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Resenha: Os Pilares da Terra, Ken Follett

 

O livro “Os Pilares da Terra” de Ken Follett é contextualizado num período histórico que ficou conhecido como A Anarquia, Ken Follett conseguiu se aproveitar de diversas brechas históricas e escrever a incrível novela que após seu lançamento em 1989 vendeu aproximadamente 18 milhões de cópias carregando inúmeras críticas positivas.

A morte do filho do rei Henrique I, Guilherme Adelin, faz com que o próximo sucessor seja uma mulher, Matilda, segunda filha legítima do rei, o que causa indignação entre o povo e Matilda é derrubada por Estevão, um homem ambicioso que consegue o reinado, o que desencadeia o resto da narrativa.

A maior parte da história foca na construção da catedral de Kingsbridge, uma cidade fictícia, a catedral anterior havia sido queimada, o que deu a Tom Construtor a possibilidade de construir uma nova, o que tinha sido seu sonho por anos, com ajuda de Ellen e seu filho Jack, que ao acaso encontraram Tom e sua família: Agnes, sua mulher que falece logo no começo da história quando dá a luz a um menino, e seus dois filhos Alfred e Martha. Juntos, vão para Kingsbridge em busca do bebê que havia sido deixado na floresta.

Em Kingsbridge há um novo prior: Philip, que possui uma grande rivalidade com o bispo Waleran Bigod, que ao longo da trama faz diversas alianças para conseguir mais poder, como por exemplo, o jovem tirano William Hamleigh, que, junto com seus pais tira o condado de Shiring, que até então era governado por Bartholomew, pai de Richard e Aliena, a dama que rejeitou o pedido de casamento de William, causando grande ódio por parte do mesmo.

Assim, passamos a ver através do livro uma visão muito ampla dos ambientes, e como os acontecimentos foram se encaixando de modo que todos os personagens passam a fazer parte crucial na história. Também foi bastante interessante o modo como Follett conduziu a história, nos fazendo literalmente “viajar” na sua obra, quando de repente estávamos dentro do pensamento do personagem e sem perceber já estamos numa visão completamente diferente, o que faz termos uma compreensão uniforme de toda a história.

É valido ressaltar também a época que a história aconteceu, a importância imensa que as pessoas davam para ter um lugar no céu e ao mesmo tempo a luta por um status cada vez maior, o que fazia os personagens não terem medida na sua ambição. Assassinatos e estupros que nos assustam a primeiro modo, mas ao mesmo tempo nos fazem ter uma visão realista de tudo que o autor transmitiu ao longo do livro, o que nos leva além dos livros de história do ensino médio.

Com o desencadear da história, o livro apresenta um final emocionante e bastante inteligente, o autor conseguiu de fato desenvolver uma trama envolvente e que surpreendeu grande parte de seus leitores, e tornou uma leitura de qualidade para quem decidir se aventurar pelas terras de disputa entre o Rei Estevão e a Rainha Matilda.

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10 coisas que você precisa saber antes de ler As Provações de Apolo

E ai, meu povo! Como a grande maioria de vocês deve saber, muito em breve, mais especificamente no dia 02 de maio, estará chegando nas livrarias o mais novo livro da série “As Provações de Apolo” de  Rick Riordan.

“A Profecia das Sombras” é o 2° de 5 livros da saga “As Provações de Apolo”.

Com isso, resolvi preparar pra vocês 10 coisas que todos precisam saber antes de começar a ler As Provações de Apolo. Então sem mais delongas, vamos lá…

01. A IDEIA DE AS PROVAÇÕES DE APOLO SURGIU ENQUANTO RICK RIORDAN ESCREVIA “PERCY JACKSON E OS DEUSES GREGOS.”

“Mesmo depois de tantos livros sobre mitologia grega, eu estou constantemente descobrindo histórias que eu não conhecia. Enquanto eu escrevia “Percy Jackson e os Deuses Gregos”, eu me deparei com dois mitos sobre Zeus punindo Apolo transformando-o em um mortal. A ideia me fascinou. Eu decidi subordinar o pobre Apolo a tal punição pela terceira vez e escrever uma série do seu ponto de vista como um mortal isolado de 16 anos. Isso me deu uma visão completamente nova no mundo de Percy Jackson. Foi incrivelmente divertido escrevê-los.” disse Rick Riordan.

02. APOLO É TRANSFORMADO EM UM MORTAL

Lester

A história acompanhará o deus Apolo, que após irritar Zeus, foi transformado num garoto mortal de 16 anos, com direito a espinhas e gordura abdominal, e jogado pelo deus do Olimpo numa caçamba de lixo em Nova York.

03. NÃO, ELE NÃO É UM SEMIDEUS!

Ao contrário do que muitos pensam, Apolo não será mais um semideus no Acampamento Meio-Sangue, ao que tudo indica ele é apenas um humano “normal”.

04. APOLO SE CHAMA LESTER PAPADOPOULOS AGORA

Como citado no tópico 1, Apolo foi transformado um garoto mortal de 16 anos, ou seja, ele não rejuvenesceu até um jovem Apolo de 16 anos, ele virou um completo mortal e com isso, ganhou um novo nome. Apolo em sua versão mortal se chamará Lester Papadopoulos. Agora, além de se chamar Lester, ainda possui um sobrenome tipicamente grego, “Papadopoulos”.

05. APOLO PRECISARÁ DA AJUDA DE OUTROS SEMIDEUSES

Assim que cai na terra, Apolo é ajudado por Meg McCaffrey, uma semideusa sem-teto e maltrapilha. Logo depois, Apolo se dirigi a casa de Percy Jackson em busca de ajuda.

06. PERCY ESTÁ MAIS VELHO

Percy The Trials of Apollo

Os acontecimentos de O Oráculo Oculto acontecem algum tempo depois do fim de “Os Heróis do Olimpo”, então é possível vermos um Percy com cerca de 20 anos já.

