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Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: “Passageiros” (2017)

ATENÇÃO: Contém alguns Spoilers que achei necessários para expressar minha opinião sobre o filme!

Passageiros (Passangers) estreou no Brasil nesse dia 05 e chegou carregado de expectativas já que tem em seu elenco ninguém mais ninguém menos do que a queridinha de Hollywood Jennifer Lawrence e o galã Chris Pratt. Dirigido pelo norueguês Morten Tyldum, o filme se passa no futuro, onde a Terra é o centro da civilização com vários planetas colônias. Há uma empresa especializada em viagens interplanetárias que transporta as pessoas para as colônias, que vão em busca de mais espaço, mais qualidade de vida, um recomeço.

A história começa quando 5 mil pessoas estão indo para um planeta colônia e devem ficar em estado de hibernação durante 120 anos. Uma chuva de meteoros causa uma pane na nave e faz um passageiro acordar 90 anos antes da hora, Jim Preston (Chris Pratt). Ele passa 1 ano tentando voltar a dormir: estuda todo o funcionamento das cabines de hibernação, tenta falar com alguém da Terra e até tenta acordar alguém da tripulação, mas nada funciona. Enlouquecido e embriagado, depois de pensar em se soltar no espaço e morrer, Jim esbarra na cabine de Aurora Lane (Jennifer Lawrence), que vira sua obsessão.

Aurora é uma escritora que, para escrever a maior história de todas, se aventura nessa viagem para passar 1 ano na colônia e voltar para a Terra e conquistar muitos leitores. Preston pesquisa tudo sobre ela, assiste seus vídeos diariamente, lê todos os seus livros e se convence que está apaixonado por ela. Aí entra o dilema do filme: ele deve acordá-la ou não? Depois de muito deliberar consigo mesmo e com o robô barman, sua única companhia na nave, Jim decide por acordá-la, mas é claro que ele não conta para ela, deixando que acredite que seu despertar antes da hora foi um erro como o dele.

Passageiros tenta juntar vários gêneros em um só filme: romance, suspense, ação, ficção científica e até um pouquinho de terror, pois, quando ela descobre a verdade, se vê presa em uma nave até sua morte com seu próprio assassino. O problema é que, com tantos gêneros juntos, nenhum lado da história se mostra forte o bastante para prender a atenção e convencer o expectador.

Depois que Aurora descobre a verdade e se afasta de Jim, eles descobrem que a nave está com problemas mais sérios do que pensavam e se juntam para consertar as coisas e salvar a vida dos outros passageiros que, ao contrário deles, ainda têm chance de chegar até a colônia e realizar seus sonhos de uma nova vida. Como mágica, isso faz com que eles se aproximem novamente até o ponto em que, mesmo podendo voltar a dormir depois que tudo foi resolvido, Aurora escolhe ficar com Jim porque o ama.

Nessa parte, eu cheguei a um impasse muito grande: ele tinha direito de acordar Aurora e condená-la ao mesmo destino que o dele? E, assim sendo, é verossímil que ela o perdoe e abra mão de uma vida toda de realizações tão sonhadas? Alguns vão defendê-lo e dizer que ele estava desesperado e que qualquer um faria a mesma coisa e eu não sou ninguém para julgar o desespero do outro, mas o jeito que foi colocado no filme ficou muito superficial e não convenceu. A própria Aurora diz que ele é um assassino, que tirou a vida dela sem consentimento e, no fim, declara amor eterno.

Li várias críticas que dizem que o filme traz em sua essência a “cultura do estupro”, onde coloca a mulher como o ser inferior que deve aceitar a vontade do homem e sempre perdoá-lo, pois ele é homem e é assim mesmo. Eu não levaria a esse extremo, mas Passageiros tenta nos fazer engolir um romance água com açúcar onde a mocinha vê no homem seu cavaleiro no cavalo branco que tem todas as atitudes justificadas, salva o dia e se redime no final.

Da mesma forma, as cenas de ação tiveram muitos efeitos especiais, mas poucas coisas para serem feitas. A ficção científica que poderia ter sido mais explorada terminou só como um pano de fundo e ficou claro que o romance era o foco das atenções, mas, para um filme com a tão aclamada Jennifer Lawrence, Passageiros merece, no máximo, um horário na Tela Quente da Globo.

