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Filmes que mesclam o universo dos Jogos de Videogame

Com base no sucesso do novo filme de Steven Spielberg, Jogador Nº1,  perguntas sobre porquê jogos de videogame não são geralmente bem-sucedidos como em adaptações do cinema voltam a aparecer. Mais do que isso, a expectativa de quem assiste mostra que pode ser tão ou até mais importante do que a qualidade da produção. Adaptações cinematográficas de videogames vem com a mesma bagagem, geralmente trazidas por jogadores que conhecem a história de ponta-cabeça.

No caso de Jogador Nº1, a nova produção do diretor de sucessos como Jurassic Park, E.T. e Tubarão, o enredo é completamente baseado nas regras muito bem conhecidas em diversos jogos de videogame. Tudo na imersão da realidade virtual. Porém, o filme é baseado no livro de mesmo nome do escritor Ernest Cline. Assim, a expectativa fica toda na obra. E, por isso, já é o suficiente para deixar os fãs ansiosos e preocupados com a sua reinterpretação para o cinema – porém, a expectativa não é tão grande quanto a reinterpretação de um verdadeiro jogo de videogame.

Se em livros conhecemos personagens e imaginamos sua aparência, assim como o universo em que vivem, nos videogames nos é apresentado os mesmos nos mais pequenos detalhes. Não somente entendemos suas personalidades, mas também já sabemos até mesmo como andam – algo que na literatura fica somente na imaginação.  Porém, o videogame vai além de tudo isso. Como nós controlamos os personagens, os jogadores se tornam estes. Como, então, o cinema pode competir com isso?

Um dos jogos mais famosos da história é o universo Warcraft, criado pela Blizzard Entertainment. O RTS (sigla para game de estratégia) é tão famoso que conta com mais de 12 milhões de jogadores no mundo e fãs em outras mídias, como livros. Assim, quando o filme Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos estreou em 2016, a expectativa era imensa e rendeu mais de 400 milhões de dólares de bilheteria.

Porém, para um título que é tão conhecido, tal número é pequeno. O longa, como a maioria das produções baseadas em games, não é uma obra completamente cinemática e nem interativa, ficando no meio termo entre cinema e videogame. Assim, quem não conhece o título, sente que falta drama e um enredo mais complexo na produção. Por outro lado, quem conhece o jogo, acredita que o filme não foi fiel ao estilo e aos personagens queridos. Há também aqueles que acreditem que a própria estrutura de Warcraft não é compatível com enredos de cinema.

Isto pode ser verdade. Um dos jogos que foi, no ponto de vista de alguns jogadores, mais bem-sucedidos, foi Silent Hill, e a maior razão para isto foi que o jogo não somente tem esta estrutura dramática mais compatível com o cinema, mas também o fato de que o longa se manteve fiel à narrativa do game. Porém, isto não foi o suficiente para que o filme fosse muito além do puúlico que já conhecia o título, não agradando a maioria dos espectadores, especialmente a crítica. Como Silent Hill não é tão famoso como Warcraft, também não conseguiu um grande feito na bilheteria.

Porém, isto nos dá uma ideia do que é preciso para que um jogo de videogame seja potencialmente bem-sucedido – o título precisa ser compatível com a estrutura dramática do cinema de maneira natural, o jogo precisa ter um grande numero de fãs e, finalmente, a produção precisa ser fiel à obra. Se não, é mais seguro produzir longas como Detona Ralph ou Jogador Nº1, que têm o viés de um videogame sem ser um.

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*Texto escrito por Daniel Bydlowski. Cineasta brasileiro e artista de realidade virtual com Masters of Fine Arts pela University of Southern California e doutorando na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos, é membro do Directors Guild of America. Trabalhou ao lado de grandes nomes da indústria cinematográfica como Mark Jonathan Harris e Marsha Kinder em projetos com temas sociais importantes. Seu filme NanoEden, primeiro longa em realidade virtual em 3D, estreia em breve.
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Crítica: Uma dobra no tempo (2018)

Uma dobra no tempo é o novo lançamento da Disney que o Beco foi assistir hoje em uma exclusiva para a imprensa e traz tudo para vocês. O filme é uma aposta infanto-juvenil com público alvo para crianças de 8 a 12 anos e tem como focos a autoaceitação, o amor próprio, a esperança e os laços de amor entre a família e os amigos.

Meg Murry (Storm Reid) é a filha de dois cientistas brilhantes que buscam provar que é possível viajar milhões de anos-luz só com o poder da mente. É o que eles chamam de tesseract. Imaginem: você só precisa encontrar a frequência certa e pronto! Estará em outro planeta em questão de segundos. Qualquer lugar, não há limites! O problema é que nem todos acreditaram neles, então, o Dr. Murry (Chris Pine) teve que tirar a prova por si só, e ele conseguiu. Mas se perdeu pelo Universo, deixando sua família abandonada e sem notícias durante 4 anos.

