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Especial ‘Dia do Blogueiro’: O surgimento dos blogs e sua evolução até os dias de hoje

Hoje, dia 20 de março, é comemorado o dia do blogueiro. Mas, o que é um blogueiro? Onde ele vive? O que come? Como se reproduz? O Beco voltou aos primórdios da Internet para explicar como surgiu essa raça tão importante para o nosso acesso à informação nos dias de hoje.

O termo weblog foi criado por Jorn Barger, criador do primeiro blog, o Robot Wisdom, em 17 de dezembro de 1997. A abreviação blog, por sua vez, foi criada por Peter Merholz, que, de brincadeira, desmembrou a palavra weblog para formar a frase we blog (“nós blogamos”) na barra lateral de seu blog Peterme.com, em abril ou maio de 1999. Pouco depois, Evan Williams do Pyra Labs usou blog tanto como substantivo quanto verbo (to blog ou “blogar”, significando “editar ou postar em um weblog“), aplicando a palavra blogger em conjunção com o serviço Blogger, da Pyra Labs, o que levou à popularização dos termos.

Jorn Barger, criador do Robot Wisdom, considerado o primeiro blog, em 1997

Antes do formato blog se tornar amplamente conhecido, havia vários formatos de comunidades digitais como o Usenet, serviços comerciais online como o GEnie, BiX e Compuserve, além das listas de discussão e do Bulletim Board System (BBS). Em 1990, softwares de fóruns de discussão como o WebEx criaram os diálogos via threads.

blog atual é uma evolução dos diários online, onde pessoas mantinham informações constantes sobre suas vidas pessoais. Estes primeiros blogs eram simplesmente componentes de sites, atualizados manualmente no próprio código da página. O site do cientista e pesquisador brasileiro Cláudio Pinhanez, que na época já trabalhava no MIT Media Lab, é considerado o primeiro a ser publicado em formato de diário virtual.  O seu “Diário Aberto” (Open Diary), publicado no Laboratório de Mídia do MIT, tinha o objetivo de documentar acontecimentos em sua vida e foi atualizado até 1996. Em seu primeiro texto, ele falava sobre o filme Vanya on 42nd Street (Tio Vanya em Nova York ), que havia achado o máximo. A evolução das ferramentas que facilitavam a produção e manutenção de artigos postados em ordem cronológica facilitou o processo de publicação, ajudando em muito na popularização do formato. Isso levou ao aperfeiçoamento de ferramentas e hospedagem própria para blogs.

Cláudio Pinhanez, criador do primeiro diário virtual, Open Diary, em janeiro de 1994

A mensagem passou a modelar o meio, quando no início de 2000, o Blogger introduziu uma inovação – o permalink, conhecido em português como ligação permanente ou apontador permanente – que transformaria o perfil dos blogs. Os permalinks garantiam a cada publicação num blog uma localização permanente – uma URL – que poderia ser referenciada. Anteriormente, a recuperação em arquivos de blogs só era garantida através da navegação livre (ou cronológica). O permalink permitia então que os blogueiros pudessem referenciar publicações específicas em qualquer blog.

Em seguida, hackers criaram programas de comentários aplicáveis aos sistemas de publicação de blogs que ainda não ofereciam tal capacidade. O processo de se comentar em blogs significou uma democratização da publicação, consequentemente reduzindo as barreiras para que leitores se tornassem escritores.

Interface do Robot Wisdom

A blogosfera, termo que representa o mundo dos blogs, ou os blogs como uma comunidade ou rede social, cresceu em ritmo espantoso. Em 1999, o número de blogs era estimado em menos de 50; no final de 2000, a estimativa era de poucos milhares. Menos de três anos depois, os números saltaram para algo em torno de 2,5 a 4 milhões. Atualmente, existem cerca de 112 milhões de blogs e cerca de 120 mil são criados diariamente, de acordo com o estudo State of Blogosphere.

Existem diversos tipos de blogs atualmente. Entretanto é possível dividi-los em três grandes ramos:

  • Blogs pessoais: são os mais populares e, normalmente, são usados como um gênero de diário com postagens voltadas para os acontecimentos da vida e as opiniões do usuário. Também são largamente utilizados por celebridades que buscam manter um canal de comunicação com seus fãs.
  • Blogs coorporativos e organizacionais: muitas empresas vêm utilizandoblogs como ferramentas de divulgação e contato com clientes. Tanto é assim que já existe a profissão de blogueiro, ou seja, profissionais são contratados pelas empresas com o cargo de blogueiro para a realização de blogs internos ou externos para registrar as diversas atividades corporativas, respectivamente, para públicos internos (colaboradores) de forma mais privativa e externos, como clientes e fornecedores. A empresa líder em blogs pelo mundo é a Microsoft com um total de 4500 blogs.
  • Blogs de gênero: por fim, háblogs com um gênero específico, que tratam de um assunto dominado pelo usuário, ou grupo de usuários. Estes são os blogs com o maior número de acessos, sendo que eles podem apresentar conteúdos variados, como humorísticos, notícias, informativos ou o de variedades, com contos, opiniões políticas e poesias. Algumas categorias de blogs recebem denominações específicas, como blogs educativos, blogs literários, Metablogs, etc. É nessa categoria que encaixamos o Beco Literário.

Podemos dizer que o tatatatataravô do Beco foi o primeiro blog brasileiro criado em 1998 por Nemo Nox, que não revela seu nome verdadeiro nem sua idade. Naquela época, não existiam plataformas próprias para blogs, então, ele precisava criar cada página em HTML em um editor de texto e publicar por FTP. As postagens do blog eram principalmente atividades culturais: livros, filmes, música, etc. Alguma semelhança?

Nemo Nox, primeiro blogueiro brasileiro

Junto com os blogs, nasceram os blogueiros, os profissionais responsáveis por publicar qualquer coisa sobre qualquer tema em um blog. Isso não precisa ser, necessariamente pela escrita, pode ser por vídeo ou por voz, como é o caso dos Youtubers.

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Especial ‘A Bela e a Fera’: Descubra a verdadeira história do conto de fadas e sua evolução através do tempo

A Bela e a Fera (em francês La Belle et la Bête) teve sua primeira versão publicada por Gabrielle-Suzanne Barbot, Dama de Villeneuve, na La Jeune Ameriquaine et les Contes Marins, em 1740. A versão mais conhecida foi um resumo da obra de Madame Villeneuve, publicado em 1756 por Madame Jeanne-Marie LePrince de Beaumont, no Magasin des enfants, ou dialogues entre une sage gouvernante et plusieurs de ses élèves. A primeira versão inglesa surgiu em 1757. Desde então, variantes do conto foram surgindo pela Europa. Um exemplo é a versão lírica francesa “Zémire et Azor“, escrita por Marmontel e composta por Grétry, em 1771.

Na versão de Beaumont, o conto A Bela e a Fera relata a história da filha mais nova de um rico mercador que tinha três filhas, porém, enquanto as filhas mais velhas gostavam de ostentar luxo, festas e lindos vestidos, a mais nova, que todos chamavam de Bela, era humilde, gentil, generosa, gostava de leitura e tratava bem as pessoas.

O mercador perdeu toda a sua fortuna, com exceção de uma pequena casa distante da cidade. Bela aceitou a situação com dignidade, mas suas irmãs não se conformavam em perder a fortuna e os admiradores, e descontavam suas frustrações em Bela, que, humildemente, não reclamava e ajudava seu pai como podia.

Um dia, o mercador recebeu notícias de bons negócios na cidade e resolveu partir. As filhas mais velhas, esperançosas em enriquecer novamente, encomendaram-lhe vestidos e futilidades, mas Bela, preocupada com o pai, pediu apenas que ele lhe trouxesse uma rosa.

Quando o mercador voltava para casa, foi surpreendido por uma tempestade e se abrigou em um castelo que avistou no caminho. O castelo era mágico e o mercador pôde se alimentar e dormir confortavelmente, pois tudo o que precisava lhe era servido como por encanto.

Ao partir, pela manhã, avistou um jardim de rosas e, lembrando do pedido de Bela, colheu uma delas para levar consigo. Foi surpreendido, porém, pelo dono, uma Fera pavorosa, que lhe impôs uma condição para viver: deveria trazer uma de suas filhas para oferecer em seu lugar.

Assim que o mercador chegou em casa e contou a história para suas filhas, Bela resolveu se oferecer para a Fera, imaginando que seria devorada. Ao invés de devorá-la, a Fera foi se mostrando, aos poucos, como um ser sensível e amável, fazendo todas as suas vontades e tratando-a como uma princesa. Apesar de achá-lo feio e pouco inteligente, Bela se apegou ao monstro que, sensibilizado, a pedia constantemente em casamento, pedido que Bela gentilmente recusava.

Um dia, Bela quis visitar sua família, pedido que a Fera, muito a contragosto, concedeu com a promessa de que Bela retornaria em uma semana. O monstro combinou com Bela que, para voltar, bastaria colocar seu anel sobre a mesa, e magicamente retornaria.

