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Patrik Melero

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Atualizações, Estreias, Filmes

“O Sequestro do Papa” de Marco Bellocchio estreia nos cinemas brasileiros em 11 de julho

Um dos nomes mais importantes do cinema político italiano, Marco Bellocchio (De punhos cerrados, Bom-dia, Noite) está de volta às telas brasileiras com O SEQUESTRO DO PAPA, baseado na história de abdução do menino Edgardo Mortara, que chocou a Itália no século XIX. O longa estreia nos cinemas brasileiros em 11 de julho, com distribuição da Pandora Filmes. A produção foi indicada em 11 categorias no Davi di Donatello, entre elas, melhor filme, diretor e roteiro adaptado, e venceu nas categorias melhor figurino, maquiagem e cabelo.

Bellocchio, que assina o roteiro com Susanna Nicchiarelli e Edoardo Albinati, conta a história de Mortara por uma perspectiva única, politizada e crítica. A trama tem ao centro o sequestro desse menino judeu por autoridades da Igreja Católica, pois foi feita a denúncia de que uma empregada o batizara quando estava gravemente enfermo. A desculpa para a tal ação era a existência de uma lei que proibia não-católicos de criar crianças católicas.

O longa fez sua estreia na mostra competitiva do Festival de Cannes, e foi exibido também nos Festivais de Toronto e Nova York. Bellocchio conta em entrevista que a ideia do filme sempre foi a de centrar em fatos estritamente históricos documentados antes de deixar a imaginação cobrir as lacunas dessa história. “Sabemos muito pouco sobre a vida privada dos personagens, por exemplo. A estrutura do filme é sustentada por vários pilares históricos: o sequestro em 1858, o julgamento em 1860 e a captura de Roma em 1870.”

O Sequestro do Papa

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Embora se situe no passado, o diretor explica que O SEQUESTRO DO PAPA é um filme sobre o poder da Igreja que atravessa séculos e chega até o presente. “Naturalmente, o que Eduardo Mortara viveu nunca poderia acontecer hoje, numa época de diálogo aberto e de um papa de mente extremamente aberta. Naquela época, havia de fato a sensação de que a fé católica não podia ser abalada. Este filme não busca colocar um lado contra o outro. O destino deste homem falou comigo e me inspirou. Sua história me encheu de sentimento e tensão. Essas emoções abriram o caminho para moldar o filme. Minha empatia vai claramente para a criança que sofreu um ato de extrema violência.”

Esteticamente, o diretor explica que se inspirou no Realismo e no Romantismo das pinturas do século XIX, no qual se situa a trama. “Esta foi a época em que a Itália se construiu e produziu muitas pinturas representando cenas militares e familiares. Em termos de cenários, figurinos, cores e contrastes, inspiramo-nos na grande tradição do pré-impressionismo na pintura italiana e francesa, como se vê na obra de Eugène Delacroix”.

Por fim, o diretor também destaca o trabalho do estreante Enea Sala, que interpreta Mortara quando criança. “Ele nem foi batizado, nunca foi à igreja e também não é judeu! O que ele mostra na tela é sua resposta emocional ao personagem, e ele desempenha o papel enquanto consegue evitar o que as crianças costumam fazer – imitar o que viram na televisão. Ele trouxe uma profundidade incrível ao seu papel, o que foi extremamente benéfico para o filme. Eu queria que ele se sentisse livre. O cuidado demonstrado pelos outros atores também foi decisivo.”

O Sequestro do Papa

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Desde sua estreia em Cannes, O SEQUESTRO DO PAPA só recebeu elogios. “Bellocchio mostra-nos uma convulsão brutal de tirania, poder e intolerância com ecos do caso Dreyfus na França e, mais tarde, de acontecimentos horríveis”, escreve Peter Bradshaw no jornal inglês The Guardian. “O longa é uma história verídica evocativa, de ritmo habilidoso, lindamente filmada, sobre fé, família e o poder das pessoas que se unem para corrigir erros profundamente arraigados”, publicou a revista Empire.

O SEQUESTRO DO PAPA será lançado no Brasil pela Pandora.