Nesses 4 anos, Meg se tornou uma menina hostil, desconfiada, sem amigos e vítima de bullying na escola. A típica adolescente complicada e problemática. Seu irmão adotivo que era só um bebê quando seu pai sumiu, Charles Wallace (Deric McCabe), é visto como um doido esquisitão por ser inteligente demais. A certeza de que seu pai nunca mais irá voltar fica cada vez mais concreta, até que três mulheres bem esquisitas cruzam a vida de Meg e Charles, reacendendo a esperança em seus corações.

Essas mulheres nada mais são do que Sra. Quem (Mindy Kaling), Sra. Qual (Oprah Winfrey) e Sra. Queé (Reese Whitherspoon), as guardiãs do bem do Universo que trabalham em um exército que busca ajudar a todos, seja em auxílio ou resgate, como é o caso do pai de Meg. Elas receberam um chamado do Dr. Murry e, junto com Charles Wallace, Meg e Calvin (Levi Miller), um colega de classe de Meg por quem ela tem um leve crush, buscam por ele através dos vários planetas nos quais passou, seguindo suas pistas.

 

Como é esperado de um filme com público alvo infantil, a trilha sonora não é muito rica, mas os efeitos especiais são excelentes. Muitas cores, seres fantásticos e cenários surpreendentes podem ser esperados. Além de muita ação, artifício típico para prender a atenção das crianças. Também não é um filme muito longo e a história se desenvolve rápido de forma simples e eficaz, com diálogos curtos e poucos personagens, o que é muito comum no seguimento.

A primeira coisa que chama a atenção em Uma dobra no tempo é a mensagem. Tendo em vista o público alvo e o alto índice de bullying nas escolas, fica claro o objetivo do filme de valorizar as diferenças, a autoaceitação e o valor de cada um com seus defeitos e qualidades. A protagonista é uma menina negra com cabelos cacheados e óculos e não se acha muito bonita, além de sofrer bullying de outras meninas da escola, meninas estas que são brancas, magras e tem cabelo liso. Ela ainda se acha estranha e desajeitada, tendo até dificuldade em “tesserar” porque não gosta de si, o que faz a Sra. Qual comentar que até parece que ela quer reaparecer como outra pessoa.

Ao longo do filme, vemos Meg lidar com suas inseguranças, principalmente a dificuldade em confiar. Vemos ela acolher seus defeitos como parte de si, além de reconhecer suas inúmeras qualidades, principalmente sua habilidade com a física e a matemática. Com isso, ela descobre que é a junção destes que a faz ser quem é e que foi preciso milhares de combinações do Universo ao longo de vários milênios para que ela fosse gerada exatamente desse jeito, o que a torna algo extremamente especial.

Temos também o poder feminino da história. O livro que originou o filme é o primeiro da série Uma dobra no tempo escrita por Madeleine L’Engle, a direção é de Ava DuVernay e o elenco é predominantemente feminino. Coincidência? Eu acho que não. Não podemos esquecer que temos no elenco ninguém mais, ninguém menos do que Oprah Winfrey e Reese Whitherspoon, reconhecidas ativistas pelos direitos humanos, igualdade social e racial e defesa das mulheres. É notório que o filme tem o objetivo muito maior do que ser uma história de fantasia para crianças, pois há também um caráter humanitário e até ativista convocando as crianças a serem guerreiros pelo Bem, atuando em suas escolas e comunidades como uma luz que dissipa as trevas.

Outra coisa interessante no filme é uma protagonista negra sem o enfoque da história ser esse. Em era de Pantera Negra, vemos como aflorou nas pessoas a luta por representatividade e eu achei algo magnífico a representatividade apresentada nesse filme. Não só pela protagonista, mas pela família interracial, o irmão adotivo, o crush branco de olhos azuis, a bully asiática e por aí vai. Isso também é visto nas três entidades ajudantes representadas na forma humana como três mulheres totalmente diferentes entre si. Criar uma identificação com as crianças fará não só elas conseguirem se ver em um ator ou uma atriz em um filme, mas se relacionarem com a história e as situações apresentadas ali, conseguindo entender melhor a mensagem que é passada: você é a junção perfeita de qualidades e defeitos que te fazem um ser único e especial e, enquanto tiver amor e esperança, sempre haverá uma solução. Basta ser corajoso e nunca deixar de lutar pelo o que acredita.

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“A Forma da Água” é o grande vencedor do Oscar 2018

Confirmando seu favoritismo, A Forma da Água foi o grande destaque da 90ª edição do Oscar, que aconteceu na noite do último domingo (04), diretamente de Los Angeles. A fábula de Guillermo Del Toro venceu em quatro categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. Faye Dunaway e Warren Beatty subiram novamente ao palco para anunciar a principal categoria, dessa vez sem nenhum plow twist, como na cerimônia do ano passado.

