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5 novos nomes do jazz nacional contemporâneo que você precisa conhecer

O Brasil possui monstros do jazz, isso todo mundo sabe, e o nome Hermeto Pascoal deve vir logo à mente. No entanto, há toda uma produção contemporânea que merece atenção redobrada. Adicionando novas sonoridades ao jazz clássico, as nuances brasileiras se misturam e os resultados são maravilhosos. Ao ouvir o jazz nacional sentimos que ele transparece o que somos: uma mistura. Nosso jazz não é só jazz, é soul, é funk, é hip hop, é bossa nova, é tudo junto pra formar algo singular, assim como nosso povo. Então, para massagear os ouvidos, conheça abaixo 5 nomes do jazz brasileiro contemporâneo:

1. AMARO FREITAS

Pianista e compositor pernambucano, Amaro Freitas já gravou com Hermeto Pascoal, Paulinho da Viola, Wilson das Neves e Roberto Menescal. Em seu mais recente trabalho, o álbum Sangue Negro, o músico inova trazendo uma mistura interessante entre free jazz, samba e frevo. Em entrevista para o Jornal do Commercio, Amaro diz que “às vezes a gente fica preso às formas de melodia e harmonização, mas o som já existe. Essas são apenas as formas esquematizadas de organizar a música – e a música europeia, não é nem a nossa música. O som é muito mais do que isso. O som pode ser ruído, pode ser qualquer coisa que eu possa trabalhar dentro da minha cabeça”, e que a ideia central do álbum foi “trazer elementos da música pernambucana para instrumentos eruditos”.

2- TRIO X

O Trio X, formado pelos graduandos em Música da Unicamp Daniel Moreira, Felipe Ribeiro e Zeca Vieira, apresenta uma música instrumental que atualiza o jazz com muita personalidade. Feather, música composta por Felipe Ribeiro, parece contar uma história através da música, e essa é uma experiência musical das mais importantes: suscitar no ouvinte outras sensações e transportá-lo para outro lugar. É o tipo de música para se ouvir de olhos fechados. No canal do YouTube da banda há mais produções igualmente deliciosas de se ouvir.

3- VALV TRIO

O trio formado por Felipe Julio (Guitarra), Marcelo Borges (Guitarra) e Bruno Hernandes (Bateria), apesar de ainda não possuir um repertório muito grande, mostra que a fusão entre o jazz, o rock e a música eletrônica funciona muito bem. Aguardamos mais músicas do trio!

4- KICK BUCKET

A banda formada por Bruno Kioshi (baldes), Thiago Kim (sax), Levy Santiago (baixo) e El Cid (teclado), traz um formato no mínimo inusitado. Para começo de conversa, Kick Bucket não só chuta baldes, mas apresenta suas batidas com maestria. No balde há jazz, blues, soul, funk, tudo isso apresentado na rua pra todo mundo ver e ouvir. Neste último domingo de dia das mães (14) tive a oportunidade de vê-los se apresentando na Avenida Paulista, e mesmo com o barulho ensurdecedor das pessoas/carros/ônibus ouvi um som que lembra Badbadnotgood, mas com um toque especial brasileiro. A proposta de tocar nas ruas é importantíssima, pois promove a popularização do jazz e aproxima o público dos músicos.

5- ÈKÓ AFROBEAT

O afrobeat vem se mostrar com toda sua pluralidade sonora em ÈKÓ Afrobeat. A banda é formada por Igor Brasil (guitarra), Tibless (voz), Gustavo Boni (baixo), Paulo Kishimoto (Teclado), Eduardo Marques (bateria), Chico Santana (percussão), Natan Oliveira (trompete), Edmar Pereira (sax barítono), Rodrigo Bento (sax tenor) e Evandro Bezerra (trombone). No seu álbum de estreia intitulado Sambou África, toda essa galera adiciona cada um sua especificidade e traz um som diferente misturando o funk, soul, free jazz e ritmos tradicionais iorubá.

Ajude a difundir o jazz nacional, ouça e compartilhe o som dos nossos artistas!