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Kemem Silva

Autora da série best-seller Divergente lança livro inédito pela Planeta Minotauro
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Revelada capa de novo livro de Veronica Roth “Carve the Mark”

Uma ótima noticia para os fãs de Divergente!

A espera por mais um livro de Veronica Roth parece estar chegando ao fim. No dia 12 de janeiro de 2017 chegará as livrarias “Carve the Mark”, o primeiro livro da nova duologia sci-fi da autora.

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“Carve the Mark” é um dos segredos mais bem guardados do mundo YA. Será o primeiro de uma duologia, que segundo Roth, trata-se de uma fantasia sci-fi em um cenário de turbulência política, contando a história de um menino chamado Akos que é sequestrado com seu irmão. Para salvar a vida de seu irmão, Akos deve tentar formar uma aliança improvável com a irmã do ditador, Cyra.

Aqui está um breve resumo do que esperar em “Carve the Mark”: Em um planeta onde a violência e vingança são regras, em uma galáxia onde alguns são favorecidos pela sorte, todo mundo desenvolve um “Dom”, um poder único destinado a moldar o futuro. Enquanto a maioria das pessoas se beneficiam dos seus dons, Akos e Cyra não – seus dons tornam-os vulneráveis ao controle dos outros. Eles podem recuperar seus presentes, seus destinos, as suas vidas e repor o equilíbrio do poder no mundo?

Cyra é a irmã do tirano brutal que governa o povo Shotet. O Dom de Cyra dá a ele dor e poder – algo que seu irmão usa para torturar seus inimigos. Mas Cyra é muito mais do que apenas uma lâmina na mão do irmão: ela é resistente, rápida em seus pés e mais esperta do que ele pensa.

Akos é da nação amante da paz de Thuve, e sua lealdade a sua família é ilimitada. Embora protegido por seu Dom incomum, Akos e seu irmão acabam sendo capturados por soldados Shotet inimigo, Akos está desesperado para salvar seu irmão com vida – não importa a que custo. Quando Akos é empurrado para o mundo de Cyra, a inimizade entre os seus países e famílias parece insuperável. Eles devem decidir entre se ajudarem para sobreviver ou destruir um ao outro.

Você pode conferir o capitulo 7 de “Carve the Maker” traduzido pela equipe do site Divergente Brasil abaixo:

Capítulo 7

A primeira vez que vi os irmãos Kereseth, foi na passagem dos funcionários  que corre ao lado do Salão das Armas. Eu era várias estações mais velha, chegando rapidamente na fase adulta.

Meu pai tinha se juntado a minha mãe no Céu algumas semanas atrás, morto num ataque durante nossa ultima permanência temporária. Meu irmão, Ryzek, estava agora seguindo o caminho que nosso pai tinha estabelecido para ele, o caminho para a legitimidade do Shotet. Talvez até a dominância do Shotet.

Minha ex-tutora, Otega, foi a primeira a me contar sobre os Kereseths, pois os serventes da nossa casa cochichavam a historia ao longo dos tachos e panelas na cozinha, e ela sempre me falou dos cochichos dos serventes.

“Esses foram pegos pelo mordomo do seu irmão, Vas,” ela me disse enquanto checava minha redação por erros gramaticais. Ela ainda me ensinava literatura e ciência, mas eu a ultrapassei em outros assuntos, e agora estudava sozinha enquanto ela retornava para a cozinha. “E Vas arrastou-os pelo Divide chutando e gritando, para ouvir os outros. Mas o mais novo – Akos, escapou de suas obrigações e de alguma forma roubou uma lamina e a voltou contra um dos soldados de Vas.”

“Qual deles?” Perguntei. Eu conhecia os homens com quem Vas viajava. Sabia qual gostava de doces, qual tinha um ombro esquerdo fraco, e ainda qual deles tinha treinado um pássaro para comer as recompensas de sua boca. É bom saber dessas coisas. No caso.

“Kalmev Radix.”

O amante de doces.

Levantei minhas sobrancelhas. Kalmey Radix, da elite de confiança do meu irmão, foi morto por um garoto Thuvhesit? Essa não foi uma morte honrada.

“Por que os irmãos foram levados?” Perguntei a ela.

“Seus destinos.” Otega abanou as sobrancelhas. “Ou assim a história diz. E já que seus destinos são, evidentemente, desconhecidos por Ryzek, é uma história e tanto.”

Eu não sabia os destinos dos garotos Kereseth, ou qualquer um a não ser o meu e o de Ryzek, apesar deles terem sidos transmitidos alguns dias atrás no feed de notícias da Assembleia. Ryzek tinha cortado o feed de notícias assim que o líder da Assembleia entrou na tela. Ele tinha anunciado em Othyran, e mesmo que falar e aprender todas as línguas menos Shotet tenha sido banido do nosso país por mais de dez estações, ainda assim era melhor estar seguro.

Meu pai me contou meu próprio destino depois que minha habilidade se manifestou, com pouca cerimonia: A segunda criança da família Noavek vai cruzar o Divide. Um estranho destino para a filha favorecida, mas apenas porque é muito maçante.

Eu não me aventurava mais na passagem dos serventes com frequência – haviam coisas acontecendo nessa casa que eu não queria ver – mas pegar um vislumbre dos Kereseths capturados… bem. Eu tinha que fazer uma exceção.

Tudo que eu sabia sobre o povo Thuvhesit – tirando o fato que eles são nossos inimigos – era que eles tinham pele, fácil de perfurar com uma lâmina, e eles exageraram em flores de gelo, a alma de sua economia. Eu aprendi a língua deles por insistência da minha mãe – a elite Shotet era isenta das proibições do meu pai contra o aprendizado de línguas, claro – e foi duro pra minha língua, que estava acostumada ao idioma, sons fortes de Shotet ao invés da silenciosa, rápida Thuvhesit.

Eu sabia que Ryzek levaria os Kereseths para o Salão das Armas, então eu me agachei nas sombras e deslizei o painel da parece para trás, deixando-me uma rachadura para ver, quando ouvi passos.

A sala era como todas as outras nas terras de Noavek, as paredes e chão feitas de madeira escura tão polida que parecia ser revestida por um filme de gelo. Pendente no teto distante estava um lustre feito de globos de vidro e metal torcido. Um pequeno pacote de insetos batiam as asas dentro dele, fazendo uma mudança de luz estranha no ambiente. O espaço estava quase vazio, todas as almofadas do chão – equilibradas em baixas arquibancadas de madeira, para conforto – juntando poeira, tanto que sua cor creme virou cinza. Meus pais deram festas aqui, mas Ryzek usou a sala apenas para as pessoas que ele queria intimidar.