Equipe de "A Forma da Água"

Equipe de “A Forma da Água” (Foto: Getty Images)

Nas categorias de atuação, os favoritos também levaram seus prêmios: Gary Oldman levou o prêmio de Melhor Ator por sua performance impecável em O Destino de Uma Nação (filme que também faturou Melhor Maquiagem e Penteado, com louvor), Frances McDormand venceu a categoria de Melhor Atriz por Três Anúncios Para Um Crime, e fez um discurso belíssimo, pedindo maior representatividade das mulheres na indústria cinematográfica.

Também por sua atuação em Três Anúncios Para Um Crime, Sam Rockwell ganhou o prêmio de Ator Coadjuvante, e Allison Janney venceu na categoria de Atriz Coadjuvante por seu papel em Eu, Tonya.

Frances McDormand (Foto: Getty Images)

Da esquerda para a direita: Sam Rockwell, Frances McDormand, Allison Janney e Gary Oldman (Foto: Getty Images)

O Oscar de Melhor Animação foi para Viva: A Vida é Uma Festa, que também levou o prêmio de canção original por Remember Me. O filme chileno Uma Mulher Fantástica ganhou a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro, fazendo história por ser o primeiro filme com protagonista transexual a ser premiado.

James Ivory, com 89 anos, venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por Me Chame Pelo Seu Nome, se tornando o vencedor mais velho a ganhar uma estatueta. O prêmio de Melhor Roteiro Original foi para Jordan Peele, por Corra!, sendo o primeiro negro a ganhar nessa categoria.

Confira a seguir a lista completa dos vencedores.

FILME
  • A Forma da Água
DIRETOR
  • Guillermo Del Toro (A Forma da Água)
ATRIZ
  • Frances McDormand (Três Anúncios Para Um Crime)
ATOR
  • Gary Oldman (O Destino de Uma Nação)
ROTEIRO ORIGINAL
  • Corra!
ROTEIRO ADAPTADO
  • Me Chame Pelo Seu Nome
ANIMAÇÃO
  • Viva: A Vida é Uma Festa
CANÇÃO ORIGINAL
  • “Remember Me” (Viva: A Vida é Uma Festa)
DOCUMENTÁRIO
  • Icarus
DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
  • Heaven is a Traffic Jam on the 405
FILME ESTRANGEIRO
  • Uma Mulher Fantástica (Chile)
ATOR COADJUVANTE
  • Sam Rockwell (Três Anúncios Para Um Crime)
ATRIZ COADJUVANTE
  • Allison Janney (Eu, Tonya)
MAQUIAGEM E PENTEADO
  • O Destino de Uma Nação
MONTAGEM
  • Dunkirk
EFEITOS VISUAIS
  • Blade Runner 2049
TRILHA SONORA
  • A Forma da Água
CURTA-METRAGEM
  • The Silent Child
ANIMAÇÃO EM CURTA-METRAGEM
  • Dear Basketball
MIXAGEM DE SOM
  • Dunkirk
EDIÇÃO DE SOM
  • Dunkirk
FIGURINO
  • Trama Fantasma
FOTOGRAFIA
  • Blade Runner 2049
DIREÇÃO DE ARTE
  • A Forma da Água
Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Sem Amor (2017)

Representante russo na categoria de melhor filme estrangeiro do Oscar em 2018, Sem Amor (Loveless, 2017) é um retrato brutal sobre o desafeto. Zhenya (Maryana Spivak) e Boris (Aleksey Rozin) estão passando por um conturbado processo de divórcio. O casal tem um filho de 12 anos, Alyosha (Matvey Novikov), que sofre com o distanciamento dos pais. Enquanto buscam prosseguir com suas vidas, Zhenya e Boris não chegam a um acordo sobre o que fazer com o pequeno Alyosha. Nenhum dos dois quer ficar com o filho. Depois de testemunhar uma das brigas mais pesadas do casal, o garoto decide fugir de casa, sem deixar rastro.

Com uma atmosfera fria e densa, Sem Amor tece uma crítica certeira ao mundo cada vez mais submerso no virtual e nas aparências. Zhenya é uma mulher amargurada, frustrada com o rumo que sua vida tomou. Porém, mesmo com todo o caos, ela não deixa de postar fotos e selfies nas redes sociais, emulando uma felicidade que não existe. Enquanto isso, Boris teme perder seu emprego, pois trabalha numa empresa cujo dono, religioso, não aceita funcionários divorciados. Os dois já estão envolvidos em seus novos relacionamentos: Zhenya com um rico empresário e Boris com uma jovem que já está grávida. Com tudo isso acontecendo, sobra pouco tempo e afeto para o jovem Alyosha, tanto que ambos demoram a perceber o sumiço do garoto.