07. LESTER VAI PARA O ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE

Como Apolo, ele conquistou inimigos poderosos nessas eras de existência. Ele tem muito inimigos e poucos amigos. Para sobreviver no mundo mortal ele irá precisar então da ajuda desses poucos amigos que se encontram em um lugar já tão amado por todos nós, o Acampamento Meio-Sangue.

08. APOLO PERDE TUDO, MENOS SEU EGOCENTRISMO

No trecho liberado de O Oráculo Oculto (que você pode ler clicando aqui) é possível vermos Apolo tendo seus muitos pensamentos egocêntricos onde ele, como sempre, se acha o melhor em tudo.

– “Uma das consequências naturais de ser tão incrível é que eu atraía inveja por onde passava”;

 

– “Além do mais, ele(Percy) gosta de mim. Eu ensinei tudo que ele sabe”;

 

– “Depois de tudo que fiz por Percy Jackson, eu esperava alegria com a minha chegada. Boas-vindas lacrimosas, a queima de algumas oferendas e um pequeno festival em minha homenagem não teriam sido inadequados.”

09. COMO UM DEUS, APOLO NÃO LIGA MUITO PARA O SEXO DOS SEUS CASOS AMOROSOS

Apolo, assim como a maioria dos deuses, não ligava muito para o sexo dos seus parceiros, há na história relatos de envolvimentos de Apolo com homens e mulheres. Inclusive isso foi citado em “Percy Jackson e os deuses gregos”:

– “Perambulava pelo Olimpo em sua túnica cintilante, arco e flecha em mãos, piscando para as moças e cumprimentando os rapazes com soquinhos, ou às vezes piscando para os rapazes e cumprimentando as moças com soquinhos. Apolo não ligava.”

 E um dos seus mais tristes casos amorosos (com um homem) foi relatado também na pag. 233 de “A Casa de Hades” (4° livro da saga “Os Heróis do Olimpo”), por Favônio, ou mais conhecido como Zéfiro, o deus grego do Vento Oeste.

 

10. APOLO TEM QUE SE ADAPTAR A UMA VIDA SEM AS REGALIAS DE SER UM DEUS

Apolo

Sem seus poderes, a divindade de quatro mil anos terá que descobrir como sobreviver no mundo moderno e o que fazer para cair novamente nas graças de Zeus. No entanto, ele não é mais o jovem e belo Apolo em um corpo de 20 anos. Não possui mais sua altura, seu corpo forte e bronzeado, seus longos cabelos dourados e nem seus olhos brilhantes como o sol. Agora ele terá que conquistar sua divindade de novo sem a sua estonteante aparência e sem todas as suas habilidades para lhe ajudar na jornada.

 

Então é isso pessoal, espero que vocês tenham gostado.

Lembrando que As Provações de Apolo que é publicado pela Editora Intrínseca chega as livrarias no dia 02 de maio e já pode ser adquirido pela pré-venda na Saraiva e na Amazon.

Resenhas

Resenha: Rainha das Sombras, Sarah J. Maas

Rainha das Sombras, o quarto volume da aclamada série Trono de Vidro é um dos maiores lançamentos da Galera nesse semestre e, claro, foi um dos mais esperados pelos leitores Até mesmo por mim.

Começando quase exatamente de onde Herdeira do Fogo terminou, Aelin está de volta à Forte da Fenda para salvar Aedion e descobrir o que está acontecendo com o Rei de Adarlan. Tudo está muito tenso em todos os locais de Adarlan. Diversos demônios valgs estão à solta e a tão temível guerra se aproxima…

Eu não irei me prolongar na história. Não mesmo. Quero dar esse luxo à vocês. Mas há diversas coisas sobre o que falar sobre Rainha das Sombras. MUITAS.

Começando com os personagens. Há o elenco dessa história… No primeiro livro, senti uma simpatia imensa por Celaena e Dorian, tinha um pé meio atrás com o Chaol, mas nada muito sério. No segundo, nossa, eu babei pela Celaena e Dorian, mas fiquei com bastante raiva do Chaol. Vem o terceiro e aparece um novo personagem importante, o tão amado do fandom, Rowan. E aí, as coisas mudaram… pra pior. Me pergunto até agora por qual motivo a Sarah J. Maas decidiu colocar mais um interesse amoroso para a sua protagonista, e mais, um cara arrogante, metido e chato. Mas tudo bem, tudo bem. Sendo que chegou o quarto volume e tcharan, se as coisas já não estavam muito favoráveis, com esse livro, foram por água a baixo. Não gosto nem um pouco de está falando isso, porém Maas acabou com uma das minhas protagonistas favoritas, até Herdeira do Fogo, por causa de um romance que não é nem lá essas coisas. E eu estou bem chateado com isso. Durante quase todas as 640 páginas de Rainha das Sombras, tivemos uma Aelin fraca e instável por causa de um homem que passa longe de ser um personagem agradável. Não há palavras pra expressar o quão descontente eu estou com todo esse romance Aelin-Rowan criado sem necessidade, pois até agora não entendi qual a importância da relação dos dois na trama. Mais não contente em estragar sua protagonista, Maas foi além e nem Chaol escapou. Tudo bem, ele já não era a pessoa mais adorável do mundo nos tomos anteriores, mas nesse ele se superou. Ficou I N S U P O R T Á V E L. Em meio à tantos personagens estragados, duas pessoas conseguiram salvar o livo: Manon, Lysandra e Elide. Amei o quão forte e determinadas elas foram perante tudo o que passaram em Rainha das Sombras.

Enquanto quase todo o elenco do livro afundavam no meu conceito, pelo menos uma coisa me surpreendeu: a história. Quando eu li Trono de Vidro, jamais pensei que as coisas fossem chegar ao nível que chegaram em Rainha das Sombras. J A M A I S. A situação ficou em um estado tão crítico que eu não sabia mais onde tudo aquilo ia parar. Além disso, as diversas reviravoltas me chocaram, coisas que eu sequer pensei, aconteceram. PORÉM, NO FINAL, ACONTECEU ALGO QUE DESDE O PRIMEIRO LIVRO EU HAVIA PROFETIZADO. FIQUEI EXTASIADO!