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Confira o primeiro trailer de “Internet, O Filme”

Nesta quinta-feira, dia 05, foi divulgado o primeiro trailer oficial do longa “Internet, O Filme” pelo canal do roteirista e ator do filme, Rafinha Bastos. O longa-metragem dirigido por Filippo Capuzzi Lapietra estreará dia 23 de fevereiro em todo o Brasil e traz alguns dos maiores influenciadores digitais do país. O filme se passa no Hotel Renaissence em São Paulo, onde acontecerá um evento que reunirá tais figuras digitais. Nesse evento acontecerão episódios que retratam a vida por trás das câmeras de cada criador. Os digital influencers convidados a participar interpretarão personagens diferentes do que fazem no dia-a-dia e tiveram aulas de preparação para adaptar a linguagem da internet para a do cinema. Confira o teaser lançado em setembro de 2016:

Além dos milhares de youtubers,  “Internet – O Filme” conta com snapchatters como Thaynara OG, apresentadores, como Raul Gil e Palmirinha, cantores como o Mr. Catra e personalidades inusitadas como o cachorro Brioco. Segue a lista do elenco:

Cauê Moura, Polly Marinho, Mauro Nakada, Christian Figueiredo (EU FICO LOKO), Lucas Olioti (T3ddy), PC Siqueira, Victor Meyniel, Gabriel Dantas (Mr Poladoful), Rafael Lange (Cellbit), Gustavo Stockler (nomegusta), Júlio Cocielo (Canal Canalha), Felipe Castanhari (Canal Nostalgia), Igor Cavalari (Igão Underground), Gabi Lopes, Pathy dos Reis, Mauricio Meirelles, Paulinho Serra, Lucas Vinícius (CANAL INUTILISMO), Muca Muriçoca, Thaynara OG, Palmirinha, Mr. Catra, Raul Gil e muito mais.

O trailer, assim como o filme, difere da normalidade e conta com cenas para os milhares de inscritos e seguidores interpretarem livremente até o dia 23 de fevereiro. Confira:

Se não se convenceu de ver “Internet – O Filme”, olha esse vídeo do Victor Meyniel para os leitores do Beco:

 

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: “A Chegada” (2016)

“A chegada” (no inglês, Arrival) estreiou nos Estados Unidos dia 11 de setembro deste ano e chegou ao Brasil dia 24 de novembro. Baseado em Story of your life, de Ted Chiang, e com direção de Denis Villeneuve, o filme foi indicado a vários prêmios, levando o Critics Choice Awards de melhor roteiro adaptado e melhor filme sci-fi/terror. “A chegada” ainda conta com atores de peso como protagonistas: Jeremy Renner e Amy Adams, indicada ao Globo de Ouro como melhor atriz em filme dramático.

A história começa quando 12 naves alienígenas chegam a vários pontos da Terra, mas não pousam, nem fazem nada, só ficam ali. Claro que uma dessas naves está sobre os Estados Unidos e é claro que ela é, imediatamente, cercada pelo exército americano que, de alguma forma, consegue entrar na nave e fazer contato com os alienígenas. Eles gravam os ruídos emitidos pelos ET’s e levam para uma renomada tradutora, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), na esperança de que ela consiga descobrir de onde eles vêm e o que querem.

A Dra. Banks convence que precisa falar pessoalmente com os alienígenas, então, junto com o Dr. Ian Donnelly (Jeremy Renner), especialista em Física, embarca em uma jornada que envolve não somente traduzir uma língua totalmente desconhecida para o inglês, mas também compreender a cultura de um povo de outro planeta e ensinar a nossa, como uma alfabetização. Ela parte do princípio de que, se eles souberem o que é determinada coisa para a gente, vão dizer o que aquilo é para eles e, assim, ela vai criando padrões de equivalência.

O filme aborda questões como o medo do desconhecido e a complexidade da língua, tanto a falada como a escrita. Aborda também questões técnicas da tradução pouco conhecidas por quem não trabalha na área, como a diferença entre traduzir e só trocar uma palavra por outra. Existe equivalência entre as línguas? E, mesmo quando se consegue achar as palavras certas, como saber se elas significam a mesma coisa na língua para a qual se traduziu? Traduzir, então, não seria mais uma questão de significados do que de vocabulário?

Confesso que, quando fui assistir esse filme, minhas expectativas não eram tão altas, afinal, o tema já é bem batido. Alienígenas na Terra, Estados Unidos salvando o dia, etc, etc. Mas me surpreendi. E muito. O enredo não é tão óbvio como eu esperava e conseguiu, em um filme com alienígenas, não dar foco aos alienígenas. Isso foi brilhante! É dramático, intenso, tem uma história interessante e nos prende do início ao fim, além de nos fazer refletir sobre nossas escolhas, nossas vidas, nosso futuro.

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Planeta dos Macacos: A Guerra ganha trailer oficial

A Twentieth Century Fox lançou o primeiro trailer oficial de Planeta dos Macacos: A Guerra. Assista a seguir:

Os primatas liderados por César ofereceram paz, mas os humanos não aceitaram o acordo. Agora eles serão forçados a entrar em guerra contra um exército, liderado por um tirano coronel. O conflito vai colocar os líderes frente a frente, numa batalha que irá determinar o destino das espécies.

