Se você gosta de música que te deixa alegre e dançando, vem cá abrir seu presente.
Conheça Lena: Com um estilo contagiante e uma personalidade forte, ela foi campeã do Eurovision 2010 com o single “Satellite”. Apesar dos hits dançantes, com batidas bem marcadas e baixos envolventes, Lena também se sai bem em músicas mais tranquilas e românticas. Em seus 4 álbuns, é fácil ver que sua voz é versátil, adapta-se bem a diversos estilos. Seu sotaque (apesar de cantar em inglês, Lena é alemã) foi suavizando-se ao longo dos álbuns; outra mudança veio com o álbum Crystal Sky, onde a cantora parece ceder à pressão do mainstream e perde um pouco da originalidade que faz das músicas dos primeiros álbuns tão irresistíveis.
Vamos ver agora o que faz de Lena tão especial:
My Cassete Player
O álbum de estréia tem Satellite, seu primeiro hit, e outras faixas que mostram o quão envolvente Lena pode ser. É aqui que o sotaque dela mais se destaca (em algumas músicas mais do que em outras). Com letras românticas e descontraídas predominando em todos os álbuns, vou aqui deixar como dica as que acho que vão te prender de primeira.
Satellite
Canção vencedora do Eurovision 2010.
Not Following
Um som bem gostoso de ouvir, com instrumentação chamativa e com destaque para os belos vocais.
Bee
Dá quase pra ouvir ela sorrindo no começo da música. Sério!
Good News
Em Good News, fica mais aparente o lado romântico da cantora. Os destaques vão para:
I Like You Com uma melodia linda e uma pitada de folk, acaba sendo uma faixa única entre a discografia da cantora.
That Again Bem instrumentada e com uma certa vibe retrô, a faixa chama a atenção no álbum por lembrar mais as músicas de “My Cassette Player”.
Good News Trazendo um pouco do jazz/soul que aparece constantemente no plano de fundo das composições de Lena, a faixa que dá nome ao álbum é bem gostosa de escutar.
Stardust
Meu favorito dentre todos, Stardust mostra todo potencial que Lena tem para todos os gêneros nos quais ela consegue se inserir.
Pink Elephant Por favor, comece por aqui. Pink Elephant é viciante em sua melodia e vai te fazer querer escutá-la várias e várias vezes.
Neon (Lonely People) Se música fosse gastronomia, Neon seria um Risotto de Amy Whinehouse ao molho de The XX com infusão de Of Monsters And Men. Ou não. Eu não entendo muito de gastronomia.
I’m Black Para encerrar, I’m Black tem uma batida sensacional e um refrão que vai grudar na sua cabeça feito chiclete.
Crystal Sky
Crystal Sky é basicamente um bom álbum pop de 2015. Não tem muito de Lena, só o talento – mas isso por si só faz valer a pena dar uma conferida.
Traffic Lights Nº4 no Top 5 do Spotify, Traffic Lights é perfeita pra dançar e animar com a galera, com uma batida incansável e um refrão bem catchy.
Beat to My Melody
A música mais balada de toda a discografia de Lena. As modulações vocais nos deixam distante da voz original da cantora, mas ainda assim o ritmo é interessante.
Crystal Sky A música que dá título ao álbum é a que mais parece com a raiz da música de Lena, mas ainda assim com a instrumentação mais eletrônica característica do álbum.
A cantora atualmente está trabalhando num novo álbum, do qual já conhecemos o single Lost in You. Por enquanto, divulga esse tesouro pouco conhecido da música do mundo! E até a próxima semana.
É provável que você tenha entrado no Spotify esses dias, na vibe para escutar sua playlist preferida ou descobrir algo novo, e se deparou com algo novo. Ali, embaixo da capa… Um negócio diferente. Parece… um código de barras? Se você está se perguntando o que foi essa nova adição no aplicativo, a resposta é bem simples: compartilhamento.
Há uma semana atrás, o Spotify lançou nos EUA uma nova tecnologia chamada “Spotify Codes”. Inspirada nos códigos de compartilhamento do Snapchat, que permitem adicionar usuários ao escanear sua foto de perfil com a câmera, Codes permite escanear a capa de uma faixa, álbum ou playlist para acessá-lo no seu celular. Agora a tecnologia está disponível no Brasil. É só acessar o aplicativo e checar, embaixo das capas, a faixa com um código de barras estilizado como onda sonora.