Karnak - Georgia Branco
Georgia Branco
Cultura, Música

Karnak se apresenta no Sesc São José com clássicos de seu repertório

Dia 22, sábado, às 20h, o Sesc São José dos Campos apresenta a banda Karnak, que celebra mais de 30 anos trazendo ao público as principais canções de sua carreira. Ingressos à venda online em sescsp.org.br/sjcampos e no app Credencial Sesc SP; e presencial nas bilheterias da rede Sesc SP. 

O grupo liderado pelo músico André Abujamra comemora sua história apresentando os clássicos de seu repertório em um show que compacta as principais músicas dos discos “Karnak”, “Universo Umbigo”, “Estamos Adorando Tokyo”, “Piratas do Karnak ao vivo” e “Nikodemus”.

Sobre a banda Karnak

Em 1992 acontecia a primeira apresentação da banda na cidade de São Paulo. Suas músicas influenciaram e continua influenciando muitos artistas da nova geração porque nasceu misturando ritmos, estilos musicais e teatralidade. O seu primeiro disco “KARNAK”, foi citado pela revista Rolling Stone como uns dos 10 melhores discos latinos, ao lado de artistas como Os Mutantes e Mano Chao.  segundo as palavras do crítico e jornalista americano Ernesto Lechner da Rolling Stones: “Uma tapeçaria exuberante de expressões idiomáticas internacionais, o primeiro LP deste grupo paulista resume a fome ilimitada do Brasil por todos os tipos de música – do reggae brasileiro aos cânticos do Oriente Médio. Uma obra-prima do começo ao fim.” 

Para a apresentação no Sesc, estarão presentes os músicos da atual formação, André AbujamraCarneiro SândaloLuiz MacedoEron GuarnieriSergio BartoloMarcos CongentoMarcelo Pereira Tiquinho 

A apresentação acontece no Ginásio. Os ingressos custam entre R12,00 e R$40,00. Classificação indicativa 16 ano.  

Acompanhe a programação do Sesc São José dos Campos pelo portal sescsp.org.br/sjcampos e pelas redes sociais Instagram e Facebook em @sescsjcampos e youtube.com/sescsjcampos           

La Bella História
Gustavo Monge
Cultura, Teatro & Exposições

“La Bella História”: conto que conecta Itália e Quiririm se apresenta no Museu Monteiro Lobato neste domingo

La Bella História promete despertar a curiosidade das crianças e resgatar as memórias de adultos. A sessão gratuita acontecerá no domingo, dia 23, às 14h, no Museu Monteiro Lobato (Sítio do Picapau Amarelo), em Taubaté.

A narrativa se desenvolve a partir de Ottávia, a bisneta de uma grande contadora de histórias, que, de posse de um mapa, irá descobrir muito mais do que um simples tesouro. Ao lado de Chiara, sua mais nova amiga, relembra toda a saga de sua família, da Itália ao Quiririm. Juntas, descobrirão os mistérios por trás dessas histórias, que terão o poder de mudar o futuro das duas amigas.

“A montagem é uma celebração da memória e das histórias que nos conectam. Toda a trajetória de criação foi feita com muito carinho, pensando em envolver e encantar pessoas de todas as idades”, disse Alexandre Fortes, diretor e produtor por trás da iniciativa.

Além da contação de histórias, o evento terá uma oficina de teatro de papel antes da apresentação, às 11h30, proporcionando uma experiência ainda mais imersiva e criativa para o público presente.

La Bella História tem apoio do Teatro Laboratório, Museu da Imigração Italiana, Museu da Imigração, Museu Monteiro Lobato (Sítio do Picapau Amarelo), Escola Municipal de Artes Maestro Fêgo Camargo. O projeto é aprovado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa de Taubaté, com recursos da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura – Governo Federal.

FICHA TÉCNICA

Elenco: Carol Bastos e Priscilla Azarias. Ilustrações: Fabio Scarenzi. Figurino: Bruna Celestino. Cenografia: Alexandre Fortes. Sonoplastia: Carol Bastos. Dramaturgia: Jefferson Machado. Produtor: Beto Camargo. Produção e Direção: Alexandre Fortes.


