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Crítica: Os Incríveis 2 (2018)

Os incríveis 2 chega finalmente aos cinemas brasileiros dia 28 de junho, mas a animação já quebrou recordes em sua estreia mundial que foi ontem (18/06). Com US$ 231,5 milhões em bilheteria – US$ 180 milhões apenas nos Estados Unidos -, Os incríveis 2 superou Procurando Dory, até então a líder de bilheteria das animações com US$ 135 milhões. Mas os recordes não param por aí. A animação se tornou a terceira maior estreia de 2018, atrás apenas de Vingadores: Guerra Infinita (com US$ 257,6 milhões) e Pantera Negra (com US$ 202 milhões). Está bom ou quer mais? Sim, tem mais. Não satisfeita, Os incríveis 2 ainda ficou entre as oito maiores estreias do cinema americano, ficando até na frente do live-action A Bela e a Fera. Valeu à pena esperar 14 anos, hein?

A história começa exatamente no final do primeiro filme, com o Escavador invadindo a cidade e a família Pêra toda unida e uniformizada combatendo o crime. Então, só para esclarecer, não teve aquela passagem de tempo que costumam colocar nos filmes quando demoram muito para lançar a continuação, ou seja, na animação, não passaram os 14 anos que se passou no mundo real. As crianças ainda são crianças, os super heróis ainda são ilegais e o Sr. Incrível ainda continua sem um emprego.

Acontece que salvar a cidade do Escavador não deu muito certo e, agora, os super heróis são até procurados pela polícia como criminosos, e a família Pêra acaba escondida em um hotel. O filme poderia parar aí extremamente triste e pessimista, mas, como em toda boa história, um milionário admirador de heróis aparece para salvar o dia. Sim, no maior estilo fada madrinha, o tal milionário leva toda a família para uma mansão super tecnológica e contrata a Mulher Elástica para atuar em seu plano de mudar a lei que transforma os super heróis em criminosos para que eles possam atuar novamente. Hein? A Mulher Elástica? Sim, a Mulher Elástica. O plano do milionário é financiar um super herói para que ele possa combater o crime e mostrar que super heróis são bons, necessários e que a lei deve ser revogada. E, para isso, ele decide que a Mulher Elástica é a melhor opção porque, segundo um estudo cheio de gráficos, ela apresenta mais chances de resultados positivos com menos estragos do patrimônio público.

É neste ponto que vemos a primeira mudança que nos salta aos olhos, apesar de dever ser vista como algo normal e corriqueiro, mas, infelizmente, não é. A animação mostra a mãe saindo para trabalhar e o pai ficando com os filhos em casa. Mostra a frustração do Sr. Incrível por não poder ser o provedor da família naquele momento e até uma certa inveja do sucesso da esposa que se mostra totalmente capaz de desempenhar a mesma função de super herói que ele. O filme aborda as mesmas piadas que já foram muito vistas em comédias românticas sobre os pais que não aguentam a rotina das mães e se descabelam na primeira crise e, infelizmente, isso ainda causa graça.

Vemos um pai despreparado, uma mãe preocupada em deixar a casa e os filhos sob a supervisão dele e, em pleno século XXI, ainda sentimentos estranheza nessa situação e ainda achamos engraçado um pai não saber trocar uma fralda. Ainda achamos comum e justificável a preocupação e a culpa da mãe por não estar lá para ajudar no dever de casa de matemática ou achar os sapatos perdidos. Ainda sentimos pena do pai que não consegue dormir direito e se atrapalha todo ao preparar o café da manhã. Coisa que toda mãe deve saber fazer com maestria porque não faz mais do que sua obrigação, não é?

Porém, podemos dizer que, graças às conquistas do século XXI, esse tipo de assunto é exposto em uma animação infantil, mostrando que a mãe também trabalha fora e o pai também troca fraldas, algo inimaginável há poucos anos atrás. Os incríveis 2 segue a evolução dos filmes de super heróis que tem abordado mais as heroínas femininas e mostrado que salvar o dia não é um trabalho só para os homens. Assim como os contos de fadas que vem mostrando que as princesas não precisam de um príncipe para escreverem sua própria história e nem de um casamento para alcançarem o seu felizes para sempre.

O enredo é envolvente e coerente apesar de ter se passado tanto tempo, mas não se pode dizer que há um motivo em questão de qualidade e tecnologia para ter sido preciso 14 anos para que a animação fosse feita, apesar do que nos levou a crer vários memes no Facebook. A mensagem também é crucial e necessária de ser discutida. Infelizmente, ainda tem que ser discutida, mas ainda bem que pode ser discutida. O desfecho também é brilhante e mostra que cada um pode ocupar o seu lugar sem ter que diminuir ou tirar o lugar do outro e que super heróis, mais do que salvar o dia, trazem esperança de um dia melhor e nos inspiram a ser melhores. Por fim, o saldo geral é que valeu muito à pena esperar esses 14 anos.