Bela visitou alegremente sua família, mas as irmãs, ao vê-la feliz, rica e bem vestida, sentiram inveja, e a envolveram para que sua visita fosse se prolongando, na intenção de que a Fera ficasse aborrecida com sua irmã e a devorasse. Bela foi prorrogando sua volta até ter um sonho em que via a Fera morrendo. Arrependida, colocou o anel sobre a mesa e voltou imediatamente, mas encontrou a Fera caída no jardim, pois ela não se alimentara mais, temendo que Bela não retornasse.

Bela compreendeu que amava a Fera, que não podia mais viver sem ela, e confessou ao monstro sua resolução de aceitar o pedido de casamento. Mal pronunciou essas palavras, viu a Fera se transformar em um lindo príncipe, pois seu amor colocara fim ao encanto que o condenara a viver sob a forma de uma fera até que uma donzela aceitasse se casar com ele. O príncipe casou com Bela e foram felizes para sempre.

A versão de Villeneuve inclui alguns elementos omitidos por Beaumont. Segundo essa versão, a Fera foi um príncipe que ainda jovem perdeu o pai, e sua mãe partiu para uma guerra em defesa do reino. A rainha deixou-o aos cuidados de uma fada malvada, que tentou seduzi-lo enquanto ele crescia; quando ele recusou, ela o transformou em fera. A história revela também que Bela não é realmente uma filha do mercador, mas a descendente de um rei. A mesma fada que tentou seduzir o príncipe tentou matar Bela para casar com seu pai, e Bela tomou o lugar da filha morta do mercador para se proteger. Beaumont diminuiu o número de personagens e simplificou o conto.

La Belle et La Bête de 1946, dirigido por Jean Cocteau

Adaptado, filmado e encenado inúmeras vezes, o conto apresenta diversas versões diferentes do original que se adaptam a diferentes culturas e momentos sociais. Como um filme francês feito em 1946 que segue o conto de Beaumont, dando a Bela duas irmãs, mas também um irmão que fica cuidando delas enquanto o pai está desaparecido. Nessa versão, viram como necessário que tivesse algum homem na casa para proteger as moças, inclusive das investidas de casamento, o que reflete a visão da época. Já uma versão feita na União Soviética em 1952 foi baseada em uma versão de Sergei Aksakov chamada A flor vermelha (The scarlett flower), em referência à rosa que Bela pede para seu pai. Essa versão já se mantém mais fiel à história de Beaumont, mas o nome de Bela é mudado para Nastenka, um diminutivo de Anastásia.

A Bela e a Fera de 1987, dirigido por Eugene Marner

Em 1987, temos a primeira versão como musical com uma Bela loira e o tradicional vestido amarelo, e, em 1991, o conto é consagrado em uma animação da Disney, sendo a primeira animação a ser indicada ao Oscar de Melhor Filme. Nessa versão que aboliu as duas irmãs de Bela e também o irmão misterioso que apareceu em 1946, também não se viu necessário entrar em maiores detalhes sobre o motivo de Bela e seu pai viverem em um vilarejo pacato no interior da França. Bela é apresentada como uma moça forte e inteligente que adora ler e não se encaixa na visão retrógrada da época. Ela vai sozinha ao encontro de seu pai quando esse desaparece e se oferece por vontade própria para ficar no lugar dele. Vemos Bela como uma personagem feminina forte, corajosa e independente, que, ao contrário das outras princesas, salva seu príncipe e conquista o seu felizes para sempre. É nessa versão de 1991 que é baseado o live action estrelado por Emma Watson e que chega aos cinemas amanhã (16). CONFIRA NOSSA CRÍTICA AQUI!

A Bela e a Fera de 2017, estrelado por Emma Watson e com direção de Bill Condon

De abril de 1994 a julho de 2007, A Bela e a Fera ficou em cartaz na Broadway por um total de 5461 performances, sendo o oitavo musical por mais tempo em cartaz na história da Broadway. Produzido pela Walt Disney Theatrical, essa montagem foi inspirada na animação de 1991 e veio a se tornar a primeira da Disney nos palcos da Broadway (Nova Iorque – EUA), após a ideia de apresentar uma peça de 25 minutos sobre a história no Walt Disney World. Pelo sucesso do musical em Nova Iorque, foram montadas adaptações para inúmeras filiais da Broadway pelo mundo, como em São Paulo, no antigo teatro Abril (hoje, Teatro Reunalt), em 2002-2003 e novamente em 2009.

A Bela e a Fera exibido no antigo Teatro Abril em 2009

A Bela e a Fera é mais uma prova de como os contos de fadas são atemporais. Eles se adaptam às épocas e lugares e instigam a imaginação humana. Que menina nunca sonhou em ser uma princesa? Ou que menino nunca quis ser um bravo cavaleiro defendendo seu reino em batalhas épicas? As histórias de amor impossíveis e o triunfo do bem sobre o mal nunca vão deixar de encantar e nos trazer essa esperança de que tudo sempre dá certo no fim e de que todos têm direito ao seu felizes para sempre.

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10 Livros que (talvez) ainda cheguem as telas

Desde que grandes filmes derivados de livros, como Harry Potter, O senhor dos Anéis e As Crônicas de Nárnia surgiram, vemos várias outras sagas literárias ganhando forças nas telas do cinema ou virando séries de tv, algumas dando certo e outras nem tanto, inclusive já fizemos uma matéria aqui sobre as 10 Séries Literárias que não Deram Certo nos Cinemas. No entanto, mesmo com o grande número de adaptações que fracassaram nos últimos anos, o mercado cinematográfico continua investindo nas adaptações literárias e alguns bons livros talvez ainda cheguem as telas nos próximos anos.

A seguir vocês verão uma pequena lista com 10 livros que em algum momento deram sinal de que sairiam das páginas paras as telas, sejam elas dos cinemas ou séries para a TV, e que ainda temos esperanças de poder assistir:

Crônicas Lunares – Marissa Meyer

Uma combinação de contos e fadas e ficção cientifica traz um mundo dividido entre humanos e ciborgues, uma rainha do espaço do mal, e uma corrida para salvar a população humana.

Escrito por Marissa Meyer e publicado no Brasil pela Editora Rocco, a saga teve seus direitos autorais para uma adaptação comprados e segundo a própria autora o roteiro já está sendo escrito.

Trilogia Grisha – Leigh Bardugo

Alina Starkov nunca esperou muito da vida. Órfã de guerra, ela tem uma única certeza: o apoio de seu melhor amigo, Maly, e sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa de seu regimento militar, em uma das expedições que precisa fazer à Dobra das Sombras – uma faixa anômala de escuridão repleta dos temíveis predadores volcras –, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros e ficar brutalmente ferido. Seu instinto a leva a protegê-lo, quando inesperadamente ela vê revelado um poder latente que nunca suspeitou ter.

A Entertainment Weekly anunciou que os direitos da saga literária escrita por Leigh Bardugo e publicada no Brasil pela Editora Gutenberg foram vendidos para a DreamWorks e David Heyman seria o produtor. Infelizmente isso foi anunciado em 2012 e até hoje não tivemos mais notícias da adaptação.

Carta de Amor aos Mortos – Ava Dellaira

Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky.

Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

Os direitos do romance homônimo escrito por Ava Dellaira e publicado pela Editora Seguinte foram vendidos para Fox 2000 e Temple Hill. Wyck Godfrey e Marty Bowen, que produziram a Culpa é das Estrelas de John Green, estão produzindo o longa.

Série Feios – Scott Westerfeld

Séculos depois da destruição da civilização industrial em um apocalipse ecológico, a humanidade vive em cidades-bolha cercadas pela natureza selvagem. Lá, Tally Youngblood é feia. Não, isso não significa que ela é alguma aberração da natureza. Não. Ela simplesmente ainda não completou 16 anos. Em Vila Feia, os adolescentes ficam presos em alojamentos até o aniversário de 16 anos, quando recebem um grande presente do governo: uma operação plástica como nunca vista antes na história da humanidade. Suas feições são corrigidas à perfeição, a pele é trocada por outra, sem imperfeições ou – nem pense nisso – espinhas, seus ossos são substituídos por uma liga artificial, mais leve e resistente, os olhos se tornam grandes e os lábios, cheios e volumosos. Em suma, aos 16 anos todos ficam perfeitos.

Tally mal pode esperar pelo seu aniversário. Depois da operação, vai finalmente deixar Vila Feia e se mudar para Nova Perfeição, onde os perfeitos vivem, bebem, pulam de paraquedas, voam a bordo de suas pranchas magnéticas, e se divertem (o tempo todo). Seu único trabalho é aproveitar muito.

Scott Westerfeld, autor da série, fez um tweet sobre um possível filme e comunicou oficialmente a notícia na Comic-Com lá em 2011, no entanto, desde aí não houve nenhuma atualização pública sobre o longa.

Trilogia Legend – Marie Lu

Ambientada na República, nação instalada numa região outrora conhecida como costa oeste dos Estados Unidos e que vive em guerra contra as Colônias, a série acompanha o romance improvável entre dois jovens de origens distintas numa realidade opressora.

