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27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo já tem data e local marcados
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Atualizações, Livros

27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo já tem data e local marcados

A 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizada pela RX, está marcada para acontecer de 6 a 15 de setembro de 2024. Este ano, o evento será realizado no Distrito Anhembi, localizado na zona Norte de São Paulo.

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Além disso, os visitantes que adquirirem ingressos para o evento receberão benefícios para a compra de livros. Os participantes com ingressos de valor inteira, custando R$ 35,00, receberão um cashback de R$15,00, enquanto aqueles com ingressos de meia-entrada, no valor de R$ 17,50, terão um retorno de R$ 7,50. Essa ação será válida somente para quem comprar os ingressos antecipadamente.

E para os interessados em participar como expositores na Bienal do Livro, as vendas de espaços estão oficialmente abertas. Editoras, livrarias, distribuidoras e autores independentes estão convidados a garantir seu espaço.

Sendo um dos maiores eventos literários da América Latina a Bienal Internacional do Livro de São Paulo vai além!

A 27ª edição promete ser um evento memorável, onde amantes da literatura de todas as idades poderão se reunir, explorar uma vasta gama de livros, participar de discussões fascinantes e interagir com seus autores favoritos.

Bienal do Livro Rio bate recordes e se consolida como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país Bienal do Livro Rio bate recordes e se consolida como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país
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Bienal do Livro Rio bate recordes e se consolida como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país

Foram dez dias de ruas movimentadas, euforia ao encontrar os autores preferidos, sacolas cheias de livros e um clima de animação diferente nos painéis, que este ano ganharam novos formatos e espaços para melhor experiência de um público apaixonado por histórias. A celebração dos 40 anos da Bienal do Livro Rio o mais novo  patrimônio cultural da cidade foi grandiosa e abraçou o conceito de leituras elásticas, abrindo as páginas para o livro além do livro. O livro segue como grande protagonista.

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Nesta edição, em que até o Cristo Redentor “vestiu” a camisa do evento, houve recorde de público e de vendas: mais de 600 mil visitantes estiveram no Riocentro, levando para casa cerca de 5,5 milhões de livros, uma média de nove por pessoa. Com mais de 497 editoras, selos e distribuidoras e uma diversidade de títulos, o tíquete médio de gastos com livros chegou a aproximadamente R$ 200.

Realizada pela GL events Exhibitions e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a Bienal do Livro Rio é considerada hoje o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país. A festa de 40 anos foi potente, emblemática, divertida e inesquecível, com mais de 200 horas de uma programação rica, diversa, plural, com intensa participação do público em experiências únicas.

O festival, que surgiu nos anos 80 como uma feira de livros de 1.400 metros quadrados no Copacabana Palace, cresceu, expandiu seus horizontes, criou conteúdo novos, pavimentando o caminho de inúmeros outros eventos literários pelo país. Esta é a maior Bienal de todos os tempos. Desde a criação da nova marca mais interativa até tornar o festival um patrimônio cultural do Rio, a intenção era que a cidade se apropriasse da Bienal e isso realmente aconteceu! Tradicionalmente, recebemos um número maior de visitantes aos fins de semana e quando há feriados, mas a distribuição de público foi muito bem equilibrada, inclusive nos dias de semana e em dias lindos de sol nem a praia conseguiu competir!, diz Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions.

Tatiana ainda acrescenta que a edição histórica foi preparada com um carinho especial, trazendo uma série de novidades para ampliar as experiências do nosso público. Estamos falando do livro como ponto de partida ou chegada, a partir de uma transversalidade com os mais diversos tipos de mídia, porque os assuntos tratados no livro físico também viram séries, filmes, games, música, e isso garante que as histórias possam atrair mais pessoas formando novos leitores, já que o livro é sempre o protagonista, comenta.

Para o presidente do SNEL, Dante Cid, os resultados desta edição superaram as previsões do mercado. O editor ainda celebrou os bons números do programa de visitação escolar.

O SNEL, junto aos editores brasileiros, trabalha arduamente para que o país tenha um futuro leitor. A Bienal do Livro Rio 2023 ficará marcada pela forte conexão entre as pessoas e as histórias que amam. Com o apoio das secretarias de educação estadual e municipais alcançamos um recorde de participação de alunos e professores da rede pública, reforçando a criação desta semente pela leitura que o país tanto precisa, impactando diretamente mais de  100 mil alunos, professores, suas bibliotecas e salas de leitura,destacou Dante.

Com uma área ocupada de 90 mil metros quadrados, 10% maior que na edição de 2019, pré-pandemia, a Bienal 2023 recebeu mais de 380 autores em sua programação oficial. Para além da alegria do público, as editoras comemoram resultados acima do esperado e muito maior que em todos os outros eventos literários do país. Em 2019, foram aproximadamente 4 milhões de livros vendidos e, em 2021, na versão pocket da Bienal por causa da pandemia, 2,5 milhões de exemplares.

Cid ainda comemorou a potência do festival ao celebrar sua própria história.Nestes 10 dias de Bienal do Livro Rio, seus 40 anos de história foram honrados em uma celebração mágica da literatura conectada às diversas mídias. Apresentamos aos cariocas e a todo o Brasil uma programação extensa, diversa e inclusiva. Em reconhecimento, o público compareceu maciçamente todos os dias, o que nos deixa muito confiantes para o futuro do livro e, por consequência , da sociedade, lembrou.

Este ano, a Shell Brasil uma das maiores companhias de energia do mundo e o Itaú – o maior banco privado do Brasil foram os patrocinadores Apresenta.

