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Escrever é Terapia: O Poder de um Diário
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Escrever é Terapia: O Poder de um Diário

A prática da escrita vai muito além de meramente registrar palavras em um papel. Ela possui uma dimensão terapêutica profunda e transformadora que, muitas vezes, subestimamos. Um diário, por exemplo, é mais do que um conjunto de páginas em branco; é um espaço seguro onde podemos liberar nossas emoções, explorar nossos pensamentos e sentimentos mais íntimos, e refletir sobre nossas experiências de maneira franca e sem julgamentos.

+ Diário da Dona Lurdes: os sentimentos que uma mãe carrega no peito

A vida cotidiana frequentemente nos impõe desafios, alegrias, tristezas e incertezas que podem ser difíceis de compartilhar com outras pessoas. Um diário se torna um confidente, um ouvinte silencioso que nunca julga, e onde podemos expressar nossos medos, sonhos, angústias e conquistas sem medo de críticas ou incompreensão.

Além disso, a prática de escrever em um diário promove o autoconhecimento. À medida que registramos nossos pensamentos, emoções e experiências, começamos a identificar padrões em nosso comportamento, desvendando gatilhos emocionais e revelando aspectos de nossa personalidade que talvez nunca tivéssemos percebido de outra forma. Essa autorreflexão profunda nos permite entender nossas motivações e tomar decisões mais informadas em nossa vida.

O estresse é uma parte inevitável da vida, mas o estresse crônico pode ter sérios impactos na saúde mental e física. A escrita em um diário se revela uma eficaz ferramenta de alívio. Ao transformar nossos pensamentos caóticos em palavras organizadas, somos capazes de liberar a tensão emocional e encontrar clareza. Isso proporciona um profundo senso de alívio e controle sobre nossas vidas.

Além disso, um diário pode ser um aliado valioso na busca de metas pessoais. Ao definir objetivos e acompanhar nosso progresso, celebrando conquistas, por menores que sejam, mantemos a motivação e o foco.

Para começar a utilizar esse recurso terapêutico, tudo o que você precisa é um caderno em branco ou um aplicativo de notas em seu dispositivo. Reserve um momento tranquilo do dia para escrever. Não há regras rígidas, somente a sugestão de tornar a escrita uma parte regular de sua rotina.

Em resumo, um diário é uma ferramenta poderosa para liberar emoções, aprofundar o autoconhecimento, aliviar o estresse e manter o foco em metas pessoais. Comece hoje a explorar o poder terapêutico da escrita e descubra como ela pode enriquecer sua vida de maneira profunda e significativa.

Guia prático para escrever uma resenha de qualidade
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Guia prático para escrever uma resenha de qualidade

Saber como escrever uma resenha de qualidade pode parecer um desafio, mas com as orientações certas, você pode dominar essa habilidade. Se você está começando, não se preocupe, estamos aqui para ajudar com um guia simples e direto, da forma como valorizamos as resenhas que escrevemos aqui no Beco Literário.

+ 04 dicas para quem quer começar a escrever

Escolhendo a Obra

O primeiro passo para escrever uma resenha é escolher a obra que você deseja avaliar. Pode ser um livro, filme, restaurante, produto ou qualquer coisa que você tenha interesse em compartilhar suas opiniões. Certifique-se de estar bem familiarizado com a obra e ter uma compreensão sólida antes de começar a escrever.

Entendendo o Propósito da Resenha

Antes de começar, é essencial entender o propósito da sua resenha. Pergunte a si mesmo por que você está escrevendo. É para informar os leitores sobre a obra? Convencê-los a experimentá-la? Ou simplesmente expressar sua opinião? Ter clareza sobre o propósito ajudará a moldar a sua abordagem – aqui no Beco, valorizamos dois tipos de resenhas literárias: aquelas que chamamos de surto literário, feita de fãs para fãs em que expressamos os nossos sentimentos lendo aquela obra por meio do texto e aquelas mais robustas, feitas com o olhar da psicanálise sobre a obra.