O design intuitivo e discreto ajudou a misturar a tecnologia com a estética do aplicativo. Além de facilitar o compartilhamento entre os usuários, o Codes permite novas possibilidades de divulgação. Agora, tanto artistas quanto o próprio Spotify podem incluir códigos para acessar o conteúdo divulgado; uma rápida escaneada do anúncio no shopping, metrô, celular alheio, propaganda na TV e o conteúdo está nas suas mãos. Aproveita e vai descobrir música nova! Existe um lindo mundo fora das Top Charts.
Blade Runner foi um dos maiores sucessos dos anos 80. Com visuais que impressionam até hoje, e sacadas geniais como uma cidade americana dominada pela cultura asiática, o filme vai de ação à filosofia e de volta em suas quase 2h de duração. Após 35 anos, “Blade Runner 2049“ dará continuidade à história. Rian Gosling, Harrison Ford e Jared Leto aparecem no novo trailer, além de David Bautista (sim, o Drax de Guardiões da Galáxia).
Porém, após muita interpretação filosófica e sutilezas que só os mais cinéfilos captaram, o primeiro filme deixou uma pergunta. Afinal, o protagonista Deckard (Harrison Ford) é humano ou andróide?
Essa é uma dúvida que fica muito mais evidente na obra original, o livro do americano Phillip K Dick. Na obra, chamada “Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas?”, realidade, identidade e religião são temas recorrentes. A adaptação foi bem diferente, mas teve seu mérito por trazer diálogos e cenas fenomenais. No trailer da continuação, a dúvida sobre a humanidade de Deckard (e agora, sobre a do novo protagonista interpretado por Gosling) vem à tona novamente. Se você ainda não assistiu, confere aqui:
Em uma cena do trailer, o protagonista de Gosling diz “Quero te fazer algumas perguntas”. Deckard então arregala os olhos. Quem assistiu o primeiro filme vai se lembrar dos questionários que utilizavam para distinguir andróides de humanos. Seria isso uma dica de que o novo filme vai abordar a pergunta que assombra os fãs há tanto tempo? Na última cena, uma personagem diz à Gosling “Eu sempre disse que você é especial”. Provavelmente o motivo pelo qual ele procura Deckard é encontrar alguém como ele, para solucionar o mistério da trama.
Seja como for, as expectativas para o filme estão altas. Com David Villeneuve(A Chegada) na direção e Michael Green(“Logan”; “Alien: Covenant”) no roteiro junto com Hampton Facher(Blade Runner), tudo indica um filmaço. A arte e fotografia do filme estão sensacionais e consoantes com o primeiro. Agora é só aguentar esperar até a estréia!
Trinta e oito anos atrás nascia um dos mais assustadores e conhecidos monstros do cinema. O Alien, chamado oficialmente de Xenomorfo, tornou-se um ícone da e ficção científica e terror, assustando muita gente até hoje. Criado pelo artista surrealista suíço H.R Giger, o design da criatura assusta qualquer um com seu exoesqueleto preto e seu corpo repleto de protuberâncias pontiagudas.
Cinco filmes e quase quatro décadas depois, a saga originou um universo expandido com games, HQ’s, livros e spin-off’s. Atualmente, os prequels (prelúdios) estão sendo produzidos, contando a história antes dos filmes de 70-90 e explicando alguns dos maiores mistérios da série. Em 2012, vimos Prometheus, o primeiro prelúdio, e dia 11 de Maio estréia Alien: Covenant, o segundo. Reassitimos Alien (1979) e Prometheus para trazer pra você tudo que você precisa saber antes de assistir o novo filme. Vem com a gente!
AVISO: Se você prefere assistir os filmes, faça isso! Aqui os filmes serão dissecados sem medo de spoilers.
Alien (1979)
Resumo:
A protagonista é Ripley, uma tripulante da nave mineradora Nostromo. O filme começa com a tripulação retornando para a terra em sono criogênico. O computador central (chamado de “Mãe”) então acorda-os na metade do caminho, a tempo de receberem a transmissão próxima de um sinal. Na possibilidade de encontrar vida não-identificada, movidos por obrigação contratual, os tripulantes dirigem-se ao sinal misterioso.