O filme é a terceira parte da aclamada franquia reboot, iniciada em Planeta dos Macacos: A Origem e continuada em Planeta dos Macacos: O Confronto.

Os efeitos visuais são deslumbrantes e as cenas de ação de tirar o fôlego. Especialista na técnica de captura de movimentos, Andy Serkis mais uma vez dá vida ao macaco César. Do outro lado temos o vilão Coronel, líder do exército humano, interpretado por Woody Harrelson.

Com direção de Matt Reeves (Cloverfield), Planeta dos Macacos: A Guerra tem estreia marcada para 13 de julho de 2017.

 

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Saiu o primeiro trailer do filme de Christian Figueiredo

“Ninguém chega a lugar nenhum se não for meio loko de vez em quando”. – A avó de Christian

Nesta quinta-feira, dia 01, saiu o primeiro trailer do filme de Christian Figueiredo, “EU FICO LOKO”. O filme retratará a vida do youtuber do canal de mesmo nome do filme durante sua adolescência, lidando com timidez, bullying, escola, relacionamentos e o começo de seu canal na plataforma que faz mais sucesso hoje em dia, o YouTube. O filme ainda terá o próprio youtuber fazendo comentários conforme as cenas. Confira:

O personagem de Christian na adolescência é interpretado por Filipe Bragança e Alice, seu “amor platônico”, por Isabella Moreira. Os dois colaboraram para um vídeo no canal “EU FICO LOKO”, de uma olhada:

Filmes

Assista agora o primeiro trailer de Logan

Foi divulgado hoje o primeiro trailer de “Logan“, o terceiro filme solo da saga do mutante Wolverine. A produção é uma despedida do ator Hugh Jackman do papel principal.

 

O filme estréia dia 3 de março de 2017.

 

Atualizações, Filmes

Vem conferir o primeiro teaser de “Guardiões da galáxia vol.2”

A continuação de “Guardiões da Galáxia” finalmente ganhou o seu primeiro teaser oficial ! O novo filme vai continuar a contar as aventuras e desafios do grupo de heróis que agora está mais unido do que nunca. Além disso, novos heróis conhecidos dos quadrinhos se juntarão ao time. A sequência continuará sendo escrita e dirigida por Jame Gunn.

Dá uma conferida:

“Guardiões da Galáxia vol.2” está com estreia marcada para 27 de abril de 2017.

O Silêncio no Céu
O Silêncio no Céu
Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: O Silêncio do Céu

O som parece ser o objeto de estudo escolhido para explorar os sentidos do telespectador ao assistir “O Silêncio no Céu” frente ao motivo pelo qual 81% das mulheres entrevistadas pelo site Think Olga já deixaram de fazer algo: assédio ou estupro. Embora os efeitos sonoros sejam uma qualidade técnica autêntica do diretor Marco Dutra em seus trabalhos, não houve um momento em que a audição não foi porta-voz para o que possa restar de um ato de violência extrema: torpor.

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O Silêncio do Céu, estrelando Carolina Dieckmann e Leonardo Sbaraglia, estreará dia 22 de setembro em toda a América do Sul e conta a história de Diana (Carolina Dieckmann) que foi estuprada dentro de casa e do marido Mário (Leonardo Sbaraglia) que viu a violência acontecer. Dessa forma, o filme se desenrola acompanhando as reações de Mário frente ao silêncio da mulher. A trama se passa no Uruguai e traz atores de origens distintas, como Paula Cohen, filha de uruguaios nascida no Brasil; Mirella Pascual e Álvaro Armand Ugón, que são uruguaios; Chino Darín e Leonardo Sbaraglia, os dois argentinos; Roberto Suárez, espanhol; e Carolina, que é brasileira.

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De uma introspecção intensa, o filme gira em torno do medo. O medo do estupro. O medo da impotência. O medo da impunidade. E é justamente esse medo que leva o público adiante para saber o resultado da cena que marca o início do filme, levando em conta o psicológico das personagens.

Para a construção de Diana, uma estilista brasileira que se mudou para o Uruguai quando conheceu o marido e, com ele, teve dois filhos, Carolina Dieckmann disse que teve que “dissecar” o texto e criar uma intimidade maior do que havia no roteiro já que teve dificuldade em construir uma personagem que deixa o silêncio tomar conta dela, sem justificar suas ações. Sobre a cena de estupro, Carolina se emociona: “Eu vejo essa cena com alegria. Apesar de [a cena] ser dura, eu tenho muito orgulho dela.”, disse a atriz na coletiva de imprensa sobre o filme.