Explorando a Obra

Antes de colocar as palavras no papel, é fundamental que você explore a obra em questão. Leia o livro, assista ao filme, jante no restaurante, use o produto, ou experimente o que for necessário para ter uma compreensão profunda. Anote as suas primeiras impressões, o que você gostou e o que não gostou.

Estruturando sua Resenha

Uma resenha típica tem três partes principais: introdução, corpo e conclusão. Na introdução, apresente a obra, fornecendo informações básicas, como título, autor (ou diretor/criador) e contexto. No corpo, discuta os aspectos específicos da obra, como enredo, personagens, estilo, pontos fortes e pontos fracos. Na conclusão, resuma a sua opinião geral e forneça uma recomendação, se apropriado.

Seja Crítico, mas Justo

Ao escrever uma resenha, seja crítico, mas lembre-se de que a crítica construtiva é mais valiosa do que críticas puramente negativas. Explique por que você gostou ou não gostou da obra, fornecendo exemplos concretos. Seja honesto, mas também justo em sua avaliação. É importante ressaltar quando algo não te agrada e justificar o porquê: não é o seu tipo de obra? Te desencadeou algum gatilho? Isso faz com que leitores possam medir se, apesar de você não ter gostado, eles podem ter a capacidade de gostar.

Revisão e Edição

Depois de escrever a sua resenha, revise e edite cuidadosamente. Verifique a gramática, ortografia e clareza. Certifique-se de que a sua resenha flua de forma lógica e coesa.

Escrever uma resenha é uma habilidade valiosa que pode ser útil em muitos aspectos da vida, desde a escola até o trabalho e o lazer. Com prática e seguindo este guia, você estará no caminho certo para se tornar um resenhista habilidoso e informado. Agora, mãos à obra e compartilhe suas opiniões com o mundo – e caso queira compartilhar a sua aqui no Beco, manda um e-mail pra gente em [email protected].

Crimes reais brasileiros: O caso Nardoni
Andre Penner e Sérgio Castro
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Crimes reais brasileiros: O caso Nardoni

O ano de 2007 testemunhou um dos crimes mais notórios e controversos do Brasil: o caso Nardoni. A tragédia ocorreu em São Paulo, onde Isabella Nardoni, uma menina de 5 anos, foi defenestrada do sexto andar de um edifício residencial. O que a princípio foi considerado um acidente logo deu lugar a uma investigação minuciosa e a um julgamento que capturou a atenção do público e da mídia. Os culpados pelo assassinato? O pai e a madrasta da menina.

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A investigação

A investigação do caso Nardoni foi conduzida meticulosamente pelas autoridades. O apartamento onde a família morava tornou-se uma cena de crime complexa. A janela do quarto de Isabella estava danificada, o que sugeriu que a queda foi de uma altura considerável. Inicialmente, o casal, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, alegou que uma invasão e um roubo havia ocorrido, mas a falta de evidências sustentáveis para essa versão logo levou a suspeitas mais sérias.

Um elemento central da investigação foi a análise das lesões no corpo de Isabella. Elas eram inconsistentes com uma queda acidental, sugerindo a possibilidade de estrangulamento antes da queda e de machucados realizados dentro do apartamento . A reconstrução da noite do incidente e as declarações conflitantes do casal aumentaram as suspeitas sobre a participação deles na morte da criança.

Perícia do caso Nardoni

O papel da perícia foi fundamental na investigação e no julgamento do caso. Dada a natureza do crime e as circunstâncias nebulosas em torno da morte da criança, a perícia desempenhou um papel crucial em estabelecer os fatos e fornecer evidências sólidas para o julgamento.

