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Review: How to Get Away with Murder 1×14/15 – Season Finale

Depois de uma semana repleta de chamadas em vídeos extremamente intrigantes para a season finale de How to Get Away with Murder, cujo episódio seria duplo e de quase duas horas de duração, eu estava praticamente subindo pelas paredes para saber o que viria a seguir. E devo adiantar: superou as expectativas.

Contém spoilers fortes!

Na primeira parte, intitulada de The Night Lila Died, vemos pequenos trechos de flashbacks da noite em que Lila foi assassinada misteriosamente, enquanto (graças a Deus!) Annalise retoma ao seu verdadeiro eu, entrando no tribunal para assumir o caso de um padre acusado de um assassinato. Os desafios para a defesa do réu estão bem grandes, uma vez que, este tendo feito seus votos para com a Igreja, não pode fugir de alguns princípios e utilizar a mentira ou a omissão como seus artifícios, e que, coincidentemente, são os preferidos da professora Keating.

Ao mesmo tempo, a dúvida sobre a veracidade das informações que Rebecca contou para o Keating Four (é injusto eu dizer que me sinto imensamente bem ao excluir o Asher?) é posta em xeque, já que existem divergências entre o que eles sabem, o que foi contado à polícia, e o que as evidências apontam. Wes se sente mais confuso que nunca, tendo em vista que seus sentimentos pela garota são fortíssimos, capazes de interferirem em tudo o que ele faz.

Neste episódio, conhecemos também um personagem que era onipresente até então, Rudy Walters, o morador do apartamento de Wes que se mudou há algum tempo, para ser diretamente internado em um hospital psiquiátrico após uma overdose. O fato de fecharem este ponto aberto no piloto e sustentado nos outros episódios, foi um fato bastante interessante em toda a construção do enredo de How to Get Away with Murder, que te surpreende a cada segundo, e que provou não estar aí para jogar histórias paralelas sem explicação ou sentido algum, como acontece em Pretty Little Liars por exemplo, onde inúmeras histórias paralelas são jogadas e jamais são concluídas. É como se os roteiristas já estivessem enrolados em seus próprios fatos. Deixo aqui então, meus parabéns para os escritores que souberam como concluir até mesmo algo que pensávamos não ser tão importante assim para a finalização.

Com um final digno de te deixar roendo as unhas, a primeira parte se encerra com uma ação drástica sobre Rebecca, o que mostra cada vez mais que os estudantes estão permanentemente danificados e confusos, após o assassinato de Sam Keating ter sido posto nas costas de um detetive inocente, Nate Lahey, que agora sofre nas mãos dos outros detentos.

Se eu cheguei a cochilar em algum ponto da primeira parte, na segunda, posso garantir que mal respirei. It’s All My Fault, é chocante! Um pequeno tribunal é formado no escritório de Annalise, para que cada um dos estudantes possam mostrar provas concretas de que Rebecca é culpada, na verdade. Nenhum deles obtém sucesso, o que gera uma ira digna de premiação por parte da professora.

Enquanto isso, vemos pequenos fragmentos das horas que antecederam o assassinato de Lila. Ficamos em dúvida sobre a culpa de Sam nisso tudo, já que Rebecca está novamente com índole duvidosa, e devidamente amarrada pelos estudantes. Isso mesmo, amarrada. Engraçado ver a que ponto uma pessoa pode chegar pelo sentimento de culpa e justiça. A humanidade que este episódio exala é inigualável. E claro, mais uma vez, estou aqui aplaudindo a exclusão de Asher, foi como ver um sonho sendo realizado. Vocês não entendem como eu odeio esse personagem.

Como o julgamento não dá certo, Annie aposta todas as suas fichas em Wes, que deve conversar com Rebecca e ver o que ela tem a dizer. O garoto imaturo, apaixonado, trouxa e emocionalmente danificado, tenta tirar seu corpo do fato, e então é a gota d’água para a advogada de defesa, que fica irada e o manda virar um homem. Meus aplausos mais uma vez, para Anna Mae, que se mostrou para que veio e claro, deixou o Wes menos bobão, porque sinceramente, estava complicado aguentá-lo. Destaque também para a atuação inigualável de Viola fucking Davis.