Novidades da Bienal do Livro 2023

Presente na memória afetiva de milhares de pessoas, a Bienal apostou em um jovem trio curador os escritores Clara Alves, Mateus Baldi e Stephanie Borges com o desafio de desenhar um conteúdo que percorresse as trilhas do conhecimento por assuntos variados, promovendo encontros com escuta ativa de todos os públicos e formatos de troca que desconstruíssem estereótipos e ampliassem o lugar de fala, atravessando as mais importantes questões contemporâneas. A roteirista Bianca Ramoneda assinou a direção artística do festival e a jornalista Ana Paula Costa, a produção executiva.

As crianças que visitaram a Bienal encontraram um universo lúdico chamado Uma Grande Aventura Leitora, em um espaço de 600 metros quadrados. Com curadoria de Carolina Sanches, Martha Ribas e Rona Hanning, a experiência imersiva infantil trouxe a magia das histórias que extrapolam os livros e ganham as emoções das crianças. No espaço, os pequenos foram recebidos pelo Chapeleiro Maluco, de Alice no País das Maravilhas, e também foram comemorados os 60 anos da personagem Mônica, da obra de Maurício de Sousa.

Entre as novidades, a Bienal das narrativastrouxe o Baile de Máscaras da Julia Quinn, promovendo uma festa de época como acontece nos episódios de Os Bridgertons, sucesso de livro que virou série. Destaque também para o desfile de fantasias das autoras estrangeiras Holly Black e Cassandra Clare, promovendo uma nova experiência para os fãs. Os visitantes também tiveram a oportunidade de experimentar um momento de meditação zen budista guiados pela Monja Coen.

A Bienal 40 anos também lançou o ‘Páginas na Tela, com curadoria da cineasta e escritora Rosane Svartman, e ‘Páginas no Palco, coordenado por Bianca Ramoneda, os formatos convergem essas narrativas que se cruzam entre livro, audiovisual e teatro, com nomes como Guel Arraes, Raphael Montes, Klara Castanho, Vera Holtz, Claudia Abreu. Houve ainda o Sextou com Simas, encontros em que o professor e autor Luiz Antonio Simas recebeu convidados, transformando o Café Literário em um verdadeiro boteco carioca. Neste espaço, que tradicionalmente recebe grandes nomes da literatura, a curadoria propôs um momento de fala batizado de Em Primeira Pessoa, para autores como Ailton Krenak e Conceição Evaristo.

Pela Bienal também passaram nomes como Mauricio de Sousa, Ana Maria Gonçalves, Thalita Rebouças, Laurentino Gomes, Ana Maria Machado, Carla Madeira, Bia Bedran, Eliana Alves Cruz, Valter Hugo Mãe, Lázaro Ramos, K.L. Walters, Pequena Lô, Paula Pimenta, Paola Aleksandra, Enaldinho, Luluca e Elayne Baeta esses últimos, verdadeiros popstars, levando fãs à gritaria. Público geek também se esbaldou com a programação e o novo espaço Artists Alley, com quadrinistas independentes de todo o Brasil.

O evento também abrigou o Rio International Publishers Summit, promovido pelo SNEL, para conectar os protagonistas do mercado editorial e discutir temas urgentes para o setor. Entre os destaques, o fórum tratou dos desafios da transformação tecnológica, passando pelo uso da inteligência artificial e a preservação do direito autoral.

Bookstan = book + stalker + fan

Houve aumento expressivo no número de alunos do projeto de visitação escolar, com mais de 100 mil alunos de escolas da rede pública das cidades do Rio, Queimados e Angra dos Reis, além de investimentos de R$ 13,5 milhões para a aquisição de livros para os estudantes das redes municipais e estadual do Rio. Profissionais da educação do município do Rio também receberam vouchers para compra de obras literárias.

Muitas editoras também bateram o recorde dos recordes, dentre todos os eventos literários do país, o que confirma a relevância da Bienal para o calendário cultural dos brasileiros. Nas redes sociais, a expressão A Bienal é o Rock in Rio dos Bookstanganhou força. Bookstan é uma definição de fãs que vai muito além da palavra leitor: querem conhecer com profundidade as obras, acompanham seus autores prediletos, querem ouvir, pegar autógrafos, registrar o momento.

A editora Sextante, por exemplo, celebrou o crescimento de 140% nas vendas nesta edição, se comparada à Bienal de 2021, alcançando mais de 60 mil livros vendidos durante os dez dias de evento. Em relação à Bienal do Livro de São Paulo, que aconteceu no ano passado, o aumento foi de 40%. Já a Globo Livros teve a sua “melhor Bienal de todas”, com aumento de 60% no faturamento em relação aos resultados da Bienal do Livro de São Paulo e quase três vezes mais, se comparada à edição de 2019 da Bienal do Rio.

O Grupo Editorial Record registrou um crescimento de 50% no faturamento sobre a Bienal de São Paulo e 130%, em comparação à Bienal de 2021, com 995 títulos comercializados, sem contar com as vendas do domingo, último dia do festival. A Rocco, por sua vez, não esteve presente na edição de 2021, mas já bateu a edição de 2019 com vendas 135% maior. O resultado da Bienal 40 anos também foi 85% acima do evento literário de São Paulo, que até então tinha sido a melhor edição da editora. Para a HarperCollins Brasil, esta edição “foi histórica”, com mais de 40 mil livros vendidos, o que representa um aumento de 190% em relação à Bienal de São Paulo e, em faturamento, um crescimento de mais de 250%.

Bienal carbono zero e ESG

Além do projeto de visitação escolar, em que os estudantes de escolas públicas acessam a Bienal gratuitamente, o festival também conta com outras iniciativas sociais e inclusivas, como a tradução simultânea em libras de todas as sessões da programação oficial e visitas guiadas para deficientes visuais em parceria com o Instituto Benjamin Constant, ações que tiveram patrocínio da Colgate-Palmolive.