Ao chegarem no planeta, deparam-se com uma nave gigantesca, com um design diferente de tudo o que conhecem. Explorando seu interior, encontram misteriosos “Pilotos”, mortos já há séculos (aqui está a conexão com Prometheus), e também o que parecem ser ovos de uma espécie desconhecida. Quando um dos tripulantes aproxima-se, o ovo abre e o ser que estava dentro aloja-se em seu rosto. Todos voltam para a nave e, ao tentar remover a criatura, descobrem que seu sangue é extremamente ácido. Por fim, a criatura é encontrada morta, e a vítima parece se recuperar. Em pouco tempo, descobrimos (da pior maneira) que uma criatura estava crescendo dentro dele. Um filhote de xenomorfo explode para fora de seu peito, e foge pelos corredores da nave, indo se esconder na tubulação.
A partir daí, conduz se uma caça ao alien, que vai matando os passageiros um a um. Descobrimos que o responsável da divisão científica estava ali para capturar o espécime apenas, enviado pela Weyland-Yutani (a grande corporação maligna da saga). Após todos os tripulantes, com exceção de Ripley, serem mortos, ela consegue escapar numa capsula de fuga e colocar a nave em modo de auto-destruição. Sua felicidade, porém, dura pouco: o xenomorfo havia entrado na cápsula com ela. Numa sequência tensa, ela consegue ejetar o monstro para fora da capsula direto no espaço, finalmente acabando com a criatura.
Por hora.
Detalhes:
Sigourney Weaver representa Ripley, a sobrevivente badass que todos amamos, e um dos tripulantes é interpretado pelo John Hurt, mais conhecido por interpretar Olivaras em Harry Potter e o War Doctor em Doctor Who.
O primeiro filme da série impressionou, na época, pelo design assustador e surreal feito principalmente pelo H. R Giger. Os xenormorfos, a nave semi-anelar “Derelict” e seu interior, os Pilotos explorados mais à frente em Prometheus, todos foram desenvolvidos por ele. O design quase orgânico, bio-mecânico do interior da nave representa muito de sua arte.
Prometheus (2012)
Resumo:
A protagonista Elizabeth Shaw e seu marido, Charlie Holloway, descobrem uma pintura rupestre numa caverna na Escócia. Juntando-a como peça final do quebra cabeça de descobertas arqueológicas que pretendiam usar para provar que alienígenas haviam visitado a terra, ambos são convocados pela Weyland (a mesma corporação maligna) para ir até o ponto de origem indicado em suas descobertas.
A bordo da nave Prometheus, os pesquisadores, o androide David (Michael Fassbender), a comandante Meredith Vickers (Charlize Theron) e a tripulação pousam numa lua identificada como LV-223. Imediatamente, a equipe sai para explorar uma estrutura artificial nas proximidades. Dentro dela, encontram uma sala com vários vasos, e uma estátua de um gigantesco rosto humanóide esculpido. Uma cabeça, aparentemente de um Engenheiro morto, é encontrada próximo à porta. Ao retornar para a nave, Shaw leva a cabeça decepada, e David, em segredo, leva um dos vasos numa mochila.
Vemos, depois, David abrindo o vaso que roubara, e analisando a substância preta contida dentro. Ele põe a substância então, na bebida de Holloway; Quando ele volta para seu quarto, ele e Shaw fazem sexo, e ela fica “grávida” de um xenomorfo, que será arrancado de seu corpo cirurgicamente mais à frente no filme. Ao retornar para a estrutura alienígena, eles encontram dois tripulantes que haviam ficado para trás mortos, ao passo que Holloway começa a passar mal. Todos tentam voltar para a Prometheus. Holloway é queimado vivo por Vickers, que não quer que ele contamine a nave. Um dos tripulantes mortos volta na forma de uma criatura assassina, que é morta após dizimar alguns figurantes parte da tripulação.