O trabalho da perícia incluiu várias áreas de expertise, tais como:

  1. Perícia Criminalística: Peritos em criminalística foram responsáveis pela análise da cena do crime, coletando evidências e documentando detalhes cruciais. Eles examinaram o apartamento onde Isabella caiu e analisaram a janela e quaisquer vestígios que pudessem lançar luz sobre o que realmente aconteceu naquela noite.
  2. Perícia Médico-Legal: Médicos legistas e peritos médicos foram cruciais para determinar a causa da morte de Isabella. Eles conduziram autópsias detalhadas e examinaram o corpo da vítima em busca de lesões que pudessem indicar a natureza da queda e a possibilidade de estrangulamento.
  3. Análise de Provas Científicas: Isso incluiu a análise de amostras de sangue, DNA e outros vestígios encontrados no local do crime e no corpo da vítima. Essas análises foram essenciais para determinar se havia evidências que ligavam os acusados à morte da criança.
  4. Reconstrução da Cena do Crime: Peritos em reconstrução de cena do crime trabalharam para recriar a sequência de eventos que levaram à morte de Isabella. Isso envolveu a análise de testemunhos, evidências físicas e as condições da cena.

Os resultados da perícia foram fundamentais no processo de julgamento do caso. Os peritos conseguiram estabelecer que as lesões encontradas no corpo da vítima eram incompatíveis com uma queda acidental, o que fortaleceu a teoria de que houve estrangulamento antes da queda. Além disso, a análise das evidências deu suporte à ideia de que o casal Nardoni estava envolvido na morte de Isabella.

Julgamento

O julgamento do caso Nardoni foi amplamente divulgado na mídia brasileira. O Ministério Público apresentou um caso sólido contra Alexandre e Anna Carolina, alegando homicídio doloso. O júri, após ouvir depoimentos, examinar provas e considerar as circunstâncias, os declarou culpados, ao som de comemorações em frente ao tribunal e em todo o país.

As penas

Em 27 de março de 2008, o veredicto foi anunciado. Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram condenados por homicídio doloso, resultando em longas penas de prisão. Alexandre recebeu uma sentença de 31 anos e 1 mês, enquanto Anna Carolina foi condenada a 26 anos e 8 meses de prisão.

Atualmente, Jatobá já cumpre pena em regime aberto, enquanto Nardoni luta para conquistar o mesmo direito (e deve conseguir em pouco tempo).

Homicídio doloso

Homicídio doloso se refere a um tipo de homicídio intencional, no qual o autor do crime age com a intenção de matar a vítima ou com a intenção de causar lesões graves que resultam na morte da vítima. Em outras palavras, no homicídio doloso, o autor age de forma deliberada, consciente e com a intenção de tirar a vida de outra pessoa.

Repercussão midiática do caso Nardoni

O caso Nardoni não se limitou às paredes do tribunal. Tornou-se um evento altamente midiático que envolveu debates intensos em todo o Brasil. A cobertura da mídia focou não apenas nos detalhes do crime, mas também nas questões mais amplas, como a eficácia do sistema judicial e a importância de um julgamento justo. Durante o julgamento, multidões iam para a frente dos tribunais exigir a condenação do casal. A comoção foi tanta, que chegou a ser comparada à final de Copa do Mundo pela mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira, que foi proibida de acompanhar o júri.

Hoje em dia

O caso Nardoni continua a ser um dos crimes mais notórios e trágicos do Brasil. Ele destacou a importância de proteger as crianças e garantir que a justiça seja cumprida, independentemente da complexidade e da comoção que possam cercar um caso.

Isabella Nardoni tornou-se um símbolo da necessidade de proteção infantil. O caso também sublinhou a importância da justiça, imparcialidade e respeito pelas leis em um sistema jurídico.

Leitura desproporcional: Resgatando a profundidade na leitura
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Leitura desproporcional: Resgatando a profundidade na leitura

É inegável que vivemos em uma época onde a velocidade e a eficiência são valorizadas como nunca antes. Isso se reflete em todas as esferas de nossas vidas, incluindo a forma como abordamos a leitura. Hoje, vemos uma tendência crescente de pessoas que competem para ler mais rápido, completar pilhas de livros em tempo recorde e ostentar sua capacidade de leitura. Mas será que essa corrida pela quantidade de páginas viradas está custando o verdadeiro valor da leitura?