Há um contraste muito grande em Rainha das Sombras. Personagens fracos e ruins, infelizmente, prejudicam a leitura, entretanto, o caminhar da história e os diversos acontecimentos deixam o leitor numa curiosidade imensa sobre o que está por vir.

É difícil classificar esse livro. São sentimentos de amor e ódio. Se você já chegou até o Herdeira do Fogo, go on! Se você ainda não conhece a história, recomendo a leitura do primeiro e do segundo volume para vocês tirarem a conclusão se devem ou não continuar a série.

Rainha das Sombras é ótimo, mas também é regular. É emoção e decepção, tudo junto em um mesmo livro.

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Hoje é o dia Nacional da Literatura Infantil Brasileira

Branca de neve, Cinderela, Bela Adormecida são clássicos da literatura infantil, isso nós ja sabemos. Mas você conhece os livros mais importantes da literatura infantil brasileira?

No dia Nacional do livro infantil resolver prestar uma singela homenagem. Vamos lembrar de alguns livros que não importam quando você leu ou quantas vezes você leu, eles sempre nos relembram ou ensinam alguma coisa. São os livros que marcaram a infância e gerações de milhares de crianças.

A data não foi escolhida ao acaso: trata-se de uma homenagem a Monteiro Lobato. Foi instituída em 2002, ano em que foi criada a Lei 10.402/02, registrando a data de seu nascimento.

Nada mais merecido pois ele foi um escritor que, como poucos, dedicou-se à literatura infantil no Brasil.

Então, para relembrar e homenagear esse dia, selecionamos 10 títulos importantes da nossa literatura pra você conferir e reler. Mas se tem algum que você ainda não leu, corre que dá tempo!

1.Reinações de Narizinho – Monteiro Lobato

2.Bisa Bia Bisa Bel – Ana Maria Machado

3.Ou Isto ou Aquilo – Cecília Meireles

4. A Bruxinha Atrapalhada – Eva Furnari

5.A Bolsa Amarela – Lygia Bojunga

6.Marcelo, Marmelo, Martelo – Ruth Rocha

7.A Vaca Mimosa e a Mosca Zenilda – Sylvia Orthof

8.A Operação do Tio Onofre – Tatiana Belinky

9.O Menino Maluquinho – Ziraldo

10.O Fantástico Mistério da Feiurinha – Pedro Bandeira

 

Quais você já leu? Algum marcou a sua infância? Seu livro preferido não está aqui? Tem alguma história pra contar?

Conta pra a gente!

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Entrevista com JackMichel, autora de “Arco-Jesus-Íris”

Na colorida época do Flower Power, Satanás decide visitar o arco-íris psicodélico de Jesus Cristo e, lá chegando, o louro e jovem Jesus hippie, vestido de jeans, conta a ele como faz para fazer o bem vencer o mal. Essa é uma parte do livro Arco-Jesus-Íris, da autora JackMichel, que nos últimos dias, cedeu uma entrevista exclusiva ao Beco Literário, que você pode conferir agora:

Beco Literário: Quando você começou a escrever? Teve incentivo de algum parente próximo ou veio de repente?

JackMichel: Bem… eu despertei para este velho universo “novo” quando passava para a minha fase de adolescência, com uns 12 anos de idade, talvez. Digo universo novo, entre aspas, porque creio que as aptidões que cada ser humano traz em si, sejam dons inatos adquiridos antes do berço e que levamos além do túmulo. Quando comecei a escrever textos de minha autoria tive o apoio entusiástico de Jack, minha irmã e parceira literária. Ela já escrevia antes de mim e, algum tempo depois, nós duas decidimos misturar a purpurina de nossas ideias para dar vida a uma terceira pessoa: a autora JackMichel.

BL: Monteiro Lobato dizia que “Um país se faz com homens e livros”. Você concorda com isso? Acha que o Brasil está incluído nessa concepção, de um país que lê?

JM: Concordo. E, como não, se este pensamento tem um timing incrível? Não é a toa que o Brasil é a pátria de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac! Todos os três integrantes da Tríade Parnasiana liam e eram lidos. Porém o nosso país, hoje mais do que nunca, passa por um processo de retardamento enorme no que concerne a ler livros; processo este que vem do social, passa pelo econômico e descamba no cultural que acaba por destruir o mito do culto às belas-letras. Mas acho mesmo que o hábito da pouca leitura, não é um apanágio só do brasileiro, pois a truculência do mundo atual causa o alheamento que atrofia, atropela e deforma as boas qualidades das pessoas que, ao invés de preferirem segurar um livro entre as mãos, optam por ter um revólver ou uma faca afiada.

BL: Você sempre gostou de ler? Acha que a leitura te ajudou na escrita?

JM: Oh, sim! Gosto de ler como gosto de comer. Brincadeira! As duas palavras são parecidas na fonética, mas o que eu quero dizer de fato é que ambas estas atividades são necessárias a vida do ser humano: uma, nutre o corpo, tornando-o loução… a outra, aprimora a alma, produzindo apuro no intelecto e dando-lhe suportes de finura e saber. Absolutamente, não acho que o apreciável hábito da leitura tenha contribuído no processo de escrita de JackMichel; penso que ler apenas possa mostrar ao escritor o caminho da pena. Se assim não fosse, todos os leitores ávidos seriam escritores de mão cheia.

BL: Você tem uma opinião formada sobre adaptações de livros para o cinema? Alguns gostam, outros não. O que você acha?

JM: Tenho. E, mesmo não agradando a gregos e troianos, vou falar. Acho tal providência muito acertada, se o livro escolhido for fantástico. Na verdade, todas as expressões de arte estão muito próximas umas das outras e não é a toa que as musas da dança, da música, da tragédia e da comédia viviam juntas no monte Olimpo, segundo a mitologia clássica. Com a escrita e o cinema, não é diferente. Alguns dos mais afamados cineastas conheceram seus triunfos servindo-se do conteúdo de obras literárias. Para ilustrar a questão, cito o icônico “O Bebê de Rosemary”, um romance de Ira Levin, publicado em 1967, que teve roteiro escrito pelo seu diretor Roman Polanskyi e é considerado um clássico dos filmes de terror da década de 1960.