Nesta edição comemorativa, a Bienal também neutralizou suas emissões de gases do efeito estufa, com apoio da Shell Brasil, através da compra de créditos de carbono de projetos que preservam a Floresta Amazônica (REDD+) e promovem a geração de energia renovável (eólica). A neutralização vem acontecendo por meio de inventário, envolvendo as fases de pré-produção, montagem, realização e desmontagem do evento.

Desde 2015, a Bienal realiza a coleta seletiva de todo o lixo do evento, trabalhando com ONGs parceiras para minimizar o impacto ao meio ambiente e contribuir com a economia circular, incrementando a renda de cerca de 70 famílias atendidas pelas cooperativas. Este ano, foram recolhidos 1.238kg de PET, 8.540kg de papelão, 1.367kg de plástico e 1.870kg de latinhas de alumínio, que terão destinação ambientalmente correta.

Os pavilhões do Riocentro foram forrados carpetes fabricados com material reciclável, 100% PET. A fabricação de um metro quadrado desse carpete consome, em média, três quilos de PET reciclado, reduzindo substancialmente o impacto ambiental com o descarte irregular dessas embalagens. Com a desmontagem do evento, o carpete retirado será doado para empresas que o transforma nos mais variados tipos de produtos, como forro para celas de cavalo, chapéus, molas de colchões, capachos de portas, jogo de banheiro e cozinha, lixeirinhas para veículos, entre outros; gerando renda e, principalmente, colaborando com o meio ambiente e com a natureza.

Este ano, o festival extrapolou o Riocentro e levou seu Bienal nas Escolasa dois colégios municipais na Zona Norte. Além disso, junto com o SNEL e as editoras associadas e expositoras, distribuiu 2 mil exemplares em parceria com o MetrôRio aos passageiros do sistema e apoiou o Hemorio com entrega de livros para doadores, recolhendo 790 bolsas de sangue, o que permitiu a distribuição de obras literárias para hospitais do SUS. A Bienal também firmou parceria com a Arquidiocese do Rio para distribuir outros mil livros para bibliotecas sociais da entidade.

Sextou na Bienal do Livro Rio: pós-feriado de intensa movimentação nos pavilhões do Riocentro
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Sextou na Bienal do Livro Rio: pós-feriado de intensa movimentação nos pavilhões do Riocentro

Há quem curta um banho de mar em uma sexta-feira, pós-feriado. Outros, uma ida ao cinema. Para uma multidão, a Bienal do Livro Rio. Celebrando 40 anos, o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país – agora patrimônio cultural – registrou mais um dia de intensa movimentação pelos pavilhões do Riocentro, no 8º dia de programação da Bienal das Narrativas.

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Nesta edição de novos formatos e programação intensa e diversa para todos os públicos, circularam pelos corredores do evento, nesta sexta-feira, 8 de setembro, nomes, como Ana Paulo Araújo, Babi Dewet, Luis Antônio Simas, Thalita Rebouças, Paula Scarpin e Flora Thomson-Deveaux (da Rádio Novelo Apresenta), Deive Leonardo, Vítor diCastro, Fábio Cruz (Fabão), além de Ana Beatriz Nogueira e, para os pequenos, a trupe do espetáculo Lona na Lua.

Um dos destaques da programação, no Sextou com Simas, o professor e escritor Luiz Antonio Simas recebeu, no Café Literário, no melhor estilo botequim carioca, o escritor e professor Luiz Rufino, a cozinheira e dona de bar Luiza Souza e o carnavalesco Leandro Vieira. No Palavra-Chave, nomes da nova geração de astrólogos e tarólogos que conquistou o público na internet, como Vítor DiCastro, Andre Mantovanni, Mdama Brona e Maína Mello. Já o Estação Plural foi palco para um papo com o influenciador digital de conteúdos religiosos, Deive Leonardo.

Confira a programação deste sábado, 9 de setembro:

11h – Palavra-Chave – MAIS QUE AUTOR

11h – Estação Plural – INTEGRANDO O MUNDO DIGITAL E FÍSICO COM ÁLBUM DE FIGURINHAS DA LULUCA

11h – Infantil – PALCO ANIMADO: IVAN ZIGG – LER É UM ESPETÁCULO

12h – Café Literário – DARIA UM LIVRO

13h – Palavra-Chave – BLAKE CROUNCH EM CONVERSA COM ALICE BRAGA

13h – Infantil – MESA DO AUTOR: MANOEL SOARES

14h – Infantil – MESA DO AUTOR: CAROLINA SANCHES

14h – Café Literário – INVENTAR FUTUROS

15h – Palavra-Chave – ENTRA NA RODA COM JENNA EVANS WELCH

15h – Infantil – PALCO ANIMADO: IVAN ZIGG – LEWR É UM ESPETÁCULO

15h – Estação Plural – PÁGINAS NA TELA, COM RODRIGO TEIXEIRA, ANA PAULA MAIA, MANUELA DIAS, MARJORIE ESTIANO, XICO SÁ E MEDIÇÃO DE CLÉLIA BESSA

16h – Café Literário – PÁGINAS NO PALCO, COM CLAUDIA ABREU & VIRGINIA WOOLF

16h – Infantil – MESA DO AUTOR: ALEXANDRE DE CASTRO GOMES

17h – Palavra-Chave – ESCREVER (COM) SEU AMOR

17h – Infantil – PALCO ANIMADO: NINA RIZZI & EDSON IKE

18h – Café Literário – MEDITAÇÃO: UMA PAUSA PARA O CUIDADO – HELENA GALANTE ENTREVISTA MONJA COEN ROSH

18h – Estação Plural – PÁGINAS NA TELA COM LUCAS PARAIZO, GEORGE MOURA, ROSA SVARTMAN E MEDIAÇÃO DE TATIANA SICILIANO

19h – Palavra-Chave – LIVROS & MÚSICA & FESTA

Guia da Bienal 2023: mapa, como chegar, o que levar e mais
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Autores de periferia celebram virada através da literatura e lançam livros na Bienal do Livro Rio