Legend, escrito por Marie Lu e publicado pela Editora Rocco teve seus direitos adquiridos pela CBS Films, que contratou os mesmos produtores da Saga Crepúsculo. Jonathan Levine foi convidado para a direção, mas abandonou o projeto. Desde 2013, a história aguarda o sinal verde para entrar em produção.

Trilogia Red Rising – Perce Brown

Em um futuro não tão distante, o homem já colonizou Marte e vive no planeta em uma sociedade definida por castas. Darrow é um dos jovens que vivem na base dessa pirâmide social, escavando túneis subterrâneos a mando do governo, sem ver a luz do sol. Até o dia que percebe que o mundo em que vive é uma mentira, e decide desvendar o que há por trás daquele sistema opressor. Tomado pela vingança e com a ajuda de rebeldes, Darrow vai para a superfície e se infiltra para descobrir a verdade.

No início do ano passado, Pierce Brown disse que o filme estava em desenvolvimento com direção de Marc Forster (Guerra Mundial Z). Não houve nenhuma atualização desde então.

Trilogia Destino – Ally Condie

Cassia Reyes vive em uma sociedade do futuro, onde tudo é extremamente controlado: a alimentação, o lazer, o trabalho, a cultura, a morte e até mesmo os casais e, consequentemente, as famílias. No entanto, ela nunca teve motivos para duvidar da eficácia do sistema e seu respeito pela Sociedade apenas cresce quando Xander, seu melhor amigo, é designado para ser seu Par. Mas, após um mal entendido, tudo em que Cassia acredita parece desmoronar e é quando ser diferente dos outros começa a se tornar atraente.

A Trilogia escrita por Ally Condie e publicada sobre o selo Suma da Companhia de Letras teve seus direitos adquiridos pela Disney que anunciou Jon M. Chu como diretor da adaptação, no entanto nenhuma outra informação sobre o longa foi dada desde então.

Série A Seleção – Kiera Cass

Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo.

Em 2012, o canal americano CW adquiriu os direitos para uma série de tv. No entanto, nem o primeiro e nem o segundo piloto foram aprovados e os direitos acabaram voltando para autora Kiera Cass que vendeu para a Warner Bros em 2015 que transformaria a seéri em filme agora. Em 2016 foi anunciado que a direção do filme ficaria sobre responsabilidade de Thea Sharrock.

Trilogia Estilhaça-me – Tahereh Mafi

Juliette nunca se sentiu como uma pessoa normal. Nunca foi como as outras meninas de sua idade. O motivo: ela não podia tocar ninguém. Seu toque era capaz de ferir e até matar. Durante anos, Juliette feriu e, segundo seus pais, arruinou o que estava à sua volta com um simples toque, o que a levou a ser presa numa cela.

A trilogia “Estilhaça-me” de Tahereh Mafi e publicada em território nacional pela Editora Novo Conceito vai ganhar uma série de TV produzida pela ABC Signature Studios. A autora da série divulgou a notícia através do seu twitter. Ela também afirma que estará na produção da série e que em breve teremos mais novidades. O primeiro episódio da série tem o título “O Fim, o Começo”, e seu roteiro foi escrito por Mike Le.

Simon Vs. A Agenda Homo Sapiens – Becky ALbertalli

Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Tudo muda quando Martin, o bobão da escola, descobre uma troca de e-mails entre Simon e um garoto misterioso que se identifica como Blue e que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte. Martin começa a chantageá-lo, e, se Simon não ceder, seu segredo cairá na boca de todos. Pior: sua relação com Blue poderá chegar ao fim, antes mesmo de começar.

Agora, o adolescente avesso a mudanças precisará encontrar uma forma de sair de sua zona de conforto e dar uma chance à felicidade ao lado do menino mais confuso e encantador que ele já conheceu.

De todas as adaptações citadas essa é a que, aparentemente, está mais próximo de chegar até nós. A Fox adquiriu os direitos do livro escrito por Becky Albertalli e publicado pela Editora Intrínseca e a produção já foi iniciada tendo seu elenco principal todo escolhido e anunciado recentemente. Nick Robinson e Jennifer Garner são alguns dos nomes que fazem parte do elenco do longa que deve chegar as telonas em breve.

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Especial Dia Internacional da Mulher: 5 livros sobre mulheres fortes para comemorar esse dia

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.

Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra – em um protesto conhecido como “Pão e Paz” – que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.

Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975, comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e, em 1977, o 8 de março foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

Para comemorar esse dia tão especial nas conquistas femininas, o Beco traz uma lista de 5 livros inspiradores sobre mulheres que vão fazer você celebrar esse dia com estilo:

1 – O Mundo de Sofia, Jostein Gaarder

Prestes a completar 15 anos, Sofia Amundsen recebe uma misteriosa carta enviada por um desconhecido. Ela passa a receber bilhetes anônimos contendo questionamentos à Sofia sobre sua origem e o que ela veio fazer neste mundo. Quem escreve as cartas é Alberto Knox, um senhor que passa a ser seu professor. Nas cartas, Sofia vai encontrar ensinamentos e aprendizados da filosofia, desde a Antiguidade Clássica até Kant e Darwin.

2 – Garota Exemplar, Gillian Flynn

Uma das mais aclamadas escritoras de suspense da atualidade, Gillian Flynn apresenta um relato perturbador sobre um casamento em crise. Na manhã de seu quinto aniversário de casamento, Amy, a linda e inteligente esposa de Nick Dunne, desaparece de sua casa às margens do Rio Mississippi. Aparentemente trata-se de um crime violento, e passagens do diário de Amy revelam uma garota perfeccionista que seria capaz de levar qualquer um ao limite. Pressionado pela polícia e pela opinião pública – e também pelos ferozmente amorosos pais de Amy –, Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamentos inapropriados. Sim, ele parece estranhamente evasivo, e sem dúvida amargo, mas seria um assassino? Com sua irmã gêmea Margo a seu lado, Nick afirma inocência. O problema é: se não foi Nick, onde está Amy? E por que todas as pistas apontam para ele?

3 – Sejamos Todos Feministas, Chimamanda Adichie

O que significa ser feminista no século XXI? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres? Eis as questões que estão no cerne de Sejamos todos feministas, ensaio da premiada autora de Americanah e Meio sol amarelo. “A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente.

“Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente da primeira vez em que a chamaram de feminista. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. “Não era um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: ‘Você apoia o terrorismo!'”. Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e — em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são “anti-africanas”, que odeiam homens e maquiagem — começou a se intitular uma “feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens”.

Neste ensaio agudo, sagaz e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para pensar o que ainda precisa ser feito de modo que as meninas não anulem mais sua personalidade para ser como esperam que sejam, e os meninos se sintam livres para crescer sem ter que se enquadrar nos estereótipos de masculinidade.

4 – Orgulho e Preconceito, Jane Austen

O principal assunto do livro é contemplado logo na frase inicial, quando a autora menciona que um homem solteiro e possuidor de grande fortuna deve ser o desejo de uma esposa. Com esta citação, Jane Austen faz três referências importantes: a autora declara que o foco da trama será os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor á obra ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum, e prepara o leitor para uma caçada de um marido em busca da esposa ideal e de uma mulher perseguindo pretendentes.

O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy) e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casada, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo. Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma de suas filhas. Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, o Sr. Darcy, por seu jeito frio, é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontraram. A recíproca não é verdadeira. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí, o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, mostrando também, desse modo, a sociedade do final do século XVIII.

5 – Eu sou Malala, Christina Lamb e Malala Yousafzai

Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina levantou a voz. Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase pagou o preço com a vida. Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria. Mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações Unidas em Nova York. Aos dezesseis anos, ela se tornou um símbolo global de protesto pacífico e a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz.

Eu sou Malala é a história de uma família exilada pelo terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens. O livro acompanha a infância da garota no Paquistão, os primeiros anos de vida escolar, as asperezas da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e as trevas da vida sob o Talibã. Escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, este livro é uma janela para a singularidade poderosa de uma menina cheia de brio e talento, mas também para um universo religioso e cultural cheio de interdições e particularidades, muitas vezes, incompreendido pelo Ocidente.

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Especial dia do comediante: 5 livros para morrer de rir

Dia 26 de fevereiro é o dia escolhido para homenagear o comediante brasileiro e o Beco traz para você uma lista de 5 livros para comemorar esse dia morrendo de rir:

1 – EU, VOCÊ E A GAROTA QUE VAI MORRER, Jesse Andrews

É uma mistura perfeita entre drama, humor e um retrato preciso da adolescência em face do amadurecimento. Na trama, Greg tem apenas um amigo, Earl, com quem passa o tempo livre jogando videogame e (re)criando versões bastantes pessoais de clássicos do cinema, até a sua mãe decidir que ele deve se aproximar de Raquel, colega de turma que sofre de leucemia. Contrariando todas as expectativas, os três se tornam amigos e vivem experiências ao mesmo tempo tocantes e hilárias, narradas com incrível talento e sensibilidade.