BL: Você tem algum livro preferido? Algum que você queira indicar para os leitores do Beco Literário, além dos seus?

JM: Devo dizer que não é fácil preferir um livro a outro, visto que muitos são os volumes de poemas maravilhosos… de romances históricos… de biografias fortes… que deixam marcas fundas em quem os leu. Para quem possui senso artístico apurado, uma obra literária pode significar muito em muitíssimos aspectos da vida. Aos leitores amáveis do Beco Literário, tenho o grato prazer de indicar um livro de contos muito especial chamado Scomparsa D’Angela, de Alessandro Pavolini.

BL: O que você sentiu quando publicou “Arco-Jesus-Íris”?

JM: Provavelmente um misto de satisfação completa pelo fato de publicar meu primeiro livro e pelo fato de sentir que, publicando-o, eu lançava boas sementes no solo arenoso do mundo que tanto carece de bons exemplos para seguir e avistar um prodigioso porvir no seu distante horizonte. Mas, do ponto de vista prático, os elementos corrosivos do mal ainda dão as cartas em detrimento do bem, que é o calcanhar de Aquiles deste planeta que passa por um louco momento de transição.

BL: Do que fala o livro e que tipo de pessoa você buscou atingir?  

JM: Esta obra magnífica de gênio e grandessíssima em concepção textual trata particularmente do perdão exercido entre pessoas que causaram o bem e o mal à humanidade. A parte a extensa dedicatória que permite ao leitor confrontar vultos célebres como Carlos Marighella, Janusz Korczak, Lampião, Chico Xavier… e ver nomes de sicários ao lado de benfeitores que salvaram milhões de vidas: Caryl Chessman, Enriqueta Martí, Alexander Fleming, Howard Florey e Ernst Chain… ou tragédias sinistras entre datas que assinalaram glórias humanas: os incêndios dos edifícios Andraus e Joelma, o sequestro do bebê Lindbergh, a fundação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, etc. Os leitores de mais idade certamente lembrarão dos casos Araceli, Carlinhos e Cláudia Lessin; bem como dos horrendos Assassinatos Mouros. Os mais jovens, por sua vez, poderão tomar conhecimento que tudo isso existiu. Com a criação de “Arco-Jesus-Íris” JackMichel buscou atingir a todos os seres que são humanos, estejam eles no Brasil ou em qualquer parte do mundo.

BL: De onde surgem as histórias de seus livros? Alguns autores dizem que elas simplesmente aparecem, outros sonham com a história, como é com você?

As inspirações para a composição das obras de JackMichel provém de uma faúlha etérea do criador do Universo que, fazendo reverberar o ouro do sol e a prata da lua, também potencializa minha imaginação e a de Jack. Sem dúvida alguma, o estro chega para cada artista das mais diferentes formas, visto que parece sempre ficar pairando no ar; e, quando sente afinidade com a mente de alguém, a penetra. Mais ou menos como a luz, que só precisa atravessar o prisma para formar um feixe multicolorido.

BL: O que você diria para aqueles que querem tentar a carreira de escritor?

JM: Que escrevam seus rascunhos valiosos com a convicção que eles têm valor, e, lembrem-se de que o mundo não se fez do dia para a noite. Paciência é a palavra chave para se alcançar um sonho! Para uma obra literária ser efetivamente grande e vir à tona, antes são necessários muitos aprimoramentos em prol dela. Afinal de contas, não vale a pena correr atrás da borboleta azul que voa a nossa frente, para capturá-la?

BL: O que você pode dizer sobre projetos futuros?

JM: Em termos de projetos para o futuro, JackMichel tem os mais alvissareiros possíveis haja vista os acenos positivos de editoras do exterior para a publicação de suas obras. Partindo desse princípio, as expectativas galopantes para a divulgação e a fama da escritora se ampliam cada vez mais dentro e fora de seu país. Porém, ela não se ufana de tais coisas: quer dar orgulho ao Brasil, por ser brasileira; levando em conta (é claro!) que a pátria de todo artista é o mundo e que, suas obras, são patrimônios da humanidade.

Você pode conferir mais informações sobre “Arco-Íris Jesus” clicando aqui, ou em uma das redes sociais abaixo!

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Livros, Resenhas

Resenha: Os novos Vingadores – Motim, Brian Michael Bendis & David Finch

“Embora Os Maiores Heróis da Terra tenham se separado, ainda existem ameaças gigantescas demais para serem enfrentadas por um único herói. Quando a prisão de segurança máxima conhecida como A Balsa torna-se alvo de um motim de supervilões, um novo grupo de heróis precisa surgir e responder ao chamado de batalha. Prepare-se para conhecer OS NOVOS VINGADORES!”

Quando a Marvel acabou com sua principal superequipe em “Vingadores a Queda”, todos sabiam que aquilo não seria realmente o fim. Antes que a última edição de “A Queda” fosse lançada, já era anunciada uma nova série com o título de “Novos Vingadores”, porém, o verdadeiro mistério era quais seriam os heróis que comporiam a nova equipe.

Os membros iniciais mostravam uma combinação curiosa: Capitão América, Wolverine, Homem de Ferro e Homem-Aranha, são todos grandes personagens e que já haviam trabalhado juntos em várias ocasiões, mas Brian Michael Bendis surpreendeu a todos ao incluir Luke Cage e a Mulher-Aranha na equipe.

O roteiro de Brian explora muito bem o tema motim, demonstrando o perigo que os supervilões apresentam, principalmente quando trabalham juntos para combater os Novos Vingadores. A arte de David apresenta de forma excepcional o tom sombrio do roteirista, com um estilo um pouco dark, ele passa constantemente a sensação de perigo iminente.

