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Oscar 2017: Confira os grandes vencedores deste ano

Em uma noite memorável, a 89ª edição do Oscar aconteceu neste domingo (26). Apesar de duas grandes gafes ocorridas durante a premiação (que você pode conferir aqui), a cerimônia foi emocionante e teve grandes momentos.

Após as polêmicas de racismo na edição passada, que geraram a campanha #OscarSoWhite (#OscarMuitoBranco), a Academia mudou seu posicionamento este ano. Foram 20 indicações de artistas negros: o maior recorde da premiação.

La La Land: Cantando Estações era o grande favorito da noite, com 14 indicações, das quais levou 6. Moonlight: Sob a Luz do Luar ficou em segundo lugar com 3 estatuetas. Manchester À Beira-Mar e Até o Último Homem levaram 2 prêmios cada.

Melhor Filme

  • Moonlight: Sob a luz do luar
  • La la land: Cantando estações
  • A chegada
  • Até o último homem
  • Estrelas além do tempo
  • Lion: Uma jornada para casa
  • Um limite entre nós
  • A qualquer custo
  • Manchester à beira-mar

Melhor Diretor

  • Damien Chazelle, La La Land – Cantando Estações
  • Dennis Villeneuve, A Chegada
  • Mel Gibson, Até o Último Homem
  • Barry Jenkins, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Kenneth Lonergan, Manchester À Beira-Mar

Melhor Ator

  • Casey Affleck, Manchester À Beira-Mar
  • Andrew Garfield, Até o Último Homem
  • Viggo Mortensen, Capitão Fantástico
  • Denzel Washington, Um Limite Entre Nós
  • Ryan Gosling, La La Land – Cantando Estações

Melhor Atriz

  • Emma Stone, La La Land – Cantando Estações
  • Isabelle Huppert, Elle
  • Ruth Negga, Loving
  • Natalie Portman, Jackie
  • Meryl Streep, Florence – Quem é Essa Mulher?

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Viola Davis, Um Limite Entre Nós
  • Naomie Harris, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Nicole Kidman, Lion – Uma Jornada Para Casa
  • Octavia Spencer, Estrelas Além do Tempo
  • Michelle Williams, Manchester À Beira-Mar

Melhor Ator Coadjuvante

  • Mahershala Ali, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Jeff Bridges, A Qualquer Custo
  • Lucas Hedges, Manchester à Beira-Mar
  • Michael Shannon, Animais Noturnos
  • Dev Patel, Lion – Uma Jornada Para Casa

Melhor Roteiro Original

  • Kenneth Lonergan, Manchester À Beira-Mar
  • Taylor Sheridan, A Qualquer Custo
  • Damien Chazelle, La La Land – Cantando Estações
  • Yorgos Lanthimos e Efthimis Filippou, The Lobster
  • Mike Mills, 20th Century Women

Melhor Roteiro Adaptado

  • Barry Jenkins, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Eric Heisserer, A Chegada
  • August Wilson, Um Limite Entre Nós
  • Luke Davies, Lion – Uma Jornada Para Casa
  • Allison Schroeder e Theodore Melfi, Estrelas Além do Tempo

Melhor Música Original

  • “City of Stars”, La La Land – Cantando Estações, música de Justin Hurwitz e letra de Benj Pasek e Justin Paul
  • “Audition (The Fools Who Dream)”, La La Land – Cantando Estações, música de Justin Hurwitz e letra de Benj Pasek e Justin Paul
  • “Can’t Stop the Feeling”, Trolls, música e letra de Justin Timberlake, Max Martin e Karl Johan Schuster
  • “The Empty Chair”, Jim: The James Foley Story, música e letra de J. Ralph e Sting
  • “How Far I’ll Go”, Moana, música e letra Lin-Manuel Miranda

Melhor Trilha Sonora

  • Justin Hurwitz, La La Land – Cantando Estações
  • Micha Levi, Jackie
  • Dustin O’Halloran e Hauschka, Lion – Uma Jornada Para Casa
  • Nicholas Britell, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Thomas Newman, Passageiros

Melhor Fotografia

  • Linus Sandgren, La La Land – Cantando Estações
  • Bradford Young, A Chegada
  • James Laxton, Moonlight – Sob a Luz do Luar
  • Rodrigo Prieto, Silence
  • Greig Fraser, Lion – Uma Jornada Para Casa

