os Instrumentos Mortais, escrita por Cassandra Clare.

Depois dos acontecimentos que fizeram a vida de Clary mudar totalmente, a garota acha que enfim poderá descansar e ser feliz com Jace, mas, ela sabe que as coisas não são assim.

Meses depois dos acontecimentos de Cidade de Vidro, o mundo dos caçadores de sombras está em paz, Jace e Clary estão finalmente juntos, Jocelyn e Luke até que enfim irão se casar e Simon está dividido em sua vida amorosa, com quem o vampiro deve ficar?

Todos estão seguindo suas vidas até que várias mortes começam a assolar o mundo dos caçadores de sombras, e resta aos caçadores do instituto de NY investigar tais casos.

Quando você pensa que não tem mais para onde a história andar, Cassie vai lá e mostra que no mundo que ela criou, o buraco é mais em baixo e as coisas não acabam com todos felizes.

Depois de ficar em êxtase com o terceiro volume da série, pensei, como essa mulher irá escrever outro livro pra saga? Vários pensamentos passaram pela minha mente, mas o que mais me assustava era o do “Será que ela vai se perder?”, sendo que tal pensamento foi afastado da minha cabeça quando acabei de ler.

Pelo fato de ser um quarto livro de uma série que seria uma trilogia, tinha medo do que ela faria para continuar a história, mais precisamente, criar uma outra trilogia dentro dessa. Mas Cassandra conseguiu. Ela criou uma nova história com fatos da antiga e isso foi perfeito.

É de impressionar a capacidade de escrita e elaboração de enredo desta mulher, é simplesmente fantástica a forma tão natural que ela faz os acontecimentos rolarem na história.
Com uma escrita um pouco mais estruturada e evoluída, conseguiu tornar a leitura rápida e fluída, apesar de não ter fatos muito relevantes ao decorrer do livro. E até que enfim um pouco de evolução em alguns personagens.

Simon é o foco deste livro, o que é até um pouco mais divertido do que o romance Jace-Clary, pois é uma coisa nova…

E por fim, o que falar desta trama? Bem, esse livro no conceito inicial seria pra explicar o que aconteceu depois, tipo um livro extra, mas a criatividade de Cassandra falou mais alto e fez com que ela fizesse com que a história fosse um pouco mais além. Até metade do livro é explicado o que aconteceu com os personagens, e da metade para o fim é que começamos ter o impulso para o recomeço da história, já quando chegamos ao final percebemos que realmente não teria como aquilo ter acabado em Cidade de Vidro.

Confesso que este de longe é o que menos gosto, mas não se desanime, o final vale a pena.