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Patrik Melero

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“O Funil do Diabo”, obra póstuma da carioca Julia Lopes Almeida, é lançada nos formatos de livro físico e e-book pela primeira vez pela Janela Amarela

“Se há homens que a pátria agradecida confere oficialmente o título de grande de Pai, eu creio, Senhor Presidente, que nosso idolatrado Brasil viu a luz uma mulher de tal modo excepcional na sua época, de tal modo ilustre(…), que bem merece, agora que seu corpo terreno se desfaz em pó que vejo e que o espírito liberto luminosamente se lhe integra na alma nacional, o título mais que qualquer outro enaltecedor, entre todos belo título de Mãe da Pátria.”

Trecho do discurso de posse de Afonso Lopes de Almeida, filho de Julia, na Academia Carioca de Letras em 1939

Qual desfecho possível para uma trama que envolve o furto de moedas de um cofre em que a única guardiã da chave é a maior interessada em manter os bens a salvo e portanto a única que não pode ser acusada do delito? Essa é a pergunta que norteia o enredo de “O Funil do Diabo” (Janela Amarela Editora, 191 pág.), o último romance da carioca Julia Lopes de Almeida, falecida em 1934. É a primeira vez que a trama é apresentada nos formatos de livro e digital — anteriormente foi publicada como novela no Jornal do Commercio. A obra está em pré-venda pelo site de financiamento coletivo Catarse. Somente 100 cópias numeradas serão disponibilizadas na plataforma, com previsão de envio aos apoiadores a partir da segunda quinzena de junho. Posteriormente, o livro será disponibilizado em formato físico e digital nas principais livrarias e marketplaces.

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O lançamento é mais um passo no resgate da bibliografia de uma das autoras de maior relevância do cenário nacional, patrona da cadeira 26 da Academia Carioca das Letras e idealizadora da Academia Brasileira das Letras. A escritora viveu e criou sua extensa bibliografia entre os séculos 19 e 20, num mundo em profunda transformação. Temas que pautaram a discussão política e social naquele momento, como educação feminina, divórcio e abolição do regime escravocrata estavam presentes em suas obras.

Vale ressaltar que a intelectual atravessou também os principais movimentos literários brasileiros como o Romantismo, Realismo e Pré-Modernismo. Em especial “O Funil do Diabo” é escrito na migração para o Modernismo, e isso parece ter contribuído para acentuar algumas das características literárias da época, como o interesse pela psicologia e a crítica à elite burguesa.

No livro, Juliana, uma jovem-adulta casada e sem filhos, se vê diante de um mistério a princípio insolúvel: dos 12 rolos de Libras (moedas inglesas) que sua mãe pediu para ela guardar no cofre, seis desaparecem sem deixar vestígios. A personagem mantém o fato em segredo e tenta descobrir o autor do crime. O marido, a mãe, o padrasto, os sobrinhos e a prima-empregada da protagonista são envolvidos na trama. A história se passa em um bairro afastado do município do Rio de Janeiro, longe da movimentação do centro urbano, na década de 1930.

Um dos méritos da obra é colocar a suspeita do furto ora em um, ora em outra personagem. Dessa forma o leitor acompanha, pelo olhar da protagonista, a caracterização e ambições de cada um ali. Juliana, e posteriormente a mãe, vão pouco a pouco duvidando das próprias certezas nessa busca pelo ladrão. Assim como nos thrillers de suspense que inevitavelmente apontam ao final para alguém que estava no rol de personagens centrais, aqui, somos levados a crer que um familiar é o responsável pelo delito, ainda assim, o desfecho da história tende a deixar atônitos não só a jovem vítima da ação criminosa mas também o leitor.

A importância do resgate e lançamento da obra agora, 90 anos depois de ter sido veiculada em jornal, é tanto conduzir o público a essa volta no tempo para os arranjos sociais e modos de vida daquele período do país, quanto apresentar a engenhosidade e criatividade da escritora.

Nascida para a pena e o papel

Julia Lopes de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 1862 e ainda pequena mudou-se com a família para Campinas (SP). Passou a infância e juventude na cidade paulista, depois retornou a então capital do país, sua cidade de nascença.  Em 1887, aos 25 anos, casou-se com o poeta português Francisco Filinto de Almeida. Juntos tiveram seis filhos, dois deles falecidos ainda crianças. A escritora morreu em 1934, aos 71 anos, por complicações da malária.

Proveniente de uma família da elite com pai e mãe dedicados à literatura e canto, respectivamente, desde pequena Julia foi incentivada a ingressar no universo das artes. Aos 19 anos publicou seu primeiro texto, uma crítica, no Jornal Gazeta de Campinas, e a partir daí entregou-se ao ofício. Julia tem uma produção literária ampla que contempla crônicas, contos, peças teatrais, novelas e romances. A composição literária que inicia essa jornada pode ser lida ao final do “O Funil do Diabo”, como anexo do livro.

Mais dois textos compõem esse epílogo e são assinados pelos filhos da escritora. O primeiro é um trecho do discurso de posse de Afonso Lopes de Almeida na Academia Carioca de Letras em 1939, na qual Julia foi homenageada sendo patrona da cadeira 26, ocupada por seu filho. Na fala, Afonso elenca, em ordem de publicação, as obras da mãe e as descreve evidenciando a inventividade e talento da autora carioca.

O outro texto, escrito por Margarida Lopes de Almeida em 1962, revela momentos significativos da vida e obra da autora. Ali estão as influências e inspirações, o encontro de almas e casamento com o poeta Filinto e a participação ativa de ambos na promoção da cultura. Eles, junto a outros intelectuais, foram os idealizadores da Academia Brasileira de Letras, fundada em 1987. Inspirada na Academia Francesa, que não permitia mulheres em sua composição, só o marido recebeu uma cadeira como acadêmico. Ainda assim, a filha elenca os inúmeros reconhecimentos que Julia teve ainda em vida por sua bibliografia e relevância no cenário nacional.