Por fim, é descoberto que tudo era um plano de Peter Weyland (CEO da Weyland) para obter vida eterna. Um Engenheiro, ainda vivo em criogenia, é libertado por David, e logo em seguida arranca a cabeça do andróide. O lugar onde eles estava na verdade era uma nave Derelict, como a vista em Alien. O Engenheiro prossegue para levar seu conteúdo mortal para a Terra, e é impedido pelos heróicos pilotos da Prometheus, que derrubam sua nave num impacto suicida. A última sobrevivente, Shaw, escapa com a cabeça (ainda ativa) de David em busca do planeta dos Engenheiros.
A última cena mostra um novo tipo de xenomorfo emergindo do peito do último engenheiro, morto pelo mostro que saíra de dentro de Shaw.
Detalhes:
Blade Runner e Prometheus (e consequentemente Alien) fazem oficialmente parte do mesmo universo. Junte isso a algumas falas de David e você começa a entender porque o personagem agia aparentemente com motivos próprios e, muitas vezes, uma individualidade maior que se pode conceber num andróide.
Alguns diálogos reveladores são estes:Holloway: O que esperávamos era conhecer nossos criadores. Para obter respostas. Por que eles mesmo nos fizeram em primeiro lugar. David: Por que você acha que seu povo me fez? Holloway: (rindo) Nós fizemos você porque nós podíamos. David: Consegue imaginar como seria decepcionante para você ouvir a mesma coisa de seu criador?
Shaw: O que vai acontecer quando Weyland não estiver por perto para programá-lo mais? David: Suponho que serei livre. Shaw: Você quer isso? David: “Querer”? Não é um conceito que eu esteja familiarizado. Dito isto, não dizem que as pessoas querem seus pais mortos?
Enfim, David, assim como os andróides em Blade Runner, é inteligente o suficiente para ter objetivos próprios e simular emoções humanas, assim tendo seus próprios objetivos e motivações (mas não necessariamente se desfazendo de sua programação).
A imagem dos engenheiros como seres benevolentes, doadores de vida, é desconstruída com o plot-twist. A frase dita pelo personagem de Idris Elba no filme resume bem:
“Sabe o que é este lugar? Esses engenheiros, esta não é a casa deles. É uma instalação. Talvez até militar. Eles colocaram isto aqui no meio do nada porque eles não são estúpidos o suficiente para fazer armas de destruição em massa em sua própria porta. Essa é a merda que está nesses vasos. Eles chegaram aqui; a coisa escapou, virou-se contra eles. Fim.”
A lua do filme não é o planeta visitado por Ripley em Alien. O que nos leva a concluir que a nave vista em ambos os filmes, apesar de do mesmo modelo, não é a mesma.
Conclusões
Resta lembrar que, no lançamento de Prometheus, Ripley Scott disse que haveriam pelo menos dois outros filmes até se alcançar Alien na cronologia. Isso significa que provavelmente haverá mais filmes após Covenant, e nem todas as perguntas serão respondidas. E você? Tem fan-theories, perguntas que exigem respostas? O que gostaria de ver no próximo filme? Deixe nos comentários!
É difícil categorizar a música de Cícero. É MPB, com certeza, mas para além disso, não existem rótulos que abranjam seu estilo. Sua música, experimental por natureza, tranquila e envolvente, tem que ser escutada para ser compreendida.
O carioca Cícero Lins vem ganhando popularidade no cenário alternativo da MPB desde seu primeiro álbum, Canções de Apartamento (2012), e já foi fazer shows até em Portugal. Ele é relativamente popular pra quem acompanha a cena indie da música brasileira, mas talvez não tanto para quem vê de fora; Apesar disso, seus shows podem ter os ingressos esgotados bem rápido: Cícero tem um público pequeno, mas dedicado.
Duas coisas tornam sua música tão original: sua música é caseira e de belíssima e diversa instrumentação. Cícero grava todas as suas músicas em casa. Compõe sozinho, como já declarou em entrevista em 2011, e passou por uma jornada de amadurecimento musical ao longo de seus três últimos álbuns ao sair de letras principalmente sobre relacionamentos e suas consequências para poesia com uma forte influência na dinâmica e estética social urbana. Os instrumentos em suas músicas vão da guitarra ao xilofone, do violino ao tambor.