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O vilão Electro foi contratado por uma figura misteriosa, seu objetivo, sabotar a penitenciaria de segurança máxima conhecida como “A Balsa”. Quando Electro dá início a sua operação, Jéssica Drew, Luke Cage, Matt Murdock e Foggy Nelson vão a caminho da prisão para fazer uma verificação de segurança e identificação, entretanto, nesse meio tempo a energia de toda a cidade de Nova York é sabotada, bem como os geradores da prisão, tudo parte do plano, agora alguns dos maiores supervilões do Universo Marvel estavam sendo libertados.

Muitos dos Super-Heróis da cidade prevendo o caos seguem para A Balsa, constatando os seus temores. Vilões como Carnificina, Ossos Cruzados e Homem Púrpura estão entre a multidão de vilões que conseguem escapar da penitenciaria. Agora uma grande batalha tomará conta da estrutura de segurança máxima, mas o destino de Nova York será selado além das paredes da Balsa.

Os Novos Vingadores – Motim, é uma daquelas HQs sérias, repletas de violência, sangue e, claro, diversão. Personagens sucumbirão nas batalhas e o roteiro altera o Universo Marvel permanentemente. O tom sombrio eleva a seriedade da trama, ao ponto em que a qualquer momento, os personagens podem se deparar com o fim de sua própria existência. Uma HQ com muitas surpresas e bastante suspense, definitivamente recomendada.

Resenhas

Resenha: Nunca Jamais, Colleen Hoover & Tarryn Fisher

Charlie Wynwood e Silas Nash são melhores amigos desde pequenos. Mas, agora, são completos estranhos. O primeiro beijo, a primeira briga, o momento em que se apaixonaram… Toda recordação desapareceu. E nenhum dos dois tem ideia do que aconteceu e em quem podem confiar.
Charlie e Silas precisam trabalhar juntos para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com eles e o porquê. Mas, quanto mais eles aprendem sobre quem eram, mais questionam o motivo pelo qual se juntaram no passado.

Continuo sendo a pessoa mais suspeita do mundo para falar sobre um livro de Colleen Hoover (ou um livro que ela participe, como é o caso!), mas não podia deixar de passar aqui e indicar pra vocês mais uma obra-prima dessa mulher! Dessa vez com uma premissa totalmente diferenciada, Colleen (e Tarryn, não posso esquecer que esse livro tem duas autoras! haha) nos prende a sua leitura de uma maneira completamente viciante!

“Nunca Jamais” é muito diferente dos livros anteriores da autora. Colleen sempre teve uma escrita pesada e muito realista, onde eu podia me identificar com a história e com os personagens. Agora nossa história é bem irreal e no começo, um pouco confusa.

Como a sinopse já nos revela, começamos a leitura sem saber o que está acontecendo, exatamente como nossos protagonistas: sem saber quem são e o que estão fazendo ali. Após “despertarem” no colégio, em mais um dia normal, Charlie e Silas não entendem o que aconteceu enquanto todas as outras pessoas ao seu redor agem normalmente.

“Como posso saber quanto custa um carro como esse? Tenho memória de como as coisas funcionam: um carro, as regras de transito, os presidentes, mas não lembro quem eu sou.”

Com o tempo, Charlie e Silas descobrem que são, teoricamente, namorados desde a infância e melhores amigos. Ai tentarem refazer seus passos para descobrirem o que está aconteceu, eles percebem que o segredo que os cerca é muito mais grave do que imaginavam…

“Meu primeiro instinto é dizer a ela que vai ficar tudo bem, que eu vou descobrir o que aconteceu. Sou inundado com uma necessidade esmagadora de protege-la – só que não tenho ideia de como fazer isso quando estamos ambos enfrentando a mesma realidade.”

Para evitar spoilers vou parando por aqui, mas posso afirmar que “Nunca Jamais” foi uma surpresa maravilhosa e entrou para minha listinha dos favoritos. Escondendo um belo romance em uma atmosfera de mistério, a leitura tira nosso fôlego e nos deixa ansiosos pela continuação.

“Quero sentir isso de novo. Quero lembrar como é amar alguém dessa forma. E não apenas alguém. Quero saber como é amar Charlie.”

Minha única crítica é sobre o tamanho do livro, que é extremamente fino e quando nossa história está no ponto alto do clímax, termina. “Nunca Jamais” tem parte 2 e 3, e acredito que teria sido melhor juntas as edições em um só livro. Mas talvez essa tenha sido a intenção: deixar o leitor ansioso para ler a parte subsequente… Se esse foi o caso, missão realizada com sucesso! Leitura recomendada!

Atualizações, Livros

Confira o prólogo do novo livro de ‘Maze Runner’

James Dashner anda dando pistas no Twitter sobre o novo livro da série ‘Maze Runner’, intitulado de ‘The Fever Code’, onde Newt contará como o labirinto foi criado. Hoje, o autor divulgou o prólogo do livro. A equipe do site ‘The Maze Runner Brasil’ fez a tradução do trecho divulgado, confira:

NEWT

Nevou no dia que mataram os pais do menino.

Foi um acidente, disseram mais tarde, mas ele estava lá quando aconteceu e sabia que não foi um acidente.

A neve chegou antes que eles, quase como um frio e branco presságio, caindo do céu cinzento.

Ele podia se lembrar o quão confuso foi. O calor sufocante havia brutalizado sua cidade durante meses, que se estendiam em anos, uma linha infinita de dias cheios de suor e dor e fome. Ele e sua família sobreviveram. Manhãs de esperança transformaram-se em tardes de procura de alimento, de lutas barulhentas e barulhos terríveis. E então noites de dormência nos longos dias quentes. Sentava-se com sua família e a luz do céu e o mundo desaparecer lentamente diante de seus olhos, perguntando-se se ele iria reaparecer no amanhecer.

