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Review: Once Upon a Time 4×19 – Sympathy for the De Vil

CONTÉM SPOILERS

A entrada de Cruella na série finalmente fez algum sentido. Até então, sua participação tinha sido simplesmente desnecessária, apenas como uma peça no plano de Gold. Mas a vilã de 101 Dálmatas teve sua história revelada em “Sympathy for the De Vil” e um desfecho que promete trazer grandes consequências nos próximos episódios.

No início, temos a ideia de como era a vida de Cruella após a morte do pai: uma prisão. A moça, até então inocente, passou anos trancafiada em casa até a visita de um já conhecido Autor que se compadeceu de sua situação e ajudou em sua fuga. Com isso, ele não a leva apenas para conhecer o mundo em que ela vive, mas também a apresenta um mundo novo, onde a magia é real, e a presenteia com um dom: a partir daquele momento, qualquer animal poderia ser controlado pela jovem injustiçada.

Até aí tudo bem. Não é de hoje que Once Upon a Time (e diversos filmes, inclusive) vem dando uma visão mais humana para seus vilões. Conhecer o passado deles, de certa forma, ajuda a justificar os caminhos que seguiram na vida. Grandes traumas os fizeram ir para esse lado sombrio. The Evil Queen está aí e não me deixa mentir: perdeu o amor de sua vida graças à ingenuidade de Branca de Neve e encontrou na vingança uma maneira de seguir em frente.

Não esperava, portanto, nada de diferente no passado de Cruella. Fiquei no aguardo daquele acontecimento que a tornaria má. E foi aí que algo ao mesmo tempo surpreendente e decepcionante aconteceu: Cruella sempre foi uma vilã. Nenhum acontecimento traumático, nenhum fato perturbador; nada a transformou. Desde jovem ela já demonstrava sua crueldade. Nada de mocinha indefesa que foi “forçada” a mudar os rumos de sua vida. Foi exatamente nisso que a história surpreendeu. Temos nela uma maldade pura, de berço (ou pelo menos foi isso que conseguimos entender). Mas foi também ao descobrirmos isso que uma decepção surgiu. A personagem foi muito mal aproveitada na série. Entrou como algo descartável e saiu sem o destaque que merecia. Seu lado sombrio podia ter trazido muitos problemas à população de Storybrooke, mesmo que ela estivesse impedida de matar.

O sequestro de Henry, por exemplo, foi uma ótima maneira para ela conseguir o que queria: a vingança contra o Autor. Impedida de eliminá-lo, não havia outro jeito senão forçar alguém a fazer o serviço. O único problema do plano é que ela resolveu mexer logo com Regina e Emma que, quando se trata de Henry, se transformam e são capazes de tudo.

Falando em Regina, sua jogada contra Gold também foi bem esperta. Previsível, mas esperta. Ele pode ser o canalha que for, mas ninguém pode duvidar que de seu amor por Bela (mesmo que de uma maneira esquisita). Ameaçar a vida dela o tira de cena quanto a Zelena, e Robin poderá ser salvo.

Quanto a Emma, sua situação com os pais continua tensa e essa falta de confiança e raiva pelo que fizeram só tornam o plano de Rumple mais fácil de se concretizar. Sem saber que Cruella não poderia matar Henry, a Salvadora deu início a um processo que pode ser irreversível. Ao matar a vilã, seu coração ganhará um tom mais escuro. Escuridão essa que pode preenchê-lo por completo. E será difícil evitar.

OBS 1: Resta apenas uma centelha de bondade no coração de Gold. Imaginem como ele ficará se a maldade dominá-lo por completo.

OBS 2: Se até Regina já falou para Emma superar o problema com os pais é porque já está mais do que na hora dela esquecer isso.

OBS 3: Henry anda um pouco apagado faz algum tempo. Espero que receba um pouco mais de atenção nos próximos episódios.

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