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Além do som, outra marca deixada por Marco Dutra são os símbolos. Uns estão explícitos pois são lembrados o tempo todo e possuem uma conexão entre os papéis, enquanto outros passam por pouco despercebidos. Da mesma forma, os personagens secundários e os locais escolhidos seguem a justificativa de Marco de tentar aumentar tudo para dar a devida atmosfera à história que é comovente e aterrorizante. Uma das excentricidades usadas por Marco foi o convite à atriz Mirella Pascual, do filme Whisky, para ser a dona do viveiro, que tem um ar místico. O viveiro foi outra escolha do diretor que queria algo maior para a história e teve de trocar a locação original.

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De forma geral, o filme é interessante por explorar o significado do silêncio, dos medos e dos símbolos. O roteiro, adaptado do livro “Era El Cielo”, é bem construído e prende o telespectador de forma intensa para acompanhar o desfecho da trama de Mário. No entanto, embora adaptado para tratar do estupro – já que o livro discute mais a questão de gênero -, o filme falha ao explorar a fundo a situação de violência, que é a cena inicial do longa. A questão pairada é “o que Mário fará em seguida?”, quando, na sociedade vigente, deve-se ouvir o lado da mulher e apostar na educação e no dever do Estado em prover segurança – não necessariamente violência combatendo violência -, e na trama não há nada disso, nem a polícia é acionada. O que acontece pós-estupro fica nas mãos de Mário, acompanhado pela narração do mesmo, e a voz de Diana ocupa por volta de ¼ do filme. Por outro lado, é compreensível a escolha dos roteiristas, produtores e diretor, pois o silêncio não deixa de representar o estado de choque e a incomunicabilidade do casal, como o próprio Marco Dutra expressou na coletiva. Assim, há dois jeitos de analisar o filme, a primeira como a ficção que é, carregando profundas análises do psicológico do protagonistas e personagens secundários acompanhado do torpor e medo que o estupro causa. A outra é por meio da arte como política e, nesse caso, como esse filme de grande repercussão pode mudar a visão de mundo do telespectador.

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Confira um teaser do trailer de Annabelle 2, que está ainda mais assustadora

Se você duvidou que fosse impossível se assustar mais com Annabelle é melhor você se preparar. Foi divulgado hoje um teaser trazendo um pedaço do trailer. Em Annabelle 2, a boneca agora virá  para tirar o sossego de um casal que recebe em sua casa um grupo de órfãs e uma feira.

Dá uma olhada !

Mais alguém nunca mais vai passar na frente de uma loja de brinquedos?
O filme está com a estréia marcada para o dia 19 de maio de 2017.

Resenhas

RESENHA: CORDILHEIRA, DANIEL GALERA

Moderno e contemporâneo, Cordilheira, de Daniel Galera, nos pega por ser um livro extremamente atual, mas deixando algumas particularidades modernas de lado, nos envolvendo como num romance que se passa há 20 ou 30 anos – e não me refiro apenas a ausência de telefones e celulares nos pontos chaves da trama, mas ao fato dos envolvidos estarem muito bem sem eles.

Conta-se a história de Anita, uma escritora de um único sucesso que renega o seu livro e prefere se manter longe da literatura. Em São Paulo, duas de suas melhores amigas tentam se matar – e uma delas consegue – e querendo se manter longe dessa negatividade e querendo dar uma mudança na sua vida, ela aproveita o lançamento tardio de seu livro na Argentina e decide largar tudo, ficando de vez em Buenos Aires. Antes de partir, a moça termina com o namoro de dois anos porque o namorado não tem intenção de ter filhos tão cedo, e essa passa a ser uma necessidade de vida ou morte para a jovem, que sente que se tornar mãe vai dar uma guinada e sentido para sua vida.

Precisamos ser sinceros em certo ponto: não tem como se morrer de amores por Anita enquanto ela está em São Paulo: ela nos é apresentada como fútil, arrogante, mesquinha e até egoísta. Do momento em que ela põe os pés em Buenos Aires, parece que somos apresentados a uma nova mulher: segura, sombria e determinada. Quando conhece o jovem José Holden, um grande fã de seu trabalho, a ex-autora começa a viver a grande aventura pela qual sua vida pedia, e fascinada, passam a morar juntos. O grande foco do livro é que tanto Holden quanto seus amigos estão interessados em Magnólia, personagem principal do romance da autora paulista, e não nela própria, e é neste ponto que este romance bem peculiar começa.

Cordilheira explora o limite da realidade e ficção e nos convida a pensar o que leva um escritor a falar sobre os assuntos que estão em seus livros, onde está o limite da arte com a vida. Terceiro lugar no prêmio Jabuti foi o penúltimo livro de Daniel Galera, anterior a Barba Ensopada de Sangue, e mantém as suas peculiaridades de detalhar bem o cenário em que se contam os fatos narrados, fazendo uma introdução muito bem feita não apenas do ambiente, como dos personagens. Breve, sombrio e bastante envolvente.