Às vezes, os loucos vinham, indiferente ao dia ou a noite. Mas sua família não falava deles. Nem sua mãe, e seu pai; certamente não ele. Parecia que admitir sua existência em voz alta podia convocá-los, como um encantamento chamando demônios. Só Lizzy, dois anos mais nova, mas duas vezes tão corajosa que ele, teve a coragem de falar sobre os loucos, como se ela fosse a única inteligente o suficiente para perceber essa superstição boba.

E ela era apenas uma criança.

O menino sabia que ele devia ser o único com coragem, o único a confortar sua irmã. Não se preocupe, Lizzy. O porão está trancado; as luzes estão apagadas. As pessoas más nem vão saber que estamos aqui. Mas ele sempre se viu sem palavras. Ele a abraçava com força, apertando-lhe como se fosse seu próprio urso de pelúcia em busca de conforto. E toda vez, ela dava tapinha nas costas dele. Ele a amava tanto que fez seu coração doer. Ele a apertava com mais força, silenciosamente jurando que nunca deixaria os loucos machucá-la, ansioso para sentir as batidas de sua palma entre suas omoplatas.

Muitas vezes, eles adormeceram dessa forma, encolhidos no canto do porão, em cima do colchão velho que seu pai tinha arrastado para baixo as escadas. Sua mãe sempre colocava um cobertor sobre eles, apesar do calor – sua forma de rebeldia contra o Fulgor que destruiu tudo.

Naquela manhã, eles acordaram com uma visão de admiração.

“Crianças!”

Era a voz de sua mãe. Ele tinha sonhado, algo sobre um jogo de futebol, a bola girando na grama do campo, indo para um gol em um estádio vazio.

“Crianças! Acorde! Venha ver!”

Ele abriu os olhos, viu sua mãe olhando para fora da pequena janela, o único na sala de porão. Ela removeu a tábua que seu pai tinha pregado lá na noite anterior, como ele faz todas as noites ao pôr do sol. Uma luz cinza suave brilhava no rosto de sua mãe, revelando os olhos cheios de temor brilhante. E um sorriso, que ele não tinha visto há muito tempo, deixava ainda mais brilhante.

“O que está acontecendo?”, ele murmurou, ficando de pé. Lizzy esfregou os olhos, bocejou, em seguida, seguiu-o até onde a mãe olhava para a luz do dia.

Ele podia se lembrar várias coisas sobre esse momento. Seu pai ainda roncava como uma besta quando o menino olhou para fora, apertando os olhos enquanto seus olhos se adaptavam. A rua estava vazia de loucos, e as nuvens cobriam o céu, uma raridade nos dias de hoje. Ele congelou quando viu os flocos brancos. Eles caiam do céu cinzento, rodando e dançando, desafiando a gravidade e flutuando de volta para baixo novamente.

Neve.

Neve.

“Que diabos?”, Ele murmurou baixinho, uma frase que ele aprendeu com seu pai.

“Como pode ter neve, mamãe?”, perguntou Lizzy, seus olhos drenados de sono e repleta com uma alegria que beliscava seu coração. Ele se abaixou e acariciou sua trança, esperando que ela sabia o quanto ela fez sua vida miserável valer a pena.

“Oh, você sabe,” mamãe respondeu: “todas essas coisas as pessoas dizem. O sistema meteorológico do mundo todo está em pedaços, graças ao Fulgor. Vamos apenas apreciar, ok? É extraordinário, não acha? ”

Lizzy respondeu com um suspiro feliz.

Ele observou, perguntando se ele veria tal coisa novamente. Os flocos flutuavam, acabando no chão e derretendo assim que chegava no pavimento. Sardas molhadas espalhadas na vidraça.

Ficaram assim, observando o mundo exterior, até que sombras atravessaram o espaço na parte superior da janela. Eles foram embora assim que eles apareceram. O menino esticou o pescoço para pegar um vislumbre de quem ou o que tinha passado, mas parecia tarde demais. Alguns segundos depois, uma batida pesada bateu na porta da frente acima. Seu pai estava de pé antes que o som terminasse, de repente bem acordado e alerta.

“Você viu alguém?”, perguntou o pai, com a voz um pouco rouca.

O rosto de minha mãe tinha perdido a alegria de momentos antes, substituído com os vincos mais familiares de interesse e preocupação. “Apenas uma sombra. Será que respondemos?”

“Não”, respondeu o pai. “Nós não devemos. Ore para que eles vão embora, quem quer que seja.”

“Eles podem invadir,” mamãe sussurrou. “Eu sei que eu faria. Eles podem pensar que é abandonado, que talvez tenha um pouco de comida enlatada deixado para trás. ”

Papai olhou para ela por um longo tempo, sua mente trabalhando a medida que o silêncio continuava. Então, bum, bum, bum. As batidas com força na porta sacudiram toda a casa, como se os seus visitantes tinham trazido um aríete.

“Fique aqui”, disse papai com cuidado. “Fique com as crianças.”

Mamãe começou a falar, mas parou, olhando para sua filha e filho, suas prioridades óbvias. Ela os puxou num abraço, como se seus braços pudessem protegê-los, e o rapaz deixou o calor do corpo dela acalmá-lo. Ele a segurou firmemente enquanto o pai calmamente fez o seu caminho até as escadas, o andar de cima rangendo a medida que ele se movia em direção à porta da frente. Depois, silêncio.

O ar ficou pesado, pressionando para baixo. Lizzy estendeu a mão e pegou a mão de seu irmão. Finalmente, ele encontrou palavras de conforto e falou para ela.

“Não se preocupe”, ele sussurrou, pouco mais que um suspiro. “Provavelmente são apenas algumas pessoas com fome procurando alimento. Papai vai compartilhar um pouco, e então eles vão continuar seu caminho. Você vai ver”. Ele apertou seus os dedos com todo o amor que ele sabia, não acreditava numa única palavra que ele dissera.

Em seguida, veio uma onda de ruídos.

A porta se abriu de repente.

Vozes altas e iradas.

Um estrondo, então um baque que sacudiu as tábuas do assoalho.

Pesados e terríveis passos.