(Divulgação: Sony Pictures)

(Divulgação: Sony Pictures)

Durante o processo de busca do menino, o diretor Andrey Zvyagintsev (Leviatã, 2014) revela as diversas camadas do desamor presentes no filme. Quando os pais são interrogados pela ONG que busca crianças desaparecidas, fica explícito o descaso deles em relação ao próprio filho, principalmente do lado materno. Aliás, Zhanya é a personagem mais complexa nessa história toda. Em determinado momento ela é confrontada pela própria mãe, e é nesse duro diálogo que fica evidente a natureza de tanta amargura.

Mas o filme não é complacente com seus personagens. O clima de tensão e angústia é crescente durante todo o processo de busca do garoto desaparecido. A fotografia de cores frias e a narrativa de longos planos realçam ainda mais a melancolia sufocante daquelas pessoas. Até mesmo as cenas de sexo são mecânicas, vazias de sentimento, sombrias.

Sem Amor é um filme angustiante, repulsivo e, justamente por tais características, muito bem sucedido e eficiente em sua proposta de incomodar. Uma experiência brutal, mas necessária e inesquecível.

Atualizações, Filmes

“A Forma da Água” lidera indicações ao Oscar 2018

Na manhã desta terça-feira (23), diretamente de Los Angeles, os atores Andy Serkis e Tiffany Haddish anunciaram os indicados ao Oscar 2018.

O suspense de fantasia, A Forma da Água, foi o grande destaque entre os indicados. O filme de Guillermo Del Toro concorre em treze categorias – incluindo melhor filme e melhor diretor. Em seguida estão o suspense de guerra Dunkirk, com oito indicações, e o policial Três Anúncios Para Um Crime, com sete.

O Destino de Uma Nação e Trama Fantasma foram as surpresas dessa edição. Cada um concorre a seis prêmios, incluindo melhor filme.

E temos brasileiros na disputa: o produtor Rodrigo Teixeira (A Bruxa) concorre por Me Chame Pelo Seu Nome e o diretor Carlos Saldanha (Rio) disputa o prêmio de melhor animação com O Touro Ferdinando.

A 90ª edição do Oscar acontece em 4 de março, com apresentação de Jimmy Kimmel. Confira a seguir a lista completa dos indicados.