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Viva: A Vida é Uma Festa (2017)

Primeiramente, é inevitável não comparar Viva: A Vida é Uma Festa (Coco, 2017) com Festa no Céu (The Book of Life, 2014). Ambos partem do mesmo princípio, o feriado mexicano do Dia de Los Muertos, com protagonistas que correm atrás dos seus sonhos. E ambos são ótimos. Porém a nova animação da Disney/Pixar consegue encontrar sua própria identidade, e o resultado é simplesmente o melhor filme do estúdio desde Divertida Mente (Inside Out, 2015).

Miguel é um garoto apaixonado por música, que sonha em ser famoso e seguir os passos do seu ídolo já falecido, Ernesto De La Cruz. Mas, por causa de uma desilusão do passado, a família de Miguel não pode nem ouvir falar em nada relacionado a música, e quer que o menino siga o ofício de sapateiro, uma tradição familiar.

A trama de Viva: A Vida é Uma Festa pode não ser tão original quanto Divertida Mente, mas consegue ser mais tocante. Abordar um tema tão complexo, como a morte, é um risco. Ainda mais se levarmos em consideração que estamos falando de uma animação para a família. Porém a história acerta ao tratar o assunto com sensibilidade.

(divulgação)

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O relacionamento familiar e seus conflitos estão presentes na história, como em boa parte das animações da Disney (e da Pixar também). Porém, ao falar sobre a morte, Viva: A Vida é Uma Festa disserta sobre lembranças. Aquelas lembranças que mantemos acesas dentro de nós, mesmo quando um ente querido morre. As memórias estabelecem a conexão entre os vivos e aqueles que já se foram.

Conceitualmente, a Terra dos Mortos muito se assemelha ao retratado em Festa no Céu e até mesmo em A Noiva-Cadáver (Corpse Bride, 2005). Novamente o espectador é transportado para um mundo cheio de cores, música e vida. Mas a Disney/Pixar cria uma identidade visual para esse universo que, como sempre, é de encher os olhos.

(divulgação)

Outro aspecto positivo do filme está no modo como as tradições e a cultura do México são retratadas. Os rituais e preparativos das famílias mexicanas para o Dia De Los Muertos (equivalente ao nosso Dia de Finados, mas celebrado de uma maneira bem diferente), as músicas e os elementos culturais, todos bem delineados e com muito bom gosto.

Viva: A Vida é Uma Festa é uma emocionante celebração da vida, da família e da importância de sempre manter acesa a memória afetiva dos nossos antepassados.

disney/pixar
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Confira o pôster nacional de “Viva: A Vida é Uma Festa”, nova animação da Disney/Pixar

As animações da Disney/Pixar sempre geram bastante ansiedade. E não poderia ser diferente com a nova produção do estúdio. Foram divulgados hoje o pôster nacional e a nova data de estreia de Viva: A Vida é Uma Festa. Confira a seguir:

A história, inspirada do tradicional feriado mexicano do Dia dos Mortos, gira em torno de Miguel Rivera, um jovem de 12 anos que sonha em ser músico. Porém sua família odeia música, e não quer nem saber dessa ideia. Mas Miguel segue acreditando no seu sonho inspirado por seu ídolo, o falecido cantor Ernesto De La Cruz. O que o garoto não esperava é que tamanha paixão iria desencadear uma série de eventos que o levaria até a Terra dos Mortos.

Viva: A Vida é Uma Festa tem direção de Lee Unkrich (Toy Story 3) e estreia prevista para 4 de janeiro de 2018 no Brasil.

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Nova série da Turma da Mônica na Cartoon Network

Ainda na ressaca da Comic Con Experience 2016, trazemos uma novidade diretamente do painel da Mauricio de Sousa Produções. Em parceria com o canal Cartoon Network, o estúdio anunciou o lançamento de uma nova série animada da Turma da Mônica. Confira a seguir o divertido vídeo exibido durante a convenção:

O nome da série não podia ser mais adequado: Bairro do Limoeiro. É no território dominado pela turma mais querida dos quadrinhos que a confusão vai rolar solta. Na prévia é possível sentir o gostinho de tudo que essa galera vai aprontar.

O desenho dos personagens é mais retrô, resgatando os gibis dos anos 70. Mas apesar do traço clássico, o visual é bem moderno, com muitas referências atuais (a hashtag #cholamais foi genial) e o trabalho de animação tá incrível!

Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão, Franjinha e Bidu, Piteco e até o elefante Jotalhão marcam presença no trailer. É possível também reparar em alguns easter eggs, como a vestimenta do Astronauta e uma boia do Horácio.