Eu vi Vas, o mordomo do meu irmão, antes de todo mundo. O lado longo de seu cabelo era gorduroso e mole, e o lado raspado, vermelho com queimaduras de barbear. Ao lado dele, um menino, muito menor que eu, sua pele era uma colcha de retalhos de machucados. Ele era magro nos ombros, sobressalentes e curtos. Tinha pele clara, e uma certa tensão no corpo, como se estivesse se preparando para algo.

Soluços abafados vieram de trás dele, onde um segundo menino, com um cabelo cacheado denso. Ele era mais alto e mais largo que o primeiro Kereseth, mas estava encolhido, parecendo ser menor.

Esses eram os irmãos Kereseth, as crianças de destino favorecido de sua geração. Não muito impressionante de vista.

Meu irmão esperou eles cruzarem a sala, seu longo corpo drapeado sobre os passos que o levaram para a plataforma. Seu peito coberto com a armadura, mas seus braços estavam nus, mostrando uma linha de marcas de matança que iam até as costas de seu antebraço. Essas eram mortes ordenadas pelo meu pai, para contradizer qualquer boato sobre a fraqueza de meu irmão que pode ter sido espalhado pelas classes inferiores. Ele segurava uma lamina pequena em sua mão direita, e a cada alguns segundos ele a girava na palma da mão, sempre pegando pela alça. À luz azulada, sua pele era tão pálida que quase parecia um cadáver.

Ele sorriu quando viu seus Thuvhesit capturados, seus dentes à mostra. Ele poderia ser bonito quando sorria, meu irmão, mesmo que estivesse prestes a te matar.

Ele se inclinou para trás, balançando em seus cotovelos e inclinou a cabeça.

“Ora, ora,” ele disse. Sua voz era profunda e rouca, como se ele tivesse passado a noite gritando seus pulmões pra fora.

“É esse sobre quem ouvi tantas histórias?” Ryzek concordou para o garoto Kereseth machucado. Ele falou Thuvhesit secamente. “O garoto Thuvhesit que ganhou a marca antes mesmo de coloca-lo num navio?” Ele riu.

Eu cerrei os olhos para o de braço machucado. Tinha um corte fundo na parte de fora, próximo ao cotovelo, e uma marca de sangue que corria entre suas juntas, e secava ali. Uma marca de matança, não acabada. Uma nova, pertencendo, se os rumores forem verdade, ao Kalmev Radix. Esse era Akos, e o que ficava fungando era Eijeh.

“Akos Kereseth, o terceiro filho da família Kereseth.” Ryzek de pé, girando a faca na palma da mão, andou descendo os degraus. Ele fazia todos parecerem pequenos, até Vas. Ele era como um homem de tamanho médio que foi esticado pra cima e é mais magro do que deveria ser, seus ombros e quadris muito estreitos para suportar o próprio peso.

Eu era alta também, mas era ai que minhas semelhanças físicas com meu irmão acabavam. Não era incomum irmãos Shotet serem diferentes, tendo em conta como nossos sangues são misturados, mas nós éramos mais distintos que os outros.

O garoto – Akos – levantou seus olhos para Ryzek. A primeira vez que vi o nome Akos foi num livro de história Shotet. Pertencia a um líder religioso, um clérigo que preferiu tirar sua vida à desonra-la segurando uma lâmina. Então esse garoto Thuvhesit tinha um nome Shotet. Será que seus pais esqueceram de sua origem? Ou queriam honrar algum sangue Shotet há muito tempo esquecido?

“Por que estamos aqui?” Akos disse, em Shotet.

Ryzek apenas sorriu ainda mais. “Vejo que os rumores são verdade – você fala a língua reveladora. Fascinante. Me pergunto como você tem sangue Shotet?” Ele cutucou o canto do olho de Akos, no machucado que tinha ali, fazendo-o estremecer. “Você recebeu um castigo e tanto por matar um dos meus soldados, como posso ver.”

Ryzek encolheu um pouco enquanto falava. Apenas alguém que o conhece por tanto tempo como eu conseguiria ver, tinha certeza. Ryzek odeia ver dor, não por empatia a quem está sofrendo, mas porque ele não gosta de ser lembrado que a dor existe, e que ele está tão vulnerável a ela quanto qualquer um.

“Quase tive que carregar ele até aqui,” Disse Vas. “Definitivamente tive que carrega-lo para o navio.”

“Normalmente você não sobreviveria a um gesto de desafio como matar um de meus soldados,” disse Ryzek, falando com Akos como se ele fosse uma criança. “Mas seu destino é morrer servindo a família Noavek, morrer me servindo, e eu prefiro ter algumas estações com você primeiro.”

Akos estava tenso desde que eu pus meus olhos nele. Enquanto eu assistia, foi como se toda a dureza nele tivesse derretido, fazendo-o parecer tão vulnerável como uma criança pequena. Seus dedos estavam enrolados, mas não em punhos. Passivelmente, como se ele estivesse dormindo.

Acho que ele não sabe seu destino.

“Isso não é verdade,” disse Akos, como se ele estivesse esperando que Ryzek o ajudasse a aliviar o medo.

“Oh, eu te asseguro que é. Você gostaria que eu lesse uma transcrição do anúncio?” Ryzek pegou um papel quadrado de seu bolso traseiro – ele tinha vindo a essa reunião preparado para causar estragos emocionais, aparentemente – e o desdobrou. Akos estava tremendo.

“O terceiro filho da família Kereseth,” Ryzek leu, em Othyrian. De algum jeito, ler o destino na língua que ele foi anunciado fez parecer mais real pra mim. Imagino se Akos, estremecendo em cada sílaba, sentia o mesmo. “Morrerá em serviço da família Noavek.”

Ryzek deixou o papel cair no chão. Akos pegou com tanta força que quase rasgou. Ele permaneceu agachado enquanto lia as palavras – repetidamente – como se rele-las mudaria alguma coisa. Se sua morte, e seu serviço à nossa família, não estivessem preordenados.

“Isso não acontecerá,” disse Akos, mais intensamente agora, enquanto se punha em pé. “Eu prefiro… eu prefiro morrer à…”

“Oh, não acho que isso é verdade,” Ryzek disse, abaixando a voz num quase sussurro. Ele se inclinou pra mais perto do rosto de Akos. Os dedos de Akos fizeram buracos no papel, mesmo ele estando imóvel. “Sei quando as pessoas querem morrer. Eu mesmo já fiz muitos desejarem a morte. E você ainda está bem desesperado para sobreviver.

Akos respirou fundo, e seus olhos encontraram os olhos de meu irmão com uma nova estabilidade. “Meu irmão não tem nada a ver com você. Você não tem direito a ele. Deixe-o ir e eu… não causarei nenhum problema.”

“Você parece ter feito muitas hipóteses erradas sobre o que você e seu irmão estão fazendo aqui,” disse Ryzek. “Nós não, como vocês podem ter suposto, cruzamos o Divide apenas para acelerar seu destino. Seu irmão não é um efeito colateral; você sim. Nós fomos em busca dele.”