2 – O ANALISTA DE BAGÉ, Luis Fernando Veríssimo

A personagem representa um gaúcho, psicanalista supostamente freudiano de linha ortodoxa de palavras marcantes e ilustrativo da sabedoria popular do Rio Grande do Sul. Sua assistente, Lindaura, auxiliava-o na abordagem de casos mais difíceis.

Teve uma infância normal, onde o que não aprendeu no galpão, aprendeu atrás do galpão. O analista se diz “mais ortodoxo que pomada Minancora” ou que as Pastilhas Valda. Sua técnica do joelhaço, no entanto, é bastante heterodoxa, a depender do ponto de vista. Ela está baseada no princípio da dor maior, isto é, quando o paciente vem se queixar de suas dores subjetivas, o joelhaço aplicado no local correto oferece ao sujeito a vivência de uma dor tão mais intensa que faz com que se esqueça das dores “menores”.

3 – A LUA DE MEL, Sophie Kinsella

Ao se dar conta de que o namorado nunca vai pedir sua mão em casamento, Lottie toma uma decisão. Termina o compromisso com ele e diz o tão sonhado sim a Ben, uma antiga paixão, com quem ela havia prometido se casar se ambos ainda estivessem solteiros aos 30 anos. Os dois, então, resolvem pular o namoro, ir direto para uma cerimônia simples e seguir para a lua de mel em Ikonos, a ilha grega onde eles se conheceram. Mas Fliss, a irmã mais velha da noiva, acha que Lottie enlouqueceu. Já Lorcan, que trabalha na empresa de Ben, teme que o casamento destrua a carreira do amigo. Fliss e Lorcan, então, elaboram um plano para sabotar a noite de núpcias do casal e impedir que os noivos cometam o maior erro de suas vidas.

4 – O DIÁRIO DE BRIDGET JONES, Helen Fielding

Escrito na forma de um diário pessoal, o romance narra um ano na vida de Bridget Jones, uma mulher trabalhadora, solteira, de trinta e tantos anos e que vive em Londres. Escreve sobre sua carreira, auto-imagem, vícios, família, amigos e relacionamentos amorosos.

Bridget não só vive obcecada sobre a sua vida amorosa, mas também com os detalhes das suas várias lutas diárias contra o seu peso, o seu excesso de indulgência em álcool e cigarros e a sua carreira. Os amigos e família de Bridget são as personagens secundárias no seu diário. Esses amigos estão lá para ela incondicionalmente durante todo o romance, dando-lhe conselhos sobre seu relacionamento e apoio quando surgem problemas. Os pais de Bridget vivem fora da cidade e, enquanto eles desempenham um papel menos importante do que seus amigos, são figuras importantes na vida de Bridget. A sua mãe é uma mulher delirante com excesso de confiança, que tenta constantemente casar Bridget com um homem rico e bonito; e o seu pai é consideravelmente mais simplório, embora, às vezes, seja conduzido para estados de espírito estranhamente instáveis pela sua esposa.

5 – O ALIENISTA, Machado de Assis

Após conquistar respeito em sua carreira de médico na Europa e no Brasil, o Dr. Simão Bacamarte retorna à sua terra-natal, Itaguaí, para se dedicar ainda mais a sua profissão. Após um tempo na cidade, casa-se com a já viúva D. Evarista, uma mulher por volta dos vinte e cinco anos e que não era nem bonita e nem simpática. O médico a escolheu por julgá-la capaz de lhe gerar bons filhos, mas ela acaba não tendo nenhum sequer.

Certo dia, o Dr. Bacamarte resolve se dedicar aos estudos da psiquiatria e constrói na cidade um manicômio chamado Casa Verde para abrigar todos os loucos da cidade e região. Em pouco tempo, o local fica cheio e ele vai ficando cada vez mais obcecado pelo trabalho. No começo, os internos eram realmente casos de loucura e a internação aceita pela sociedade, mas, em certo momento, Dr. Bacamarte passou a enxergar loucura em todos e a internar pessoas que causavam espanto. A primeira delas foi o Costa, homem que perdeu toda sua herança emprestando dinheiro para os outros, mas não conseguia cobrar seus devedores. A partir daí, diversas outras personagens serão internadas pelo alienista.

Colunas

5 livros e filmes sobre a luta contra o câncer

No dia mundial da luta contra o câncer (04/02), o Beco decidiu fazer uma matéria para homenagear e lembrar de todas as vítimas da doença que enfrentam essa batalha diariamente. Para isso, escolhemos 5 filmes e livros que nos dão um gostinho do que é estar na pele deles e revelam o mais íntimo de uma pessoa que se encontra nessa situação, desde o modo como ela lida com seus sonhos, com a esquisitice da adolescência e como as pessoas ao seu redor reagem.

50%

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“50/50” foi escrito por Will Reiser, que foi diagnosticado com um tumor espinhal quando tinha 24 anos. Seth Rogen, que interpreta o melhor amigo de Adam, Kyle, é um amigo próximo de Reiser na vida real, e o filme é baseado no que aconteceu com sua amizade após o diagnóstico. A história segue a vida de Adam, um escritor de rádio que no auge de sua juventude que é diagnosticado com câncer. O filme nos ajuda a entender todos os passos de uma vítima da doença, como seus relacionamentos são afetados por elas e o mais importante, como ajudam na recuperação do otimismo frente a possibilidade de morrer.

Eu, você e a garota que vai morrer

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Tudo isso pode soar horrendamente clichê, mas o filme é atencioso e repleto de humor mordaz e de câmeras enérgicas, com uma inteligência peculiar ao retratar a vida de uma adolescente com leuemia. O filme é, principalmente, sobre a relação entre um adolescente obcecado por filmes clássicos chamado Greg e sua vizinha Rachel, que foi diagnosticada com câncer estágio IV. A mãe de Greg obriga o garoto a fazer visitas regulares a amiga de infância como forma de consolar a menina. Com o tempo, o que antes era um fardo, se torna uma bela amizade. Este é um filme divertido e comovente sobre amizade e superação.

Cartas para Deus

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Tyler Doherty é um garoto extraordinário de oito anos. Cercado por uma família e por uma comunidade cheias de amor, ele encara uma batalha diária contra o câncer. Para Tyler, Deus é um companheiro, um professor e um grande amigo por correspondência – as orações de Tyler são feitas em forma de cartas que ele escreve e envia diariamente. As cartas chegam às mãos de Brady McDaniels, um carteiro que decide responder as cartas do menino. Esse filme é baseado em uma história real e ensina o poder da família em horas como essa.

Uma prova de amor

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Ana é uma garotinha que já nasceu com o propósito de salvar a vida de sua irmã Kate, que tem um tipo de câncer muito grave desde que nasceu. Portanto, Ana é uma doadora compatível e desde que nasceu seus pais a usaram para prover o necessário para sua irmã.  Agora Kate precisará de um transplante de rim e Ana sabe que, se o fizer, sua vida será limitada.  E se não o fizer, sua irmã morrerá. Esse filme traz uma reflexão importante não apenas sobre como a família reage a doença, mas também trata de uma maneira sutil a relação vital entre as duas irmãs.

Garota das nove perucas

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Câncer não é usualmente relacionado ao humor. Mas nesse filme o cômico é parte predominante do roteiro. Contado de maneira leve e em tom de comédia suave, o filme aborda a reação de Sophie Ritter e de sua família e amigos com a notícia de que ela tem uma forma rara de tumor cancerígeno no pulmão. A partir de então, ela começa um tratamento pesado de quimioterapia. O tom cômico com o qual é contado a história faz a experiência de Sophie parecer muito mais leve e interessante. Quando seu cabelo começa a cair, a garota compra perucas diferentes e utiliza um nome diferente para cada dia que irá usar elas. Mais que uma maneira de se livrar da dor desse processo, transforma a vida em um palco de surpresas e permite que ela sinta cada vez mais vontade de existir.

A culpa é das estrelas

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Com esse livro, você pode esperar rir, chorar e se divertir de maneiras diferentes. Escrito por John Green, a história segue a vida de Hazel Grace, uma adolescente que foi diagnosticada com câncer de pulmão e atende a um grupo de apoio. Lá ela conhece um garoto chamado Augustus Waters, um menino charmoso que já teve osteosarcoma, uma forma rara de câncer de osso, mas recentemente tinha se recuperado. A partir de então, o relacionamento entre os dois deslancha e os dois vivenciam uma montanha-russa de emoções e experiências incríveis. Se você gosta de livros para jovens adultos cheios de humor e eventos espetaculares, este livro é perfeito para você.

Um amor para recordar

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Nesse livro, Landon Carter narra a história de seu último ano no final dos anos 1950 em Beaufort High, Carolina do Norte, quando ele se apaixona pela primeira vez. Uma garota tranqüila que sempre carregava uma Bíblia com seus livros escolares, Jamie parecia satisfeita vivendo em um mundo à parte dos outros adolescentes. Enquanto isso, Landon era um adolescente popular que nunca sonhara em pedir a menina para sair. No entanto, o destino faz com que os dois deslanchem em um relacionamento comovente e apaixonado, que continua forte mesmo após Landon descobrir que Jamie foi diagnosticada com um câncer terminal.