Melhor Filme Estrangeiro

  • The Salesman (Irã)
  • Land of Mine (Dinamarca)
  • A Man Called Ove (Suécia)
  • Tanna (Austrália)
  • Toni (Alemanha)

Melhor Documentário de Longa-Metragem

  • OJ: Made in America
  • Fire at Sea
  • I Am Not Your Negro
  • Vida, Animada
  • A 13ª Emenda

Melhor Documentário de Curta-Metragem

  • Os Capacetes Brancos
  • Extremis
  • 41 Miles
  • Joe’s Violin
  • Watani: My Homeland

Melhor Curta de Animação

  • Piper
  • Blind Vaysha
  • Borrowed time
  • Pear Cider and Cigarettes
  • Pearl

Melhor Longa de Animação

  • Zootopia
  • Kubo e a Espada Mágica
  • Moana – Um Mar de Aventuras
  • Minha Vida de Abobrinha
  • A Tartaruga Vermelha

Melhor Curta-Metragem

  • Sing
  • Ennemis Intérieurs
  • La femme et le TGV
  • Silent night
  • Timecode

Melhor Figurino

  • Colleen Atwood, Animais Fantásticos e Onde Habitam
  • Joanna Johnston, Aliados
  • Mary Zophres, La La Land – Cantando Estações
  • Madeline Fontaine, Jackie
  • Consolata Boyle, Florence: Quem é Essa Mulher?

Melhor Edição de Som

  • Sylvain Bellemare, A Chegada
  • Renée Tondelli, Horizonte Profundo
  • Robert Mackenzie e Andy Wright, Até o Último Homem
  • Ai-Ling Lee and Mildred Iatrou Morgan, La La Land – Cantando Estações
  • Alan Robert Murray e Bub Asman, Sully: O Herói do Rio Hudson

Melhor Mixagem

  • Kevin O’Connell, Andy Wright, Robert Mackenzie e Peter Grace , Até o Último Homem
  • Bernard Gariépy Strobl e Claude La Haye, A Chegada
  • Andy Nelson, Ai-Ling Lee and Steve A. Morrow, La La Land – Cantando Estações
  • David Parker, Christopher Scarabosio e Stuart Wilson, Rogue One: Uma História Star Wars

Melhor Cabelo e Maquiagem

  • Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson , Esquadrão Suicida
  • Joel Harlow e Richard Alonzo, Star Trek: Sem Fronteiras
  • Eva Bahr e Love Larson, A Man Called Ove

Melhor Edição

  • John Gilbert, Até o Último Homem
  • Joe Walker, A Chegada
  • Jake Roberts, A Qualquer Custo
  • Tom Cross, La La Land – Cantando Estações
  • Nate Sanders e Joi McMillan, Moonlight – Sob a Luz do Luar

Melhor Design de Produção

  • La La Land – Cantando Estações
  • A Chegada
  • Animais Fantásticos e Onde Habitam
  • Ave César!
  • Passageiros

Melhores Efeitos Visuais

  • Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones and Dan Lemmon , Mogli: O Menino Lobo
  • Craig Hammack, Jason Snell, Jason Billington e Burt Dalton, Horizonte Profundo
  • Stephane Ceretti, Richard Bluff, Vincent Cirelli e Paul Corbould, Doutor Estranho
  • Steve Emerson, Oliver Jones, Brian McLean e Brad Schiff, Kubo e a Espada Mágica
  • John Knoll, Mohen Leo, Hal Hickel e Neil Corbould, Rogue One: Uma História Star Wars
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Oscar 2017: as gafes da premiação

A 89ª cerimônia do Oscar foi histórica. Além de algumas surpresas nos vencedores e uma premiação bem dividida que você pode conferir aqui, duas grandes gafes aconteceram.

And the Oscar goes to… La La Light

O maior prêmio da noite – Melhor Filme – foi anunciado pelos atores Faye Dunaway e Warren Beatty. Warren retira o cartão do envelope e hesita em anunciar o vencedor. Olha para os lados, para o público, parece confuso.

Então, Faye que pensava que o ator estava brincando, faz uma piada e anuncia o grande vencedor da noite: La La Land: Cantando Estações.