“Você não cruzou o Divide,” Akos retrucou. “Você apenas sentou e deixou seus lacaios fazerem tudo por você.”

Ryzek virou e subiu até o topo da plataforma. A parede de cima estava coberta com armas de todas as formas e tamanhos, a maioria laminas tão longas quanto meu braço. Ele selecionou uma faca grande, grossa com uma alça resistente, como um cutelo.

“Seu irmão tem um destino em particular,” Ryzek disse, olhando a faca. “Eu suponho, você não sabendo do seu destino, que você não sabe o destino do seu irmão também?”

Ryzek sorriu de um jeito que ele sempre fazia quando sabia algo que outras pessoas não sabiam.

“Ver o futuro da galáxia,” Ryzek citou, em Shotet dessa vez. “Em outras palavras, ser o próximo oráculo desse planeta.”

Akos ficou em silêncio.

Fechei meus olhos contra a linha de luz da rachadura da parede para pensar.

Para meu irmão e meu pai, cada jornada desde quando Ryzek era novo foi uma busca por um oráculo, e todas elas acabaram em nada. Provavelmente porque era quase impossível pegar alguém que sabia que você viria. Mas finalmente, parece que Ryzek achou a solução: ele localizou um oráculo que não sabia o que era, flexível o suficiente para ser moldado pela crueldade de Noavek.

Sentei pra frente de novo para ouvir Eijeh falar, sua cabeça cacheada inclinou pra frente.

“Akos, o que ele está dizendo?” Eijeh perguntou desajeitadamente em Thuvhesit, limpando o nariz com as costas da mão.

“Ele está dizendo que não vieram até Thuvhe por mim,” Akos disse sem olhar pra trás. Era estranho ouvir alguém que falava duas línguas perfeitamente, sem sotaque. Eu invejo sua habilidade. “Eles vieram por você.”

“Por mim?” Os olhos de Eijeh estavam verde pálido. Uma cor incomum, como asas de um inseto iridescente. “Por quê?

“Porque você é o próximo oráculo desse planeta,” Ryzek disse para Eijeh na língua da mãe do garoto, descendo a plataforma com a faca na mão. “Você verá o futuro, no seu todo e variedades. E tem uma variedade em particular que eu gostaria de saber.”

Uma sombra arremessou através das costas da minha mão como um inseto, minha habilidade fazendo minhas juntas doerem como se estivessem quebrando. Eu sufoquei um gemido. Sabia que futuro Ryzek queria: governar Thuvhe, Shotet, conquistar nossos inimigos, ser reconhecido como líder mundial legitimo pela Assembleia. Mas seu destino pairava sobre ele tão pesadamente quando o de Akos deve pairar agora, dizendo que Ryzek cairia perante nossos inimigos ao invés de reinar sobre eles. Ele precisava de um oráculo se quisesse evitar o fracasso. E agora ele tinha um.

Eu queria que Shotet fosse reconhecida como uma nação ao invés de uma coleção de oportunistas rebeldes tanto quando meu irmão queria. Então por que a dor da minha habilidade – sempre presente – aumentava a cada segundo? “Eu…” Eijeh assistia a faca na mão de Ryzek. “Não sou um oráculo. Nunca tive uma visão, não posso… não pode se…”

Eu pressionei meu estomago de novo.

Ryzek balançou a faca em sua palma e a atirou para vira-la. Ele vacilou, movendo-a num circulo lento. Não, não, não, me peguei pensando, incerta.

Akos mudou para o caminho entre Ryzek e Eijeh, como se pudesse parar meu irmão com apenas a carne de seu corpo.

Ryzek assistiu sua faca virar em direção ao Eijeh.

“Então você deve aprender, rápido,” disse Ryzek. “Porque quero que encontre a versão do futuro que eu preciso e que me diga o que devo fazer para alcança-lo. Por que não começamos com uma versão do futuro onde Shotet, ao invés de Thuvhe, controle esse planeta – hmm?

Ele concordou para Vas, que forçou Eijeh para se ajoelhar. Ryzek pegou a lamina pela alça e tocou a ponta na cabeça de Eijeh, bem abaixo de sua orelha. Eijeh choramingou.

“Não consigo…” disse Eijeh. “Não sei como formar visões, não…”

E então Akos agarrou meu irmão de lado. Ele não era grande o suficiente para alcançar Ryzek, mas ele pegou meu irmão de surpresa, e Ryzek tropeçou. Akos puxou o cotovelo de volta para soca-lo – idiota, pensei comigo mesma – mas Ryzek era rápido demais. Ele levantou com um chute no chão, acertando Akos no estomago, e em seguida, levantou-se. Ele agarrou Akos pelo cabelo, puxando sua cabeça pra cima, e cortando ao longo do queixo de Akos, orelha ao queixo. Ako gritou.

Era o lugar que Ryzek mais gostava de cortar as pessoas. Quando ele decide dar uma cicatriz a alguém, ele queria que ficasse visível. Inevitável.

“Por favor,” disse Eijeh. “Por favor, não sei como fazer o que você me pede, por favor não machuque ele, não machuque ele, por favor…”

Ryzek encarou Akos, que estava segurando o rosto, seu pescoço escorrendo sangue.

“Não conheço essa palavra Thuvhesit, ‘por favor’” disse Ryzek.

Mais tarde naquela noite, ouvi um grito ecoar nos corredores quietos de Noavek. Sabia que não era de Akos – ele foi mandado para nossa primo Vakrez, “para crescer uma pele mais espessa” como disse Ryzek. Ao invés disso, reconheci o grito como sendo a voz de Eijeh em reconhecimento de dor, enquanto meu irmão tentava arrancar o futuro de sua cabeça.

Sonhei com isso por um longo tempo depois.

Atualizações, Livros

J.K. Rowling explica por que Remo Lupin ‘tinha que morrer’ durante a Batalha de Hogwarts

Há exatos 18 anos atrás, no dia 02 de maio de 1998, acontecia a Batalha de Hogwarts que trouxe a grandiosa vitória sobre Lorde Voldemort.

Foi um dia de alegria para o mundo bruxo que pode finalmente ver o Lord das Trevas ter seu definitivo fim. No entanto, essa data foi marcada por perdas irreparáveis, mortes que nunca superaremos.

Para marcar o dia, J. K. Rowling pediu desculpas pela morte de um personagem favorito dos fãs da série Harry Potter: Remo Lupin.

NymphadoraRemusDeaths

“Mais uma vez, é o aniversário da Batalha de Hogwarts, então, como prometido, eu devo me desculpar por uma morte. Neste ano: Remo Lupin”

“Honestamente, eu gostaria de confessar que eu não pensava em matar Lupin até escrever a Ordem da Fênix”

Athur vive, então Lupin teve que morrer. Me desculpem. Eu não gostei de fazer isso. A única vez que meu editor me viu chorar foi sobre o destino de Teddy.