Mas é como eu disse: para entender, você tem que escutar. Então dá uma olhada aqui numa seleção especial de músicas de Cícero para você começar a aproveitar.
Que ela te tire de casa…
Canções de Apartamento (2012)
Tempo de Pipa Sobre como pessoas e fases da nossa vida as vezes estão intimamente ligados, e o que deixam em nós.
Ensaio Sobre Ela Começando ao som da chuva, essa é uma canção sobre as surpresa, esperanças e desilusões de um relacionamento.
Açúcar ou Adoçante? Com a poesia casual e conversativa que Cícero costuma usar, essa melodia que vai do calmo ao intenso é uma de suas melhores.
Entra pra ver
Mas tira o sapato pra entrar
Cuidado que eu mudei de lugar
Algumas certezas
Pra não te magoar
Sábado (2013)
Capim-Limão O melhor exemplo do toque urbano nas letras do artista, numa tomada minimalista.
Frevo por acaso Uma letra sobre poder (ou não) contar com alguém. Que por acaso, evolui num frevo (não podia perder a piada).
A Praia (2015)
A Praia A canção que dá nome ao álbum é envolvente, melodiosa, rica. O que Cícero quis dizer com “as canções de amor inventam o amor” fica para a interpretação do ouvinte.
O Bobo Sobre as pequenas e grandes alegrias da vida. O título lembra uma crônica da Clarice Lispector, “Das Vantagens de Ser Bobo”.
De Passagem Retrata o sentimento que se tem ao viver um amor que te traz paz e transforma sua vida. Alternativamente, pode ser interpretada como um ode àquela pessoa por quem você se apaixona por um instante no metrô ou na rua, e depois nunca mais vê.
Curtiu? Fica ligado aqui no Beco Literário pra mais artistas da música do mundo aqui na coluna, sempre aos domingos.
Já ouviu música em francês? Não? Cœur de Pirate é um ótimo ponto de entrada.
Béatrice Martin, nome real da cantora, é quebequense e começou a tocar piano com 3 anos de idade. Após passar por algumas bandas underground, ela lançou seu primeiro álbum, também intitulado Cœur de Pirate, em 2007. Desde então foram 3 outros álbuns, inclusive a trilha sonora do videogame Child of Light (2014), pela Ubisoft. Em 2016, a cantora assumiu-se queer após o tiroteio na boate Pulse, em Orlando.
A cantora Canadense é um dos maiores expoentes da música francófona (em língua francesa) contemporânea. Com canções melódicas que vão do extremamente fofo ao sinistro e melancólico, suas composições são marcantemente únicas, e se você estiver disposto a ler a tradução das letras – ou falar francês – vai encontrar letras que falam de amor fugindo dos clichês dos gêneros românticos atuais. Abaixo, eu selecionei pra vocês 12 músicas, divididas em álbuns, que capturam uma imagem da música dela, inclusive alguns bônus em inglês.
Amusez-vous bien! 🙂
Cœur de Pirate (2007)
O álbum de estréia trouxe, com melodias simples, o estilo que estaria presente dali em diante em suas músicas. Bastante romance ao som de instrumentações agradáveis e tranquilas, com predominância do piano e violão.
Comme des Enfants A definição da música “fofa”. Premiada na 25ª edição do Victoires de la Musique, na França.
Printemps Animada e alegre, ao som de violão e piano, a letra na verdade é bem triste. Fala sobre amor não correspondido.
Fondu au Noir Com um ritmo melódico e sinistro, essa música combinaria bem com uma animação do Tim Burton.
Blonde (2011)
Provavelmente a obra prima de Cœur de Pirate, embora seja difícil dizer com tantas músicas boas. A obra evolui para melodias mais complexas e variadas, ainda marcadas pela letra profundamente poética.
Place de la République Mais romântico, impossível. Uma poesia sobre se despedir do seu amor e lembrar de tudo.
Adieu Animada. Dedique essa música àquela pessoa que você amou, mas foi babaca com você.
“Mas diga-me adeus amanha Mas me diga adeus no caminho Vá ver os outros, eu não ligo Eu amei você, mas te garanto que é o fim”
É a sofrência francesa. Ps.: Vale a pena ver o clipe.