Esses três textos a mais que fazem parte de “O Funil do Diabo” retratam o esmero e cuidado que a editora Janela Amarela tem com a obra da autora carioca. É a 14ª produção da escritora que a editora leva ao público. A novela foi encontrada no Jornal do Commercio depois de uma intensa busca. O processo de revisão e atualização textual contribuem para aproximar o leitor da obra. O empenho demonstra, acima de tudo, o reconhecimento da produção assinada por mulheres como parte fundamental da diversidade e riqueza da literatura brasileira.

“Estava certa: se confessasse ao marido as suas desconfianças ele as rebateria com veemência ou com uma gargalhada. Seria até capaz de as comunicar ao padrasto… e ela ficaria na humilhante situação de uma doente…Estaria louca realmente? Por que torturar sua pobre cabeça com pensamentos tão confusos?…Confusos…sim…mas que não tinham germinado de pura fantasia, mas de alguma coisas igualmente imponderável, mas de uma realidade tremenda. As suas percepções vagas e indecisas começavam agora a ter um ponto de apoio. A ameaça de um perigo ignoto, que pressentia de longe, tomava uma forma positiva de perseguição. Quem poderia negar que ela tivesse sido roubada Quem poderia negar que esse roubo não tinha sido cometido por dinheiro, mas como um aviso de intuitos misteriosos?” 

Trecho do Livro (pág. 30)

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Cultura, Teatro & Exposições

MIS celebra 80 anos de Chico Buarque com programação especial

O mês de junho traz o aniversário de um dos maiores cantores e compositores brasileiros de todos os tempos, Chico Buarque, que completa oitenta anos no dia 19. E para celebrar a data, o MIS realiza a programação especial CHICO 80, que trará eventos temáticos ao longo do mês, incluindo programas fixos do museu, como o CinematographoCine Kids e Estéreo MIS, e outros totalmente inéditos, como o lançamento do CD “Claudette canta Chico”, de Claudette Soares.

Em toda sua trajetória, Chico Buarque não apenas criou uma obra vasta e diversificada, mas também se tornou uma figura de resistência e consciência social. Sua música e sua arte são testemunhos de sua dedicação em retratar as realidades e os sonhos do povo brasileiro, deixando um legado duradouro, que continuará a ecoar por muitas gerações. O especial CHICO 80 reverencia a obra sem paralelo e repleta de ramificações que o compositor nos ofereceu ao longo dos seus sessenta anos de carreira em diversas frentes.

PROGRAMAÇÃO CHICO 80

09.06, às 14h | Cine Kids + Oficina Educativo MIS: “Os saltimbancos trapalhões”

Cena do filme “Os saltimbancos trapalhões”. Imagem: Divulgação

A edição de junho do Cine Kids entra nas comemorações dos oitenta anos de Chico Buarque apresentando um dos filmes de maior sucesso na carreira de mais quarenta longas-metragens da trupe de humor Os Trapalhões. “Os saltimbancos trapalhões” (dir. J.B. Tanko, 1981) traz o famoso quarteto formado por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias dentro da história teatral traduzida e adaptada por Chico Buarque, com inspiração direta na fábula “Os músicos de Bremen”, dos irmãos Grimm. Além do tradicional grupo de comediantes, o filme conta com atuações de Lucinha Lins, Mário Cardoso, Mila Moreira e do músico Ivan Lins.

Após a exibição do filme, o Núcleo Educativo do MIS realiza a oficina “Au, au, au, ió, ió, ió, miau, miau, miau, có có ró có“, onde as crianças poderão montar sua própria máscara, de forma criativa, inspirada em um dos animais protagonistas.

13.06, às 20h | Doc.MIS: “Uma noite em 67”

Cena do documentário “Uma noite em 67”. Imagem: Divulgação

Como parte dessa programação especial, o Doc.MIS de junho exibe “Uma noite em 67” (2010), filme de Renato Terra e Ricardo Calil, que faz um raio-x do que foi um dos mais polêmicos e instigantes festivais de música brasileira, o 3º Festival de Música Popular Brasileira, realizado em outubro de 1967. Entre os destaques da competição, estavam nomes como Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Sérgio Ricardo, Roberto Carlos, Os Mutantes, Edu Lobo, entre tantos outros ícones de nossa cultura.

16.06, às 15h | Cinematographo: “Ópera do malandro”

Cena do filme “Ópera do malandro”. Imagem: Divulgação

O Cinematographo apresenta o filme “Ópera do malandro”. O musical foi dirigido por Ruy Guerra em 1985 e se baseia no espetáculo homônimo escrito por Chico Buarque e dirigido por Luís Antônio Martinez Corrêa em 1978. O espetáculo, por sua vez, tinha inspiração em “Ópera do mendigo” (1724), de John Gay e Johann Christoph Pepusch, e em “A ópera dos três vinténs” (1928), de Bertold Brecht. A edição ganha uma trilha sonora ao vivo executada pelos músicos Cíntia GasparettiCris CunhaTâmara DavidPaulo Viel e Eduardo Contrera.

16.06, às 16h | CineCiência: “Raízes do Brasil”

Cena do filme “Raízes do Brasil”. Imagem: Divulgação

CineCiência traz a cinebiografia do pai de Chico Buarque, Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), lançada em 2004 por Nelson Pereira dos Santos. Em sua primeira parte, a que será exibida no MIS, imagens de arquivo se mesclam com o registro de encontros familiares, revelando a personalidade, mas também o horizonte intelectual do autor de “Raízes do Brasil”.  Após a sessão, será realizado um debate, mediado por José Luiz Goldfarb, com o professor Pedro Meira Monteiro, que abordará a atualidade das ideias de Sérgio Buarque de Holanda e a relação que elas guardam com a obra literária de seu filho mais famoso.

