Sam ( Keir Gilchrist) é um jovem autista de 18 anos que está em busca de sua própria independência. Nesta jornada, repleta de desafios, mas que rende algumas risadas, ele e sua família aprendem a lidar com as dificuldades da vida e descobrem que o significado de “ser um pessoa normal” não é tão óbvio assim.
Atypical é uma série de 2017 da Netflix, que tem uma proposta muito legal: falar sobre o autismo. A série mostra a vida de Sam, um jovem que acredita que o autismo o privará de realizar coisas que ele sonha em fazer, seja algo simples como ter uma namorada, ou algo mais complexo como estudar pinguins na Antártica. Ela possui apenas uma temporada, com episódios de cerca de trinta minutos.
Sam tem uma família que não sabe muito bem como lidar com seu problema. Eles o amam e tentam cuidar dele da melhor forma, mas em muitas das vezes o que eles acham melhor não é o que o faz bem.
A mãe, Elsa, é super protetora e tem medo que Sam passe a realmente viver. Ela diz que Sam não é como os outros, e realmente não é, mas diferente do que ela pensa isso não pode impedi-lo de ser feliz. Elsa teme que se algum dia Sam tiver uma namorada, sair de casa, dentre outras coisas, ela não possa mais cuidar do filho.
Doug, pai de Sam, nunca teve uma relação fácil com o filho. Ele tenta se aproximar dele, mas não é fácil. Quando Sam, em sua busca por uma namorada, tem sua primeira decepção, surge uma oportunidade para que eles se aproximem um pouco, e ele dá ao filho o melhor conselho que alguém poderia dar: que ele se case com alguém que o aceite como é, que ame suas esquisitices.
Casey é a irmã de Sam. Ela é uma garota normal, e tem um bom coração. Apesar disso também é difícil para ela entender o irmão, e diferente do pai Casey acha que precisa muda-lo para que alguém goste dele. Ela defende o irmão e não permite que ninguém o machuque, mas em muitas das vezes ela mesma faz isso.
Eu sou esquisito. É o que todo mundo diz. Às vezes eu não sei o que as pessoas querem dizer, e posso me sentir solitário mesmo que tenha gente ao meu lado. E ai eu só fico sentado e mexendo os dedos, o que eu chamo de meu comportamento auto-estimulante, quando eu bato uma caneta num elástico em determinada frequência e penso nas coisas que jamais vou poder fazer como pesquisar pinguins na Antártida ou ter uma namorada.
Uma pessoa com autismo precisa sim de ajuda, mas ajudar não é priva-la de viver, de fazer tudo o que a faz feliz, e é isso que Atypical quer mostrar. Assistir a série transforma os pensamentos sobre o problema, e faz com que enxerguemos de forma completamente diferente a pessoa autista.
A série trás uma história emocionante. Acompanhar a trajetória de Sam e de sua família mostra que o autismo não o torna melhor ou pior. Ele é uma pessoa com qualidades e defeitos como qualquer um, alguém que deseja amar e ser amado, que deseja ser entendido, alguém que não quer que o olhem como uma aberração e eles têm que entender isso.
A minha escola é cheia, barulhenta e tem um cheiro estranho. Mas ela tem uma coisa boa. Tem muitas garotas. Bom, eu acho que toda garota é bonita do seu jeito. Como um floco de neve numa tempestade sazonal na Antártida. Mas elas nem notam minha presença.
Vale à pena conhece a maravilhosa história de Sam. Um garota sincero, sensível e engraçado.
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