Verseau
Com uma batida bem alegre, a letra é linda e fala sobre o amor imperfeito. “Verseau” é o signo de Aquário em francês.
Saint-Laurent
Uma das mais belas instrumentações de Cœurde Pirate, essa música é uma bela pedida pra escapar do mainstream.
Ava
Com uma inspiração bem “anos 50”, Ava na verdade é uma conversa com uma garota que namora om um cara mais velho que se aproveita dela. Fala sobre se libertar de homens que te aprisionam com falsas promessas de amor.
Roses (2015)
Com um toque techno e batidas ainda mais marcadas, esse álbum se diferencia por trazer também letras em inglês. Teve também um significado mais profundo para a cantora, que cita influência do nascimento de sua filha em fazer das suas composições mais otimistas e menos sombrias.
Cast Away Uma das melodias mais belas do álbum, a letra fala sobre se dispor a ajudar a pessoa que você ama.
Our Love A narração da parte mais difícil da superação, com uma batida marcada e viciante.
Drapeau Blanc Representa a parte mais techno do álbum com sua melodia. A cantora declarou numa entrevista para o jornal canadense “The Star” que a música foi composta para narrar seu complicado relacionamento com a mãe.
Oceans Brawl O “hino” do álbum, Oceans Brawl fala sobre finalmente encontrar forças para lutar contra o sentimento que te prende à alguém que não te faz bem. É uma canção sobre superação.
Bônus:
Last Christmas A versão de Cœur de Pirate de uma música popular de Natal americana. Ótima para ouvir em qualquer época do ano, na verdade.
Star Wars: Battlefront II está chegando e, se você dedicou horas de jogo ao original de 2005, prepare-se para mais. Parece que a EA acertou em cheio dessa vez.
Com as três eras da saga disponíveis, heróis cativantes como Yoda, Darth Maul e Rey, e muito mais mapas (e provavelmente, armas), os produtores trouxeram tudo que faltou no reboot de 2015. Confira uma análise de tudo que sabemos até agora.
Campanha
O jogo traz uma nova protagonista feminina (como vem acontecendo no universo Star Wars), dessa vez uma imperial chamada Iden Versio. Acompanharemos a personagem ao longo de 30 anos, que provavelmente ligarão o fim da trilogia original (O Retorno de Jedi) até o início da nova (O Despertar da Força). A personagem foi modelada com base na atriz e cantroa Janina Gavankar.
Mapas
Temos alguns mapas confirmados até agora. Eles são:
Endor
Hoth
Kamino
Mos Esley
Takodana
Theed
Starkiller Base
Yavin 4
É interessante ver a adição de mapas como Mos Esley, Yavin 4 e Kamino, que estavam nos jogos originais. É quase certo que a tenologia da DICE vá deixar esses mapas surrealmente lindos.
Heróis
A gama de heróis aqui não somente vai ser bem diversa, mas parece que os produtores não irão recorrer a personagens terciários para fazer adições menos significativas. No Battlefront de 2015, heróis como Dungar e NienNunb foram adições sem sentido de personagens com pouco reconhecimento ou influência no universo Star Wars. A sequência agora trará personagens como Yoda, Darth Maul, Rey, Kylo Ren e Luke Skywalker, todos marcantes e extremamente relevantes na saga.
Jogabilidade
Além de (provavelmente) adicionar mais veículos terrestres, o jogo vai trazer de volta a jogabilidade baseada em classe. O que isso significa? Que ao invés de escolher suas armas, modificadores e um corpo e entrar no campo como um soldado individualizado, o jogador escolherá entre classes fixas de soldados, com um grau de customização que não sabemos ainda até onde irá. Esse sistema se aproxima muito mais do jogo original de 2005.
Star Wars: Battlefront II tem lançamento previsto para 17 de Novembro.
Há dois anos atrás, a parte gamer do fandom de Star Wars estava em ebulição. O reboot do jogo de maior vendagem baseado na série estava prestes a sair para a geração atual de consoles, e parecia lindo.
O jogo saiu no fim de 2015 e, de fato, foi uma das experiências Star Wars mais autênticas além dos filmes; a jogabilidade, porém, decepcionou grande parte dos fãs. Muitos elementos dos originais não foram incluídos, como ambas as eras dos filmes e batalhas espaciais (que foram depois incluídas através de DLC’s, como é típico da EA).