A mais pura verdade

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Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha. Mark está doente. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier. Nem que seja a última coisa que ele faça. Durante toda a história acompanhamos a jornada do pequeno Mark rumo à montanha. Presenciamos todas as dificuldades em que ele passa, e nosso coração aperta, dói, acelera e as vezes quase para.

Como viver eternamente

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Sam vai morrer e decide escrever um livro a respeito de sua situação. O livro, que é também um scrapbook, uma coleção de listas e recortes. No entanto, o livro não fala da morte, mas da vida. Não fala do fim, mas da eternidade. Fala sobre a alegria de viver e do sentido da vida enquanto ela dura. Como viver eternamente termina com o testamento de Sam e pode ser lido também como um livro de auto-ajuda. A escrita da autora é simples como a de um menino e, exatamente por esse motivo, o livro pode ser lido de maneira muito ágil. Em suma, ele transforma os que estão ao redor, tanto dentro quanto fora do livro, e não pela pena gerada por sua condição mas pela naturalidade com a qual ele lida com a situação.

A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar

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A estrela que nunca vai se apagar é uma biografia única, que reúne trechos de diários, textos de ficção, cartas e desenhos de Esther. Fotografias e relatos da família e de amigos ajudam a contar a história dessa menina inteligente, astuta e encantadora cujo carisma e força inspiraram o aclamado autor John Green a dedicar a ela sua obra best-seller A culpa é das estrelas. Lembrando que a história da Esther é bem diferente, muito mais complicada, dolorida e com muito menos romance.

Atualizações, Colunas

5 livros para comemorar o “dia do amigo virtual”

É, minha gente, mais uma vez Mark Zuckerberg nos mostra que ter uma auto estima lá em cima é tudo! Quem hoje não acordou com aquele videozinho fofo do dia do amigo no Facebook e pensou: hoje é o dia do amigo, vou dar parabéns para todos os meus amigos? Pois é, mas hoje não é o dia do amigo. O QUE? COMO ASSIM? O FACEBOOK DISSE QUE É! Expliquemos: o dia do amigo é comemorado internacionalmente pela ONU no dia 30 de julho e, no Brasil, no dia 20 de julho. Então, nos perguntamos: de onde raios o Facebook tirou de comemorar o tal dia em fevereiro? É aí que entra a grande auto estima de nosso amigo Zuckerberg. Ele acha que o dia do amigo deveria ser mudado para o dia de criação do Facebook (4 de fevereiro) e resolveu começar essa mudança comemorando sozinho, ou melhor, ele mais todos os milhões de adeptos da rede social.

Se você está se sentindo enganado e pensa em retirar seus votos de felicidades aos seus amigos, não faça isso. No fim das contas, é só um dia a mais criado para comemorarmos a presença de pessoas especiais em nossas vidas e celebrarmos a amizade. Aliás, quem não gosta de compartilhar um videozinho nostálgico do Facebook? Para entrar no clima e não perder a oportunidade, o Beco criou uma listinha de 5 livros para comemorar o dia que, talvez, podemos chamar de “dia do amigo virtual“.

1 – Byte Coração, Rita Espeschit

Em Byte Coração, a autora, já a partir do título, cativa o leitor por sua criatividade. O adolescente Pedro, por curiosidade, entrou em uma sala de bate-papo na internet. Escolheu um nome que impunha respeito, Teseu, o herói mitológico que matou o Minotauro. Conheceu, então, Renata que, por coincidência, usava o apelido de Ariadne, a filha do rei de Creta que ajudou o herói a matar o terrível monstro. Nasce entre eles um relacionamento afetivo saudável e prazeroso, alimentado, a princípio, só pelas conversas no chat e pelos e-mails.

O navio velejava, portanto, em mares calmos e previsíveis só que, aos poucos, Teseu e Ariadne começaram a se sentir envolvidos demais para continuarem só na tela. O que significava, sem dúvida, tempestade à vista no horizonte. Uma história que não se limita apenas ao ciberespaço. Resgata a mitologia e traz para a sala de aula a reflexão sobre muitos temas pertinentes à vida real dos adolescentes.

2 – Simplesmente acontece, Cecelia Ahern

O que acontece quando duas pessoas que foram feitas uma para outra simplesmente não conseguem ficar juntas?
Todo mundo acha que Rosie e Alex nasceram para ser um casal. Todo mundo menos eles mesmos. Grandes amigos desde criança, eles se separaram na adolescência, quando Alex se mudou com sua família para os Estados Unidos. Os dois não conseguiram mais se encontrar, mas, através dos anos, a amizade foi mantida através de emails e cartas. Mesmo sofrendo com a distância, os dois aprenderam a viver um sem o outro. Só que o destino gosta de se divertir, e já mostrou que a história deles não termina assim, de maneira tão simples.

3 – [email protected], Telma Guimarães Castro Andrade

Garoto viciado em internet se mete em confusão ao conhecer seus amigos virtuais. Metallica é o apelido que Romeu usa para conversar nas salas de bate-papo, sua maior diversão na internet. As conversas deixam entrever seu cotidiano: a escola, a banda, a rixa com as irmãs, o clima em casa. Certo dia, ele resolve conhecer Madonna pessoalmente: que decepção! Mas as surpresas não param por aí… No final do volume há uma lista de links interessantes que a turma do Metallica acessa e por onde os jovens podem navegar.

4 – Geek love: o manual do amor nerd, Eric Smith

Atenção, Player 1: você está prestes a embarcar na quest da sua vida. Este livro é para quem está cansado de viver a vida no single player mode. Este livro é para quem percebeu que todas as temporadas de Doctor Who não conseguem abafar aquele insistente sentimento de falta.

Eric Smith sabe mais do que ninguém que existem prazeres imensos na vida geek. Amigos incríveis, conversas até de madrugada sobre realidades alternativas ou até mesmo o simples prazer de ler aquele lançamento de quadrinhos. No entanto, chega um momento na vida de todo nerd em que o amor bate à porta e daí vem a hora de jogar o xadrez tridimensional que é o mundo dos solteiros.

Não se desespere, jovem Padawan! Deixe Smith guiá-lo por esse caminho e descubra que amar é muito mais do que flores e bombons. Afinal, nada é normal na vida do nerd, e o amor não é senão o mais extraordinário dos fenômenos humanos.

5 – Fangirl, Rainbow Rowell

Cath é fã da série de livros Simon Snow . Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas para Cath, ser fã é sua vida – e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série; está sempre antenada aos fóruns; escreve uma fanfic de sucesso; e até se veste igual aos personagens na estreia de cada filme. Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real.

Mas agora que as duas estão indo para a faculdade, e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto. Uma nova realidade pode parecer assustadora para uma garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências. Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?

 

 

Colunas, Livros

5 livros que nos lembram dos horrores do Holocausto judeu

Nesta sexta-feira (27), é comemorado o 72º aniversário da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz, que em 27 de janeiro de 1945 foi tomado por soldados do Exército vermelho após quatro anos de funcionamento. Por causa disso, hoje é comemorado o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Mais de 6 milhões de judeus foram exterminados durante a Segunda Guerra Mundial no que foi o maior genocídio da História e isso deve ser lembrado e passado pelas gerações para que tragédias como essa não se repitam.

Para comemorar essa data que, mesmo triste, serve para manterem vivas as memórias de todos aqueles que sofreram, foram perseguidos e morreram nessa caçada injusta e cruel, o Beco selecionou 5 livros sobre o tema que não vão deixar que eles sejam esquecidos.

1 – O diário de Anne Frank, Annelies Marie Frank

O Diário de Anne Frank é um livro escrito por Annelies Marie Frank entre 12 de junho de 1942 e 1º de agosto de 1944 durante a Segunda Guerra Mundial. Em 9 de julho 1942, Anne, seus pais, sua irmã e outros judeus (Albert Dussel e a família van Daan) se esconderam em um Anexo secreto junto ao escritório de Otto H. Frank (pai de Anne), em Amsterdã, durante a ocupação nazista dos Países Baixos. Inicialmente, Anne Frank usa seu diário para contar sobre sua vida antes do confinamento e depois narra momentos vivenciados pelo grupo de pessoas confinadas no Anexo.

Em 4 de agosto de 1944, agentes da Gestapo detiveram todos os ocupantes que estavam escondidos em Amsterdã. Separaram Anne de seus pais e levaram-nos para os campos de concentração. O diário de Anne foi entregue por Miep Gies a Otto H. Frank, seu pai, após a morte da menina ser confirmada. Anne Frank faleceu no campo de concentração Bergen-Belsen em fevereiro de 1945, quando tinha 15 anos.

2 – O menino do pijama listrado, John Boyne

A história se passa durante o período do Holocausto, tendo como personagem principal, Bruno, filho de um militar alemão, que tem 8 anos e não sabe nada sobre o Holocausto e os horrores que aconteciam com os judeus. Também não faz ideia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim, perto de seus avós e a mudar-se para uma região isolada, onde ele não tem ninguém para brincar e nem nada para fazer.

Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixavam com frio na barriga. Em um de seus passeios Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca, que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno fica intrigado e, vai aos poucos tentando entender o mistério que ronda as atividades de seu pai. Bruno e seu amigo Shmuel, vivem diversas aventuras juntos, com um final que surpreende até para os mais preparados.

3 –Depois de Auschwitz, Eva Schloss

Em seu aniversário de quinze anos, Eva é enviada para Auschwitz. Sua sobrevivência depende da sorte, da sua própria determinação e do amor de sua mãe, Fritzi. Quando Auschwitz é extinto, mãe e filha iniciam a longa jornada de volta para casa. Elas procuram desesperadamente pelo pai e pelo irmão de Eva, de quem haviam se separado. A notícia veio alguns meses depois: tragicamente, os dois foram mortos.

Este é um depoimento honesto e doloroso de uma pessoa que sobreviveu ao Holocausto. As lembranças e descrições de Eva são sensíveis e vívidas, e seu relato traz o horror para tão perto quanto poderia estar. Mas também traz a luta de Eva para viver carregando o peso de seu terrível passado, ao mesmo tempo em que inspira e motiva pessoas com sua mensagem de perseverança e de respeito ao próximo – e ainda dá continuidade ao trabalho de seu padrasto Otto, pai de Anne Frank, garantindo que o legado de Anne nunca seja esquecido.

4 – A história de Irena Sendler: a mãe das crianças do Holocausto, Anna Mieszkowksa

A dramática e surpreendente história de uma heroína ignorada – na verdade, da maior heroína da Segunda Guerra Mundial. Baseado em relatos diretos da própria Irena Sendler, de outros membros da resistência polonesa (incluindo alguns dos mais destacados, como Jan Karski) e de sobreviventes salvos por ela e seu grupo, o livro descreve, detalhadamente, a vida e as ações de uma das maiores personagens desse tempo trágico – que ficaria praticamente desconhecida até a queda do Muro de Berlim.

O livro, portanto, também relata as circunstâncias desse longo anonimato, e aquelas que afinal revelaram ao mundo o nome de Irena Sendler. À época uma garota polonesa iniciando sua carreira no serviço de assistência social, Irena Sendler viu-se no centro da brutal história do século XX quando Varsóvia foi ocupada pelos nazistas, em setembro de 1939, e os judeus encarcerados no gueto para morrer de fome. Os sobreviventes seriam levados aos campos de extermínio.

Irena Sendler integra-se então à Zegota, organização clandestina de ajuda aos judeus, na qual organiza e lidera um grupo de voluntários poloneses que, dia a dia, esquivando-se dos agentes alemães, entravam e saíam do gueto, salvando assim da morte mais de 2 mil crianças judias. O preço seria alto – muitos dos voluntários são capturados e mortos, e a própria Irena Sendler é presa, torturada e condenada à morte pela Gestapo. Mas ela escapa e retoma seu ‘trabalho’ – salvar da morte quantas crianças judias pudesse.

Irena Sendler passou as décadas seguintes ao fim da Segunda Guerra Mundial atrás da ‘cortina de ferro’. Malvista pelas autoridades pró-soviéticas da Polônia, que desconfiavam dos ativistas não-comunistas e, principalmente, dos ativistas pró-judeus, viveria uma espécie de segunda clandestinidade, desta vez histórica. A história de Irena Sendler – a mãe das crianças do Holocausto é parte fundamental do resgate de seu nome, de sua memória e do significado de sua vida.

5 – Uma criança de sorte: memórias de um sobrevivente de Auschwitz, Thomas Buergenthal

À primeira vista, parece não existir sorte alguma em sua vida – ainda não tinha seis anos quando ele e seus pais foram obrigados a viver num gueto na Polônia e, em 1944, aos dez anos, foi enviado a Auschwitz com sua família. Após ser separado dos pais, o pequeno Thomas, forte e esperto, trabalha para escapar da morte nas câmaras de gás, e assim consegue resistir à tragédia que assolou o mais conhecido campo de concentração da Segunda Guerra Mundial.

Quase um ano depois de sua chegada a Auschwitz e de sobreviver à Marcha da Morte e a Sachsenhausen – outro campo de concentração sob o comando da guarda alemã -, onde sofreu com a fome e o frio, Thomas afinal estava livre… e sozinho. Thomas Buergenthal procura relatar, nesta autobiografia, todos os detalhes de uma história comovente, para que o Holocausto seja finalmente compreendido “através dos olhos daqueles que sobreviveram a ele”.

Colunas, Livros

13 livros que Obama leu e recomenda

Após 8 anos de governo, um dos presidentes mais populares da História, Barack Obama, deixou a Casa Branca neste dia 20. Tão influente quanto popular, Obama faz parte da lista de celebridades que exaltam a importância da leitura, junto com Oprah Winfrey, Mark Zuckerberg, Emma Watson, Bill Gates, entre outros. O Beco traz para você uma lista com 13 livros recomendados pelo ex-presidente que estão disponíveis em língua portuguesa:

1 – Toda luz que não podemos ver, Anthony Doerr

O romance foi publicado em 6 de maio de 2014 nos Estados Unidos pela editora Scribner e venceu o Prémio Pulitzer de Ficção em 2015, assim como o prémio Andrew Carnegie Medal for Excellence in Fiction. A história do romance passa-se na França ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e centra-se numa menina francesa cega e num rapaz alemão que acabam por se encontrar.

2 – Harry Potter e as relíquias da morte, J.K. Rowling

Sim, Obama é Potterhead. Em um vídeo de 2007, o ex-presidente comentou sobre as expectativas para o lançamento de Harry Potter e as relíquias da  morte, último volume da saga que foi lançado em junho daquele ano. A saga Harry Potter foi escrita pela britância J.K. Rowling e é composta por 7 livros. Conta a história de um pequeno bruxo chamado Harry Potter que, junto com seus amigos, vive muitas aventuras na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, faz feitiços, poções e luta contra um grande vilão para salvar o mundo bruxo.

O universo de Rowling conquistou fãs em todo o mundo, sendo o livro mais traduzido depois da Bíblia Sagrada e uma das maiores bilheterias da História, com 8 filmes. A franquia também mantém 2 parques dentro do complexo Universal, na Flórida, 1 em Los Angeles e uma exposição de cenários, figurinos e afins nos estúdios Warner, em Londres.

3 – Cem anos de solidão, Gabriel García Marquez

É uma obra do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel da Literatura em 1982, e é atualmente considerada uma das obras mais importantes da literatura latino-americana. Esta obra tem a peculiaridade de ser umas das mais lidas e traduzidas de todo o mundo. Durante o IV Congresso Internacional da Língua Espanhola, realizado em Cartagena, na Colômbia, em março de 2007, Cem anos de solidão foi considerada a segunda obra mais importante de toda a literatura hispânica, ficando apenas atrás de Dom Quixote de la Mancha.

Sua história passa-se numa aldeia fictícia e remota na América Latina chamada Macondo. Esta pequena povoação foi fundada pela família Buendía – Iguarán. A primeira geração desta família peculiar é formada por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. Este casal teve três filhos: José Arcadio, que era um rapaz forte, viril e trabalhador; Aureliano, que contrasta interiormente com o irmão mais velho no sentido em que era filosófico, calmo e terrivelmente introvertido; e por fim, Amaranta, a típica dona de casa de uma família de classe média do século XIX. A estes, juntar-se-á Rebeca, que foi enviada da antiga aldeia de José Arcadio e Ursula, sem pai nem mãe.

A história desenrola-se à volta desta geração e dos seus filhos, netos, bisnetos e trinetos, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula (que viveu entre 115 e 122 anos). Esta centenária personagem dará conta que as características físicas e psicológicas dos seus herdeiros estão associadas a um nome: todos os José Arcadio são impulsivos, extrovertidos e trabalhadores enquanto que os Aurelianos são pacatos, estudiosos e muito fechados no seu próprio mundo interior.

4 – Destinos e fúrias, Lauren Groff

Aos 22 anos, Lotto e Mathilde são jovens, perdidamente apaixonados e destinados ao sucesso. Eles se conhecem nos últimos meses da faculdade e antes da formatura já estão casados. Seguem-se anos difíceis, mas românticos: reuniões com amigos no apartamento em Manhattan; uma carreira que ainda não paga as contas; uma casa onde só cabem felicidade e sexo bom. Uma década depois, o caminho tornou-se mais sólido. Ele é um dramaturgo famoso e ela se dedica integralmente ao sucesso do marido. A vida dos dois é invejada como a verdadeira definição de parceria bem-sucedida.

Porém, nem tudo é o que parece; toda história tem dois lados, e em um casamento essa máxima se faz ainda mais verdadeira. Se em “Destinos” somos seduzidos pela imagem do casal perfeito, em “Fúrias” a tempestuosa raiva de Mathilde se revela fervendo sob a superfície. Em uma reviravolta emocionalmente complexa, o que começou como uma ode a uma união extraordinária se torna muito mais.