Ex-moradora de rua, influenciador literário, morador do Complexo do Alemão e atendente de lanchonete usam suas histórias para inspirar na Bienal

Quem hoje vê a trajetória do escritor Henrique Rodrigues, com 24 livros publicados, não imagina tudo o que passou. Nascido em uma família com poucos recursos, ele cresceu em Seropédica, na região metropolitana do Rio, enfrentando diversas dificuldades. Na juventude, conciliou os estudos com o trabalho no balcão de uma videolocadora e como atendente numa lanchonete, para ajudar à família, mas nunca desistiu dos seus sonhos e rascunhava desde então algumas linhas que se tornaram publicações de poesia, crônica, romance e obras para crianças e jovens.

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“Fui aluno de um Ciep e ganhei um concurso de frases em 1989. Ali tive o incentivo de uma professora e descobri que escrever era o que queria fazer da minha vida. Continuei trabalhando, mas não desisti de ser escritor”, lembra o autor, que é doutor em Letras e trabalha como gestor cultural na área da literatura. Henrique já teve um romance adotado em escolas de todo o país e traduzido na França e foi finalista do Prêmio Jabuti com “Rua do Escritor: crônicas sobre leitura. Este ano, ele lança “Áurea” na Bienal do Livro do Rio, que celebra 40 anos com uma programação intensa e que promete guardar lugar na memória afetiva das pessoas.

Até o próximo domingo, cerca de 600 mil pessoas devem passar pelos pavilhões do Riocentro, na Barra da Tijuca. São mais de 200 horas de programação e a participação de 380 autores, além de 300 editoras. Entre os presentes, o influenciador literário Adriel Bispo, de 16 anos, nascido e criado na periferia de Salvador, que criou o perfil no Instagram —@livrosdodrii —, para falar de livros e compartilhar suas leituras. Neste processo, sofreu um episódio de racismo nas redes sociais, o que o transformou em um escritor. Hoje, com 442 mil seguidores, ele está lançando seu primeiro livro, “Voando entre sonhos”, ressignificando o que que aconteceu e inspirando outros jovens por meio da literatura e de sua voz.

“Eu tinha um trato com a minha mãe que a cada livro que eu lia, ganhava um brinquedo. Foi assim que comecei a gostar de ler. Quando tinha 11 anos, li meu primeiro livro por espontânea vontade, que foi “O Pequeno Príncipe”. Escrevendo, eu posso atingir muitas pessoas e isso que me motiva. Minha vida mudou muito desde que comecei a escrever. Já fui em várias escolas e espero que esteja influenciando as crianças”, diz Adriel, que já está escrevendo seu segundo livro pela editora Record.

De moradora de rua à professora universitária com livro na Bienal

Clarice Fortunato é uma mulher negra, professora, pesquisadora, feminista e doutora em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina, que passou fome e viveu na rua. Suas histórias e dores são inspiração para o livro “Da vida nas ruas ao teto dos livros”, uma autobiografia, que virou romance pela editora Pallas e está sendo vendido na Bienal do Livro Rio.

“Eu sou de uma família de origem humilde. Meu pai morreu quando eu tinha 5 anos e minha mãe ficou cega. Passamos a morar na rua e a vida foi assim por quatro anos. Passamos fome, mas a fome que mais me doía era do conhecimento porque não ia para a escola. Aos treze anos, perdi minha mãe e fui morar na casa de uma família. Decidi contar a minha história porque queria discutir questões como os danos causados pelo racismo e machismo e as questões de desigualdade social”, conta Clarice.

Já o escritor e contador de histórias Otávio Júnior, morador do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, conta que o primeiro livro que teve acesso na vida estava no chão da favela. Ali ele se fez uma promessa de que as crianças na região teriam um contato diferente com a literatura. Pela terceira vez na Bienal o Livro Rio, ele distribui autógrafos e participa de atividades no Espaço Infantil.

“A literatura me ajudou bastante para que meus sonhos ganhassem corpo. Hoje faço uma retrospectiva e lembro de mim há 20 anos, um menino sonhador, que via na literatura uma grande possibilidade de mudança de chave na vida. Eu me preparei ao longo dos anos pra fazer a promoção de literatura nos complexos da Penha e Alemão e ganhei o apelido de Livreiro do Alemão”, conta Otávio Júnior, que é autor de 18 livros publicados como “Da minha janela”, de 2019, e “De passinho em passinho”, de 2021, ambos pela editora Companhia das Letras.

Pallas Editora volta à Bienal do Livro Rio após dez anos
Monica Ramalho
Cultura, Livros, Novidades

Pallas Editora volta à Bienal do Livro Rio após dez anos

Após dez anos sem participar da Bienal do Livro Rio, a Pallas Editora está de volta no stand P 17 do Pavilhão Verde, do Riocentro. Está dividindo o espaço com a Jandaíra, editora parceira, com autores coincidentes e de peso, como Conceição Evaristo, Lázaro Ramos e Eliana Alves Cruz, e assuntos afins.

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“Coisa boa é abrir as comemorações pelo meio século da Pallas, em 2024, participando agora do maior evento literário do país, que completa 40 anos”, diz a editora Cristina Fernandes Warth.

A Pallas veio para a Bienal com 14 autores e  ilustradores e cerca de 300 títulos combativos, para todas as idades. A maioria tem visitado o stand para autografar livros e dar um abraço na equipe da editora, que ainda preserva o jeito antigo e caloroso na recepção dos leitores e escritores.