MELHOR FILME
  • Me Chame Pelo Seu Nome
  • O Destino de Uma Nação
  • Dunkirk
  • Corra!
  • Lady Bird: A Hora de Voar
  • Trama Fantasma
  • The Post: A Guerra Secreta
  • A Forma da Água
  • Três Anúncios Para Um Crime
MELHOR DIRETOR
  • Christopher Nolan (Dunkirk)
  • Jordan Peele (Corra!)
  • Greta Gerwig (Lady Bird: A Hora de Voar)
  • Paul Thomas Anderson (Trama Fantasma)
  • Guillermo Del Toro (A Forma da Água)
MELHOR ATOR
  • Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome)
  • Daniel Day Lewis (Trama Fantasma)
  • Daniel Kaluuya (Corra!)
  • Gary Oldman (O Destino de uma Nação)
  • Denzel Washington (Roman J. Israel, Esq.)
MELHOR ATRIZ
  • Sally Hawkins (Eu, Tonya)
  • Frances McDormand (Três Anúncios Para Um Crime)
  • Margot Robbie (Eu, Tonya)
  • Saoirse Ronan (Lady Bird: A Hora de Voar)
  • Meryl Streep (The Post: A Guerra Secreta)
MELHOR ATOR COADJUVANTE
  • Willem Dafoe (Projeto Flórida)
  • Woody Harrelson (Três Anúncios Para Um Crime)
  • Richard Jenkins (A Forma da Água)
  • Christopher Plummer (Todo o Dinheiro do Mundo)
  • Sam Rockwell (Três Anúncios Para Um Crime)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
  • Mary J. Blige (Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi)
  • Allison Janney (Eu, Tonya)
  • Lesley Manville (Trama Fantasma)
  • Laurie Metcalf (Lady Bird: A Hora de Voar)
  • Octavia Spencer (A Forma da Água)
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
  • Doentes de Amor
  • Corra!
  • Lady Bird: A Hora de Voar
  • A Forma da Água
  • Três Anúncios Para Um Crime
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
  • Me Chame Pelo Seu Nome
  • Artista do Desastre
  • Logan
  • A Grande Jogada
  • Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi
MELHOR ANIMAÇÃO
  • O Poderoso Chefinho
  • The Breadwinner
  • Viva: A Vida é Uma Festa
  • O Touro Ferdinando
  • Com Amor, Van Gogh
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
  • Dear Basketball
  • Garden Party
  • Lou
  • Negative Space
  • Revolting Rhymes
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
  • Uma Mulher Fantástica (Chile)
  • O Insulto (Líbano)
  • Sem Amor (Rússia)
  • The Square: A Arte da Discórdia (Suécia)
  • Corpo e Alma (Hungria)
MELHOR DOCUMENTÁRIO
  • Abacus: Pequeno o Bastante Para Condenar
  • Faces Places
  • Ícaro
  • Últimos Homens em Aleppo
  • Strong Island
MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
  • Edith+Eddie
  • Heaven is a Traffic Jam on the 405
  • Heroin(e)
  • Kayayo: The Living Shopping Baskets
  • Knife Skills
  • Traffic Stop
MELHOR CURTA-METRAGEM
  • DeKalb Elementary
  • The Eleven O’Clock
  • My Nephew Emmett
  • The Silent Child
  • Watu Wote/All of Us
MELHOR TRILHA SONORA
  • Dunkirk
  • Trama Fantasma
  • A Forma da Água
  • Star Wars: Os Últimos Jedi
  • Três Anúncios Para Um Crime
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
  • “Mighty River” (Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi)
  • “Mistery of Love” (Me Chame Pelo Seu Nome)
  • “Remember Me” (Viva: A Vida é Uma Festa)
  • “Stand Up For Something” (Marshall)
  • “This Is Me” (O Rei do Show)
MELHOR MONTAGEM
  • Em Ritmo de Fuga
  • Dunkirk
  • Eu, Tonya
  • A Forma da Água
  • Três Anúncios Para Um Crime
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
  • A Bela e a Fera
  • Blade Runner 2049
  • O Destino de Uma Nação
  • Dunkirk
  • A Forma da Água
MELHORES EFEITOS VISUAIS
  • Blade Runner 2049
  • Guardiões da Galáxia Vol. 2
  • Kong: A Ilha da Caveira
  • Star Wars: Os Últimos Jedi
  • Planeta dos Macacos: A Guerra
MELHOR FOTOGRAFIA
  • Blade Runner 2049
  • O Destino de Uma Nação
  • Dunkirk
  • Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi
  • A Forma da Água
MELHOR FIGURINO
  • A Bela e a Fera
  • O Destino de Uma Nação
  • Trama Fantasma
  • A Forma da Água
  • Victoria & Abdul: O Confidente da Rainha
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
  • O Destino de Uma Nação
  • Victoria & Abdul: O Confidente da Rainha
  • Extraordinário
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
  • Em Ritmo de Fuga
  • Blade Runner 2049
  • Dunkirk
  • A Forma da Água
  • Star Wars: Os Últimos Jedi
MELHOR MIXAGEM DE SOM
  • Em Ritmo de Fuga
  • Blade Runner 2049
  • Dunkirk
  • A Forma da Água
  • Star Wars: Os Últimos Jedi
Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Me Chame Pelo Seu Nome (2017)

Estrelado por Timothée Chalamet e Armie Hammer, Me Chame Pelo Seu Nome (Call Me By Your Name, 2017) é um filme que versa sobra a autodescoberta durante a adolescência. Uma fase da vida que não tem como escapar. E durante esses anos de experimentação, descobrimos nosso corpo, descobrimos o que é desejo e descobrimos o que é amor.

Elio (Timothée Chalamet) é um garoto que vive numa casa de verão, em algum lugar ao norte da Itália. Durante a estação, seu pai costuma receber um acadêmico novo a cada ano para ajudá-lo em pesquisas. O ano é 1983 e o visitante é o americano Oliver (Armie Hammer). Aos poucos, a convivência vai aproximando os dois rapazes, e uma paixão vai surgindo.

Divulgação/Sony Pictures

Resumir Me Chame Pelo Seu Nome apenas como um filme de temática LGBT seria injusto. O longa de Luca Guadagnino (A Bigger Splash, 2015), inspirado no livro de André Aciman, retrata com sensibilidade e leveza o despertar do amor e do desejo, sob a perspectiva de um adolescente.

Nada é gratuito no desenrolar dessa relação. Conforme vão se conhecendo, Elio demonstra a vontade de experimentar, de viver aquele sentimento que desabrocha dentro dele, mesmo com a incerteza de estar sendo correspondido. Enquanto isso, Oliver, que apesar de ser um sujeito cativante, demonstra uma certa arrogância, um ar de superioridade, vai se desarmando conforme a confiança entre os dois vai sendo construída.

Divulgação/Sony Pictures

O roteiro escrito por James Ivory desenvolve a história com sensibilidade, num crescendo que, à primeira vista pode parecer um pouco enfadonho, mas que evidencia de forma apurada a hesitação de Elio entre a incerteza e o desejo. A paixão fugaz e intensa dos dois rapazes é retratada da melhor maneira “sexy sem ser vulgar”. E toda essa sutileza do roteiro é associada à belíssima cinematografia e cenários deslumbrantes. É poesia pura.