Claudette Soares e Chico Buarque. Crédito: Bernardo Mendonça

Claudette Soares lançou, em março de 2024, o álbum “Claudette canta Chico”, em comemoração aos oitenta anos do artista. A seleção de canções, que ganharam uma roupagem nova na personalidade da voz de Claudette, fazem um percurso por toda a carreira do compositor e incluem tanto canções antigas, de seus primeiros discos, como dos últimos lançamentos.

O lançamento do CD físico no MIS será acompanhado de um show de Claudette Soares, seguido de uma sessão de autógrafos com a artista, que, no auge dos seus 88 anos, continua sendo uma das diversas vozes que representam tão bem a cultura popular brasileira.

27 de junho, às 19h | Clube do Filme do Livro: “Benjamim”

Cena do filme “Benjamim”. Imagem: Divulgação

A edição de junho do programa mensal Clube do Filme do Livro integra a programação especial CHICO 80 com o filme “Benjamim” (2004), dirigido por Monique Gardenberg, adaptação do livro homônimo de Chico Buarque lançado em 1995. A convidada do mês para discutir a obra sob a ótica da adaptação é a diretora e roteirista do longa-metragem Monique Gardenberg.

28.06, às 21h | Estéreo MIS: Ayrton Montarroyos

Crédito: Murilo Alvesso

O convidado para essa edição do Estéreo MIS não poderia ser mais especial: Ayrton Montarroyos iniciou sua carreira após a divulgação de um vídeo da música “Olhos nos olhos”, do cantor homenageado. Desde então, ascendeu na cena musical, sendo indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, pelo disco “Herivelto Martins – 100 anos”. No show que será realizado no MIS no dia 28 de junho, Ayrton convida como participação especial o compositor e pianista Nelson Ayres.

Legalmente Loira - O Musical
João Caldas Fo.
Cultura, Teatro & Exposições

Legalmente Loira – O Musical chega pela primeira vez ao Brasil estrelado por Myra Ruiz

Baseado no livro de Amanda Brown e adaptado para os cinemas em 2001, o grande sucesso de público Legalmente Loira ganhou os palcos da Broadway em formato musical em 2007, sendo indicado em sete categorias do Tony Awards e em dez categorias do Drama Desk Awards.

Sua montagem em Londres aconteceu em 2010 e recebeu o prêmio de Melhor Musical no Olivier Awards. A produção por aqui conta com assinatura do Instituto Artium de Cultura e Atelier de Cultura, responsáveis por sucessos como Wicked; Evita Open Air; Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate; e Cantando na Chuva – atualmente em cartaz.

Inédita no Brasil, a montagem é apresentada por Ministério da Cultura e BrasilprevLegalmente Loira fará uma curtíssima temporada em São Paulo a partir de 17 de julho no Teatro Claro Mais SP.

Na sequência de papéis grandiosos como Evita em Evita Open Air, Elphaba em Wicked e Sra. Wormwood em Matilda, Myra Ruiz protagonizará Legalmente Loira como Elle Woods, interpretada por Reese Witherspoon no cinema.

O espetáculo tem música e letras de Laurence O’Keefe e texto de Heather Hach. Na trama, Woods, jovem estudante de moda, espera ser pedida em casamento pelo seu namorado, mas ele termina com ela sob o pretexto de que quer cursar a Universidade de Harvard e o estereótipo de Elle não fará bem para sua carreira. Para provar que inteligência não depende de aparências, ela resolve entrar na mesma faculdade de Direito que o ex-namorado.

O elenco completo será divulgado em breve.

Legalmente Loira – O Musical é apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Brasilprev, tem patrocínio da Momenta e apoio da PremieRpetSegurProRio BrancoRadisson Blu São Paulo e Dona Deôla.

Acompanhe o espetáculo:

Site: https://legalmenteloirabrasil.com

Instagram: https://instagram.com/legalmenteloirabrasil

TikTok: https://www.tiktok.com/@legalmenteloirabrasil

Luzes da Coreia - Festival de Lanternas de Jinju no MAC Niterói
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Atualizações, Cultura, Teatro & Exposições

‘Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju’ chega ao MAC Niterói

A maior exposição de arte da Coreia do Sul já realizada no Brasil chega ao Salão Principal do Museu de Arte Contemporânea – MAC Niterói no dia 9 de junho. Com organização do Centro Cultural Coreano no Brasil, que tem direção de Cheul Hong Kim, e da Prefeitura de Jinju; patrocínio da Prefeitura de Niterói; realização da Scuola di Cultura e curadoria da jornalista Ana Cláudia Guimarães“Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” convida o público para um mergulho em uma das mais populares tradições culturais coreanas a partir da experiência imersiva com instalações em site specific. As milenares lanternas coloridas de seda dialogam com elementos cenográficos contemporâneos, transportando os visitantes à famosa cidade de Jinju, que desde 2003 sedia um dos mais tradicionais festivais culturais do país.

Na abertura para convidados, no dia 8 de junho, às 19h, o Museu de Arte Contemporânea e o Cristo Redentor serão iluminados ao mesmo tempo, com as cores da bandeira da Coreia do Sul:  vermelho e azul. Na véspera, dia 7, com uma ação de videomapping, o Cristo ficará vestido com um Hanbok – traje típico coreano feito de seda e utilizado em casamentos e celebrações específicas. Na vernissage, estarão presentes no MAC o embaixador Ki-Mo Lim, o prefeito de Niterói, Axel Grael, o diretor do Centro Cultural Coreano, Cheul Hong Kim, e o vice-prefeito de Jinju Seak-Ho Cha. O duo de cordas formado pelos músicos Hyu-Kyung Jung (violino) e Eduardo Swerts (violoncelo) farão uma apresentação com repertório de clássicos coreanos.