SERVIÇO – LA BELLA HISTÓRIA

Data: 23 de junho de 2024

Local: Museu Monteiro Lobato (Av. Monteiro Lobato, s/n – Chácara do Visc., Taubaté – SP, 12050-730)

Horários das atividades:

Oficina de Teatro de Papel: 11h30

Apresentação “La Bella História”: 14h

Entrada gratuita

Sin Embargo, uma Utopia
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Cultura, Filmes

Documentário ‘Sin Embargo, uma Utopia’ estreia nesta quinta (20) em São Paulo

Dirigido por Fabiana Parra, SIN EMBARGO, UMA UTOPIA é um documentário sobre a ida à Cuba do maestro brasileiro Kleber Mazziero. A ocasião marcou a comemoração de seus 50 anos de carreira e o aniversário do Museu Nacional de Belas Artes cubano. O filme acompanha sua trajetória na ilha, suas interações com artistas brasileiros e cubanos, desvendando a beleza e resiliência de um país que enfrenta um embargo desde meados do século XX. O longa estreia com exclusividade no Reserva Cultural (Av. Paulista, 900 – Bela Vista, São Paulo/SP), nesta quinta, 20 de junho de 2024.

Seria um filme sobre o concerto. Fiquei muito encantado com o convite. Que honra ser o compositor homenageado nas comemorações dos 110 anos do Museu Nacional de Belas Artes de Cuba! Ao chegarmos lá, isso mudou radicalmente. O filme sobre o concerto passou a ser um filme sobre a situação de Cuba. Não é possível ficar imune às condições impostas a onze milhões de pessoas”, conta o músico, que também é produtor executivo do longa.

Para ele, Cuba sempre foi uma utopia, na qual todas as pessoas são iguais e comuns. “É preciso olharmos para Cuba. Em todos os sentidos: para aprendermos com eles; para ajudarmos na dissolução do embargo; para convivermos com eles; para estreitarmos os laços com aquele povo tão próximo de nós em nossas identidades culturais; para nos lembrar de que somos todos de uma mesma matriz que se consolidou aqui na América Latina. Mas, sobretudo, para nos espelharmos neles. Com fome, sem bens mínimos para a sobrevivência humana, aquelas pessoas resistem. Vivem e resistem. E cantam, dançam e riem”, explica Mazziero.

Passando dez dias em Cuba, a equipe filmou um material diversificado, incluindo o concerto para piano, imagens da ilha e seus habitantes, entrevistas e tomadas de lugares como o Conservatório Amadeo Roldán e a Escuela Internacional de Cine y TV, em San Antonio de los Baños. “Construímos um discurso cinematográfico que mesclou o aspecto histórico, o âmbito social e a instância emocional”, conta a diretora do filme, Fabiana Parra.

Ela explica que Mazziero não é uma figura muito famosa no Brasil, fora de seu âmbito, apesar de ter regido e dirigido três óperas, ao longo de sua carreira, montando onze peças de teatro, e no cinema ter mais de 38 filmes – com títulos premiados em cinco continentes.

Para termos uma ideia, ele tem pós-doutorado pela Sorbonne e, lá na França, ele também é chamado de ‘le génie du Brasil’. Que pena o Brasil não conhecer o Kleber, não conhecer os seus gênios que não estão nos holofotes. Tomara que o filme cumpra também esta missão: levar ‘o gênio brasileiro’ a um maior número de brasileiros”, conclui a diretora.

SIN EMBARGO, UMA UTOPIA é uma coprodução Kaza Véia Produções e Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos – ICAIC.

Sinopse

Um maestro brasileiro vai a Cuba, para um Concerto em comemoração a seus 50 anos como pianista. Essa é apenas a premissa do documentário “Sin embargo, uma utopia”:  acompanhando as andanças do maestro Kleber Mazziero por terras cubanas, a partir do encontro de um artista brasileiro com artistas cubanos, da arte brasileira com a arte cubana, o espectador observa a realidade de um país que, mesmo diante do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos da América, segue sendo uma Utopia.

Ruth Rocha
Nágila Rodrigues
Cultura, Livros

Ícone da literatura infantil brasileira, Ruth Rocha é destaque da Feira do Livro 2024

A escritora Ruth Rocha, 93 anos, que acaba de renovar por mais 15 anos a parceria com a Salamandra, editora da Santillana Educação, será, mais uma vez, um dos destaques da Feira do Livro 2024. O evento irá reunir mais de 150 expositores entre editoras, livrarias e instituições culturais, além de dezenas de autores nacionais, na praça Charles Miller, em São Paulo, de 29 de junho a 7 de julho.