Me Chame Pelo Seu Nome é o perfeito retrato da primeira paixão, do amor de verão. Intenso, efêmero, mas que, de uma forma ou de outra, acaba sendo marcante. Seja pelo aprendizado, seja pela descoberta. O importante é viver intensamente e aproveitar cada segundo, mesmo que a felicidade seja finita.

Atualizações, Filmes

“Três Anúncios Para Um Crime” e “Big Little Lies” são os destaques do Globo de Ouro

A 75ª edição do Globo de Ouro, que aconteceu neste domingo (7), foi marcada por discursos calorosos e protestos contra o assédio sexual. Das alfinetadas do apresentador, Seth Meyers, até as atrizes trajando preto, tudo remetia ao escândalo que tomou conta da indústria cinematográfica no último ano, após a onda de denúncias de abuso em Hollywood.

A homenageada da noite, Oprah Winfrey, fez um discurso emocionante sobre a força da mulher, assédio e racismo, ao receber o prêmio Cecil B. DeMille por sua contribuição ao mundo do entretenimento. Em sua fala, Oprah criticou a “cultura corrompida por homens brutalmente poderosos”. “Por muito tempo as mulheres não foram ouvidas e foram desacreditadas quando ousaram falar a verdade para os homens. Mas esse tempo acabou”, disse a apresentadora sob forte aplauso dos colegas presentes na cerimônia.

Oprah Winfrey (Foto: Paul Drinkwater/NBC/Reuters)

Contrariando boa parte das expectativas, Três Anúncios Para Um Crime foi um dos destaques da noite, vencendo quatro prêmios – melhor filme dramático, atriz dramática (Frances McDormand), ator coadjuvante (Sam Rockwell) e roteiro. Considerado favorito, indicado em sete categorias, A Forma da Água terminou a noite com dois prêmios – diretor para Guillermo Del Toro e trilha sonora. Nas categorias para musical ou comédia, Lady Bird: A Hora de Voar levou as estatuetas de melhor filme e atriz (Saoirse Ronan).

O destaque nos prêmios televisivos foi Big Little Lies, que levou quatro prêmios – melhor minissérie, atriz (Nicole Kidman), ator coadjuvante (Alexander Skarsgard) e atriz coadjuvante (Laura Dern). Na categoria de melhor série dramática, The Handmaid’s Tale conseguiu desbancar The Crown e Game of Thrones – e também levou o prêmio de atriz de drama (Elisabeth Moss).

Confira a seguir a lista completa dos vencedores.

Elenco e equipe de “Três Anúncios Para Um Crime” (Foto: Paul Drinkwater/Courtesy of NBC/Handout via REUTERS)

Atrizes da série “Big Little Lies” (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP)

CINEMA

Melhor Filme – Drama
  • Três Anúncios Para Um Crime
Melhor Filme – Comédia ou Musical
  • Lady Bird: A Hora de Voar
Melhor Diretor
  • Guillermo Del Toro (A Forma da Água)
Melhor Ator – Drama
  • Gary Oldman (O Destino de uma Nação)
Melhor Atriz – Drama
  • Frances McDormand (Três Anúncios Para Um Crime)
Melhor Ator – Comédia/Musical
  • James Franco (Artista do Desastre)
Melhor Atriz – Comédia/Musical
  • Saoirse Ronan (Lady Bird: A Hora de Voar)
Melhor Ator Coadjuvante
  • Sam Rockwell (Três Anúncios Para Um Crime)
Melhor Atriz Coadjuvante
  • Allison Janney (Eu, Tonya)
Melhor Filme de Animação
  • Viva: A Vida é Uma Festa
Melhor Filme Estrangeiro
  • Em Pedaços (Alemanha)
Melhor Roteiro
  • Martin McDonaugh (Três Anúncios Para Um Crime)
Melhor Trilha Sonora
  • A Forma da Água
Melhor Canção Original
  • “This Is Me” (O Rei do Show)

 

TELEVISÃO

Melhor Série de TV – Drama
  • The Handmaid’s Tale
Melhor Série de TV – Comédia/Musical
  • The Marvelous Mrs. Maisel
Melhor Minissérie/Telefilme
  • Big Little Lies
Melhor Ator – Drama
  • Sterling K. Brown (This Is Us)
Melhor Atriz – Drama
  • Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale)
Melhor Ator – Comédia/Musical
  • Aziz Ansari (Master of None)
Melhor Atriz – Comédia/Musical
  • Rachel Brosnahan (The Marvelous Mrs. Maisel)
Melhor Ator – Minissérie/Telefilme
  • Ewan McGregor (Fargo)
Melhor Atriz – Minissérie/Telefilme
  • Nicole Kidman (Big Little Lies)
Melhor Ator Coadjuvante
  • Alexander Skarsgard (Big Little Lies)
Melhor Atriz Coadjuvante
  • Laura Dern (Big Little Lies)
Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Viva: A Vida é Uma Festa (2017)