Luzes da Coreia - Festival de Lanternas de Jinju no MAC Niterói

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O MAC Niterói será ocupado por túneis coloridos formados por 1200 lanternas de seda originais da cidade de Jinju. No final dos túneis, o público encontra uma enorme lua em 3D, além de instalações, fotos e vídeos da cidade e do Festival Jinju Namgang Yudeung, mostrando a unidade entre a tradição e a contemporaneidade. Além das lanternas, estarão expostos os Hanboks. A exposição também conta com a presença do mascote de Jinju, a lontra Hamo, de 3 metros de altura.

“A exposição “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” cria uma ponte luminosa que une passado e presente. Atravessa o oceano para nos conectar a uma cultura milenar por meio de delicadas lanternas, produzidas manualmente a partir de uma seda fabricada exclusivamente em Jinju, pequena cidade da Coreia do Sul. Acesas, geram trilhas de memória e emoção. Um universo em que cores e formas conduzem a uma experiência única de imersão. As curvas e formas do MAC projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer geram um rico diálogo entre culturas e tempos tão distintos e nos transpõe a essa festividade. Hoje, as luzes representam um momento de celebração num país cuja riqueza cultural tem encantado o mundo”, diz a curadora Ana Cláudia Guimarães.

A tradição das lanternas de seda começou na 1ª Batalha da Fortaleza de Jinjuseong, durante a Guerra Imjin (1592-1598), entre 3.800 soldados do Exército Suseong (Coreia), que protegiam o castelo, e 20.000 soldados japoneses. Os coreanos usaram a lanterna no Rio Namgang em uma noite escura para avistar os japoneses, impedindo-os de cruzar o rio. Além de tática militar, as lanternas também foram usadas para enviar recados aos familiares fora da fortaleza. Mais tarde, a população da cidade de Jinju começou a lançar lanternas no Rio Namgang para homenagear as almas dos soldados que se sacrificaram, como símbolo de resistência.

Luzes da Coreia - Festival de Lanternas de Jinju no MAC Niterói

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A tradição deu lugar ao Festival Jinju Namgang Yudeung como um evento de destaque na Coreia, que é conhecido internacionalmente e todo ano reúne mais de 2 milhões de pessoas. A festividade foi designada pelo Ministério da Cultura, Esportes e Turismo como o festival representativo da Coreia e ainda foi selecionada como um festival de luxo global de desenvolvimento da Coreia por 5 anos consecutivos.

“Estou muito feliz que a exposição “Luzes da Coreia – Festival de Jinju” acontecerá no MAC-Niterói. A exposição é uma ótima oportunidade para promover a beleza da seda e das lanternas de Jinju, cidade criativa da UNESCO no campo do artesanato e das artes folclóricas. Assim, espero que a exposição Luzes da Coreia fortaleça a relação de amizade entre as cidades de Jinju e Niterói”, conta o prefeito de Jinju, Kyoo-II Jo.

A exposição “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” tem organização do Centro Cultural Coreano no Brasil e da Prefeitura de Jinju e realização da Scuola di Cultura e de Ana Cláudia Guimarães. O patrocínio é da Prefeitura de Niterói, Neltur (Niterói Empresa de Lazer e Turismo), FAN (Fundação de Arte de Niterói), Embaixada da República da Coreia, Santuário Cristo Redentor, Instituto Redemptor, Hyundai e Ecoponte. Apoio de Casal Garcia.


SERVIÇO  | ‘LUZES DA COREIA – FESTIVAL DE LANTERNAS DE JINJU’

Período: 9 junho a 25 de agosto

Local: Museu de Arte Contemporânea – MAC Niterói (Mirante da Boa Viagem, s/nº, Boa Viagem, Niterói – RJ)

Horários: Terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h30)

Preços ingressos: R$16,00 (Inteira); R$8,00 (Meia-entrada)

Gratuidade às quartas-feiras. Gratuidade para quem vai de bicicleta e para moradores de Niterói. Veja mais sobre a política de ingressos aqui

Ingressos à venda na bilheteria do museu e pelo Sympla

Maio Fotografia no MIS 2024 - Regina Casé, Caetano Veloso e Maria Bethânia (1975), em exposição na série “Encontros”, de Thereza Eugênia, no “Maio Fotografia no MIS 2024”
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Cultura, Lugares, Teatro & Exposições

No aniversário de 54 anos do MIS, museu oferece meia-entrada para todos os visitantes

No dia 29 de maio, o MIS (instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo) completa 54 anos! E, para celebrar a data, quem ganhará presente é o público: exclusivamente nesse dia, todos os ingressos para a exposição “Maio Fotografia no MIS 2024” custarão o valor de meia-entrada, R$ 5. A promoção não é cumulativa e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria física do MIS ou através da plataforma Megapass.

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O “Maio Fotografia no MIS” dedica um espaço na agenda de programação para exposições exclusivamente de fotografia, com obras de artistas nacionais e internacionais, já consagrados e novos talentos. Com curadoria do diretor-geral do MIS, André Sturm, integram a edição de 2024 séries individuais de: Sebastião Salgado, aclamado fotógrafo brasileiro, numa série jamais vista sobre a Revolução dos Cravos em Portugal, 50 anos atrás; Thereza Eugênia, fotógrafa baiana que registrou de forma íntima o convívio de artistas brasileiros no Rio de Janeiro das décadas de 1960 a 1980; Sergio Poroger, que traz um resgate, esteticamente belo e ao mesmo tempo triste e necessário, dos cinemas de rua do Brasil e do mundo; Gabriel Chaim, experiente fotojornalista paraense, que cobriu diversas guerras, em registro do seus últimos dez anos na linha de frente da missão de registrar em imagens esses horrores e reunir as fotografias em exposição inédita e lançamento de livro; e Bruno Mathias, fotógrafo selecionado pelo programa Nova Fotografia do MIS, com uma produção que nos remete à fantasia de paisagens tradicionais. Além dos fotógrafos mencionados, a exposição conta com uma seleção da Coleção Allan Porter, trazendo imagens icônicas da memória coletiva do séc. XX e uma curadoria especial na coleção do próprio Acervo MIS, com quatro fotógrafas engajadas e com diferentes perspectivas por trás das lentes.