Ruth Rocha irá expor em uma tenda exclusiva o seu catálogo com mais de 140 obras lançadas com a Salamandra. Os visitantes poderão adquirir cerca de 50 títulos clássicos criados pela autora, entre eles, obras amadas por gerações como ‘Marcelo Marmelo Martelo, ‘O Reizinho Mandão’ e seu mais recente trabalho, ‘O Grande Livro dos Macacos’.

Contação de histórias

As crianças presentes na Feira ainda terão a chance de ouvir as histórias criadas por Ruth Rocha narradas pela contadora Marina Bastos. A contação de histórias ocorrerá todos os dias no Tablado Literário, espaço reservado dentro da área do evento. Com acesso gratuito, será uma oportunidade para os pequenos leitores conhecerem um pouco mais da obra de uma das escritoras mais queridas do Brasil.

A Feira do Livro é uma iniciativa da Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos voltada para a difusão do livro na sociedade brasileira, e da Maré Produções, escritório de arquitetura especializado em exposições e feiras culturais, com apoio do Ministério da Cultura.

Os visitantes terão à disposição uma programação especial focada nas crianças, com workshops e diversas atividades ligadas à promoção da leitura. Nesta edição, além de dois palcos em que os autores participantes se apresentam, haverá outros espaços espalhados entre os estandes das editoras que poderão receber pequenos debates e lançamentos de livros.

Mais de meio século de infância

Ruth Rocha nasceu na capital paulista em 1931 e, ao longo da vida, foi orientadora educacional e editora. Começou a escrever artigos sobre educação para a revista Cláudia, em 1967. Em 1969, teve início a produção de histórias infantis para a revista Recreio. Em 1976 teve o primeiro livro editado e, desde então, publicou mais de cem livros em território brasileiro e vinte no exterior, em 25 idiomas diferentes.

A escritora foi uma das primeiras a fazer parte dos catálogos Moderna e Salamandra, e em 2009, passou a ser, oficialmente, autora exclusiva da casa. Ao longo dos seus mais de 50 anos de carreira, já superou a marca de 40 milhões de exemplares vendidos e encantou várias gerações de crianças do Brasil e do mundo.

Em maio de 2024, a autora estendeu a parceria de exclusividade com a Salamandra. A renovação do contrato inclui a atualização de parte de seu catálogo existente na editora e assegura a exclusividade das obras de Ruth Rocha por mais 15 anos


Serviço – Feira do Livro 2024

Exposição Ruth Rocha:

Local: Tenda 58

De 9 de junho a 7 de julho de 2024, das 10h às 21h

Praça Charles Miller, Pacaembu, São Paulo – SP

Contação de Histórias Ruth Rocha:

Contadora: Marina Bastos

Local: Tablado Literário

Dia 29/06: das 13h às 14h

Dias 1 a 5/7 das 16h30 às 17h30

Dias 6 e 7/7 das 16h às 17h

Dia 30/07: das 16h às 17h

 

Canção dos Ossos - Giu Domingues
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Livros, Novidades

Canção dos Ossos: livro faz releitura sáfica de ‘O fantasma da Ópera’

“Das sombras da ópera aos corredores de Vermília, esgueiram-se segredos e ambições.” Em “Canção dos Ossos” (Galera Record), releitura sáfica e fantasia gótica do clássico ‘O fantasma da Ópera’, a magia sai das melodias para viver entre as palavras. O novo trabalho da escritora brasileira Giu Domingues, autora da duologia ‘Luzes do Norte’ e ‘Sombras do Sul’, promete impressionar os aficionados por literatura sáfica, gênero amplamente consumido por leitores da geração Z.

A obra é um romance gótico e sáfico, em que a magia sai das melodias para viver entre as palavras – é quase como um ‘escutar através da leitura. Feche os olhos e deixe a música te guiar. Giu Domingues é uma das autoras do gênero mais vendidas no país, somando mais de 50 mil livros vendidos.

“Canção dos Ossos” nos apresenta o Conservatório Mágico de Vermília, único lugar onde Elena Bordula se sente em casa. O castelo pode ser sombrio, mas é em suas sombras que ela vive. A instituição, mais que uma academia de música, é a força e o olho do imperador. Mas para subir na hierarquia e se tornar Soprano de Ouro, Elena precisa provar que é muito mais do que um sobrenome manchado por sangue.