Além dos supracitados Conceição, Eliana e Lázaro, a Pallas emplacou na programação oficial da 21ª edição do evento literário: Cidinha da Silva, Marcelo Moutinho, Luana Génot, Ondjaki, Janaína Tokitaka, Renato Noguera, Ynaê Lopes dos Santos, Rogério Athayde, Clara Zúñiga, Kiusam de Oliveira e Sonia Rosa.

“Nesses primeiros dias vendemos bastante os quatro livros de ficção da Conceição Evaristo. Dos infantis, o público levou para casa dois títulos da Sonia Rosa – ‘Antônia quer passear’ e ‘Capoeira’, que esgotou – e os três livros do Lázaro, principalmente o ‘Caderno de rimas do João’ e o ‘Caderno sem rimas da Maria'”,  conta a editora Mariana Warth.

“O desempenho da autobiografia “Assata”, da Pantera Negra Assata Shakur, foi outro título que surpreendeu”, completa Mariana, filha de Cristina e neta do fundador da Pallas, Antônio Fernandes.

Público lota Bienal do Livro Rio no feriado da Independência
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Cultura

Público lota Bienal do Livro Rio no feriado da Independência

Comemorando seus 40 anos, a Bienal do Livro Rio – agora patrimônio cultural, viveu mais um dia de intensa movimentação neste feriado da Independência, 7 de setembro. Hoje, circularam pelos pavilhões do Riocentro, nomes como Miriam Leitão, Ailton Krenak, Carla Madeira, Bia Bedran, Valter Hugo Mãe e Augusto Cury. Fácil encontrar famílias inteiras com mala a tiracolo aproveitando para as compras, ou carregado de botons e brindes das editoras – ou até pelos jardins, aproveitando momentos de leitura, entre uma ida e outra a algum estande.

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Além da mala abarrotada de livros, a professora Beatriz Santos Silva ainda carregava uma sacola plástica e uma mochila. Ela chegou numa van junto com a mãe, a irmã, a tia e duas amigas – todas com malas – vindas de Teresópolis, na Região Serrana. Com tempo cronometrado para a volta, às 17h, elas não perderam tempo nas compras e voltaram para casa disputando espaço no carro com as malas abarrotadas. “Como cada uma de nós tem uma preferência, nem dá para a gente trocar os livros depois. Eu gosto de biografias, minha irmã de fantasia e minha mãe de romances”, contou Beatriz.

Já as amigas Lara e Louise chegaram ao Riocentro às 9h para garantir uma senha – que só foi distribuída às 16h – para autógrafo da autora preferida, Elayne Baeta, de ‘O amor não é óbvio’. “Queríamos muito conhecê-la e ter nossos livros autografados, então valeu o tempo de espera”, disseram. Na Bienal das Narrativas, Baeta participou da sessão “Clichê sim, com orgulho”, no Palavra-Chave.

Rei e rainhas dos botons – Trabalhando pela primeira vez no maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país, Erick estava com 4 bottons no crachá da Companhia das Letras, que vai levar para sua coleção. “Eu sou um cara que gosta dos adereços, e como é um evento bem alegre, aproveito. Mas as pessoas olham e sempre querem. Tenho mais de 100 em casa”, revela o moço.

Amanda e a filha saíram da Intrínseca felizes, com dois botons, cada uma. Elas estavam à caça do adereço – perguntando em todos os estandes. “Muitos, a gente compra, muitos a gente ganha, mas tem que perguntar, porque nessa a gente acaba ganhando brinde e levando para casa uma lembrança muito especial da Bienal do Livro”, contou.

Onde comer na Bienal: diversidade de preço para todos os gostos

De hambúrgueres artesanais, a sanduíches de costela, passando pelas massas ou pelo churrasco com pão de alho, e ainda comida árabe ou japonesa, sem esquecer de opções veganas ou vegetarianas, este ano, a Bienal do Livro Rio os jardins do Riocentro estão com mais de 100 opções de alimentação, incluindo restaurantes como: HNT, Billy The Grill, TT Burger, Di Blasi, Porto do Sabor, Oakberry, Cafeteria 3 Corações, O Burguês, BOB´S, Lemax Burger, Rei do Mate e Ravi’s.

A expectativa é de que aproximadamente 600 mil pessoas circulem nos dez dias de festival – que acaba neste domingo, 10 de setembro, e conta com tradução em libras, transmissão simultânea online e nos telões nos jardins do Riocentro.

Confira os destaques desta sexta-feira, 8 de setembro, pós feriado de Independência

10h – Infantil – MESA DO AUTOR – MARCOS CAJÉ

11h – Palavra-Chave – COM OUTROS OLHOS, com Thalita Rebouças

11h – Infantil – PALCO ANIMADO – LONA NA LUA APRESENTA DOM QUIXOTE

12h – Café Literário – NA RUA A GENTE SE ENCONTRA

12h – Infantil – MESA DO AUTOR – STELLA MARIS REZENDE

13h – Palavra-Chave – FANFICS: DA INSPIRAÇÃO À PUBLICAÇÃO

13h – Infantil – PALCO ANIMADO – LONA NA LUA APRESENTA DOM QUIXOTE

14h – Infantil – MESA DO AUTOR – KIUSAM DE OLIVEIRA

14h – Café Literário – RÁDIO NOVELO E A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS

14h – Estação Plural – CONVERSA COM DEIVE LEONARDO

15h – Palavra-Chave – NAS ESTRELAS E NAS CARTAS

15h – Infantil – PALCO ANIMADO – LONA NA LUA APRESENTA DOM QUIXOTE

16h – Café Literário – QUEM TEM MEDO DE VOCÊ, IA?