Confira todos os detalhes sobre o “Maio Fotografia no MIS 2024” no link.

Recalculando a Rota
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Cultura, Livros, Novidades

Recalculando a Rota: um romance em ritmo brasileiro por Aimee Oliveira

Vivian é uma típica jovem da periferia brasileira: batalhadora, estudiosa, sonhadora e resiliente. No entanto, sua vida se complica ainda mais quando precisa lidar não só com os desafios do cotidiano, mas também com os sentimentos conflitantes que ainda nutre pelo ex-namorado, Vinícius – especialmente quando ele se envolve em um acidente de moto e a família da moça decide acolhê-lo em casa durante a recuperação. Este é o início da jornada da protagonista de Recalculando a Rota, novo romance contemporâneo da premiada autora carioca Aimee Oliveira, publicado pela Plataforma21.

É no subúrbio do Rio de Janeiro que Vivian enfrenta as lutas diárias por uma vida melhor, ao lado de quatro mulheres fortes e unidas: a mãe, a avó, a irmã e a sobrinha.  Porém, com a chegada de Vinícius, o cotidiano da protagonista vira de cabeça para baixo, desafiando-a a enfrentar questões do passado e a lidar com provocações constantes do ex, que ela passou a odiar. Mas essa reaproximação dos dois será capaz de reascender a paixão entre eles?

Em meio ao turbilhão de emoções e à rotina atribulada, a protagonista passa a olhar mais para si mesma e a perseguir seus sonhos – o maior deles é abrir a própria clínica estética a fim de atender os moradores da periferia. Sempre com uma alegria inabalável, boa música na cabeça e samba nos pés, Vivian vai descobrir como cultivar a liberdade, amar-se em primeiro lugar e a nunca desistir dos próprios desejos, mesmo quando o mundo parece estar contra ela.

– Você sabe como os sonhos são, Viv…
– Sei? – perguntei, num sussurro.
– Nem sempre eles dão certo. – Ele levantou a cabeça para me olhar.
Retorci as mãos para não demonstrar com o resto do corpo o quanto aquilo mexeu comigo. Eu também tinha sonhos que não deram certo. E mais um monte que não sabia no que ia dar. Mas ouvir algo assim da mesmíssima pessoa com quem sonhei tanta coisa junto, e também a mesma que me fez acordar e correr atrás dos meus objetivos, me soou muito triste […]
– Alguns dão. Você só vai saber se tentar.

(Recalculando a Rota, p. 178)

Nesta história de amor ao estilo amantes-para-inimigos-para-amantesAimee Oliveira, também autora de Ladeira Abaixo e vencedora de dois prêmios Wattys do Wattpad, traz para o centro da narrativa diversas referências do dia a dia dos brasileiros. Regada a músicas de rap, samba e pagode, ela descreve passeios de moto, o amor pelo time de futebol e, claro, os corriqueiros perrengues de pegar ônibus lotado para ir trabalhar.

Com uma escrita bem-humorada e personagens fidedignos, Recalculando a Rota, que conta com o design de capa da artista Paula Cruz, é uma história de amadurecimento que valoriza a sororidade, a amizade e o fortalecimento entre os laços familiares. A obra também é uma ode a todas as jovens brasileiras que estão no corre em busca de igualdade e que nunca desistem de seus ideais.


Ficha técnica:
Título: Recalculando a Rota
Autora: Aimee Oliveira
Selo: Plataforma21
Capista: Paula Cruz
ISBN do livro físico: 978-65-88343-76-0
ISBN do e-book: 978-65-88343-75-3
Edição: 1ª ed./2024
Gênero: Romance contemporâneo
Público-alvo: Jovem adulto 16+
Número de páginas: 244
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Mariah Carey em São Paulo
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Cultura, Música

Mariah Carey em São Paulo: data, local e valores dos ingressos

É impossível falar da música pop que conhecemos hoje sem passar pelo nome de Mariah Carey. Não à toa, em fevereiro de 2024, ela foi homenageada no Grammy com o Global Impact Award e recebeu o prêmio pelo impacto global de sua obra diretamente das mãos de Stevie Wonder, que, na ocasião, afirmou estar “animado por estar ali para celebrar uma amiga de quem é fã desde o momento em que ouviu a sua voz pela primeira vez”. Atualmente com uma disputada residência em Las Vegas, intitulada The Celebration of Mimi, a estrela reforça o poder da sua música e da sua inconfundível voz – ambas atemporais. Ela aproveita o ótimo período para anunciar um show solo em São Paulo, no dia 20 de setembro, no Allianz Parque, em uma realização da 30e e apresentado por Santander Brasil. A artista, que também está na programação do Rock in Rio, fará apenas esta apresentação solo no país. Clientes com cartões Santander terão um período de pré-venda exclusiva a partir do dia 4 de junho, às 10h, até o dia 6 de junho, às 9h59, com parcelamento em até 3x sem juros durante esse períodoe a venda geral dos ingressos inicia no dia 6 de junho, ao meio-dia, no site da Eventim ou a partir das 13h na bilheteria oficial. Clientes com cartões Santander ainda contam com um desconto exclusivo no valor dos ingressos (sujeito à disponibilidade e condições).