Os Bordula já haviam feito parte do tecido que compunha a história do Império, mas sua mãe, Loralie, teve que estragar tudo. Porém, assim que estivesse na Primeira Orquestra, Elena restauraria a honra de sua família e seria reconhecida por sua voz, a única coisa em si que jamais desejara mudar. E faria qualquer coisa para alcançar esse objetivo.

Enquanto luta para que sua ambição não entre em desavenças com suas melhores amigas, Cecília e Margot, Elena começa a ouvir vozes e ter sonhos com uma figura enigmática. Começando a duvidar de sua capacidade de distinguir a realidade do imaginário, a jovem se pergunta se está sucumbindo à maldição que leva sopranos a enlouquecerem.

“Essa história não é um romance, e sim uma mistura de todos os meus demônios e obsessões.” – Giu Domingues, autora de “Canção dos Ossos”.

SOBRE A AUTORA:

Giu Domingues é a autora da duologia de fantasia e romance sáfico ‘Luzes do Norte’ e ‘Sombras do Sul’, que juntas já venderam mais de 50 mil exemplares e consagraram a autora como best-seller nacional.

Giu gosta de ler e escrever sobre mulheres imperfeitas, como ela. Apaixonada por fantasia, também acredita no potencial que história sobre “fantástico” têm de contas verdades sobre nosso mundo, quem somo e o que sentimos. É isso que a autora busca em suas histórias — esse pedaço de verdade, diverso e único.

É feminista, bissexual e ansiosa, e isso está sempre presente nos seus textos.


SERVIÇO – “CANÇÃO DOS OSSOS”

Livro: Canção dos Ossos

Autor: Giu Domingues (@giuldomingues)

Editora: Galera Record

Páginas: 448

Onde encontrar: Amazon

Escola Modelo
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Cultura, Teatro & Exposições

Espetáculo Escola Modelo propõe diálogo sobre racismo e os desafios da educação brasileira

O espetáculo Escola Modelo convida os espectadores a uma jornada e reflexiva sobre os impactos das ações afirmativas e do racismo estrutural na formação escolar. Com direção de Fernando Vilella e dramaturgia de Bruno Lourenço, a peça estreia em 14 de junho, sexta-feira, às 21h30, no Sesc Ipiranga. A temporada segue até 21 de julho, com sessões sextas, às 21h30, e aos sábados e domingos, às 18h30. Sessão no feriado de 9 de julho, às 18h30.

Através das experiências pessoais dos performers Pedro Granato e Letícia Calvosa, o projeto propõe uma narrativa que atravessa as fronteiras entre o público e o privado, o político e o pessoal. Calvosa, uma mulher negra que enfrentou dilemas sobre as cotas ao ingressar na universidade, e Granato, um homem branco que foi gestor público de formação, refletem sobre como o racismo moldou suas trajetórias educacionais.

“Como estudante negra, sei que a formação escolar é um momento de muitas descobertas sobre o mundo e sobre si. Um momento delicado que, se não for bem experienciado pelo aluno, pode apagar suas potencialidades e história. O racismo estrutural se apresentou pra mim nesse processo com professores sem letramento racial, com materiais didáticos pensados pela branquitude e para a branquitude, sem referências onde eu me visse representada”, conta a atriz.

Para Granato, que implementou cotas raciais em programas educacionais e levou escolas para as periferias durante sua atuação no poder público, também é preciso questionar sobre a forma que algumas instituições têm inserido alunos em seus espaços. “Incomoda quando essas mesmas escolas que por décadas segregaram agora buscam, à custa de muito dinheiro, se colocar como pioneiras da luta antirracista. Meu foco central é a defesa de uma transformação estrutural, política de nossa desigualdade racial. E que possamos também aprofundar esse debate encontrando as sombras do processo para não se transformar em algo maniqueísta que serve mais para redes sociais que transformações reais”, reflete.

Créditos: José de Holanda

A criação do texto partiu de duas forças condutoras, segundo o dramaturgo Bruno Lourenço. “O privado (relatos pessoais, pensamentos, reflexões) e o público (poder público, leis, instituições). Tudo isso permeado pelo discurso de raça e gênero, que atravessa o espetáculo, e a oposição fundamental entre trabalho e sonho (segundo a semiótica discursiva de Greimas)”, explica.