Depois que a equipe sobe ao palco e começa a discursar o erro é apontado. Na verdade, o vencedor na categoria de melhor filme é… Moonlight: Sob a Luz do Luar.

A confusão aconteceu na entrega dos envelopes. Warren Beatty explicou à plateia que no cartão de anúncio estava escrito: “Emma Stone – La La Land”. Porém, mais tarde Stone, que levou o Oscar de Melhor Atriz, declarou em entrevista que o envelope com o anúncio de seu nome na categoria tinha ficado com ela o tempo todo.

Então, o que aconteceu?

A votação e contagem dos votos é feita por uma empresa, a PricewaterhouseCoopers (PwC). Dois funcionários ficam no palco, cada um com um envelope, e são os únicos a saber os vencedores antes do público.

Portanto, há mesmo dois envelopes com o mesmo anúncio. Um é entregue ao apresentador o outro fica com o funcionário para conferência. A questão agora é como o envelope errado foi parar na mão de Warren Beatty.

Em seu twitter, a PwC assumiu a culpa e pediu sinceras desculpas:

Pedimos sinceras desculpas a Moonlight, La La Land, Warren Beatty, Faye Dunaway e ao público do Oscar pelo erro durante o anúncio de Melhor Filme. Os apresentadores receberam por engano o envelope da categoria errada o que, assim que descoberto, foi imediatamente corrigido. Estamos investigando como isso pode ter acontecido e sentimos muito pelo ocorrido.

In Memoriam… but still alive

Mais uma gafe no Oscar deste ano

Outra grande gafe da cerimônia aconteceu durante a sessão “In Memoriam”. Momento que todo ano anuncia os artistas da indústria cinematográfica que faleceram recentemente.

Na foto acima, pode-se ler o nome de Janet Patterson – figurinista. De fato, a figurinista Patterson faleceu em outubro de 2016, porém a foto que foi mostrada era de Jan Chapman, produtora australiana que ainda está… viva.

As duas já trabalharam juntas em O Piano (1993) e Brilho de uma paixão  (2009), filmes pelo qual Patterson foi indicada ao Oscar. A figurinista foi indicada outras duas vezes por Retratos de uma mulher (1996) e Oscar e Lucinda (1997).

A produtora Jan Chapman declarou à imprensa:

Estou viva, bem e continuo ativa. Eu fiquei devastada com o uso da minha foto no lugar da minha grande amiga e colaboradora de longa data Janet Patterson. Pedi para a agência dela checar qualquer fotografia que pudesse ser usada e soube que a Academia disse a eles que estava tudo certo. Janet foi uma grande beleza, quatro vezes indicada ao Oscar, e é decepcionante que esse erro não tenha sido notado.

Chapman é uma produtora conhecida na Austrália e trabalhou, além dos já citados, em filmes como O último dia em que ficamos juntos (1992), A floresta de Lantana (2001) e Babadook (2014).

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Oscar 2017: Curiosidades sobre os indicados a Melhor Filme

É hoje! A 89ª cerimônia de entrega dos Academy Awards acontece neste domingo (26) em Los Angeles, Califórnia. Apesar do “favoritismo” do grande vencedor do Globo de Ouro deste ano, “La La Land”, estamos todos ansiosos para saber quais serão os grandes premiados desta noite no Oscar 2017.

Então, enquanto a premiação não começa, preparamos uma lista com algumas curiosidades sobre as obras indicadas à categoria de melhor filme. Confira abaixo:

  • A chegada (Denis Villeneuve)

O diretor, Denis Villeneuve, e o roteirista do filme, Eric Heisserer, criaram juntos a linguagem visual usada pelos aliens. A equipe, incluindo o diretor de arte Patrice Vermette, conseguiu criar mais de CEM “logogramas”, de fato funcionais, dos quais setenta e um aparecem no longa.

Os desenhos da linguagem circular foram criados pela artista Martine Bertrand, esposa de Vermette, e o filho do casal criou os desenhos de Hannah (filha da Dra. Louise Banks no filme).

Também trabalharam na criação dos ideogramas Stephen Wolfram, fundador de um software de codificação matemática, e seu filho, Christopher Wolfram. Os dois criaram o método que Louise e Ian iriam analisar os logogramas e perceberam que cada imagem poderia ser dividida em 12 partes, sendo que cada uma delas contribuiria para o significado de sentenças simples ou complexas.