Há um ano, J. K. Rowling, decidiu que a cada “aniversário” da Batalha de Hogwarts, ela pediria desculpas em seu Twitter pela morte de um dos personagens. Ano passado o homenageado foi Fred Weasley já que, segundo ela, foi a morte mais dolorosa durante o processo de escrita. Assim, a cada ano, ela escolherá um personagem e se desculpará por ele.

Atualizações

“Harry Potter and The Cursed Child” poderá ser apresentada em outros países

E as noticias sobre o mundo mágico de J. K. Rowling não param mesmo de chegar!
Depois de mostrar pra vocês aqui ontem como tava ficando o teatro que receberá o espetáculo “Harry Potter and The Cursed Child” (Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, em português), tivemos hoje a maravilhosa notícia que existe SIM a possibilidade de que o espetáculo seja realizado em outros países.

Depois de ser questionada no Twitter uma fã que perguntou se haveria a possibilidade da peça passar por outros países, como a França por exemplo, a nossa tão amada J. K. deu essa linda resposta:

Esperamos levar #CursedChild para outros países no devido tempo

Apesar de não ter dado datas e muito menos os países por onde “Harry Potter and The Cursed Child” poderia passar, essas poucas palavras de J. K. foram o suficiente para acender a esperança de milhares de potterheads pelo mundo todo que estavam tristes por não poderem viajar até Londres para assistir a peça.

“Harry Potter and the Cursed Child” estréia oficialmente no Palace Theatre, em Londres, no dia 30 de julho de 2016. Previews da peça serão exibidas entre os dias 7 e 29 de julho.

Atualizações, Livros

Leia o Capítulo 1 de “The Hammer of Thor”

Mais cedo eu postei aqui sobre a capa e um trecho de “The Hammer of Thor”, segundo livro da saga “Magnus Chase e os deuses de Asgard” que foi revelado pelo site EW.

 

Omartelo de Thor

 

Agora você pode conferir o 1º capítulo traduzido exclusivamente para o Beco Literário:

Trecho liberado de Magnus Chase: O Martelo de Thor por Rick Riordan

Capítulo 1: Você pode por favor parar de matar meu bode?

NOTA MENTAL: Se você leva uma Valquíria para tomar um café, você vai ficar com a conta e com um corpo morto.

Eu não via Samirah al-Abbas a quase 6 meses, então quando ela ligou e disse que precisávamos conversar sobre uma questão de vida ou morte eu concordei na hora.

(Tecnicamente eu já estou morto, o que significa que toda essa história de vida ou morte não funcionou, mas mesmo assim… Sam soava ansiosa.)

Ela ainda não tinha chego quando eu cheguei no Thinking Cup em Newbury Street. O lugar estava lotado como sempre, então eu entrei na fila para comprar café. Alguns segundos depois, Sam voou, literalmente, logo acima da cabeça dos donos do Café.

Ninguém olhou ou piscou. Mortais comuns não são muito bons em entender de coisas mágicas, o que é muito bom, senão teríamos moradores de Boston gastando a maioria do seu tempo correndo em círculos fugindo em pânico de gigantes, trolls, ogros e einherjar com machados de batalha e café quente.

Sam pousou perto de mim no seu uniforme escolar – tênis brancos, calças cáqui e uma camisa de manga comprida da marinha com o logotipo da King Academy nela. Um hijab verde cobria seus cabelos. Um machado estava pendurado em seu cinto. Eu estava bem convencido de que o machado não fazia parte das normas da escola.

Por mais grato que eu estivesse por vê-la, notei que a pele embaixo dos seus olhos  estava mais escura que o normal. Ela estava tremendo sobre os próprios pés.

“Oi, ” eu disse. “Você está horrível.”

“Muito bom te ver também, Magnus.”

“Não, quero dizer… não horrível como diferente do normal horrível. Apenas horrivelmente exausta. ”

“Quer que eu arranje para você uma pá para você cavar esse buraco mais fundo? ”

Levantei minhas mãos, me rendendo. “Onde você esteve durante um mês e meio? ”

Os ombros dela enrijeceram. “Minha carga horária esse semestre está me matando. Eu estou ensinando crianças depois da escola. Depois, como você deve lembrar, tem o meu trabalho de meio período ceifando almas e realizando missões ultrassecretas para Odin. ”

“Vocês crianças de hoje e seus horários ocupados. ”

“E no topo de tudo isso… tem as aulas de pilotagem. ”

“Aulas de pilotagem? ” Nós tínhamos passado do limite. “Tipo aviões?

Eu sabia que o sonho da Sam era ser piloto profissional algum dia, mas eu não tinha me dado conta que ela já estava tendo aulas. “Você pode fazer isso com dezesseis anos? ”

Os olhos dela faiscaram de empolgação. “Meus avós nunca que poderiam pagar pelas aulas, mas os Fahdlans têm um amigo que tem uma escola de pilotagem. Eles finalmente convenceram Jid e Bid”

“Ah.” Eu sorri. “Então as aulas são um presente de Amir. ”

Sam corou. Ela é a única adolescente que eu conheço que é comprometida, e é fofo como ela fica nervosa quando fala sobre Amir Fahdlan.

“Essas aulas foram as coisas mais esclarecedoras, mais incríveis… ” Ela suspirou nervosamente. “Mas chega disso. Eu não te trouxe aqui para falar da minha carga horária. Nós temos um informante para encontrar. ”

“Um informante? ”

“Essa pode ser a chance que eu tenho esperado. Se a informação dele for boa.“

O celular dela tocou. Ela tirou ele do bolso, olhou para a tela e amaldiçoou. “Eu tenho que ir. ”

“Mas você acabou de chegar. ”

“Negócios de valquíria. Possivelmente um código 3-8-1: morte heroica em progresso. ”

“Você tá inventando isso.”

“Não estou.”

“Então… alguém pensa que está prestes a morrer e mandam uma mensagem pra você ‘Estou caindo! Preciso de uma Valquíria urgente!’ seguido por um monte de emojis de carinhas triste?”

“Eu me recordo de ter pego sua alma e levado para Valhalla. Você não me mandou mensagem. ”

“Sim, mas eu sou especial. ”

“Apenas pegue uma mesa lá fora, ” ela disse. “Encontre meu informante. Eu estarei de volta o mais breve possível. ”

“Eu não sei nem como o seu informante aparenta ser. ”

“Você vai reconhece-lo quando o ver. ” Sam prometeu. “Seja corajoso, e me compre um bolinho. ”

Ela voou para fora como uma Super Muçulmana, me deixando paea pagar nosso pedido.

Eu comprei dois cafés extragrandes e dois bolinhos e encontrei uma mesa do lado de fora.

A primavera chegou cedo em Boston. Manchas de neve suja ainda se agarravam aos freios como placa bacteriana, mas as cerejeiras estalaram com botões brancos e vermelhos. As janelas das lojas exibiam as mais sortidas plantas florescidas. Turistas lotavam as ruas para aproveitar a luz do sol.