Ao longo de mais de 30 anos de carreira, Mariah Carey acumulou números superlativos. É, sem dúvida, uma das cantoras que mais vendeu álbuns na história (mais de 200 milhões de cópias), além de ser a artista solo com o maior recorde de hits no topo das paradas (ao todo, 20 de suas músicas ocuparam o número 1). Ela contabiliza ainda 34 indicações ao Grammy e, destas, venceu em cinco ocasiões.

Em 2025, o aclamado disco The Emancipation of Mimi, no qual estão hits como “Shake it Off” e “We Belong Together”, completa 20 anos. Por mais que a terceira residência de Mariah Carey em Las Vegas, iniciada em abril deste ano, tenha recebido o nome de The Celebration of Mimi, a experiência tem sido muito mais do que uma comemoração antecipada ao marco. O espetáculo abraça diversas fases da carreira da estrela. “Se The Emancipation of Mimi tratava de libertar Carey de seu passado, a residência ‘Celebration of Mimi’ é sobre levar seu legado adiante”, afirmou a versão americana da revista Billboard.

Sem vir ao Brasil há 14 anos, Mariah Carey deve fazer desse encontro com o público daqui uma grande festa com trilha sonora repleta de hits, entre eles “Hero”, “Heartbreaker” e “Fantasy”.

Serviço:

Mariah Carey Tour 2024
Realização: 30e

SÃO PAULO
Data: 20 de setembro
Local: Allianz Parque
Horário de abertura da casa: 17h
Classificação Etária: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais

Setores e preços:
Cadeira Superior – R$170,00 (meia-entrada legal) | R$306,00 (cliente Santander) | R$ 340,00 (inteira)
Pista – R$195,00 (meia-entrada legal) | R$351,00 (cliente Santander) | R$ 390,00 (inteira)
Cadeira Inferior – R$245,00 (meia-entrada legal) | R$441,00 (cliente Santander) | R$ 490,00 (inteira)
Pista Premium – R$395,00 (meia-entrada legal) | R$711,00 (cliente Santander) | R$ 790,00 (inteira)

Vendas online em: eventim.com.br

Bilheteria oficial: Bilheteria A – Allianz Parque – Endereço: Rua Palestra Itália, 200

*Exclusivamente nos dias 4, 5 e 6 de junho, a venda ocorrerá na Bilheteria B no ALLIANZ PARQUE – Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 1705 – Portão B – Água Branca – São Paulo/SP. Nos demais dias, as vendas acontecerão na Bilheteria A.

Funcionamento*: Terça a sábado das 10h às 17h

*Não há funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas.

Rafa & Luiz
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Cultura, Teatro & Exposições

Vibra São Paulo recebe a aventura de Rafa e Luiz em: A Descoberta do Verdadeiro Face

As férias escolares de julho serão mais divertidas no palco da Vibra São Paulo com “Rafa e Luiz em: A Descoberta do Verdadeiro Face”, a ser realizado no dia 6 de julho, às 16 horas. Os ingressos já estão disponíveis pela plataforma Uhuu e pontos físicos (bilheterias da Vibra São Paulo, Teatro Bradesco e Teatro Sabesp Frei Caneca).

“Rafa e Luiz em: A Descoberta do Verdadeiro Face”, o show se desenrola em um cenário de mistério e aventura, junto com seus amigos Stephany e Fernando. Em uma emocionante jornada, eles buscam desvendar os segredos por trás da misteriosa figura conhecida como “Face”.

Eles trabalham juntos para capturar o Face e finalmente descobrir sua verdadeira identidade. No entanto, à medida que a trama se desenrola, eles percebem que a realidade é mais complexa do que imaginavam. Uma série de reviravoltas revela segredos surpreendentes, culminando em um confronto emocionante e revelador.

“A Descoberta do Verdadeiro Face” é um show que mistura suspense, comédia e ação, explorando temas de amizade, confiança e autoconhecimento. Enquanto os personagens desvendam os mistérios do passado e do presente, eles também confrontam suas próprias inseguranças e desafios pessoais, criando uma narrativa envolvente e cheia de emoções.

O show oferece ao público uma experiência fora das telas, trazendo toda a emoção dos vídeos para ser vivida ao vivo. Com um toque de humor e ação, Rafa e Luiz convidam o público para desvendar o mistério junto com eles.


SERVIÇO:

RAFA & LUIZ EM:

A DESCOBERTA DO VERDADEIRO FACE

Data do evento: 06/07/2024

Horário: 16:00

Abertura da casa: 14:00

Configuração: Auditório

Classificação etária: Livre

Local: Vibra São Paulo

Compre on-line: Uhuu

Drica Moraes e Fabio Assunção
Cultura, Teatro & Exposições

Drica Moraes comemora 40 anos de carreira ao lado de Fabio Assunção na comédia “FÉRIAS”

FÉRIAS é o nome da comédia escrita por Jô Bilac, que tem Drica Moraes e Fabio Assunção como o casal protagonista “H” e “M”, juntos há 25 anos, que ganham dos filhos um cruzeiro pelo Caribe, para comemorar suas bodas de prata.

Drica Moraes e Fabio Assunção

Foto: Leo Aversa

Dirigida pelos atores Enrique Diaz e Débora Lamm, a comédia faz sua estreia nacional em São Paulo, no Teatro Procópio Ferreira, onde fica em cartaz entre os dias 7 de junho e 4 de agosto.

Encomendada por Drica Moraes a Jô Bilac, a peça comemora os 40 anos de carreira da atriz e marca sua volta aos palcos após 6 anos. Atuar com Fábio Assunção é sonho antigo da atriz.