O formato das imagens também adquiriu significado. Um traço mais grosso indicaria urgência; um mais fino, calma; e um pequeno gancho indicaria uma pergunta.

  • Até o último homem (Mel Gibson)

O produtor Hal B. Wallis já tentou várias vezes, na década de 50, comprar a história de Desmond T. Doss e queria que Audie Murphy estrelasse no papel principal. Porém, Doss, ainda vido à época, não vendeu os direitos para as filmagens.

Mais tarde, após a morte de Desmond, os direitos foram vendidos e desde a compra até o início da produção passaram-se 14 anos!

Antes de Mel Gibson ser escolhido como diretor, Randall Wallace, roteirista de Coração Valente (1995), foi cogitado para o cargo. O último filme que Gibson havia dirigido foi Apocalypto, em 2006.

  • A qualquer custo (David Mackenzie)

A frase “Hell or High Water” (do título original) vem da expressão “Come hell or high water“. Em português significa algo como “Faça o que tem que ser feito, não importa as circunstâncias”.

O título também faz referência à “cláusula céu-inferno” em um contrato, que indica que os pagamentos devem continuar, apesar de todas as dificuldades que a parte devedora possa enfrentar.

  • Estrelas além do tempo (Theodore Melfi)

A cena dos banheiros, no filme vivenciada por Katherine Johnson (Taraji P. Henson), aconteceu, na verdade, com Mary Jackson, personagem de Janelle Monáe.

Porém, uma das discriminações reais que Katherine sofreu foi quando exigiram que ela utilizasse um pote de café separado no trabalho. No filme, quando o escritório é mostrado, a marca de café Chock Full o’Nuts pode ser vista em algumas cenas.

Este fato tem importância dentro do contexto, já que em 1957 a Chock Full o’Nuts foi uma das primeiras empresas de Nova York a contratar um negro para o cargo de vice-presidente corporativo.

Outro ponto interessante é que na cena em que Paul Stafford (Jim Parsons) fala com os engenheiros da NASA, um dos atores, na verdade, é Mark Armstrong, filho do astronauta Neil Armstrong.

  • La La Land: Cantando Estações (Damien Chazelle)

O compositor das músicas do filme, Justin Hurwitz, contou que todas as performances no piano foram primeiro gravadas pelo pianista Randy Kerber durante a pré-produção.

Depois, Ryan Gosling (Sebastian) teve aulas de piano duas horas por dia, 6 dias por semana, durante 3 meses, para aprender as músicas de cor. Quando as filmagens começaram, o ator já era capaz de tocar todas as músicas no piano, sem precisar de “dublê de mão”.

E tem mais! O diretor, Damien Chazelle, queria filmar as cenas inspiradas na tradição dos musicais: sem corte ou muita edição. Sendo assim, Gosling teve que tocar as músicas em uma única tomada, sem cortes ou erros. E conseguiu isto logo no primeiro dia de filmagem.

O músico (e também ator)  John Legend, pianista de formação clássica, disse que ficou com “inveja” da rapidez com que Ryan aprendeu a tocar piano tão bem.

Outro fato interessante com relação aos atores: Emma Watson foi cotada para o papel de Mia (interpretada por Emma Stone), porém teve que recusar por conta de conflitos com a agenda do filme A Bela e a Fera (estrelado por Watson).

E agora, o mais curioso: Gosling recusou o papel de “Fera” naquele filme para poder filmar La La Land.

  • Lion: uma jornada para casa (Garth Davis)

Como consequência da obra, uma campanha de ajuda financeira para crianças na Índia foi lançada em parceria com as produtoras do longa. Batizada de #LionHeart, pode-se ler o seguinte texto no site oficial do filme:

“Mais de 80.000 crianças desaparecem na Índia a cada ano. Como parte da campanha #LionHeart, estamos colaborando com organizações extraordinárias que trabalham para proteger crianças na Índia e em todo o mundo. Sua contribuição irá fornecer apoio financeiro para ajudar estas organizações a fazerem ainda mais. Você pode fazer a diferença na vida dessas crianças, assim como Saroo”.