5 – Entre o mundo e eu, Ta-Nehisi Coates

Ta-Nehisi Coates é um jornalista americano que trabalha com a questão racial em seu país desde que escolheu sua profissão. Filho de militantes do movimento negro, Coates sempre se questionou sobre o lugar que é relegado ao negro na sociedade. Em 2014, quando o racismo voltou a ser debatido com força nos Estados Unidos, Coates escreveu uma carta ao filho adolescente e compartilha, por meio de uma série de experiências reveladoras, seu despertar para a verdade em relação a seu lugar no mundo e uma série de questionamentos sobre o que é ser negro na América.

O que é habitar um corpo negro e encontrar uma maneira de viver dentro dele? Como podemos avaliar de forma honesta a história e, ao mesmo tempo, nos libertar do fardo que ela representa?

Em um trabalho profundo que articula grandes questões da história com as preocupações mais íntimas de um pai por um filho, Entre o mundo e eu apresenta uma nova e poderosa forma de compreender o racismo. Um livro universal sobre como a mácula da escravidão ainda está presente nas sociedades em diferentes roupagens e modos de segregação.

6 – Garota exemplar, Gillian Flynn

O livro começa no dia do quinto aniversário de casamento de Nick e Amy Dunne, quando a linda e inteligente esposa de Nick desaparece da casa deles às margens do rio Mississippi. Sinais indicam que se trata de um sequestro violento e Nick rapidamente se torna o principal suspeito. Sob pressão da polícia, da mídia e dos ferozmente amorosos pais de Amy, Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamento inapropriado.

Ele é evasivo e amargo – mas seria um assassino? Ao mesmo tempo, passagens do diário de Amy revelam um casamento tumultuado – mas ela estaria contando toda a história? Alternando entre os pontos de vista de Nick e Amy, Flynn cria uma aura de dúvidas em que o cenário muda a cada capítulo. À medida que as revelações surgem, fica claro que, se existe alguma verdade nos discursos de Nick e Amy, ela é mais sombria, distorcida e assustadora do que podemos imaginar.

7 – F de falcão, Helen Macdonald

O relato emocionante de uma mulher que se empenha para superar a dor do luto por meio da excêntrica arte de treinar falcões. Aclamado best-seller do The New York Times, F de Falcão é uma autobiografia nada usual sobre superação e autodesenvolvimento. A autora, Helen Macdonald, conta sua história a partir do momento em que viaja até a Escócia para comprar um falcão. A depressão que lhe acometera após a morte do pai criara um abismo entre ela e as demais pessoas e nada mais fazia sentido em sua vida. Porém, ao praticar a falcoaria com Mabel, sua nova ave de rapina, e ler os diários de T. H. White, clássico autor da literatura inglesa, Helen começa a entender que o luto é um estado que não pode ser evitado, mas que pode ser superado, inclusive, com a ajuda de um inusitado açor.

Muito mais do que explicar como domesticar ou caçar com falcões, a prosa magnética de F de falcão narra a angustiante história de uma mulher que se sente infeliz e sem rumo. Uma mulher que, na ânsia por superar a melancolia, encontra ao lado de um dos mais ferozes animais o caminho para expulsar os próprios demônios.

8 – A garota no trem, Paula Hawkins

Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas d’água, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho.

E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes – a quem chama de Jess e Janson -, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess – na verdade Megan – está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.

9 – Onde vivem os monstros, Maurice Sendak

Neste livro, o leitor poderá acompanhar Max, um garoto agitado que se sente incompreendido pela família, numa viagem de barco, cruzando os mares à procura de outros mundos. Ele encontra a ilha dos monstros, um lugar onde ser selvagem não é um problema. Os monstros coroam Max e ele tem de reinar numa terra de batalhas amigáveis, cachorros de 30 metros de altura, fortalezas gigantescas e perigosas perseguições. A vida na ilha também apresenta outros desafios – os monstros esperam muito de seu rei e, se não estiverem contentes, eles podem muito bem devorá-lo.

10 – O sol é para todos, Harper Lee

Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.

Um dos grandes livros da ficção norte-americana, a obra de Harper Lee apareceu no discurso de despedida de Obama realizado na semana passada.

Nesse momento de mudanças, é importante lembrar a palavra de Atticus Finch, um dos grandes personagens de nossa ficção que lutou pela dignidade de um povo e pregou a compaixão entre as raças.

11 – Pureza, Jonathan Franzen

A jovem Pip Tyler não sabe quem é. Ela sabe que seu nome verdadeiro é Purity, que está atolada em dívidas, que está dividindo um apartamento com anarquistas e que a sua relação com a mãe vai de mal a pior. Coisas que ela não sabe: quem é seu pai, por que a mãe a força a uma vida reclusa, por que tem um nome inventado e como ela vai fazer para levar uma vida normal. Um breve encontro com um ativista alemão leva Pip à América do Sul para um estágio numa organização que contrabandeia segredos do mundo inteiro – inclusive sobre sua misteriosa origem. Pureza é uma história sobre idealismo juvenil, lealdade e assassinato. O mais ousado e profundo trabalho de um dos grandes romancistas de nosso tempo.

12 – Sapiens, Yuval Noah Harari

Harari cita o livro Armas, Germes e Aço, do autor Jared Diamond, como uma das maiores inspirações para o livro, mostrando que era possível “pedir muitas grandes perguntas e respondê-las cientificamente”. Diamond caracterizou o livro como uma obra que “Ilumina as grandes questões da história e do mundo moderno”.

O livro aborda a História da Humanidade desde a evolução arcaica da espécie humana na idade da pedra, até o século XXI. Seu principal argumento é que o Homo sapiens domina o mundo porque é o único animal capaz de cooperar de forma flexível em largo número e o faz por ser a única espécie capaz de acreditar em coisas que não existem na natureza e são produtos puramente de sua imaginação, tais como deuses, nações, dinheiro e direitos humanos. O autor afirma que todos os sistemas de cooperação humana em larga escala – incluindo religiões, estruturas políticas, mercados e instituições legais – são, em última instância, ficção.

Traduzido para mais de 30 idiomas, o livro foi selecionado por Mark Zuckerberg, criador do Facebook, para o seu Clube do Livro Online, em 2015.

13 – O problema dos três corpos, Cixin Liu

China, final dos anos 1960. Enquanto o país inteiro está sendo devastado pela violência da Revolução Cultural, um pequeno grupo de astrofísicos, militares e engenheiros começa um projeto ultrassecreto envolvendo ondas sonoras e seres extraterrestres. Uma decisão tomada por um desses cientistas mudará para sempre o destino da humanidade e, cinquenta anos depois, uma civilização alienígena a beira do colapso planeja uma invasão. O problema dos três corpos é uma crônica da marcha humana em direção aos confins do universo. Uma clássica história de ficção científica e um jogo envolvente em que a humanidade tem tudo a perder. Primeiro volume de uma elogiada trilogia, foi o primeiro proveniente da Ásia a vencer o Prêmio Hugo.

Foi uma leitura muito divertida, pois percebi que meus desafios diários como presidente não se comparam a uma ameaça iminente de invasão alienígena, brincou Obama.

O que achou da lista? Já leu algum? Que livro você acrescentaria? Deixe aqui nos comentários!

 

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Colunas

Especial Dia do Leitor: 10 livros que todos deveriam ler

O dia 7 de janeiro é lembrado anualmente como o Dia do Leitor, data que homenageia principalmente os destinatários dos autores, que se dedicam aos livros, à maravilhosa aventura de viajar mentalmente pelas histórias, pelo aprendizado, pela cultura e pela diversão.

O Dia do Leitor foi instituído para homenagear o jornal cearense “O Povo”, fundado em 7 de janeiro de 1928. Seu fundador, o poeta e jornalista Demócrito Rocha, era um intelectual, foi deputado federal e jornalista. Uma de suas criações foi o órgão literário Maracajá, suplemento de “O Povo”, que surgiu pela primeira vez em 1929 e era considerado o principal divulgador do movimento modernista literário cearense. Enquanto o jornal “O Povo” era voltado para divulgação de fatos políticos, combatendo a corrupção e os desmandos, o “Maracajá” era o órgão onde Demócrito Rocha e os intelectuais publicavam suas obras, utilizando o pseudônimo de Antonio Garrido.

Para comemorar essa data tão especial para nós, amantes dos livros, o Beco Literário criou uma lista de 10 livros imperdíveis que todo mundo deveria ler, pelo menos, uma vez na vida.

1. Os miseráveis, Victor Hugo

Os Miseráveis (Les Misérables na versão original em francês) é uma das principais obras escritas pelo escritor francês Victor Hugo, publicada em 3 de abril de 1862 simultaneamente em Leipzig, Bruxelas, Budapeste, Milão, Roterdã, Varsóvia, Rio de Janeiro e Paris (nesta última cidade foram vendidos 7 mil exemplares em 24 horas). Victor Hugo é também autor de Os Trabalhadores do Mar e O Corcunda de Notre-Dame, entre outras obras.