“Eu fiz esse chamado ao Jô, queria falar sobre casais contemporâneos, numa comédia com alma e reflexão, que não fosse de humor inconsequente. Ela fala de um homem e uma mulher na faixa dos 50, é sobre sexo e prazer, sobre o tempo, a relação com dinheiro, filhos e o mundo moderno. Tudo com muito humor, ao mesmo tempo que filosofa sobre o valor da vida e do nosso prazer”, revela Drica.

“Está sendo um prazer dividir a cena com o Fabio, um ator brilhante e muito tarimbado com quem eu tenho vontade de trabalhar há muito tempo, no teatro. É um sonho antigo sendo realizado” enfatiza, a atriz.

Com 25 anos de casados “H” e “M” seguem sexualmente ativos e pode-se dizer que, com uma certa compulsão sexual, transam sem culpa.

Os filhos, já crescidos, tiveram a ideia de mandar os pais de férias em um cruzeiro e, livres da rotina, fazendo bom uso da “liberdade”, comportam-se como adolescentes, se amam por todo o navio como se não houvesse amanhã, até que, flagrados pelas câmeras de segurança, são “gentilmente convidados” a se retirar da embarcação, quando ficam, literalmente, a “ver navios”, em uma praia colombiana.

E o que poderia ser o fim da aventura acaba por deixá-los ainda mais animados e encalacrados, obrigados a dividir um apartamento com um casal de mochileiros, que vive com a grana de um canal “caliente” na internet e transam com parceiros pescados em apps de relacionamento.

Os gringos descolados, “X “e “Y”, também vividos por Drica e Fabio, aquecem e provocam os “cinquentinhas”, que não querem dar o braço a torcer para a dupla de “millenials” moderninhos, e acabam indo parar na delegacia.

Drica Moraes e Fabio Assunção

Foto: Leo Aversa

“Hoje mais do que nunca, quando se discute o transumanismo, onde robôs e a inteligência artificial influenciam cada vez mais a vida humana, e a gente está “virando” meio máquina, um texto que fala de amor é quase um ato de resistência. Esse casal que se ama, que se joga na vida juntos com humor e alegria, e que se pergunta o tempo todo sobre o valor do viver, cria identidade com o público, que também está diante das transformações do mundo. É nessas horas em que temos que se apegar ao que a gente é em essência, que somos seres que amam e que precisamos de alegria. É isso que a peça oferece ao público e convida a todos pra se divertir e pensar”, filosofa Fabio.

Fabio e Drica dividem o palco pela primeira vez, mas já contracenaram como um casal na série de comédia “A Fórmula”, da TV Globo, em 2017. Esta é a primeira comédia estrelada pelo ator em mais de dez anos.

“Drica é uma gigante, uma atriz extraordinária, de muitos recursos. Uma grande parceira que acolhe com afeto. Sinto só coisas boas e aprendo com ela. Já trabalhei com Kike e Débora, eles se complementam, é um encontro feliz de atores que amam o que fazem”, complementa Fabio.

Para a direção, Drica convidou o ator e diretor Enrique Diaz, amigo de longa data, colega desde os tempos da Companhia dos Atores e seu primeiro namorado, que ao lado da também atriz e diretora Débora Lamm, divide a missão de dar vida ao casal criado por Jô Bilac.

“Sou amigo da Drica há 40 anos, já fomos namorados, tivemos uma companhia teatral, uma história de amor e amizade muito linda, e trabalhar com ela é sempre um presente. Com Fabio também tenho uma ótima conexão e, apesar de serem grandes atores, bem diferentes, são igualmente brilhantes. A inteligência e a versatilidade deste texto do Jô tem forte comunicabilidade, mistura crônica, filosofia e retrata o amor de uma maneira bem legal. Foge de uma comédia mais imediata e produz interesse de um outro lugar, é fascinante. Acho que será divertidíssimo”, resume Enrique Diaz.

Drica Moraes e Fabio Assunção

Foto: Leo Aversa

Debora Lamm celebra o fato de estar trabalhando com colegas que a influenciaram desde que assistia aos espetáculos da Cia. Dos atores, e enfatiza a beleza filosófica do texto que, mais que uma comédia romântica, trata-se de um espetáculo sobre o amor em todas as suas camadas.

“FÉRIAS trata sobre o amor de um casal que comemora suas “bodas de prata”, fala da cumplicidade e da deliciosa intimidade depois de muito tempo juntos. A peça faz rir enquanto filosofa sobre vida e morte, a idade, as relações. O público se identificará com o casal vivido por esse dois atores queridos, muito expressivos. Será uma alegria para o público estar perto deles ao mesmo tempo que torcem pelo casal da trama”, define Debora.

A viagem é diversão garantida. Quer sair da rotina e entrar em férias com Drica Moraes e Fabio Assunção? Então, embarque sem medo de ser feliz!


Serviço: FÉRIAS!

Local: Teatro Procópio Ferreira
Endereço: Rua Augusta, 2823 – São Paulo
Temporada: 7 de junho a 4 de agosto às sextas, sábados e domingos
Horários: Sexta e Sábado às 21h / Domingo às 18h
Valores: Inteira R$ 140,00 / Meia-entrada R$ 70,00
Links de vendas: Sympla Sampa Ingressos
Bilheteria: de terça a domingo, das 14h às 19h ou até o horário de início da sessão caso haja espetáculo no dia.