E, em seguida, os estrangeiros desceram as escadas. Dois homens, três, uma mulher – quatro pessoas no total. Eles estavam vestidos acentuadamente para o momento, e eles não pareciam nem bons nem ameaçadores. Apenas convencional para o lugar.

“Você ignorou todas as mensagens que mandamos,” um dos homens declarou a medida que examinava o quarto. “Sinto muito, mas precisamos da menina. Elizabeth. Sinto muito, mas não tenho escolha. ”

E assim, o mundo do menino terminou. Um mundo já preenchido com as coisas mais tristes que uma criança poderia contar. Os estranhos se aproximaram, cortando o ar tenso. Eles se aproximaram de Lizzy, agarraram-na pela blusa, empurram mamãe – que estava frenética, selvagem, gritando quando eles agarraram a sua menina. O menino correu para frente, batendo na parte de trás dos ombros de um homem. Sem utilidade. Um mosquito atacando um elefante.

O olhar no rosto de Lizzy durante a loucura súbita… Algo frio e duro quebrou dentro do peito do menino, as peças caindo com bordas irregulares, rasgando-o. Era insuportável. Ele soltou um enorme grito e lançou-se mais forte nos intrusos, balançando descontroladamente.

“Basta!” A mulher gritou. Uma mão chicoteou pelo ar, batendo o menino no rosto, uma picada de cobra. Alguém deu um soco em sua mãe bem na cabeça. Ela entrou em colapso. E, em seguida, um som como um trovão, perto e em todos os lugares ao mesmo tempo. Seus ouvidos doeram com o zumbido ensurdecedor. Ele caiu de costas contra a parede e observou o horror.

Um dos homens, levou um tiro na perna.

Seu pai de pé na porta, com uma arma na mão.

Sua mãe guinchando a medida que levantava do chão, estendendo a mão para a mulher, que já tinha retirado a sua própria arma.

Papai disparou mais dois tiros. Um barulho de metal no chão a medida que as balas batiam no concreto. Errou, ambos.

Mãe puxou o ombro da mulher.

Em seguida, a mulher bateu com seu cotovelo, disparou, girou, disparou mais três vezes. No caos, o ar engrossou, todos os sons recuando, o tempo era um conceito estranho. O garoto observava, o vazio abrindo embaixo dele, a medida que ambos os pais caíam. Um longo momento passou enquanto ninguém se movia, acima de tudo, a mãe e o pai. Eles nunca se moveriam novamente.

Todos os olhos foram para as duas crianças órfãs.

“Pegue os dois, caramba”, um dos homens disse finalmente. “Eles podem usar o outro como um sujeito controle.”

A forma como o homem apontou para ele, tão casualmente, como se finalmente tivesse decidido pegar uma lata aleatória de sopa na despensa. Ele nunca iria esquecer. Ele alcançou Lizzy, puxou-a em seus braços. E os estranhos os levaram.

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‘The Fever Code’ será lançado dia 27 Setembro nos EUA, aqui no Brasil ainda não há previsão de lançamento. Para mais informações sobre o novo livro, clique aqui.

Resenhas

Resenha: Meu Romeu, Leisa Rayven

Cassie está prestes a realizar o grande sonho: estrelar um espetáculo na Broadway. O que ela não esperava era ter que enfrentar o reencontro com o ex-namorado, que será novamente protagonista ao seu lado, em uma peça cheia de romance e cenas quentes. Trabalhar com Ethan traz o passado à tona, e lembra a Cassie que o que existe entre eles vai muito além de simples química

Meu Romeu é aquele livro que quando você começa não consegue mais parar de ler e já torce para acabar logo com a leitura, e ter o prazer de reler. E é assim que me encontro após a quinta releitura que fiz da trama depois da primeira vez em que o li. Ele me trouxe à tona doces – e duras – lembranças e a cada vez em que me entrego as suas 330 páginas sou tomada pelo mesmo sentimento.

”É mais fácil você não esperar nada porque então nada pode ser tirado de você.”

A história retrata o relacionamento de Cassie e Ethan, um casal de jovens que se conheceram nos tempos de faculdade e diferente do que pode parecer, eles nunca conseguiram viver seu romance plenamente, sempre havia algo que barrava.

Cassie é mais uma jovem que resolveu contrariar os pais e quis seguir a carreira de atriz, e com isso ingressa em uma faculdade em Westchester, NY, onde conhece Ethan e toda história começa.

”É isso que é se apaixonar? Uma gratidão opressiva pela outra pessoa estar com você enquanto dividem algo impressionante? Sabendo que a coisa mais impressionante que elas podem dividir está nelas mesmas?”

Desde o início, nosso casal vive uma relação conturbada por Cassie esperar demais de Ethan e por Ethan não conseguir dar nem o suficiente que ela necessita. Não me entendam mal, não estou querendo colocar nosso mocinho como vilão da história, mas durante a trama você o detestará, mas como a gata borralheira que vos escreve passou por uma realidade bem próxima a do livro, acabou que no final, eu o entendi.

O livro é intercalado pelo presente da nossa querida Cassie e o seu passado, onde ela conta como conhecera Ethan. A trama inicia-se com a nossa garota em NY, já no auge de sua fama e tendo que fazer uma peça com seu ex namorado, que destruiu sua vida e seu coração, Ethan. Após saber quem será seu par romântico, ela dá um pequeno, quase grande, surto, mas depois acaba sedendo para não comprometer seu trabalho. Eles terão que viver mais uma vez um casal apaixonado e isso destrói ambos devido a toda história que os envolve.

”E quanto a mim, nunca conheci ninguém mais real do que você em toda minha vida. Cada dia você me inspira a deixar de ser o que os outros querem e apenas ser eu mesma.”

Do outro lado da história, vemos nossos personagens no começo de seu grande romance. Eles se conhecem em um teste para a faculdade e desde esse dia, não conseguem mais se desgrudar. Mas não pensem que foi um mar de rosas, pelo contrário, eles batalharam muito para que desse certo e foram contra a maré muitas vezes. Mas em meio ao amor e ao ódio, conseguiram ficar juntos. Por um tempo.