16h – Infantil – MESA DO AUTOR – ANDREA TAUBMAN

17h – Infantil – PALCO ANIMADO – LONA NA LUA APRESENTA DOM QUIXOTE

17h – Palavra-Chave – PLAY9 EM: COMO ESCOLHEMOS CONTAR HISTÓRIAS?

18h – Café Literário – SEXTOU COM SIMAS

19h – Palavra-Chave – CONVERSA ENTRE GERAÇÕES

Guia da Bienal 2023: mapa, como chegar, o que levar e mais
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Bienal do Livro Rio tem recorde de vendas já no primeiro fim de semana

Ruas movimentadas, animação nos painéis e sacolas cheias. Esse foi o resultado do primeiro fim de semana de celebração da Bienal do Livro Rio, maior festival de cultura, literatura e entretenimento do país – agora Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro. Desde a última sexta-feira, famílias e visitantes de todas as idades se dedicaram a curtir o evento, que trouxe uma série de novidades para garantir programação diversas e experiências do início ao fim. Diversas editoras comemoraram recordes de vendas, como a Rocco, Globo Livros, Intrínseca, Sextante e HarperCollins Brasil, com expectativas que prometem aquece ainda mais o mercado literário ao longo dos próximos dias.

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A Rocco, por exemplo, teve o maior faturamento em um único dia de Bienal no último sábado. A editora, que não esteve na Bienal Rio em 2021, já bateu a edição de 2019 com 85% de vendas a mais, em comparação aos mesmos três primeiros dias. A Rocco também comparou seus resultados com a Bienal do Livro de São Paulo 2022 e a edição carioca que celebra seus 40 anos representou 70% a mais nas vendas, considerando o primeiro sábado do evento.

Em relação à Bienal do Livro Rio 2021, a Intrínseca e a Sextante conquistaram aumento de 100% nas vendas, e a Record registrou 120% a mais. Já as editoras Globo Livros e a HarperCollins Brasil divulgaram crescimento de 50% em relação aos seus resultados da última Bienal Rio e também sobre a edição da Bienal São Paulo em 2022.

“Estamos muito satisfeitos com o público nesses três primeiros dias de Bienal, as editoras tiveram ótimas vendas e os autores também estão bastante empolgados em ver o público retomando em peso ao Riocentro, para acompanhar novos formatos e experiências que estamos trazendo para esta edição especial. O grande número de pessoas só comprova a potência desse encontro”, comenta Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions, uma das organizadoras do evento ao lado do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

Nesta edição comemorativa, que tem o patrocínio da Shell Brasil – uma das maiores empresas de energia do mundo – e do Itaú – o maior banco privado do país -, a Bienal tem uma programação plural e diversa com 380 autores, mais de 300 editoras e o público animado, marcando presença. Tem programação geek, atrações infantis, mesa sobre literatura policial, fantasia, ficção científica, romance e muito mais. No primeiro fim de semana, destaque para o Baile de Máscaras de Julia Quinn, autora de “Os Bridgertons”, o encontro entre Holly Black e Cassandra Clare para escolher as melhores fantasias do festival e autógrafos com Maurício de Sousa. Também passaram pelos espaços grandes nomes das narrativas brasileiras, como Eliana Alves Cruz, Renato Noguera, Guel Arraes, Jorge Furtado e Lázaro Ramos.

“O primeiro fim de semana da Bienal foi digno da grande celebração do livro que ela representa. Além do sucesso de público, a programação diversa e inovadora garantiu uma experiência leitora inesquecível”, destacou Dante Cid.

No último domingo, entre os destaques do dia, o painel “Capturar a Fala”, no tradicional Café Literário, levantou a importância da observação e da escuta para compreender como, nos últimos anos, alguns livros sofisticaram a linguagem literária a partir de uma captura da fala. Já o efervescente Palavra-Chave, com “Crushes Literários”, tratou da paixão pelos livros e personagens que despertaram o amor pela leitura.

“A Bienal é o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país e chega aos seus 40 anos ampliando o conceito de leitura, valorizando as histórias e as narrativas, independentemente da plataforma, seja ela cinema, série, games ou TikTok. Tudo parte ou volta para o livro e aí está a beleza de conquistar leitores”, diz Bruno Henrique, gerente de Conteúdo e Marketing da GL events, celebrada até pelo Cristo Redentor, que “vestiu” a camisa – literalmente.

Bienal do Livro Rio e Hemorio se unem para incentivar doação de sangue
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Cultura, Livros

Bienal do Livro Rio e Hemorio se unem para incentivar doação de sangue

Presente na memória afetiva dos cariocas, a Bienal do Livro Rio convida seu público para um grande movimento de solidariedade em apoio ao Hemorio e às pessoas que precisam de transfusão. Em sua terceira edição, o projeto “Ler tá no sangue” une a instituição e o festival para estimular a doação de sangue e o gosto pela leitura: entre os dias 1 e 5 de setembro, os doadores que estiverem nas salas de espera – sempre um espaço de afeto – vão receber um livro novinho para chamar de seu.

Guia da Bienal 2023: mapa, como chegar, o que levar e mais

E não para por aí: cada bolsa de sangue doada será convertida em um livro, destinado a pacientes internados em hospitais do estado, pelo SUS. Além disso, o 40° doador que comparecer ao Hemorio também receberá um par de ingressos para ir ao maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país, para a edição comemorativa de 40 anos, que é realizada pela GL events Exhibitions junto com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

“Doar sangue é um ato de profundo simbolismo, por transmitir empatia e compromisso com a vida. Ao trazermos a Bienal para essa ação, celebramos o engajamento e sentimento de pertencimento em torno da solidariedade e do cuidado pelas pessoas que passaram pelo evento nos últimos 40 anos”, destaca o presidente do SNEL, Dante Cid.