Autores brasileiros importantes como Sílvio de Almeida, Sueli Carneiro, Lívia Sant’anna Vaz e Cida Bento também foram fontes de debates apresentados no texto.

A peça se desenrola em uma ambientação que mescla elementos de sala de aula com a linguagem da contação de histórias, permitindo ao público uma imersão profunda nas reflexões propostas. Através do Teatro Épico de Bertolt Brecht, a encenação busca criar um distanciamento que possibilita o pensamento crítico, convidando os espectadores a questionar as estruturas sociais e educacionais vigentes.

“Se estamos aqui hoje discutindo a desigualdade racial, o plano de ensino nas escolas, a estrutura da educação, uma pergunta que se lança é: qual o modelo educacional que gostaríamos de ter, que fosse comum a todos, para os próximos anos? O público é parte fundamental da discussão. Pois é a partir dele, pela sua identificação, que podemos elaborar juntos novos caminhos a serem tomados, quanto sociedade, quanto país”, diz o diretor Fernando Vilela.

A cenografia, inspirada no filme Dogville de Lars von Trier, utiliza módulos rotativos que lembram lousas escolares, criando um espaço versátil que se transforma em diferentes ambientes conforme a narrativa avança. Cadeiras coloridas infantis dispostas entre o público reforçam a atmosfera escolar, enquanto os elementos cênicos provocam sobre as relações de poder e as dinâmicas sociais presentes no contexto educacional.

Ficha técnica:

Elenco: Pedro Granato e Letícia Calvosa | Direção: Fernando Vilela | Dramaturgia: Bruno Lourenço | Assistente de direção: Jota Silva | Desenho de luz: Ariel Rodrigues | Direção de arte: Fernando Vilela | Figurino: Thais Sakuma | Preparação Vocal: Malú Lomando | Técnico de Palco: Victor Moretti l Técnico de Luz: Ariel Rodrigues l Técnico de Som: Jota Silva l Produção Executiva: Carolina Henriques l Assistência de Produção: Rommaní Carvalhol Fotos Divulgação: José de Holanda | Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli l Produção e Realização: Jessica Rodrigues Produções e Pequeno Ato l Direção de Produção: Jessica Rodrigues.


ServiçoEspetáculo Escola Modelo 

Temporada: De 14 de junho a 21 de julho de 2024

Classificação etária: Não recomendado para menores de 12 anos.

Duração: 60 minutos.

SESC IPIRANGA – Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga

Horário de Funcionamento: Terça a sexta, das 7h às 21h30; aos sábados, das 10h às 21h30; domingos e feriados, das 10h às 18h30.

Local: Auditório

Capacidade: 30 lugares.

Informações: (11) 3340-2035.

Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$15 (credencial plena)

Vendas pelo site sescsp.org.br/ipiranga e nas unidades do Sesc.

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Mostra “Léa Garcia – 90 anos” no CCBB SP chega aos últimos dias

Fica em cartaz até o próximo domingo, dia 23 junho, no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB a mostra inédita “Léa Garcia – 90 anos“, que celebra a obra de uma das figuras mais icônicas do cinema nacional e a sua importância histórica mundial. A entrada é gratuita.

Com a curadoria de Leonardo Amaral e Ewerton Belico, a programação traz nestes ´últimos dias “Feminino Plural” de Vera de Figueiredo, “Ladrões de Cinema” de Fernando Coni Campos , “Bate-Papo” com Juliano Gomes após a exibição do filme, “O Forte” de Olney São Paulo, “Compasso de Espera” de Antunes, “A Noiva da Cidade” de Alex Viany, “A negação do Brasil” de Joel Zito

Além das projeções, a pesquisadora Mariana Queen Nwabasili após a exibição do filme “Compasso de Espera”. Já no dia 21/06, sexta-feira, às 16h, acontece o bate papo com o professor e cineasta Juliano Gomes após a exibição do filme “Ladrões de Cinema”.

Um catálogo online será disponibilizado ao público com crítica inédita, artigos raros dedicados à trajetória de Léa Garcia, seu ativismo, sua personalidade criativa e os filmes em que atuou.