As doações podem ser feitas pela internet 🙂

  • Manchester À Beira-Mar (Kenneth Lonergan)

“Manchester-by-the-sea” é uma cidade real que fica no norte de Massachusetts. A cidade se chamava até 1989 apenas “Manchester”,  porém um morador, Edward Corley, liderou uma campanha para acrescentar formalmente o “by-the-sea”.

Sua petição foi aprovada no mesmo ano e o nome da cidade modificado.

  • Moonlight: sob a luz do luar (Barry Jenkins)

Uma curiosidade dos bastidores é que quando Juan está ensinando Little a nadar, ele está fazendo DE VERDADE. O ator Alex R. Hibbert (Little) não sabia mesmo como nadar e Mahershala Ali  (Juan) acaba o ensinando.

Outro curiosidade com relação aos atores é que as cenas que se estendem durante 15 anos da vida de Paula, personagem de Naomie Harris, foram filmadas em APENAS 3 dias entre a turnê promocional de 007 Contra Specter (2015) da atriz.

O fato aconteceu por conta de um problema com o visto da atriz (ela é Britânica e as gravações ocorreram no sul da Flórida).

Além disso, os atores que interpretaram Chion e Kevin nos diferentes estágios de suas vidas não se conheceram durante as filmagens. Jenkins disse em entrevista que a ideia era que cada um interpretasse sem se deixar influenciar pela atuação dos outros.

  • Um limite entre nós (Denzel Washington)

A peça Fences (também o título original do filme) estreou na Broadway em 1987, ganhando o Tony Awards daquele ano de “Melhor Peça”, “Melhor Ator” (James Earl Jones) e “Melhor Atriz Coadjuvante” (Mary Alice).

Uma nova montagem, em 2010, faturou novamente a premiação, levando o Tony de “Melhor Remontagem”, “Melhor Ator” (Denzel Washington) e “Melhor Atriz” (Viola Davis).

Em entrevista, Denzel disse que após encenar a peça 114 no Teatro Cort em Nova York, dirigir a adaptação se tornou apenas um “reajuste”.

Moonlight
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Críticas de Cinema

Crítica de Cinema: “Moonlight: Sob a Luz da Lua”

Moonlight: Sob a Luz da Lua é considerado um dos favoritos ao Oscar de melhor filme, ao lado de La La Land, além de concorrer em várias outras categorias. O roteiro e a direção são de Barry Jenkins, que fez um trabalho incrível a partir da peça In Moonlight Black Boys Look Blue, de Tarell Alvin McCraney.

O filme é dividido em três partes, cada uma referente a uma fase da vida de Chiron, um menino negro, de aproximadamente 9 anos de idade, que vive com a mãe na periferia de Miami. O garoto nos é apresentado durante uma fuga: sob os gritos de “pega esse viadinho”, ele corre apavorado, conseguindo se esconder em uma casa abandonada. É nessa casa que Little (como é conhecido na época) conhece Juan, um traficante local que o ajuda e, a partir dali, se torna parte de sua vida. Ao lado de Juan, Chiron vive belas cenas. Nem sempre felizes, mas muito significativas para a criança.

Já na segunda parte do filme nos deparamos com um Chiron adolescente, ainda mais retraído e magrelo. Encontramos novamente os garotos que costumavam persegui-lo e vemos agora a violência em relação à ele ainda mais radicalizada: o garoto é perseguido por conta das roupa que usa, por conta da mãe que tem e pelo fato de não transparecer os traços de virilidade típicos do adolescente heterossexual naquele contexto. Afinal, Chiron cresce ao lado de crianças que, como ele, se encontram em situação de abandono, descaso e violência e que se veem obrigadas a reproduzir estereótipos que garantam sua sobrevivência e inserção naquele ambiente. Acontece que nem todos reagem da mesma forma ou se sentem da mesma forma diante da mesma realidade material. Por não reproduzir esse estereótipo é que Chiron encontra ainda mais dificuldades para estabelecer vínculos ou encontrar um lugar onde se sinta acolhido.

O adolescente assiste à degradação da própria mãe, cada vez mais doente e incontrolável. Vive também sua primeira experiência sexual, em uma cena muito sensível e bem feita. E é também nessa fase que o jovem sofre um ataque violentíssimo, do qual sai bastante machucado. A soma de todas essas experiências fazem com que Chiron “finalmente” perca a cabeça. Aqui nos despedimos do adolescente enfurecido para encontrarmos Black.