Sentado do lado de fora da cafeteria, confortável em minha recém-lavada calça jeans, camisa e uma jaqueta jeans, eu me toquei que essa seria a primeira primavera em 3 anos que eu não seria um sem-teto.

Março passado, eu estaria arrecadando comida de lixeiras. Estaria dormindo embaixo da ponte do Public Garden, vagando por aí com os meus parceiros Heart e Blitz, evitando os policiais e tentando ficar vivo.

Então, dois meses atrás, eu morri lutando contra um gigante de fogo. Acordei no Hotel Valhala como um dos guerreiros einherjar de Odin.

Agora eu tenho roupas limpas. Eu tomo banho todos os dias. Eu durmo em uma cama confortável todos os dias. Posso me sentar nessa mesa de café, comer comida que eu realmente tenha pago por ela, e sem estar preocupado com quando o guarda me expulsaria dela.

Desde meu renascimento, eu me acostumei com um monte de coisas estranhas. Viajei os Nove Mundos encontrando deuses Nórdicos, elfos, anões e um monte de monstros cujo os nomes eu não consigo pronunciar. Consegui uma espada mágica que está presa ao meu pescoço na forma de um cordão com um pingente que é uma runa. E além disso, tive uma conversa de derreter os miolos com minha prima Annabeth sobre os deuses Gregos que estão em volta de Nova York e fazem a vida dela bastante complicada. Aparentemente a América do Norte estava cheia de Deuses Antigos. Nós temos uma grande infestação.

Tudo isso eu aprendi a aceitar.

Mas voltar para Boston em um belo dia de primavera, passeando por ai como uma criança normal?

Isso foi estranho.

Analisei a multidão de pedestres, procurando pelo informante de Sam. Você vai reconhece-lo quando vê-lo, ela prometeu. Perguntei-me que tipo de informação esse cara tinha, e porque Sam definiu como caso de vida ou morte.

Minha visão se prendeu na loja do outro lado da rua. Acima da entrada, a placa de bronze e prata ainda brilhava orgulhosamente: Blitzen’s Best, mas a loja estava fechada. A janela da frente estava coberta por uma camada de papel posta por dentro, com uma mensagem escrita à mão com marcador vermelho: Fechado para remodelamento. Voltamos em breve!

Estava esperando que pudesse perguntar a Samirah sobre isso. Eu não tinha a menor ideia do motivo do meu velho amigo Blitzen ter desaparecido subitamente. Um dia a algumas semanas atrás, eu estava andando e encontrei a loja fechada. Desde então, não tenho ouvido nenhuma palavra de Blitz ou Hearthstone, o que não era do feitio deles.

Pensar nisso me deixou tão preocupado que eu quase não vi nosso informante antes que ele tivesse quase em cima de mim. Mas Sam estava certa: Ele se destaca na multidão. Não é todo dia que você vê um bode em um casaco caro.

Havia um chapéu de porco preso entre seus chifres encaracolados. Um par de óculos escuros estava preso ao seu nariz. Seu casaco caro vivia se emaranhando em seus cascos traseiros.

Apesar de seu inteligente disfarce, eu o reconheci. Eu matei e comi essa cabra em particular em um outro mundo, o que é o tipo de experiência que você não esquece.

“Otis, ” Eu disse.

“Shhh, ” Ele disse. “Eu estou disfarçado. Me chame de… Otis. ”

“Eu não estou seguro de que essa seja a definição de disfarce, mas ok. ”

Otis, conhecido como Otis, subiu na cadeira que eu tinha reservado para Sam. Ele se sentou em seus quartos traseiros e botou seus cascos frontais em cima da mesa.

“Onde está a Valquíria? Ela está disfarçada também? ” Ele cheirou a pasta suspensa na cadeira da mesa ocupada mais próxima como se achasse que Sam estaria escondida dentro da pasta.

“Samirah teve que ir ceifar uma alma, ” Eu disse. “Ela voltará logo. ”

“Deve ser muito legal ter um propósito na vida, ” Otis suspirou. “Bem, obrigado pela comida. ”

“Isso não é pra…“

Otis devorou o bolinho da Sam com embalagem e tudo.

Na mesa próxima a nossa, um casal de idosos olhou para meu amigo bode e sorriu. Talvez o senso mortal deles tenha percebido que era uma criança fofa ou um cachorrinho divertido.

“Então,” Tive um momento difícil vendo Otis devorar a pasta da mesa ao lado e ver o amontoado de papéis babados escorrendo pelo seu casaco caro. “Você tinha alguma coisa pra nos contar? ”

Otis arrotou. “É sobre o meu mestre.”

“Thor.”

Otis estremeceu.

“Sim, ele.”

Se eu trabalhasse para o deus do Trovão, eu também estremeceria ao ouvir o nome de Thor. Otis e seu irmão, Marvin, puxavam a carruagem do deus. Eles também proviam um estoque de carne de bode infinito. Toda noite, Thor mata os dois e os devora no jantar. Toda manhã, Thor ressuscita eles. Esse é o motivo pelo que vocês têm que ir para a escola crianças. Para quando vocês crescerem não terem que arranjar um emprego como bode mágico.

“Eu finalmente tenho uma pista. ” Otis disse, “Sobre aquele certo objeto que meu mestre perdeu. ”

“Você quer dizer o mart…”

“Não diga isso em voz alta!” Otis avisou. “Mas, sim… seu mart.”

Lembrei-me do último janeiro, quando conheci o deus do Trovão. Bons tempos ao redor da fogueira, ouvindo os peidos de Thor, falando sobre suas séries favoritas, reclamando sobre seu martelo perdido com o qual ele costumava matar gigantes e assistir streaming de séries, e mais peidos.

“Ainda está perdido? ” perguntei.

Otis bateu seus cascos contra a mesa. “Bem, não oficialmente, é claro. Se os gigantes soubessem com toda certeza que Thor está sem o seu você-sabe-o-quê, eles invadiriam o mundo dos mortais, destruiriam tudo e me mandariam para um fosso extremamente fundo. Mas, não oficialmente…sim. Nós temos procurado por meses sem sorte. Os inimigos de Thor estão ficando mais ousados. Eles sentem fraqueza. Eu falei para o meu terapeuta que isso me lembra quando eu era uma criança bode na escola de bodes e os valentões me intimidavam. ” Otis ficou com um olhar extremamente distante em seus olhos de bode amarelos com duas listras pretas. “Eu acho que foi quando meu stress pós-traumático começou. ”

Essa foi a minha deixa para passar horas falando com Otis sobre seus sentimentos. Sendo uma pessoa ruim como sou, não aproveitei.