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Atualizações, Estreias, Filmes

Do mesmo diretor de Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, 13 Sentimentos recebe pôster e trailer oficiais

Sucesso de público e crítica, representante do Brasil ao Oscar de Melhor Filme Internacional e vencedor do Prêmio Teddy no Festival de Berlim, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” foi capaz de atingir inúmeras audiências com a sua história romântica e juvenil entre dois garotos durante os seus despertares sexuais. 10 anos depois, o aguardado retorno de Daniel Ribeiro ao formato de longa-metragem acontece com 13 SENTIMENTOS, que está com o seu lançamento exclusivo nos cinemas agendado para o dia 13 de junho, um dia depois do Dia dos Namorados. Com distribuição da Vitrine Filmes, a obra é uma produção Lacuna Filmes, Claraluz Filmes, Canal Brasil e Telecine. Neste release, confira o pôster e trailer divulgados recentemente.

https://www.youtube.com/watch?si=2yFIe9TbJg017jCV&v=_8HvVd5hpbY&feature=youtu.be

O filme é protagonizado por João, interpretado por Artur Volpi, um jovem cineasta que termina um relacionamento de 10 anos, mas que mantém uma amizade próxima com o ex-namorado. A busca por um novo amor leva João, um rapaz que prioriza laços afetivos, a conhecer Vitor (Michel Joelsas), por quem se apaixona à primeira vista. Aos poucos, o cineasta vai tentando controlar o relacionamento entre os dois, como se fosse um filme que estivesse construindo.

Daniel Ribeiro parte de uma experiência bastante pessoal, inspirando-se no fim de seu relacionamento com o também diretor Rafael Gomes, cujo longa “45 Dias Sem Você” (2018) é o retrato ficcional dos sentimentos que vivenciou após o término com o ex-companheiro. A resposta de Daniel vem agora com 13 SENTIMENTOS que, ao lado de “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, compõe uma trilogia sobre os sentimentos e relacionamentos, que será encerrada com “Amanda e Caio”, sobre um casal transgênero interpretado por Alice Marcone e Gabriel Lodi.

O roteiro foi escrito bem depois de todo o processo de superação da separação. Eu já tinha processado todos os sentimentos e compreendido quais caminhos eu percorri para estar aberto para uma nova relação. Eu percebo que gosto de escrever sobre minhas experiências com um olhar mais completo de como elas aconteceram.”

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Em 13 SENTIMENTOS, o cineasta aponta que o escapismo é um dos temas caros ao cinema e, nesse sentido, a arte também serve como um mediador disso. João vai utilizar o fato de ser roteirista para criar uma versão da sua vida que seja perfeita.

Eu acredito que escrever um roteiro e fazer um filme sobre minhas experiências é uma forma de compreender melhor meus sentimentos, e neste filme isso foi transferido para o personagem João, que também passa a escrever um roteiro onde ele pode transformar as partes da realidade que o desagradam, reviver cenas do passado como ele gostaria de ter vivido e reescrever os finais para serem mais felizes. Muitas pessoas aproveitam a experiência de assistir a um filme de ficção como um espelho da própria vida e, consequentemente, compreender melhor os próprios sentimentos, compartilhando-os secreta e intimamente com os personagens dos filmes. 13 SENTIMENTOS, de alguma maneira, aborda essa ideia de buscar uma fuga nas histórias ficcionais, mas também lembra que uma hora precisamos enfrentar a realidade.

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Outro elemento importante dentro do filme são as redes sociais como forma de conexão entre as pessoas no mundo contemporâneo. “Não tem como fugir de celulares, mensagens e redes sociais quando se faz um filme sobre relações humanas em 2024. Por outro lado, eu não queria que a gente ficasse vendo tela de celular nem mensagens sendo escritas na imagem. Dessa forma, tivemos que ser criativos em traduzir para o cinema as interações via celular, a exemplo de como vemos um longo diálogo entre duas pessoas que estão conversando em um aplicativo de relacionamento. A outra solução foi sempre trazer para o diálogo aquilo que os personagens estavam vendo no celular, deixando para o espectador imaginar o que os personagens estão vendo.”

Filmado em 2023, Ribeiro ressalta que “era um momento em que pessoas LGBT+ estavam voltando a respirar aliviadas depois de um período sombrio, de tensão e insegurança sobre o futuro. Acho que o filme traz esse sentimento de esperança, de um Brasil em que a diversidade é possível, onde todos podem viver sem medo de ser quem são.”

Além do registro de uma contemporaneidade onde muitas dinâmicas são ditadas pela tecnologia, 13 SENTIMENTOS é também um filme que retrata a busca do amor, um sentimento tão universal, do ponto de vista de um personagem gay, trazendo pra telas a diversidade de experiências humanas e a pluralidade dos relacionamentos homoafetivos de uma forma em que todo público consegue se enxergar e se relacionar.

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O elenco de 13 SENTIMENTOS, assim como as personagens, prima pela diversidade, um traço característico dos filmes de Ribeiro, e inclui nomes da nova geração de atores e atrizes que se destacam no cinema e televisão brasileira. Volpi é conhecido por seu papel em “Segunda Chamada”. Michel Joelsas se destacou em “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” e “Que Horas Ela Volta?”. Marcos Oli, que faz Chico, ganhou reconhecimento em “Malhação” e “As Five”. Julianna Gerais, interpretando Alice, é lembrada por “Todxs Nós”. Igor Cosso, como Leo, atuou em “Malhação” e “Salve-se Quem Puder “. Cleomacio Inácio (Martin) é conhecido pelo musical “Tatuagem” e a peça “A Herança”. Já Sidney Santiago (Hugo) ganhou destaque em “Rensga Hits!” e “Segunda Chamada”.

Na equipe artística, o longa conta com direção de fotografia de Pablo Escajedo (“O Guri”), montagem de Cristian Chinen (“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”), direção de arte do estreante João Vitor Lage e a trilha sonora de Arthur Decloedt (“Coisa Mais Linda”, “La Parle”). A produção do longa é assinada por Daniel Ribeiro, Diana Almeida (“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, “Veríssimo”) e Fernando Sapelli (“Raquel 1:1”, “La Parle”).

O longa 13 SENTIMENTOS receberá apoio do Projeto Paradiso, que faz parte do programa Brasil no Mundo, de apoio à participação de filmes e séries de ficção brasileiros em grandes festivais e mercados mundo afora.