As aventuras do Bairro do Limoeiro devem chegar às telinhas da Cartoon Network em 2018. E depois desse aperitivo vai ser difícil controlar a ansiedade.

Chuck (Josh Gad), Red (Jason Sudeikis), Bomb (Danny McBride) in Columbia Pictures and Rovio’s ANGRY BIRDS.
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Estreia: Vem aí “Angry Birds: O Filme”!

Na comédia animada em 3D, Angry Birds – O Filme, vamos finalmente descobrir o motivo dos passarinhos serem tão irritados.

O filme nos leva para uma ilha populada totalmente por passarinhos felizes e que não voam – bom, quase toda. Nesse paraíso, Red (Jason Sudeikis de Uma Familia do Bagulho e Quero Matar Meu Chefe), um pássaro com problemas de temperamento; o veloz Chuck (Josh Gad em seu primeiro papel em animação desde Frozen – Uma Aventura Congelante) e o volátil Bomba (Danny McBride de  É o Fim e Eastbound and Down) sempre foram deixados de lado. Mas quando a ilha recebe a visita de porcos verdes e misteriosos, cabe à esses improváveis rejeitados a tarefa de descobrir o que os porcos estão aprontando.

Com um elenco estrelado e hilário de vozes, que incluem Bill Hader (Descompensada, Divertidamente), Maya Rudolph (Missão Madrinha de Casamento) e Peter Dinklage (Game of Thrones), e também Keegan-Michael Key (Key & Peele), Kate McKinnon (Saturday Night Live, Caça-Fantasmas (2016)), Tony Hale (Veep, Arrested Development), Ike Barinholtz (The Mindy Project, Vizinhos), Hannibal Buress (Broad City, Why? With Hannibal Buress), Jillian Bell (Anjos da Lei 2), Danielle Brooks (Orange is the New Black), a sensação da música latina Romeo Santos, e as estrelas do YouTube Smosh (Ian Hecox e Anthony Padilla), o filme da Columbia Pictures e Rovio Entertainment é dirigido por Fergal Reilly e Clay Kaytis e produzido por John Cohen e Catherine Winder.  O roteiro é de Jon Vitti, e os produtores executivos são Mikael Hed e David Maisel.

O filme tem estreia prevista para o próximo dia 12 no Brasil.

Atualizações

Netflix lançará sua primeira animação produzida na América Latina

Netflix vai ganhar sua primeira série de animação produzida na América Latina!

“As Lendas” é inspirada em uma trilogia de animações do produtor mexicano Ricardo Arnaiz. A produção da série fica por conta da companhia Anima Estudios (responsável pela animação de “Chaves”). O desenho se passa em 1800 e é estrelado por Leo San Juan, que tem o dom de se comunicar com monstros e fantasmas. Um dia, sua cidade desaparece e vai parar em outra dimensão, então o jovem se vê obrigado a unir forças com um grupo fantasmagórico.

A série deverá ter 13 episódios em sua primeira temporada, porém só irá estrear no Netflix em 2017.

Atualizações

Animação sobre Anne Frank tem primeiras imagens divulgadas

A história mundialmente conhecida de Anne Frank ganhará as telas dos cinemas em breve em uma animação assinada por Ari Folman, diretor indicado ao Oscar por “Valsa com Bashir”.

O projeto ainda sem nome oficial promete combinar imagens em stop-motion e animação tradicional (2D) com as principais passagens do diário da jovem judia, morta aos 15 anos, vítima do Holocausto.

Iniciada em janeiro deste ano, a produção teve as primeiras imagens divulgadas esta semana. O filme ainda não há uma previsão de chegada aos cinemas.

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O diário da adolescente judia Anne Frank, que registra fatos corriqueiros da vida da garota bem como as dificuldades enfrentadas pelos judeus durante a ocupação nazista, tornou-se um dos registros mais importantes sobre os assassinatos em massa da população judaica durante a Segunda Guerra Mundial.

Quando ela tinha 13 anos de idade, Anne e sua família receberam a notícia de que seriam obrigados a se mudar para um campo de trabalhos forçados. Para que isso não acontecesse, eles fugiram para um esconderijo no prédio onde funcionava o escritório de seu pai, no centro de Amsterdã, na Holanda.

Porém, dois anos depois, o esconderijo foi descoberto e Anne Frank foi mandada para um campo de concentração, onde morreu com apenas 15 anos de idade.

O pai da garota, Otto Frank, foi o único membro de sua família que sobreviveu. Com a ajuda de outras pessoas, ele conseguiu anunciar o diário de sua filha, que foi publicado pela primeira vez em 1947 com o nome de “O Diário de Anne Frank”.

Em 1960, o lugar onde a família viveu escondida tornou-se o museu “Casa de Anne Frank”, onde é possível encontrar documentos históricos, fotografias e objetos originais que pertenceram à família Frank.