A terceira e última parte do filme traz as consequência de uma infância e adolescência complicadas, construídas com base no medo, na dúvida e na violência. Chiron não parece o mesmo: é um homem forte, sério, com um belo carro e aparentemente temido e respeitado pelos que o cercam. Muito parecido com Juan, na verdade. Agora atendendo por Black – apelido que traz da adolescência, dando a entender que nem tudo fora deixado para trás -, vemos o jovem ser confrontado pelo passado, e vemos a quantas andam suas antigas relações.

Em Moonlight, palavras são poupadas. O diretor nos dá a oportunidade de preencher as lacunas sozinhos e ao respeitar o silêncio, estimula o público a abandonar a postura contemplativa comum diante da tela. O silêncio de Chiron é violento, e não vazio. Me arrisco a dizer ainda que caso essa violência fosse expressa de forma mais direta, por meio de diálogos, por exemplo, seria menor a qualidade artística e o impacto social do filme.

A história de Chiron, no fim das contas, é a história que todos os dias vemos nos jornais, seja no Brasil ou nos EUA. Dessa vez, no entanto, nos contaram a outra versão. Nesse sentido, o filme oferece a possibilidade de refletir quanto a muitos preconceitos, e ao optar por tratar de temas como a pobreza, a sexualidade, as drogas e o crime pela chave da subjetividade, pode fazer com que os mesmo “cidadãos de bem” defensores de máximas como “bandido bom é bandido morto”, se peguem enxergando o mundo através dos olhos daquele que costuma ser visto como inimigo.

Indicado ao Oscar de:

– Melhor Filme
– Melhor Direção
– Melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali)
– Melhor Atriz Coadjuvante (Naomie Harris)
– Melhor Roteiro Adaptado
– Melhor Trilha Sonora
– Melhor Fotografia
– Melhor Montagem

 

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La La Land leva sete prêmios e faz história no Globo de Ouro

Aconteceu na noite do último domingo (08/01), em Los Angeles, a cerimônia do Globo de Ouro, prêmio organizado pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood. O evento abre a temporada de premiações do cinema americano em 2017.

O grande destaque foi o musical La La Land: Cantando Estações, que venceu todas as sete categorias em que foi indicado – melhor trilha sonora, canção, roteiro (Damien Chazelle), ator (Ryan Gosling), atriz (Emma Stone), direção (Damien Chazelle) e filme de comédia ou musical. Esse número bate o recorde como produção que mais venceu prêmios na história do Globo de Ouro, ultrapassando os clássicos Um Estranho no NinhoO Expresso da Meia-Noite, ambos com seis prêmios cada.

Moonlight: Sob a Luz do Luar ganhou na categoria de melhor filme de drama. Já como série dramática para TV, The Crown conseguiu desbancar fortes candidatos como Game of Thrones e Westworld.

Meryl Streep foi a homenageada da noite, recebendo o prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto da carreira. A cerimônia também foi marcada pelo tributo às atrizes Carrie Fisher e Debbie Reynolds, mãe e filha, que faleceram com apenas um dia de diferença em dezembro de 2016.

Confira a seguir a lista completa dos ganhadores:

 

CINEMA

Melhor Filme – Drama

  • Moonlight: Sob a Luz do Luar

Melhor Filme – Comédia/Musical

  • La La Land: Cantando Estações

Melhor Diretor

  • Damien Chazelle (La La Land: Cantando Estações)

Melhor Ator – Drama

  • Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar)

Melhor Atriz – Drama

  • Isabelle Huppert (Elle)

Melhor Ator – Comédia/Musical

  • Ryan Gosling (La La Land: Cantando Estações)

Melhor Atriz – Comédia/Musical

  • Emma Stone (La La Land: Cantando Estações)

Melhor Ator Coadjuvante

  • Aaron Taylor-Johnson (Animais Noturnos)

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Viola Davis (Fences)

Melhor Filme de Animação

  • Zootopia: Essa Cidade é o Bicho

Melhor Filme Estrangeiro

  • Elle

Melhor Roteiro

  • Damien Chazelle (La La Land: Cantando Estações)