“Otis, ” Eu disse, “Da última vez que nós vimos você, nós encontramos um bom bastão de ferro para usar como arma substituta. Ele não é exatamente indefeso. ”

“Não, mas o bastão não é tão bom quanto o.…mart. Ele não inspira o mesmo terror nos gigantes. Além disso, Thor fica nervoso ao tentar ver suas séries. A tela é pequena e o sinal é péssimo. Eu não gosto quando Thor está nervoso. Fica mais difícil pra mim de manter o meu espaço feliz.

Um monte de coisas sobre isso não fazia sentido: Por que Thor teria tanto problema pra encontrar seu próprio martelo; como ele conseguiu manter o segredo sobre sua perda longe dos gigantes por tanto tempo; e a ideia de que Otis tivesse um espaço feliz.

“Então, Thor quer a nossa ajuda. ” Eu adivinhei.

“Não oficialmente. ”

“Claro que não. Todos nós temos que usar casacos caros e óculos escuros. ”

“Essa é uma excelente ideia, ” Otis disse. “De qualquer forma, eu disse à Valquíria que manteria ela informada já que ela é a encarregada de Odin… você sabe, missões especiais. Essa é a primeira pista boa que eu consegui sobre a localização daquele certo objeto. Minha fonte é confiável. Ele é um outro bode que vai ao mesmo psiquiatra. Ele ouviu alguns rumores no seu celeiro.

“Você quer que nós persigamos uma pista baseada em fofoca de celeiro que você ouviu na sala de espera do psiquiatra. ”

“Isso seria incrível. ” Otis tinha se levantado tanto sobre os cascos traseiros que eu fiquei com medo que ele caísse da cadeira. “Mas vocês precisam que ser muito cuidadosos.”

Precisei de toda a minha força para não rir. Eu joguei pegue-a-bola-de-lava com gigantes de fogo. Eu voei de águia sobre os terraços dos prédios de Boston. Eu pulei de cima da Serpente do Mundo dentro do Massachusetts Bay e derrotei o lobo Fenrir com um novelo de lã. Agora esse bode estava dizendo para ter cuidado.

“Então onde está o mart?” Eu perguntei. “Jotunheim? Nilfheim? Peidodethorheim?

“Você está provocando” O óculos preto escorregou sob o focinho do Otis. “Mas o mart está em um diferente tipo de local perigoso. Está em Provincetown.”

Eu tinha memórias vagas sobre o local. Minha mãe me levou no local para um final de semana durante um verão quando eu tinha 8 anos. Lembrei-me de praias, cascas de lagostas e um monte de galerias de arte. A coisa mais perigosa que encontramos foi uma gaivota com síndrome de intestino irritável.

Otis abaixou a sua voz. “Tem um carrinho de mão em Provincetown – o carrinho de mão da Criatura.

“Isso é como um carrinho de rolimã?”

“Não, não. Uma Criatura…” Otis estremeceu. “Bem, uma Criatura é um poderoso morto-vivo que gosta de coletar objetos mágicos. Uma tumba de uma Criatura é chamada de­…é chamada de carrinho de mão. Desculpe, eu tenho dificuldades em falar sobre Criaturas, me faz lembrar do meu pai.”

Isso levantou mais um monte de questões sobre a infância do Otis, mas eu decidi deixa-las para o terapeuta dele.

“Tem um monte de lar de Criaturas Vikings mortos-vivos lá?” Perguntei.

“Só uma, até onde sei. Mas é o suficiente. Se aquele certo objeto estiver lá, será bem difícil de recuperar debaixo da terra e guardado por magias poderosas. Você vai precisar dos seus amigos — O anão e o elfo.”

Isso seria ótimo, se eu tivesse alguma ideia de onde qualquer um desse amigos estavam. Eu esperava que Sam soubesse mais do que eu.

“Por que Thor não vai e checa esse carrinho de mão ele mesmo?” Perguntei. “Espere…deixe eu adivinhar. Ele não quer chamar atenção. Ou ele quer nos dar uma chance de ser heróis. Ou é trabalho pesado e tem algumas séries que ele está atrasado.”

“Para ser justo,” Otis disse. “A nova temporada de Jessica Jones acabou de começar a ser exibida via streaming.

Não é culpa do bode, eu disse a mim mesmo. Ele não merece levar um soco.

“Tudo bem,” Eu disse. “Quando a Sam chegar aqui, vamos falar sobre estratégia.” “Eu não estou tão certo de que deveria esperar com você.” Otis lambeu uma migalha da sua lapela. “Eu devia ter mencionado isso antes, mas entenda, alguém… ou alguma coisa…tem estado me perseguindo.”

Os pêlos da minha nuca se arrepiaram. “Você acha que eles te seguiram até aqui?”

“Não tenho certeza,” Otis disse. “Espero que meu disfarce tenho jogado eles para longe.”

Ah, incrível. Pensei.

Eu verifiquei a rua mas não vi nenhum óbvio inimigo. “Você conseguiu dar uma boa olhada nesse alguém-barra-alguma coisa?”

“Não,” Otis admitiu. “Mas Thor tem uma gama muito grande de inimigos que adorariam impedi-lo de pegar de volta o seu… o seu mart de volta. Eles não gostaria que eu passasse essas informações para você, especialmente essa última parte. Você tem que avisar Samirah que…”

THUNK.

Vivendo em Valhalla, estou acostumado com armas mortais vindo absolutamente do nada, mas mesmo assim eu fiquei surpreso em ver um machado atravessado no peito do Otis.

Eu pulei sobre a mesa para ajudar Otis. Como filho de Frey, deus da fertilidade e da saúde, Eu consigo fazer algumas coisas bem legais do tipo primeiros socorros mágicos de vez em quando. Mas assim que eu toquei Otis eu percebi que era tarde demais. O machado tinha atravessado seu coração.

“Oh, deuses.” Otis tossiu sangue. “Eu vou apenas…morrer… agora.”

Sua cabeça pendeu para trás. Seu chapéu de porco saiu rolando pelo pavimento. Uma moça sentada atrás de nós começou a berrar em pânico como se tivesse acabado de perceber que Otis não era um bebê fofo ou um cachorrinho. Ele era, de fato, um bode morto.

Olhei pelos terraços dos prédios do outro lado da rua. Julgando pelo ângulo que o machado veio, ele deve ter vindo de algum lugar mais ou menos…Sim. Eu peguei um lampejo de movimento, assim que o assassino desviou para fora da vista, uma figura vestida de preto com um capacete de metal.

Tanta coisa por um agradável copo de café. Puxei o pingente mágico do meu cordão e corri atrás do assassino de bodes.

P.s.: em caso de reprodução, favor dar os devidos créditos.