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Não há dúvidas de que ler é uma atividade enriquecedora e uma ferramenta vital para o aprendizado, a empatia e o crescimento pessoal. No entanto, quando a leitura se torna uma competição desenfreada para devorar um número cada vez maior de livros, podemos nos ver presos em uma armadilha que prejudica nossa compreensão, reflexão e apreciação do conteúdo.

O fenômeno da “leitura desproporcional” é uma realidade com a qual muitos de nós podem se identificar. É quando nossa motivação para ler está mais ligada a bater metas de leitura do que a absorver e refletir sobre o que estamos lendo. Isso ocorre quando começamos a escolher livros com base em seu tamanho, preferindo obras curtas que possamos devorar em uma única sentada…

A ideia de ler muito não é, em si mesma, problemática. A questão está em como realizamos essa leitura. Ler rápido pode ser uma habilidade valiosa em determinados contextos, como em estudos acadêmicos ou na busca por informações específicas. Contudo, quando aplicado indiscriminadamente à literatura e à ficção, pode resultar em uma experiência vazia e superficial.

O grande perigo da leitura desproporcional é a perda da profundidade e da riqueza que os livros podem oferecer. A corrida para virar as páginas pode nos fazer negligenciar a reflexão, a conexão emocional com os personagens e a apreciação da prosa. Os detalhes intrincados, as metáforas bem tecidas e as nuances sutis podem escapar quando nosso foco está apenas na velocidade.

Além disso, essa competição frenética para ler mais rapidamente pode criar uma pressão desnecessária. A leitura deveria ser um prazer, não uma corrida. 

Então, como podemos escapar da armadilha da leitura desproporcional? A resposta está em encontrar um equilíbrio. Em vez de priorizar a quantidade, devemos buscar a qualidade da leitura. Ler de forma deliberada e atenciosa, permitindo-se parar e refletir sobre o que foi lido, pode enriquecer profundamente a experiência.

É importante lembrar que não existe uma fórmula única para ler. Cada pessoa tem seu próprio ritmo e suas próprias razões para ler. Não devemos nos sentir pressionados a competir com os outros, mas sim a nos desafiarmos a crescer através da leitura. Devemos abraçar a diversidade de estilos, gêneros e autores e lembrar que, independentemente do ritmo, o hábito é uma jornada pessoal.

O que significa sonhar com gravidez?
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O que significa sonhar com gravidez?

Os sonhos são janelas para nosso inconsciente, frequentemente transmitindo mensagens através de simbolismos complexos. Sonhar com gravidez é um tema recorrente que pode evocar uma série de emoções e reflexões. Interpretar esses sonhos pode lançar luz sobre seus significados pessoais. Vejamos algumas interpretações comuns de forma geral:

+ Sonhar com dente: O que significa

Sonhar com gravidez:

Sonhar com gravidez frequentemente simboliza um período de renovação em sua vida. Assim como a gravidez marca o início da vida de um novo ser, esses sonhos podem indicar que você está pronto para abraçar oportunidades e desafios. A gravidez é um símbolo de crescimento e mudança. Esse sonho pode refletir um processo de autodescoberta e desenvolvimento pessoal. É um sinal de que você está passando por uma fase de transformação.

Sonhar com amiga ou alguém próxima grávida:

Sonhar com alguém próximo grávida também pode expressar preocupações ou cuidado pela saúde e bem-estar dessa pessoa. É uma manifestação de sua conexão emocional com ela.

Sonhar com perda do bebê:

Esse sonho pode refletir ansiedades sobre a possibilidade de perder algo valioso em sua vida ou o medo de não alcançar um objetivo importante. Perder uma gravidez em sonhos pode representar a necessidade de cuidado e proteção em relação a algo que é precioso para você.