Melhor Trilha Sonora

  • La La Land: Cantando Estações

Melhor Canção Original

  • “City of Stars” (La La Land: Cantando Estações)

 

TELEVISÃO

Melhor Série de TV – Drama

  • The Crown

Melhor Série de TV – Comédia/Musical

  • Atlanta

Melhor Minissérie/Telefilme

  • The People v. O.J. Simpson: American Crime Story

Melhor Ator – Drama

  • Billy Bob Thornton (Goliath)

Melhor Atriz – Drama

  • Claire Foy (The Crown)

Melhor Ator – Comédia/Musical

  • Donald Glover (Atlanta)

Melhor Atriz – Comédia/Musical

  • Tracee Ellis Ross (Black-ish)

Melhor Ator – Minissérie/Telefilme

  • Tom Hiddleston (The Night Manager)

Melhor Atriz – Minissérie/Telefilme

  • Sarah Paulson (The People v. O.J. Simpson: American Crime Story)

Melhor Ator Coadjuvante

  • Hugh Laurie (The Night Manager)

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Olivia Colman (Broadchurch)
indicados
indicados
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Confira a lista de indicados ao Globo de Ouro

Começou a temporada de prêmios do cinema americano! Don Cheadle, Laura Dern e Anna Kendrick anunciaram, diretamente de Los Angeles, os indicados ao Globo de Ouro 2017. A cerimônia será realizada no dia 8 de janeiro e terá Jimmy Fallon como apresentador.

Nas categorias para cinema, o musical La La Land: Cantando Estações lidera com sete indicações, incluindo a de Melhor Filme Musical/Comédia. Entre os dramas, Moonlight foi o mais indicado, concorrendo a seis prêmios.

Nas categorias televisivas, destaque para The People v. O.J. Simpson: American Crime Story, com cinco indicações, incluindo Melhor Minissérie/Telefilme. As produções da HBO, como Veep, Game of Thrones e Westworld, conseguiram somar 14 nomeações. Confira abaixo a lista completa dos indicados:

CINEMA

Melhor Filme – Drama

  • Até o Último Homem
  • A Qualquer Custo
  • Lion: Uma Jornada Para Casa
  • Manchester à Beira-Mar
  • Moonlight

Melhor Filme – Comédia/Musical

  • 20th Century Women
  • Deadpool
  • Florence: Quem é Essa Mulher?
  • La La Land: Cantando Estações
  • Sing Street

Melhor Diretor

  • Damien Chazelle (La La Land: Cantando Estações)
  • Tom Ford (Animais Noturnos)
  • Mel Gibson (Até o Último Homem)
  • Barry Jenkins (Moonlight)
  • Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar)

Melhor Ator – Drama

  • Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar)
  • Joel Edgerton (Loving)
  • Andrew Garfield (Até o Último Homem)
  • Ryan Gosling (La La Land: Cantando Estações)
  • Tom Hanks (Sully: O Herói do Rio Hudson)
  • Denzel Washington (Fences)

Melhor Atriz – Drama

  • Amy Adams (A Chegada)
  • Jessica Chastain (Miss Sloane)
  • Isabelle Huppert (Elle)
  • Ruth Negga (Loving)
  • Natalie Portman (Jackie)

Melhor Ator – Comédia/Musical

  • Colin Farrell (O Lagosta)
  • Ryan Gosling (La La Land: Cantando Estações)
  • Hugh Grant (Florence: Quem é Essa Mulher?)
  • Jonah Hill (Cães de Guerra)
  • Ryan Reynolds (Deadpool)

Melhor Atriz – Comédia/Musical

  • Annette Bening (20th Century Women)
  • Lily Collins (Rules Don’t Apply)
  • Hailee Steinfeld (Quase 18)
  • Emma Stone (La La Land: Cantando Estações)
  • Meryl Streep (Florence: Quem é Essa Mulher?)