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Liberado trecho e capa de “The Hammer of Thor” de Rick Riordan

E as novidades de Rick Riordan não param de chegar! A poucos dias de sua nova saga “As Provações de Apolo” chegar as livrarias (você pode conferir um trecho aqui e também as 10 Coisas que você precisa saber antes de ler O Oráculo Oculto), o site EW trouxe até nós hoje(28) a capa e um trecho de “The Hammer of Thor” (O Martelo de Thor em tradução livre), segundo livro de sua outra saga “Magnus Chase e os deuses de Asgard” lançada em outubro do ano passado.

“A Espada do Verão”, primeiro livro da série, nos levou a conhecer Magnus Chase, um jovem sem-teto que vagava pelas ruas de Boston e que acabou morrendo ao ter que enfrentar um gigante de fogo, tendo sua ‘vida’ virada de cabeça para baixo depois de morrer.

Em “The Hammer of Thor” cerca de seis semanas se passaram desde “A Espada do Verão”, dando a Magnus uma chance de resolver as coisas em Valhalla e se acostumar com seus novos poderes como um dos guerreiros escolhidos de Odin.

Abaixo você pode conferir a capa (maravilhosa) de “The Hammer of Thor”:

Omartelo de Thor

O martelo de Thor sumiu de novo. O deus do trovão tem o perturbador hábito colocar sua arma em lugares errados – a força mais poderosa nos Nove Mundos. Mas desta vez o martelo não está apenas perdido, ele caiu em mãos inimigas.

Se Magnus Chase e seus amigos não conseguirem recuperar o martelo rapidamente, os mundos mortais estarão indefesos contra um ataque dos gigantes. O Ragnarok terá seu início. Os Nove Mundos irão queimar. Infelizmente, a única pessoa que pode mediar um acordo para o retorno do martelo é o pior inimigo dos deuses, Loki. E o seu preço é muito alto.

“The Hammer of Thor” será lançado ainda esse ano, no dia 10 de outubro nos EUA. Até o momento a Editora Intrínseca ainda não se pronunciou sobre, mas podemos arriscar dizer que ela fará lançamento simultâneo como tem feito com os outros livros do autor Rick Riordan.

Você pode conferir também o trecho original em inglês aqui.

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Roteiro de Animais Fantásticos e onde Habitam será publicado como livro

O site Pottermore acabou de nos trazer a maravilhosa notícia de que o roteiro de Animais Fantásticos e Onde Habitam será publicado ainda esse ano em formato de livro.

Isso mesmo! 2016 realmente será o ano do renascimento do universo mágico de J. K. Rowling!

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“Um novo livro de JK Rowling é sempre um bom motivo para comemorar. Mas este ano será marcado como a sua primeira vez como roteirista. O texto original do filme poderá ser comprado como uma edição impressa pelas editoras Little, Brown and Company (UK) ou Scholastic (EUA e Canadá), ou como um e-Book pelo Pottermore.”
O livro com o roteiro de Animais Fantásticos será lançado dia 19 de novembro, apenas um dia depois da estreia do longa nos cinemas.
Atualizações, Filmes

Angelina Jolie voltará as telonas em Malévola 2

Angelina Jolie voltará a ser Malévola na sequência do sucesso de bilheteria da Disney, segundo o anúncio feito pelo estúdio ontem(25).

Malévola 2 junta-se a uma empolgante lista de remakes live-action que se baseiam nas animações do estúdio Disney. A roteirista Linda Woolverton, que trabalhou no primeiro filme, continuará responsável pelo roteiro da sequência.

Com direção de Robert Stromberg, o primeiro longa recontou a história de “A Bela Adormecida” pelo ponto de vista de Malévola, a protetora do reino dos Moors, que mais tarde veio tornar-se a vilã da história.

Além de Malévola 2, a Disney confirmou Emma Stone para interpretar a poderosa e assustadora Cruella de Vil em uma história sobre a origem da vilã de 101 Dálmatas. O estúdio também está produzindo novas versões de Tinker Bell (com Reese Witherspoon), Dumbo (com direção de Tim Burton) e a sequência de Mary Poppins (com Emily Blunt).

Por enquanto o estúdio ainda não revelou a data de lançamento da tão aguardada sequência de Malévola nos cinemas.

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“Scrappy Little Nobody” livro de Anna Kendrick ganha data de lançamento!

Os fãs da atriz Anna Kendrick já podem comemorar!

Hoje(25), a atriz – e agora escritora- revelou em seu twitter o titulo e a data de lançamento de seu primeiro livro “Scrappy Little Nobody” que chegará as livrarias americanas no dia 15 de novembro. O livro vai contar divertidas anedotas da vida de Kendrick, desde sua infância até a fama.

Muito entusiasmada a atriz colocou na legenda  “Eu tenho um livro! Por que alguém me deixaria fazer isso?!”

 

“Estou animada para publicar o meu primeiro livro e como fico desconfortável quando as pessoas têm grandes expectativas, eu gostaria de aproveitar a oportunidade para mostrar a minha mesquinhez e a frequência com que fico envergonhada. Enquanto minhas inspirações femininas se tornaram autoras e bem-sucedidas escritoras de comédia, eu sou muito, mas muito engraçada no Twitter, de acordo com o Buzzfeed e minha mãe, então eu sinto que é uma ótima ideia.” disse Anna Kendrick.

Você já pode adquirir a versão em inglês pela pré-venda no site oficial do livro “Scrappy Little Nobody”.

Por enquanto nenhuma editora brasileira se pronunciou sobre a publicação do livro por aqui. Só nos resta aguardar mais noticias.

 

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Assista o primeiro trailer de “A Monster Calls”

 

Este ano está realmente sendo um ano incrível para os amantes de livros por todo canto. Uma infinidade de livros surpreendentes estão saindo em 2016 e várias adaptações literárias para o cinema também, incluindo a versão cinematográfica de um dos mais amado livro infantil de Patrick Ness. Depois de assistir o trailer de “A Monster Calls” fiquei extremamente animado e ansioso para a adaptação.

O livro foi publicado em 17 de fevereiro de 2015 aqui no Brasil e recebeu o título Sete Minutos Depois da Meia Noite” pela Editorial Presença.

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Passava pouco da meia-noite quando o monstro apareceu. Mas não era exatamente o monstro de que Conor estava à espera…
A escuridão, o vento, os gritos. O mesmo pesadelo noturno desde que a mãe de Conor ficou doente. Tudo é tão aterrorizador que Conor não se mostra assustado quando uma árvore próxima de sua casa se transforma num monstro… Mas só o monstro sabe que Conor esconde um segredo e é o único a estar ao seu lado nos seus maiores medos.

Inspirado numa ideia original da escritora Siobhan Dowd, que morreu de cancro em 2007, Patrick Ness criou uma história de uma beleza tocante, que aborda verdades dolorosas com elegância e profundidade, sem nunca perder de vista a esperança no futuro. Fala-nos dos sentimentos de perda, medo e solidão e também da coragem e da compaixão necessárias para os ultrapassar.

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É com ilustrações soberbas que complementam e expandem a beleza do texto que a fantasia e realidade se misturam em Sete Minutos Depois da Meia-Noite.