As doações podem ser feitas das 7h às 18h, inclusive aos fins de semana, na Rua Frei Caneca, 8 – Centro. Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg, e estar bem de saúde. As instruções completas para a doação de sangue estão nas redes sociais do Hemorio. É possível tirar dúvidas pelo telefone 0800-282-0708. Diretor geral do órgão, Dr. Luiz Amorim, ressalta a generosidade do ato.

“Só é possível garantir a continuidade das coletas de sangue com uma grande corrente de solidariedade. E como fazer isso ser mais bacana do que unindo à leitura, essa atividade tão importante em todas as idades?”, comenta ele.

No total, 1.500 livros foram disponibilizados por diversas editoras a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), um dos organizadores da Bienal, juntamente com a GL events Exhibitions. Os temas estão em linha à programação diversificada do festival, voltada para todas as idades, com histórias de aventura, ficção, romance e clássicos literários para públicos infantil, juvenil e adulto, promovendo uma grata surpresa aos doadores. Abraçaram esse projeto as editoras Rocco, Harper Collins, Sextante, Arqueiro, Intrínseca, Grupo Editorial Nacional, Pallas, Editora Adoleta, Delirium, All Books, Sinna, Biblioteca Azul, Record, Nova Fronteira, IBEP Nacional, Todavia, DCL, Máquinas de Livros, Companhia das Letras, Morro Branco, Latitude, Mourthé e Be.

Serviço:

  • Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais. Devem portar ainda um documento de identidade do responsável;
  • Não é necessário estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes. Tatuagem e piercing impedem a doação por seis meses. Lembrando que a perfuração na região oral ou genital ainda segue como impeditivo para doações enquanto houver uso da peça;
  • Quem foi infectado pela Covid-19 pode doar após dez dias do desaparecimento dos sintomas e quem já recebeu a vacina pode doar após sete dias (48h em caso de Coronavac). Para mais detalhes ou informações, o doador pode ligar para o Disque Sangue de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7h às 17h, pelo número 0800 282 0708.
Coletivo curador prepara a “Bienal das Narrativas” para a edição comemorativa dos 40 anos da Bienal do Livro Rio
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Livros

Coletivo curador prepara a “Bienal das Narrativas” para a edição comemorativa dos 40 anos da Bienal do Livro Rio

Imagine a responsabilidade de escrever as páginas do maior evento de cultura e entretenimento do país no ano em que se comemora seus 40 anos. A Bienal do Livro Rio, que tantas histórias já escreveu na memória afetiva de milhares de brasileiros e até estrangeiros, está sendo especialmente planejada por um ‘time de peso’, comprometido com a pluralidade de ideias e o encantamento do público de uma forma diferente.

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Este ano, um coletivo curador, dedicado a trabalhar de forma transversal e integrada, apresentará uma programação extremamente rica, que aponta para o futuro e se renova com atrações em formatos variados e experiências para fãs de histórias, literatura, audiovisual, games e outras narrativas — sejam eles fãs de todas as idades.

A Bienal do Livro Rio, ao longo de quatro décadas, sempre foi pulsante, acompanhando as mais diversas mudanças da sociedade — do mercado literário às tecnologias e o comportamento. Se já faz parte do calendário da cidade e ocupa a memória afetiva do público com grandes encontros, produção de conhecimento e conexão, desta vez, o ponto de partida foi justamente a dicotomia entre dois conceitos: a inteligência artificial, que tanto vem guiando o mundo atualmente, e a capacidade humana de sentir e se emocionar, responsável por esse afeto que marca gerações.

Para materializar essa capacidade de irradiar que a Bienal carrega em sua essência, com a representatividade necessária para mobilizar todo tipo de gente, a GL events — referência mundial no mercado de eventos — e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), responsáveis pela realização do festival, trazem novidades. Destaque especial para a cultura pop, com muita interação em um grande espaço efervescente: a nova Arena Palavra-Chave, que vai trazer interação direta com os jovens em formatos variados para garantir as melhores experiências e uma verdadeira celebração da cultura e do entretenimento.

O time de curadores também cuidará do Café Literário, um espaço intimista que será remodelado para abrigar as reflexões mais profundas sobre os mais diversos temas contemporâneos. Haverá ainda uma programação extensa direcionada ao público infantil, tão importante para o evento.

Para assinar a direção artística, a organização da Bienal do Livro Rio convidou Bianca Ramoneda, que é jornalista, escritora, atriz, apresentadora e roteirista de TV. Ela explica como o conceito da edição comemorativa vai guiar tanto o processo de curadoria como a identidade visual dos espaços.

““Temos falado muito sobre o impacto da IA em nossas vidas e para onde essa nova realidade nos leva. Parece muitas vezes que nos pautamos pelos algoritmos e suas combinações, mas a verdade é que IA não existe sem o ser humano como ponto de partida. Todo o universo de dados que se cruzam vem dessa fonte humana que tem algo único: um coração que sente, se emociona, se encanta e cria memórias afetivas. A Bienal, com seus 40 anos de história, mora no coração do público e na memória afetiva do Rio de Janeiro. O evento é, em si, um coração que pulsa e abastece um imenso organismo vivo, com veias e artérias, formando uma cartografia, um mapa com muito conhecimento. Diversos conteúdos e experiencias se cruzam e se encontram. É assim, com ‘muitas histórias, um coração’ que pretendemos abrir as portas para a circulação de ideias, de existências, sensibilidades, e conteúdos compartilhados para esta edição histórica”, afirma Bianca.