O destino pegou nosso casal de pombinhos desprevenidos e acabou afastando-os. Ou então, fora Ethan disfarçado de destino que destruiu o conto de fadas. Devido ao fim doloroso, Cassie torna-se uma pessoa fria ao qual não consegue aceitar qualquer sentimento que lhe transmita paz. Ela vai de garota doce e amável, para uma atriz boêmia que transa com qualquer um por não ter mais o que fazer e que no final do dia vive o mesmo dilema, lembrar do que cara que lhe dera todos os motivos para ser a pessoa mais feliz do mundo e ao mesmo tempo para ser a mais triste.

”Meu lado cauteloso está murmurando que estar com ele é como usar o par de sapatos mais confortável do mundo, que às vezes te arremessa de cabeça num muro. É como ter uma alergia a frutos do mar e se negar a desistir de lagosta. Como saber que você está prestes a cair de cara num canteiro de urtiga, mas se recusar a aceitar a torturante coceira.”

No presente, temos muitas confissões da parte de Ethan que só incrementam a trama. E uma Cassia conturbada, triste, mas que ainda espera pelo final feliz com seu Romeu.

”Às vezes, não é questão de tentar consertar o que está quebrado. Às vezes, é questão de recomeçar e construir algo novo. Algo melhor.”

O que mais me chamou atenção foi a mudança da personalidade da Cassie ao longo da trama, de menininha que fazia tudo para agradar os outros apenas para se enturmar, a uma mulher sem medo de expor sua opinião e ser quem sempre quis ser. E tudo isso é graças a Ethan que sempre mostrou que o ele queria mesmo era a verdadeira Cassie. Isso acabou comigo e me encheu de lembranças que ao mesmo tempo incendiaram meu coração e o tornou frio novamente – acho que sou Cassie disfarçada de Julia.

Colunas, Filmes, Livros

Livros & filmes : Comer, Rezar e Amar

Fazendo um tour pelos livros de auto-ajuda, me deparei com um que li há algum tempo e gostei muito. Estou falando de “Comer, Rezar e Amar” lançado em 2006, foi um mega sucesso vendendo mais de 8 milhões de cópias no mundo todo. Acho que ele é aquele tipo de livro que precisamos ter na estante, aquele que passa uma mensagem mas também conta uma história real.

Obs: pra quem ainda não percebeu, sou fã de carteirinha do famoso “baseado em histórias reais”. Acho que elas trazem um que de “sonhos que se tornam realidade” ou “isso pode acontecer na sua vida também”. Isso faz a gente refletir querendo ou não.

Sinopse : Em torno dos 30 anos, Elizabeth Gilbert enfrentou uma crise da meia-idade precoce. Tinha tudo que uma americana instruída e ambiciosa teoricamente poderia querer – um marido, uma casa, um projeto a dois de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada, foi tomada pelo pânico, pela tristeza e pela confusão. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado, até que se viu tomada por um sentimento de liberdade que ainda não conhecia. Foi quando tomou uma decisão radical – livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo – sozinha.

 

O livro: Escrito em primeira pessoa, conta o relato de Elizabeth Gilbert que, após um conturbado divórcio, resolve viajar pelo mundo em busca de uma resposta para seus problemas. Com uma narrativa simples e engraçada fica fácil de se identificar com cada atitude, pensamento e dúvida de Liz. Ela resolve partir e em busca do seu verdadeiro eu, ela segue viagem para: Itália, Índia e Indonésia. 

Curiosamente, os três países começam com a letra I, que em inglês significa a palavra “eu” e esse é o exato motivo de sua viagem. A cada página o livro fica mais entusiasmante, A autora não poupa detalhes para narrar a sua experiência “em busca de todas as coisas da vida”.

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   “A gente precisa ter o coração partido algumas vezes. Isso é um bom sinal, ter o coração partido. Quer dizer que a gente tentou alguma coisa.”

O filme: Em 2010 o best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert acabou rendendo um filme bem água-com-açúcar. Não posso dizer que ele foi bem sucedido, ainda que tenha lá alguns bons momentos. Vale pelas locações maravilhosas, como Índia, Itália e Bali, que trazem pra nossa imaginação um toque maior de realidade. Perde-se pela atuação mediana de Julia Roberts, que poderia ter construído um personagem mais complexo. Alguns personagens bem importantes ficaram de fora, ou tiveram participações bem secundárias. E pecou principalmente (na minha opinião) na falta de alguns contextos emblemáticos, que fazem toda diferença no livro.

 

 

“O importante é viver e ser feliz mesmo que isso signifique deixar tudo pra trás e recomeçar, pois na vida e no amor as conquistas são feitas todos os dias.”

 

O que eu aprendi: A autora em suas entrevistas fala sobre a sua intenção com o livro, que é “despertar nas pessoas a vontade de mudar aquilo que não está legal.” Não necessariamente indo à Índia ou à Itália, mas acreditar que é possível ir atrás da própria felicidade. Por mais difícil que possa parecer uma situação, sempre podemos dar um basta, seguir em frente e dar a volta por cima. Nunca é tarde ou cedo demais para correr atrás dos seus sonhos e é sempre gratificante saber que por mais que a vida possa parecer difícil, dura e pesada, o seu maior sentido está na fé (seja ela em Deus ou no amor) como um sentimento puro e verdadeiro.

 

Minha recomendação: Comer, Rezar e Amar é um livro de leitura simples, mas a mensagem que ele passa é atemporal, importante e indispensável para quem ainda não conseguiu acreditar nos seus sonhos ou simplesmente quer dar mais um empurrão sobre todas as coisas que a vida pode dar. O foco da história é todo sobre a compaixão: seja pelo outro ou por você mesmo. Pode ter certeza que mesmo depois de dez anos ainda é uma boa pedida. O filme vale para você tirar suas próprias conclusões e fazer suas críticas. Mas se me pedissem pra escolher, nesse caso, com certeza eu diria o livro, mil vezes.

Até o próximo …