Primeiramente, é inevitável não comparar Viva: A Vida é Uma Festa (Coco, 2017) com Festa no Céu (The Book of Life, 2014). Ambos partem do mesmo princípio, o feriado mexicano do Dia de Los Muertos, com protagonistas que correm atrás dos seus sonhos. E ambos são ótimos. Porém a nova animação da Disney/Pixar consegue encontrar sua própria identidade, e o resultado é simplesmente o melhor filme do estúdio desde Divertida Mente (Inside Out, 2015).

Miguel é um garoto apaixonado por música, que sonha em ser famoso e seguir os passos do seu ídolo já falecido, Ernesto De La Cruz. Mas, por causa de uma desilusão do passado, a família de Miguel não pode nem ouvir falar em nada relacionado a música, e quer que o menino siga o ofício de sapateiro, uma tradição familiar.

A trama de Viva: A Vida é Uma Festa pode não ser tão original quanto Divertida Mente, mas consegue ser mais tocante. Abordar um tema tão complexo, como a morte, é um risco. Ainda mais se levarmos em consideração que estamos falando de uma animação para a família. Porém a história acerta ao tratar o assunto com sensibilidade.

(divulgação)

(divulgação)

O relacionamento familiar e seus conflitos estão presentes na história, como em boa parte das animações da Disney (e da Pixar também). Porém, ao falar sobre a morte, Viva: A Vida é Uma Festa disserta sobre lembranças. Aquelas lembranças que mantemos acesas dentro de nós, mesmo quando um ente querido morre. As memórias estabelecem a conexão entre os vivos e aqueles que já se foram.

Conceitualmente, a Terra dos Mortos muito se assemelha ao retratado em Festa no Céu e até mesmo em A Noiva-Cadáver (Corpse Bride, 2005). Novamente o espectador é transportado para um mundo cheio de cores, música e vida. Mas a Disney/Pixar cria uma identidade visual para esse universo que, como sempre, é de encher os olhos.

(divulgação)

Outro aspecto positivo do filme está no modo como as tradições e a cultura do México são retratadas. Os rituais e preparativos das famílias mexicanas para o Dia De Los Muertos (equivalente ao nosso Dia de Finados, mas celebrado de uma maneira bem diferente), as músicas e os elementos culturais, todos bem delineados e com muito bom gosto.

Viva: A Vida é Uma Festa é uma emocionante celebração da vida, da família e da importância de sempre manter acesa a memória afetiva dos nossos antepassados.

Críticas de Cinema

CRÍTICA: Jumanji: Bem-Vindo à Selva (2018)

Ao ver o trailer de Jumanji (exibido incansavelmente nos cinemas nos últimos 3 meses), você teve a impressão que o filme foi totalmente resumido em poucos segundos e que não teria muito de novo para ver na versão completa? Então, isso resume o sentimento em torno de Jumanji: Bem Vindo à Selva. Mas isso não é de todo ruim. Apesar disso, temos aqui um filme muito bom para dar algumas risadas e comentar com os amigos.

Nos primeiros minutos, somos introduzidos aos estereótipos clássicos de qualquer filme com adolescentes: o nerd jogador de videogames (Spencer), o atleta com dificuldades nos estudos (Fridge), a popular (Bethany) e a estudiosa que odeia educação física (Martha). E é nesse meio tempo que supostamente teríamos que nutrir uma simpatia por Spencer, mas quem rouba a cena totalmente é Bethany. Sua falta de noção e egocentrismo são tão inocentes (se é que tem como ser assim) que a torna engraçada.

Após serem transportados para outro mundo, os personagens tem os seus corpos trocados. Isso aconteceu conforme os personagens que eles escolheram para jogar em um videogame e a ‘troca de corpos’ foi bem previsível: o nerd Spencer ganhou um corpo robusto e cheio de atitude, Fridge se tornou baixinho e perdeu suas habilidades esportivas, a nossa querida Bethany se tornou ‘um senhor de meia idade’, como ela mesma diz e Martha se torna uma linda e atraente mulher, cheia de habilidades. Nessa hora lembrei do filme ‘Se Eu Fosse Você’, com Glória Pires e Tony Ramos, pois constatei que troca de corpos sempre vão trazer filmes divertidos.