Pelo trailer que você pode conferir abaixo, pode-se ver que o filme promete trazer o mesmo clima assustador do livro.

 

Conor é um garoto de 13 anos de idade, com muitos problemas na vida. Seu pai é muito ausente, a mãe sofre um um câncer em fase terminal, a avó é uma megera, e ele é maltratado na escola pelos colegas. No entanto, todas as noites Conor tem o mesmo sonho, com uma gigantesca árvore que decide contar histórias para ele, em troca de escutar as histórias do garoto. Embora as conversas com a árvore tenham consequências negativas na vida real, elas ajudam Conor a escapar das dificuldades através do mundo da fantasia.

A Monster Calls chegas as telonas dia 14 de outubro de 2016 e traz Lewis MacDougall como Conor, Felicity Jones, como a mãe de Conor, Sigourney Weaver como sua avó e Toby Kebbell como seu pai. Liam Neeson também estrela como o monstro.

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10 coisas que você precisa saber antes de ler As Provações de Apolo

E ai, meu povo! Como a grande maioria de vocês deve saber, muito em breve, mais especificamente no dia 02 de maio, estará chegando nas livrarias o mais novo livro da série “As Provações de Apolo” de  Rick Riordan.

“A Profecia das Sombras” é o 2° de 5 livros da saga “As Provações de Apolo”.

Com isso, resolvi preparar pra vocês 10 coisas que todos precisam saber antes de começar a ler As Provações de Apolo. Então sem mais delongas, vamos lá…

01. A IDEIA DE AS PROVAÇÕES DE APOLO SURGIU ENQUANTO RICK RIORDAN ESCREVIA “PERCY JACKSON E OS DEUSES GREGOS.”

“Mesmo depois de tantos livros sobre mitologia grega, eu estou constantemente descobrindo histórias que eu não conhecia. Enquanto eu escrevia “Percy Jackson e os Deuses Gregos”, eu me deparei com dois mitos sobre Zeus punindo Apolo transformando-o em um mortal. A ideia me fascinou. Eu decidi subordinar o pobre Apolo a tal punição pela terceira vez e escrever uma série do seu ponto de vista como um mortal isolado de 16 anos. Isso me deu uma visão completamente nova no mundo de Percy Jackson. Foi incrivelmente divertido escrevê-los.” disse Rick Riordan.

02. APOLO É TRANSFORMADO EM UM MORTAL

Lester

A história acompanhará o deus Apolo, que após irritar Zeus, foi transformado num garoto mortal de 16 anos, com direito a espinhas e gordura abdominal, e jogado pelo deus do Olimpo numa caçamba de lixo em Nova York.

03. NÃO, ELE NÃO É UM SEMIDEUS!

Ao contrário do que muitos pensam, Apolo não será mais um semideus no Acampamento Meio-Sangue, ao que tudo indica ele é apenas um humano “normal”.

04. APOLO SE CHAMA LESTER PAPADOPOULOS AGORA

Como citado no tópico 1, Apolo foi transformado um garoto mortal de 16 anos, ou seja, ele não rejuvenesceu até um jovem Apolo de 16 anos, ele virou um completo mortal e com isso, ganhou um novo nome. Apolo em sua versão mortal se chamará Lester Papadopoulos. Agora, além de se chamar Lester, ainda possui um sobrenome tipicamente grego, “Papadopoulos”.

05. APOLO PRECISARÁ DA AJUDA DE OUTROS SEMIDEUSES

Assim que cai na terra, Apolo é ajudado por Meg McCaffrey, uma semideusa sem-teto e maltrapilha. Logo depois, Apolo se dirigi a casa de Percy Jackson em busca de ajuda.

06. PERCY ESTÁ MAIS VELHO

Percy The Trials of Apollo

Os acontecimentos de O Oráculo Oculto acontecem algum tempo depois do fim de “Os Heróis do Olimpo”, então é possível vermos um Percy com cerca de 20 anos já.

07. LESTER VAI PARA O ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE

Como Apolo, ele conquistou inimigos poderosos nessas eras de existência. Ele tem muito inimigos e poucos amigos. Para sobreviver no mundo mortal ele irá precisar então da ajuda desses poucos amigos que se encontram em um lugar já tão amado por todos nós, o Acampamento Meio-Sangue.

08. APOLO PERDE TUDO, MENOS SEU EGOCENTRISMO

No trecho liberado de O Oráculo Oculto (que você pode ler clicando aqui) é possível vermos Apolo tendo seus muitos pensamentos egocêntricos onde ele, como sempre, se acha o melhor em tudo.

– “Uma das consequências naturais de ser tão incrível é que eu atraía inveja por onde passava”;

 

– “Além do mais, ele(Percy) gosta de mim. Eu ensinei tudo que ele sabe”;

 

– “Depois de tudo que fiz por Percy Jackson, eu esperava alegria com a minha chegada. Boas-vindas lacrimosas, a queima de algumas oferendas e um pequeno festival em minha homenagem não teriam sido inadequados.”

09. COMO UM DEUS, APOLO NÃO LIGA MUITO PARA O SEXO DOS SEUS CASOS AMOROSOS

Apolo, assim como a maioria dos deuses, não ligava muito para o sexo dos seus parceiros, há na história relatos de envolvimentos de Apolo com homens e mulheres. Inclusive isso foi citado em “Percy Jackson e os deuses gregos”:

– “Perambulava pelo Olimpo em sua túnica cintilante, arco e flecha em mãos, piscando para as moças e cumprimentando os rapazes com soquinhos, ou às vezes piscando para os rapazes e cumprimentando as moças com soquinhos. Apolo não ligava.”

 E um dos seus mais tristes casos amorosos (com um homem) foi relatado também na pag. 233 de “A Casa de Hades” (4° livro da saga “Os Heróis do Olimpo”), por Favônio, ou mais conhecido como Zéfiro, o deus grego do Vento Oeste.

 

10. APOLO TEM QUE SE ADAPTAR A UMA VIDA SEM AS REGALIAS DE SER UM DEUS

Apolo

Sem seus poderes, a divindade de quatro mil anos terá que descobrir como sobreviver no mundo moderno e o que fazer para cair novamente nas graças de Zeus. No entanto, ele não é mais o jovem e belo Apolo em um corpo de 20 anos. Não possui mais sua altura, seu corpo forte e bronzeado, seus longos cabelos dourados e nem seus olhos brilhantes como o sol. Agora ele terá que conquistar sua divindade de novo sem a sua estonteante aparência e sem todas as suas habilidades para lhe ajudar na jornada.

 

Então é isso pessoal, espero que vocês tenham gostado.

Lembrando que As Provações de Apolo que é publicado pela Editora Intrínseca chega as livrarias no dia 02 de maio e já pode ser adquirido pela pré-venda na Saraiva e na Amazon.