O final então, gente, o final! O que foi aquilo? Eu confesso que todas as minhas teorias estavam erradas, e que tudo tomou um sentido tão coerente que me deixou boquiaberto com a perfeição do roteiro. Vemos quem realmente matou Lila, e posso dizer que, você não está preparado. Além disso temos a explicação sobre a inocência de Rebecca e Sam, agora, além de finado, inocente. INSANO, define o que foram os minutos finais. Não sei como aguentarei até setembro.

season finale sanou uma série de dúvidas mas também implantou mais um monte delas em nossa cabeça. Agora há spoilers monstruosos sobre o episódio, então se você ainda não viu, mas leu a review até aqui porque é curioso, pare agora mesmo ou estarei estragando tudo. Enfim, algumas perguntas que estão me aterrorizando:

– Quem matou Rebecca? Vemos a garota morta nos últimos dez segundos e um pequeno diálogo entre Frank e Annalise, onde um pensava que era o outro que havia cometido o assassinato, quando na verdade, ambos estavam errados. O fato nos chocou e ainda implantou essa dúvida monstruosa que só saberemos a resposta daqui seis meses. Aposto no Wes ou na Michaela.

– O que é “Eggs 911”? Rebecca mandou uma mensagem com este conteúdo para alguém, enquanto era mantida em cativeiro pelos estudantes. O que isso significa?

– O que Frank devia a Sam? Sabemos que Lila foi morta por Frank a pedido de Sam, que fez uma ligação ao sócio de Annie, dizendo que ele devia algo e deveria pagá-lo. O que era esse saldo devedor?

– Annalise sabe que Frank matou Lila? Tudo me leva a crer que não, mas em se tratando de Annalise Keating, podemos esperar tudo.

– Bonnie sabe que Frank matou Lila? Bonnie diz a Asher que Frank não contaria sobre sua relação a Annalise, uma vez que ela sabe coisas muito piores sobre o amigo. O que seriam essas coisas? Só mais alguns affairs com alunas ou algo realmente mais forte como os assassinatos?

– O que Frank é? Sério, ele é advogado, como Bonnie? Guarda costas de Annalise? O que Frank realmente é? Isso é uma das perguntas que está me deixando mais intrigado no momento.

– O que acontecerá com Bonnie e Asher? Vão assumir o namoro? Continuar na mesma? Como todos irão reagir?

– Asher vai descobrir que seus amigos são assassinos? Eu espero que não, e ainda espero que o matem.

– Por que a promotora resolveu interrogar Asher sobre Annalise? Com cinco estudantes mais próximos dela, porque justamente o senhor Millstone foi o escolhido?

– Quem é o advogado para quem Nate ligou? Annalise indicou um advogado para o caso de Nate, quem é ele? Um amigo dela tão bom quanto?

– Qual será o futuro de Nate? Conseguirá sair da prisão? Reatará o relacionamento com Annie?

– Michaela ficará contra Laurel? Laurel escondeu o anel da colega durante esse tempo todo em que ela pensava tê-lo perdido na floresta no dia do assassinato de Sam. Como ela reagirá diante disso?

– O que Annalise é de Wes? Mãe? Sério, aquele relacionamento não é só professora e aluno. Tem algo a mais acontecendo aí. Aposto que Wes é filho de Annalise. Poderia apostar inclusive, que ele é filho dela com seu tio, que a estuprou na adolescência.

– Se Annie não é mãe de Wes, então o que realmente aconteceu com a sua mãe? Só sabermos que ela morreu não é o suficiente. Tem coisa escondida.

– Quem passou AIDS para Oliver? Será que o namorado de Connor não é tão santinho quanto parece?

Para essas e outras respostas, teremos que esperar até setembro, quando a série estreará sua segunda temporada. Enquanto isso, nos resta tentar sobreviver e rever os episódios antigos atrás de pistas.

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