A partir deste momento, eles precisam se adequar aos seus novos corpos, que também possuem elementos especiais e suas fraquezas.Além disso, os personagens começam a desenvolver suas próprias características, aprimorando algumas – como Spencer usando seus conhecimentos em jogos – e deixando de lado algumas – Bethany e seu vício em celulares, por exemplo. Eles são apresentados ao seu objetivo nessa aventura: salvar Jumanji, para que assim possam voltar para suas vidas normais.

Como todo bom filme (ou jogo), temos seus obstáculos e vilões. Neste caso, vilão, no singular mesmo. E bem fraco. É realmente uma decepção ver que as armadilhas criadas para barrar os heróis do filme sejam tão básicas e simples. Isso nos impede de sentir aquela adrenalina ou de imaginas ‘putz, eles não vão conseguir’. Em nenhum momento isso aconteceu. Mas em um geral, o que chamou mais atenção mesmo são realmente as evoluções pessoais do que as aventuras para conseguir se salvar deste universo paralelo.

ATUAÇÕES NO PONTO

Dwayne Johnson realmente convence como um jovem que acabou de ganhar um super corpo. Sem precisar abrir a boca, apenas em sua linguagem corporal, podemos sacar que era Spencer ali. E assim ele se manteve durante todo o filme. Karen Gillan mandou bem como a insegura Martha que durante o período de jogo se viu em corpo de ‘atiradora sexy’. Quem realmente me chamou a atenção foi justamente um personagem que não citamos até agora. Mas precisamos dizer, Nick Jonas mandou muito bem neste filme. Nick aparece apenas 1 segundo no trailer de cinema e entendemos que caso seu personagem fosse melhor divulgado o filme nos deixaria com poucas novidades. Não falarei muito para não entregar tudo.

VALE A PENA?

Sim! É um filme que sinceramente, já sabemos o começo, temos uma idéia de seu meio e definitivamente conhecemos o final, mas ainda assim, ele vale o ingresso. Te faz dar umas risadas, tem atuações muito boas e remete à um filme qualquer de final de tarde. Se estiver de bobeira, vai preencher bem o seu tempo. Agora, se deve ser a prioridade de filme para ver no verão, bem, aí é outra coisa.

FICHA TÉCNICA

Nome: Jumanji: Welcome To The Jungle

Elenco: Dwayne Johnson, Jack Black, Kevin Hart, Karen Gillan, Nick Jonas e Bobby Cannavale.

Direção: Jake Kasdan

Duração: 119 minutos

Estreia: 04 de Janeiro de 2018

Distribuidora: Sony Pictures

Atualizações, Críticas de Cinema

CRÍTICA: Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas (2017)

Que o personagem de quadrinhos Mulher Maravilha é considerado um ícone feminista é de conhecimento de todos, mas o que poucos imaginam é a história por trás da origem da super heroína e de como a força do amor de um homem e duas mulheres fez quebrar as barreiras internas do preconceito.

Com a estreia marcada para hoje (14) o filme “Professor Marston e as Mulheres Maravilhas“, escrito e dirigido por Angela Robinson foi muito bem recebido pela crítica especializada – 86% de aprovação no Rotten Tomatoes – e pelo público – 81%. O Beco Literário acompanhou a pré-estreia do longa e assim como todos os presentes, se surpreendeu com um filme que consegue ser didático sem deixar de ser envolvente.

O psicólogo formado em Havard, Dr. Willian Moulton Marston, interpretado por Luke Evans, é um homem visionário que com o auxílio de sua esposa, Elizabeth Marston (Rebecca Hall) e a amante de ambos, Olive Byrne (Bella Heathcote), inventa o detector de mentiras e com base em seu relacionamento e tendo como inspiração essas duas fortes figuras femininas, começa a moldar criativamente a heroína amada por muitos há oito décadas.

Podemos observar que a relação de bigamia vivenciada no filme ultrapassa a vontade da figura masculina em ter duas mulheres ao seu dispor, e sim, onde há três pessoas igualmente apaixonadas um pelo outro ao ponto de se doar de forma única e avassaladora, fazendo-os enfrentar temores internos e críticas externas de uma sociedade totalmente conservadora.

Marcado por uma bela cenografia o filme nos transporta e nos faz vibrar com cada passo de sua história, sendo ele a força e determinação do Professor Marston em lançar sua história em quadrinhos retratando a junção de duas fortes mulheres em uma só, uma fala irônica e engraçada de Elizabeth, ou um olhar de admiração lançado por Olive, para o casal Marston.

“Professor Marston e as Mulheres Maravilhas” é mais que a história de criação de um personagem de quadrinhos, é a paixão de um homem pela força e o poder que as mulheres possuem e exercem pelo mundo, força essa que as fazem ser totalmente não dependentes de uma figura masculina para alcançar seus objetivos. Com essa força em casa, Marston com maestria cria e presenteia o mundo com o ícone Mulher Maravilha.

 

*Texto por: Bruno de Bonis