Ontem a noite, o teaser vazado do novo Star Wars Battlefront II pareceu indicar que os produtores escutaram os fãs. Antes que a gente comente mais sobre isso, assiste aqui (ou reassiste) essa lindeza:
Nossa, me emocionei tudo de novo aqui. (pausa pra enxugar lágrimas). Bem, como a gente pode ver, parece que além de batalhas espaciais no material base e todas as TRÊS eras cinematográficas de Star Wars, pelo menos uma campanha vai ser apresentada. Trazendo novamente uma mulher protagonista para o universo Star Wars, Battlefront II retorna às origens com a nova campanha; dessa vez, é a vez do Império de ser representado pela liderança feminina. Não se sabe nada além do que é mostrado no trailer sobre a nova personagem, mas ela parece bem badass.
Bem, agora vamos esperar que a EA também tenha aprendido a não lançar 60% do jogo em DLC. Verdade seja dita, esse jogo é o que o primeiro deveria ter sido… Mas meu guilty pleasure, não minto, vai ser comprá-lo (e passar horas jogando) assim que sair. Mal posso esperar pra realizar minha fantasia de ser a Rey… <3
Star Wars Battlefront: II ainda não tem data de lançamento. Fique ligado no Beco Literário para saber todas as novidades sobre o jogo!
ACHAMOS O HULK! O primeiro trailer de Thor: Ragnarok chegou com tudo, e nele a gente vê rostos novos e alguns bem familiares. Se você ainda não viu, dá uma olhada:
Aparentemente, a viagem do gigante esmeralda acabou com ele capturado e usado como gladiador num tipo de torneio em Asgard. Isso alguns fãs já haviam teorizado, mas aqui vemos Hulk em armadura e pronto para lutar pela primeira vez. Para quem estava na expectativa de um embate entre ele e Thor, isso deixa as expectativas lá em cima!
Sem dúvida, o visual e o tom do filme tão bem diferentes dos filmes anteriores do deus do trovão. Quem assistiu “Guardiões da Galáxia” vai reparar nas semelhanças na estética dos dois filmes. Dá pra perceber que o trailer exala uma vibe retro até na trilha sonora ao som de “Immigrant Song“, do Led Zeppelin; quem curte reparar na parte artística dos filmes vai reparar que o design das naves e das criaturas também tem um quê oitentista. Além disso tudo temos rostos novos: o Grandmaster e Hella, dois personagens já conhecidos dos quadrinhos que entram agora para o universo cinematográfico da Marvel.
O Grandmaster é um vilão do universo Marvel conhecido por organizar torneios onde diversos personagens do universo se enfrentam. Ele já apareceu em HQ’s, animações e videogames, e agora parece que terá um papel importante no torneio mostrado no trailer.
Hella, assim como o próprio Thor, é uma asgardiana que os quadrinhos trouxeram da mitologia nórdica; ambos se enfrentaram diversas vezes nos quadrinhos desde sua primeira primeira aparição em 1964. Ela é a “rainha do inferno”, e na mitologia é também a filha de Loki. Ainda não se sabe se esse último detalhe será adicionado à trama do filme.
Thor: Ragnarok estréia nos cinemas em 2 de Novembro.
Essa é a pergunta que o trailer de “It” (2017) deixou na cabeça dos espectadores. O filme, adaptação do livro de Stephen King lançado em 1986, tem tudo a ver com os medos de cada um: a Coisa, como It é traduzido em português, é uma criatura que pode se mostrar como seu maior medo, mas normalmente aparece na forma do assustador palhaço Pennywise.
Na trama, acompanhamos um grupo de crianças que se veem perseguidas pela misteriosa entidade metamorfa e juntam-se para enfrentá-la.
O livro tornou-se um clássico do terror pouco tempo após ser lançado, com personagens cheios de vida e temas relevantes, além de deixar as gerações futuras com um gostinho de Coulrofobia (medo de palhaços). Quatro anos depois, uma minissérie de TV em dois episódios foi lançada. Muita gente conheceu Pennywise nessa versão, que divide opiniões até hoje. Em setembro desse ano, uma nova adaptação chegará ao cinema numa versão muito mais assustadora. Confira agora uma análise da minissérie original e do trailer do filme (a minha resenha do livro você encontra aqui, e a do Rodrigo Batista aqui) e saiba o que esperar.
