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Fernanda Rafaela

Autoria: Mares novos, ares mais novos ainda, por Fernanda Rafaela
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Autoria: Mares novos, ares mais novos ainda, por Fernanda Rafaela

Um belo dia, nos mares que navegamos e nas ondas que nos deixamos levar, a tormenta em nossa vida vai embora e começamos a navegar em um oceano que jamais imaginaríamos estar.

Nos jogamos de um penhasco rumo direto ao mar, e chegando lá embaixo, sentimos a água gelada no rosto invadindo todo o nosso corpo, um leve choque que não parece tão ruim quanto parecia ser outrora, e a brisa que se mistura com a maresia logo quando voltamos para a superfície, toca levemente o rosto nos fazendo lembrar que a vida pode ser leve em alguns momentos.

Nas noites calorosas vivenciamos uma aventura nova, criamos novos sonhos e criamos também expectativas de conhecer pessoas novas para mudar nossos ares, uma vida diferente afinal, mas é para isso que nascemos e não podemos ficar parados em um barco onde nada flui, nada acontece e ficamos esperando ali parados que tudo mude um dia.

Somos feitos de todas as aventuras das quais vivemos ao longo de nossa jornada, de nossas decepções que nos ensinam a corrigir nossos erros muitas vezes, de nossas frustrações, encantos e tudo o que pudermos sentir aqui dentro. Somos feitos disso, daquilo e jamais deixaremos de nos orgulhar de sermos aventureiros excêntricos e inigualáveis nesse mundo.

Pela primeira vez podemos ser nós mesmos, mostrarmos sem rodeios para o que viemos e não termos medo de mais nada, pois o medo já se foi há algum tempo e junto com ele foi-se também toda a tormenta dos mares, aqueles mesmos mares que nos prendiam desde o começo.

Então lemos e relemos essa reflexão dos mares e, alguns vão pensar em relacionamentos, outros em oportunidades da vida e terá também aqueles que pensarão sobre novos acontecimentos que podem enxergar que estão por vir logo ali na frente.

 As aventuras começam, e junto com elas todos os sonhos se realizarão, assim se é esperado! Sonhos então.

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Oportunidades e um dia chuvoso

Em um dia como esse, chuva fraca e todos os guarda-chuvas abertos pela cidade.

Vejo apenas cores, as cores dos guarda-chuvas, varias texturas, amores, oportunidades e odores. Enquanto eu, debaixo do toldo de uma antiga cafeteria da região, continuo aguardando essa chuva passar, me deixo levar e entorpecer pelo aroma inconfundível do café moído na hora, e acabo acompanhando as conversas aleatórias das pessoas que pararam para degustar a sua dose de cafeina diária, seja por puro prazer, em uma reuniao de negocios, em um encontro de velhos amigos, entre outros.

Uma garotinha de guarda-chuva preto rapidamente se junta a mim, me mede timidamente de baixo acima e dispara um sorriso inocente enquanto enxuga as gotas de chuva que a leve brisa lhe espirrara no rosto. Então, ela fecha seu guarda-chuva e espera o mesmo que eu, que essa garoa, a qual molha o asfalto e faz subir um cheiro de vida, de pressa e de cidade grande, passe logo para seguirmos nossos rumos distintos.

Depois de alguns minutos a chuva passa e logo o sol volta entre as nuvens cinzentas que estão no céu hoje.

E então, com o vento frio, meus cabelos voam e meus olhos castanhos se refletem com a luz do sol, a criança que estava ao meu lado corre para a multidão procurando seu rumo que estava a seguir outrora.

E agora, a maioria das pessoas não percebeu o sol pelo simples fato de não ter fechado o guarda-chuva ainda.

Isso me faz refletir sobre quantas oportunidades podemos perder na vida pelo simples fato de que nosso guarda-chuva ainda está aberto, vamos fechar e perceber o quão belo está o céu no aqui e agora? Vamos tentar mudar nosso rumo na vida e perceber que estamos perdendo alguns momentos bons pelo simples fato de estarmos presos a algumas situações ou pessoas ainda, deixando passar as boas oportunidades?