À frente do projeto de curadoria estão nomes com vasta experiência no universo cultural. Com forte conexão com o público jovem, Clara Alves é autora do aclamado romance “LGBTQIAP+ Conectadas”, de “Romance real”, “De repente adolescente” e “Sobre amor e estrelas”. Já Mateus Baldi, que assina uma obra mais densa, é organizador da coletânea “Vivo muito vivo — 15 contos inspirados nas canções de Caetano Veloso” e autor do livro de contos “Formigas no Paraíso”. Completando o time, a curadoria coletiva terá a participação da poeta e crítica literária Stephanie Borges, autora de “Talvez precisemos de um nome para isso”, reconhecido pelo IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura e uma das escritoras da antologia “As 29 poetas hoje”, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda.

A produção executiva será da jornalista Ana Paula Costa, que editou obras de importantes de autores brasileiros e estrangeiros. Com mais de 20 anos de experiência no mercado editorial, ela diz que viu de perto muitas edições e acompanhou a transformação do evento: “Tenho uma ligação afetiva grande com a Bienal e durante todos esses anos guardei muitas memórias felizes dos encontros no Riocentro, do contato com autores e público, além de mesas inesquecíveis. Acredito que essa edição será muito emocionante, com momentos de encantamento, inspiração e alegria contagiante”, diz.

Os curadores têm um sentimento parecido. Eles celebram a oportunidade de fazer parte de um momento histórico para a cultura brasileira e esperam ansiosos o encontro. A missão que o quarteto carrega é também de muita responsabilidade: selecionar o conteúdo de qualidade para 10 dias de evento com mais de 200 horas de programação, levando em conta a diversidade dos frequentadores.

“Para mim, a Bienal sempre foi um momento de reencontrar leitores e amigos, um espaço de pertencimento. Participar da curadoria de conteúdo da edição comemorativa é uma oportunidade de trazer ao público uma mensagem importante, especialmente depois de tantas mudanças no cenário literário brasileiro: os livros nos salvaram quando mais precisamos, durante a pandemia, e continuarão sendo pontes para as possibilidades de futuro”, diz Clara Alves.

Já Mateus Baldi diz estar agradecido por poder fazer parte do projeto e garante: “Estamos dando o nosso melhor para montar uma programação incrível que contemple os leitores em suas diversas facetas. Mal posso esperar para o público conferir o resultado em setembro”.

“Vamos receber os visitantes com boas histórias. Eles terão oportunidade de encontrar ídolos, participar de conversas interessantes. Será uma imersão cultural com muita diversão. Depois de anos tão difíceis é importantíssimo que nós possamos construir boas memórias”, finaliza Stephanie Borges.

A Bienal do Livro Rio acontecerá entre os dias 1° e 10 de setembro, no Riocentro, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, trazendo uma proposta imersiva e que busca atender aos anseios do seu público. Haverá áreas de descanso amplas nos jardins do mais completo centro de convenções da América Latina, praça de alimentação com gastronomia variada e ativações interativas que estimulam a reflexão sobre temas contemporâneos, a criatividade e a imaginação dos frequentadores.

Atualizações

BECO NA BIENAL: ESPECIAL A.J. FINN #18

Tenho a sensação de que dentro de você, em algum lugar, há algo de que ninguém conhece.

A.J. Finn

 

Através das adversidades, para as estrelas.

A.J. Finn

 

Minha querida menina, você não pode continuar batendo sua cabeça contra a realidade e dizendo que ela não está lá.

A.J. Finn

 

 

Hey Becudos! Preparados para mais um especial para a cobertura de um dos eventos mais esperados do ano? A 25ª Bienal Internacional do Livro!

No nosso espaço de hoje, temos A. J. Finn. Para quem não sabe, esse não é o seu nome verdadeiro, você acredita? Sim, A. J. Finn é na verdade um pseudônimo para Daniel Mallory. Formado na Oxford University, foi crítico literário do Los Angeles Times, The Washington Post e The Times Literary Suplemment.

“A mulher na Janela “ foi seu livro de reconhecimento internacional ao ser conhecido em trinta e seis países. Foi tanto sucesso que a Fox – empresa de comunicação em massa – pagou a batela de um milhão de dólares para tornar o livro em longametragem.

A história da inspiração para escrever este livro tão promissor, que próprio o autor o chama de “A janela indiscreta de Alfred Hitchcock para o século 21”, é que ainda deitado em seu apartamento em Nova Iorque assistindo várias vezes o filme “Janela Indiscreta”, ele repentinamente olha de sua janela e vê sua vizinha acendendo a luz de sua casa. Em um momento perfeito, a personagem James Stewart diz: “Não espione seu vizinho porque alguma coisa muito ruim pode acontecer”, a fala/frase estava perfeita para aquela situação.  Esse foi o nascimento de Anna Fox, esse foi o início de “A mulher na Janela”.

O autor reconhece que o fato de ter trabalho na edição de livros facilitou e muito o seu oficio de escritor. A obra se apresenta ao leitor com capítulos curtos, mas com uma narrativa surpreendente e ao leitor atento causa fruição. É o desejo do escritor criar um livro assim, segundo ele:

 

 “A leitura é a melhor forma de aprendizagem e o que me ajudou a escrever essa história foi ter vivido como um leitor” – A.J. Finn

 

Um jogo rápido para curiosidades sobre o autor:

a] Apesar de ter nascido e estar morando em Nova Iorque, Finn morou dez anos em Londres e em ambos trabalhou na edição de livros

b] Ao ser diagnosticado com depressão, Finn parou de trabalhar como crítico literário e passou seis semanas aproveitando a vida e fazendo tudo que ele quisesse.

c] A sua luta contra a doença durou 15 anos

d] Foi influenciado a escrever depois de ter lido “A Garota Exemplar” – Gillian Flyn

e] Agatha Christie e Sherlock Holmes eram leituras de cabeceira da juventude de Finn