A história passa-se na França do século XIX entre duas grandes batalhas: a Batalha de Waterloo (1815) e os motins de junho de 1832. Daqui resulta, por cinco volumes, a vida de Jean Valjean, um condenado posto em liberdade, até sua morte. Em torno dele giram algumas pessoas que vão dar seus nomes para os diferentes volumes do romance, testemunhando a miséria deste século, a pobreza miserável de: Fantine, Cosette, Marius, mas também Thénardier (incluindo Éponine e Gavroche) e o inspetor Javert. O livro retrata a sociedade francesa do sec. XIX e mostra o panorama socioeconômico da população mais pobre.

2. Admirável mundo novo, Aldous Huxley

Admirável Mundo Novo (Brave New World na versão original em língua inglesa) é um romance distópico escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932 que narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas.

3. Dom Quixote, Miguel de Cervantes

Dom Quixote de la Mancha (Don Quijote de la Mancha em castelhano) é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616). É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 1605 e a outra em 1615. O livro surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que gozaram de imensa popularidade no período e, na altura, já se encontravam em declínio.

Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar: o protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis. A história é apresentada sob a forma de novela realista.

4. 1984, George Orwell

1984 (Nineteen Eighty-Four na versão original em inglês) é um romance distópico clássico do autor britânico George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair. Terminado de escrever no ano de 1948 e publicado em 8 de junho de 1949, retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo no ano homônimo. No livro, Orwell mostra como uma sociedade oligárquica coletivista é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela.

5. O retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde

O Retrato de Dorian Gray (The Picture of Dorian Gray, em inglês) é um romance filosófico do escritor e dramaturgo Oscar Wilde. Publicado pela primeira vez como uma história periódica em julho de 1890 na revista mensal Lippincott’s Monthly Magazine, os editores temiam que a história fosse indecente, e sem o conhecimento de Wilde, suprimiram cinco centenas de palavras antes da publicação. Wilde revisou e ampliou a edição de revista de O Retrato de Dorian Gray (1890) para uma publicação como um romance; a edição do livro (1891) que contou com um prefácio aforístico — uma apologia sobre a arte do romance e do leitor.

Dorian Gray é o tema de um retrato de corpo inteiro em óleo de Basil Hallward, um artista que está impressionado e encantado com a beleza de Dorian; ele acredita que a beleza de Dorian é responsável pela nova modalidade em sua arte como pintor. Através de Basil, Dorian conhece Lord Henry Wotton, e ele logo se encanta com a visão de mundo hedonista do aristocrata: que a beleza e a satisfação sensual são as únicas coisas que valem a pena perseguir na vida. Entendendo que sua beleza irá eventualmente desaparecer, Dorian expressa o desejo de vender sua alma para garantir que o retrato, em vez dele, envelheça e desapareça. O desejo é concedido e Dorian persegue uma vida libertina de experiências variadas e amorais; enquanto isso, seu retrato envelhece e regista todos os pecados que corrompem a alma.

6. A história sem fim, Michael Ende

A História sem fim (Die Unendliche Geschichte, no original alemão) é um livro de fantasia do escritor alemão Michael Ende, publicado pela primeira vez em 1979.

O personagem central do livro é um jovem garoto chamado Bastian Balthazar Bux, que rouba um livro chamado A História Sem Fim de uma pequena livraria alfarrabista. Bastian (cujo nome deve ser ligado à sua origem latina, da qual provém o nosso termo bastião) é de fato o bastião, o guardião de um reino em perigo. Bastian, a princípio, é apenas um leitor do livro, que narra a história da terra de Fantasia, o lugar onde todas as fantasias dos humanos se unem. Com o progresso do livro, porém, torna-se claro que alguns habitantes do lugar sentem a presença de Bastian, já que ele é a chave do sucesso da jornada sobre o que ele está lendo. Na metade do livro, ele entra na própria Fantasia e toma um papel mais ativo nela.

A primeira metade do livro é rica em detalhes de imagens e personagens, como num conto de fadas. Na segunda metade, porém, são introduzidos vários temas psicológicos, enquanto Bastian enfrenta a si mesmo, seu lado negro, e segue em frente à maturidade num mundo formado por seus desejos.

7. A metamorfose, Franz Kafka

A Metamorfose (Die Verwandlung em alemão) é uma novela escrita por Franz Kafka, publicada pela primeira vez em 1915. Veio a ser o texto mais conhecido, estudado e citado da obra de Kafka. Apesar de ter sido publicada em 1915, foi escrita em novembro de 1912 e concluída em vinte dias. Em 7 de dezembro de 1912, Kafka escrevia à sua noiva, Felice Bauer: “Minha pequena história está terminada”.

Nesta obra de Kafka, ele descreve uma caixeiro viajante que abandona suas vontades e desejos para sustentar a família e pagar a dívida dos pais, tendo o nome de Gregor Samsa. Numa certa manhã, Gregor acorda metamorfoseado em um inseto monstruoso. Kafka descreve este inseto como algo parecido com uma barata gigante. Nos primeiros momentos, o livro descreve as dificuldades iniciais de Gregor na nova forma. Uma ironia presente neste trecho do livro é que Gregor não se preocupa com sua transformação, mas sim como está atrasado para o trabalho.

Quando Gregor, após muita dificuldade, consegue abrir a porta, todos se assustam, seu pai, sua mãe, inclusive o gerente que sai correndo. O Sr. Samsa avança contra ele, forçando-o a entrar de volta no quarto. Após esse episódio, Gregor é demitido, sua família o rejeita e sua única companhia é ele mesmo. Apenas em alguns momentos, a irmã mostra certa compaixão por ele.

8. Lolita, Vladimir Nabokov

Lolita é um romance de Vladimir Nabokov, escrito em inglês e publicado em 1955 em Paris, em 1958 na Cidade de Nova Iorque e em 1959 em Londres.  O romance é notável por seu assunto controverso: o protagonista e narrador não confiável é um professor universitário de Literatura de meia-idade chamado Humbert Humbert que está obcecado com Dolores Haze, de 12 anos, com quem ele se torna sexualmente envolvido após se tornar seu padrasto. “Lolita” é seu apelido privado para Dolores.

Lolita rapidamente alcançou um status de clássico. É, hoje, considerado como uma das principais realizações da literatura do século XX, embora também entre as mais controversas. O romance foi adaptado em um filme por Stanley Kubrick em 1962 e, novamente, em 1997 por Adrian Lyne. Foi também adaptado várias vezes para o palco e tem sido o assunto de duas óperas, dois balés e um aclamado, mas comercialmente fracassado, musical da Broadway. Sua assimilação na cultura popular é tal que o nome “Lolita” é usado para implicar que uma jovem menina é sexualmente precoce.

9. O pequeno príncipe, Antoine de Saint-Exupéry

O pequeno príncipe (Le petit prince, no original francês) é uma obra do escritor, ilustrador e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry, publicada em 1943, nos Estados Unidos. Se trata de uma das obras literárias mais traduzidas no mundo, tendo sido publicado em mais de 220 idiomas e dialetos.

A história começa com o narrador descrevendo suas recordações em que, aos 6 anos de idade, fez um desenho de uma jiboia que havia engolido um elefante. Quando perguntava o que os adultos viam em seu desenho, todos eles achavam que o garoto havia desenhado um chapéu. Ao corrigir as pessoas, era sempre respondido que precisava de um hobby mais sério e maduro. O narrador então lamenta a falta de criatividade demonstrada pelos adultos.

Sem incentivos e decepcionado com as reações, ele desiste da carreira de pintor e se torna aviador. Durante seu voo, ocorre uma pane em seu avião no Deserto do Saara. Ao acordar, depois do acidente, se depara com um menino que o autor descreve como tendo cabelos de ouro e um cachecol vermelho, que lhe pede para desenhar um carneiro. O narrador então mostra-lhe o seu antigo desenho do elefante dentro de uma jiboia e, para sua surpresa, o menino interpreta-o corretamente.

Conforme a história passa, o aviador descobre que o menino vive no Asteroide B-612, que há apenas uma rosa que fala com ele, que tem três vulcões (sendo um deles extinto), que existe os Baobá que o principezinho tem medo que tomem conta do Asteroide e que ele assiste quarenta e três pôr-do-sol para se divertir ou se alegrar.

10. Dom Casmurro, Machado de Assis

Dom Casmurro é um romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1899 pela Livraria Garnier. Escrito para publicação em livro, o que ocorreu em 1900 – embora com data do ano anterior, ao contrário de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Quincas Borba (1891), escritos antes em folhetins – é considerado o terceiro romance da “trilogia realista” de Machado de Assis, ao lado desses outros dois.

Seu personagem principal é Bento Santiago, o narrador da história que, contada em primeira pessoa, pretende “atar as duas pontas da vida”, ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos, Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se torna o enredo central da trama. Ambientado no Rio de Janeiro do Segundo Império, se inicia com um episódio que seria recente, em que o narrador recebe a alcunha de “Dom Casmurro”, daí o título do romance. Machado de Assis o escreveu utilizando ferramentas literárias como a ironia e uma intertextualidade que alcança Schopenhauer e, sobretudo, a peça Otelo de Shakespeare.

Se você já leu algum livro da lista ou tem mais alguma dica para acrescentar, deixe aqui nos comentários e vamos comemorar o dia do leitor da melhor forma que existe: lendo!