Melhor Ator Coadjuvante

  • Mahershala Ali (Moonlight)
  • Dev Patel (Lion: Um Jornada Para Casa)
  • Jeff Bridges (A Qualquer Custo)
  • Simon Helberg (Florence: Quem é Essa Mulher?)
  • Aaron Taylor-Johnson (Animais Noturnos)

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Viola Davis (Fences)
  • Naomie Harris (Moonlight)
  • Nicole Kidman (Lion: Uma Jornada Para Casa)
  • Octavia Spencer (Estrelas Além do Tempo)
  • Michelle Williams (Manchester à Beira-Mar)

Melhor Filme de Animação

  • Kubo e as Cordas Mágicas
  • Moana: Um Mar de Aventuras
  • Ma Vie de Courgette
  • Sing: Quem Canta Seus Males Espanta
  • Zootopia: Essa Cidade é o Bicho

Melhor Filme Estrangeiro

  • Divines
  • Elle
  • Neruda
  • O Apartamento 
  • Toni Erdmann

Melhor Roteiro

  • Damien Chazelle (La La Land: Cantando Estações)
  • Tom Ford (Animais Noturnos)
  • Barry Jenkins (Moonlight)
  • Kenneth Lonergan (Manchester à beira-mar)
  • Taylor Sheridan (A Qualquer Custo)

Melhor Trilha Sonora

  • A Chegada
  • Lion: Uma Jornada Para Casa
  • La La Land: Cantando Estações
  • Moonlight
  • Estrelas Além do Tempo

Melhor Canção Original

  • “Cant Stop The Feeling” (Trolls)
  • “City of Stars” (La La Land: Cantando Estações)
  • “Faith” (Sing: Quem Canta Seus Males Espanta)
  • “Gold” (Ouro e Cobiça)
  • “How Far I’ll Go” (Moana: Um Mar de Aventuras)

 

TELEVISÃO

Melhor Série de TV – Drama

  • The Crown
  • Game of Thrones
  • Stranger Things
  • This Is Us
  • Westworld

Melhor Série de TV – Comédia/Musical

  • Atlanta
  • Black-ish
  • Mozart in the Jungle
  • Transparent
  • Veep

Melhor Minissérie/Telefilme

  • American Crime
  • The Dresser
  • The Night Manager
  • The Night Of
  • The People v. O.J. Simpson: American Crime Story

Melhor Ator – Drama

  • Rami Malek (Mr. Robot)
  • Bob Odenkirk (Better Call Saul)
  • Matthew Rhys (The Americans)
  • Liev Schreiber (Ray Donovan)
  • Billy Bob Thornton (Goliath)

Melhor Atriz – Drama

  • Caitriona Balfe (Outlander)
  • Claire Foy (The Crown)
  • Kerry Russell (The Americans)
  • Winona Ryder (Stranger Things)
  • Evan Rachel Wood (Westworld)

Melhor Ator – Comédia/Musical

  • Anthony Anderson (Black-ish)
  • Gael Garcia Bernal (Mozart in the Jungle)
  • Donald Glover (Atlanta)
  • Nick Nolte (Graves)
  • Jeffrey Tambor (Transparent)

Melhor Atriz – Comédia/Musical

  • Rachel Bloom (Crazy Ex-Girlfriend)
  • Julia Louis-Dreyfus (Veep)
  • Sarah Jessica Parker (Divorce)
  • Issa Rae (Insecure)
  • Tracee Ellis Ross (Black-ish)

Melhor Ator – Minissérie/Telefilme

  • Riz Ahmed (The Night Of)
  • Bryan Cranston (All The Way)
  • Tom Hiddleston (The Night Manager)
  • John Turturro (The Night Of)
  • Courtney B. Vance (The People v. O.J. Simpson: American Crime Story)

Melhor Atriz – Minissérie/Telefilme

  • Felicity Huffman (American Crime)
  • Riley Keough (The Girlfriend Experience)
  • Sarah Paulson (The People v. O.J. Simpson: American Crime Story)
  • Charlotte Rampling (London Spy)
  • Kerry Washington (Confirmation)

Melhor Ator Coadjuvante

  • Sterling K. Brown (The People v. O.J. Simpson: American Crime Story)
  • Hugh Laurie (The Night Manager)
  • John Lithgow (The Crown)
  • Christian Slater (Mr. Robot)
  • John Travolta (The People v. O.J. Simpson: American Crime Story)

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Olivia Colman (Broadchurch)
  • Lena Headey (Game of Thrones)
  • Chrissy Metz (This Is Us)
  • Mandy Moore (This Is Us)
  • Thandie Newton (Westworld)