Ao realizar esta mostra, o Centro Cultural Banco do Brasil oferece ao público a oportunidade de se aprofundar na carreira de uma artista brasileira conhecida por sua versatilidade e talento, além de valorizar a produção cinematográfica nacional, reafirmando seu compromisso de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura.


SERVIÇO

Mostra de cinema “LÉA GARCIA – 90 ANOS”

Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Período25 de maio a 23 de junho

Ingressos gratuitos, disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB SP

Classificação indicativa: de Livre a 16 anos (consultar programação)

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP

Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças-feiras

Informações: (11) 4297-0600

Morcego Negro - PC Farias
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Cultura, Estreias, Filmes

“Morcego Negro” estreia no Canal Brasil com a história de PC Farias

“Morcego Negro”, documentário inédito de Chaim Litewski e Cleisson Vidal, estreia no Canal Brasil no próximo domingo, dia 16 de junho, às 20h. Baseada no livro “Morcegos Negros”, escrito pelo jornalista Lucas Figueiredo, a coprodução do canal é uma biografia de PC Farias, empresário e tesoureiro da campanha que levou Fernando Collor à presidência em 1989. Personagem diretamente envolvido no processo que levou ao impeachment de Collor em 1992, PC Farias foi assassinado em 1996.

Com depoimentos de pessoas que conviveram com PC Farias, como políticos e familiares, imagens de arquivo e documentos exclusivos, “Morcego Negro” traça um panorama do momento histórico de redemocratização do país. E revela os bastidores da política brasileira na época e a busca pelos responsáveis pela morte de Farias, desconhecidos até hoje.

Morcego Negro (2024) (135′)

INÉDITO

COPRODUÇÃO

Horário: Domingo, 16/06, às 20h

Classificação: 12 anos

Direção: Chaim Litewski e Cleisson Vidal

Sinopse: Uma biografia de Paulo César Farias, mais conhecido como PC Farias. PC foi tesoureiro do ex-Presidente Fernando Collor de Mello e esteve diretamente envolvido no processo que culminou com o impeachment de Collor, abalando profundamente a recém-restaurada democracia brasileira. O filme conta com a participação de dezenas de pessoas que conheceram e conviveram com Farias, farta documentação e material de arquivo exclusivo, que revela os meandros da política brasileira, focando especialmente as relações entre capital, ideologia, poder e o crime organizado.

Meninas Malvadas
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Meninas Malvadas, filme musical estreará no dia 06 de julho no Paramount+

“Não posso evitar ser tão popular”! O Paramount+ acaba de anunciar que o remake musical de MENINAS MALVADAS, grande sucesso dos anos 2000, irá estrear no próximo mês, dia 06 de julho, sábado, exclusivamente no serviço premium de streaming.

“Às quartas usamos rosa”, cinéfilo ou não, todos já escutaram essa frase em algum momento, e agora, o longa musical MENINAS MALVADAS, atualizou o bordão memorável. Esta nova versão musical do famoso filme dos anos 2000, acompanha a chegada da adolescente Cady Heron a uma nova escola. Ali, ela se aproxima do grupo das garotas populares chamado de “As Patricinhas”, mas acaba se apaixonando pelo ex-namorado de sua líder, Regina George. Assim, elas se tornam inimigas e, conforme Cady planeja destruir as Patricinhas com a ajuda de seus amigos, ela tenta se equilibrar entre manter sua essência e enfrentar a selva mais perigosa de todas: o ensino médio.

Paramount Pictures apresenta, uma produção da Broadway Video e Little Stranger, MENINAS MALVADAS, estrelado por Angourie Rice, Reneé Rapp, Auliʻi Cravalho, Jaquel Spivey, Avantika, Bebe Wood, Christopher Briney, Jenna Fischer, Busy Philipps, Jon Hamm, Ashley Park, Tina Fey e Tim Meadows.

MENINAS MALVADAS é uma produção da Broadway Video/Little Stranger, baseada no musical teatral “Meninas Malvada”, é dirigido por Samantha Jayne, Arturo Pérez Jr, com roteiro de Tina Fey, música de Jeff Richmond e letra de Nell Benjamin. É produzido por Lorne Michaels e Tina Fey, e produção executiva de Jeff Richmond, Nell Benjamin, Eric Gurian, Erin David e Pamela Thur.