It (1990)
A primeira adaptação segue a linha narrativa do livro, que vai e volta nas memórias dos protagonistas. Acompanhamos Bill, Eddie, Richie, Michael, Stan, Bev e Ben como crianças e como adultos, nas décadas de 50 e 90 respectivamente. Mesmo sem utilizar recursos comuns na filmografia atual, como alternar entre temperatura de cores para separar passado e presente (visto em “13 Reasons Why”), as distinções entre passado e presente são claras por mais do que só a mudança de elenco. Toda a cenografia, com carros antigos e figurino adequado, deixa a transição bem natural.
O roteiro adapta várias cenas marcantes do livro, mas ainda assim muita coisa fica de fora. Apesar disso, ainda é possível se apegar aos personagens; Richie Tozier, meu personagem favorito, foi maravilhosamente representado por Seth Green (criança) e Harry Anderson (adulto). Não é o caso, porém, de outros atores do elenco. Muito embora todos tenham histórias comoventes e sejam bastante amáveis, as atuações não são sempre boas. Em geral, as crianças convencem mais em seus papéis do que os adultos, com exceção de Berverlie, que tem Annete O’Toole no papel adulto em um ótimo desempenho.
Os efeitos especiais, mesmo para a época, poderiam ser muito melhores. Filmes como “Star Wars” (1977) ou “De Volta Para o Futuro” (1985) mostram como. Apesar disso, a maquiagem de Pennywise (Tim Curry) transforma o ator e o deixa pronto para qualquer cena. Curry mostra ser um mestre das expressões faciais — o que é essencial, já que elas são o recurso mais utilizado para criar a atmosfera tenebrosa ao redor do personagem.
Em geral, é uma boa adaptação com alguns problemas técnicos. A maior questão é: seja pela produção ser antiga ou por opção do diretor, vários elementos popularizados pelo terror moderno não são utilizados. Jumpscares, antecipação, o silêncio estratégico: nenhum desse elementos está presente. Mesmo assim, o filme consegue passar uma atmosfera tenebrosa, que deixou muita gente com receio de palhaços (e bueiros) por um bom tempo.
It (2017)
Adaptado para uma geração muito mais exigente em termos técnicos, o novo IT parece sombrio. Se você não viu o trailer ainda, dá uma olhada aí embaixo.
MA-CA-BRO. A cena em que Pennywise aparece no projetor, surgindo a partir da mãe de Bill é sinistra, e se o filme tiver esse tom, os fãs estão em boas mãos.
Para essa adaptação, foi decidido reformular a narrativa. A história será dividia em dois filmes; O primeiro contando apenas o primeiro encontro do “Clube dos Perdedores” com a Coisa, e o segundo filme mostrando o seu retorno. A produção vai trazer a história de 50/90 para 80/presente, numa vibe bem “ET” e “Stranger Things”.
Apesar de detalhes estéticos alterados, o mais notório sendo o visual de Pennywise, o escopo maior da adaptação parece satisfatório; algumas formas da Coisa que foram cortadas na minissérie de 1990 retornarão, como “o leproso”. Essa forma é o maior medo de Eddie, que tem uma mãe paranoica com saúde. Uma dúvida é se o filme mostrará a relação das crianças com seus pais; no livro esse é um tema importantíssimo, e a adaptação deixou-o de lado (inclusive fazendo uma adaptação bizarra onde a mãe de Eddie faz o breve papel que, no livro, é de sua esposa).
Importante mencionar que a classificação indicativa foi confirmada como R (+18). Seria difícil contar a história apropriadamente sem isso, e é importante que o filme pegue carona na coragem de filmes como “Logan” (2017), que não se preocupou em segurar a mão para mostrar como o Wolverine realmente é: um reflexo da natureza humana que, apesar de sua violência intrínseca, é capaz de bondade. IT vai mostrar um embate colossal entre a pureza da infância e seus medos mais profundos — e vai fazer isso de um jeito assustador.