Sonhar com gravidez indesejada:

Sonhar com gravidez indesejada pode ser um chamado para avaliar a direção que sua vida está tomando e considerar cuidadosamente as decisões a serem tomadas. Esse tipo de sonho pode indicar um medo de compromissos não desejados ou responsabilidades que você não se sente preparado para enfrentar.

Sonhar com homem grávido:

Esse sonho pode ser uma metáfora para mudanças significativas ou novas responsabilidades em sua vida. Pode representar a necessidade de enfrentar algo inesperado.

Sonho com gravidez na Bíblia:

A gravidez na Bíblia também pode simbolizar a fertilidade espiritual, renovação e crescimento espiritual. Esses sonhos podem ser interpretados como mensagens espirituais, indicando promessas divinas, bênçãos ou propósitos a serem cumpridos.

Em resumo, sonhar com gravidez pode ter diversos significados, dependendo do contexto pessoal de cada um. É importante considerar as emoções envolvidas no sonho e o contexto da vida para obter uma interpretação mais precisa. Sempre vale a pena refletir sobre esses sonhos e o que eles podem estar tentando comunicar sobre sua jornada pessoal.

Bifobia: 6 atitudes para combater o preconceito
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Bifobia: 6 atitudes para combater o preconceito

Em um mundo de infinitas cores e possibilidades, o Dia da Visibilidade Bissexual, em 23 de setembro, é a oportunidade de explorar o debate sobre identidade sexual. Esta data não apenas celebra os bissexuais, mas também é um momento para aprender mais sobre a diversidade humana e fortalecer a empatia. Aqui estão algumas dicas e orientações para colocar em prática no combate a bifobia!

+ Como me assumir LGBT para os meus pais?

  1. Conheça a história: Antes de tudo, reserve um tempo para pesquisar um pouco sobre a bissexualidade. Descubra os momentos e as pessoas que moldaram a luta pelos direitos e pela visibilidade da comunidade bissexual. Compreender as raízes do movimento é essencial.
  1. Escute narrativas bissexuais: Leia livros, assista a filmes e ouça músicas que destacam narrativas bissexuais. Consumir esse tipo de literatura, como o livro Por trás dos meus cabelos, da autora Miriam Squeo, ajuda a expandir sua compreensão e empatia pelas experiências daqueles que se identificam como bi.
  1. Amplie o círculo de amizades: Permita-se conectar com pessoas de diferentes, inclusive que tenham orientação sexual diferente da sua. Converse, escute e compartilhe vivencias. Isso ajudará a criar uma atmosfera inclusiva e acolhedora, a qual todos possam compartilhar conhecimentos uns com os outros. 
  1. Combata a bifobia: Infelizmente, a bifobia ainda é uma realidade para muitos bissexuais. Dedique um tempo para compreender os preconceitos e estereótipos associados à bissexualidade. O entendimento dessa questão pode ajudar a combater o estigma.
  1. Seja um aliado ativo: Mesmo que você não se identifique como bissexual, ainda pode ser um aliado ativo. Defenda a igualdade de direitos e respeito para todas as orientações sexuais. Esteja pronto para apoiar e ouvir quando necessário. 
  1. Não julgue a jornada dos outros: Cada pessoa tem sua própria caminhada de autoaceitação. Sobretudo aqueles que se assumem como bi na fase adulta. O importante é acolher, reconhecer que o tempo e o contexto podem influenciar quando alguém se sente pronto para compartilhar a orientação.
Resultado de exame internacional sobre leitura escancara o problema de interpretação de texto no Brasil
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Resultado de exame internacional sobre leitura escancara o problema de interpretação de texto no Brasil

Os resultados do exame Pirls (Progress in International Reading Literacy Study), estudo que busca medir habilidades de leitura de alunos do 4º ano do ensino fundamental foram divulgados nesta semana. A estreia do Brasil ficou marcada na 39ª posição no ranking entre 43 nações.

A análise é feita a partir de uma prova aplicada para estudantes das redes pública e privada, com questões dissertativas. Devido a pandemia e as restrições das aulas, 400 mil estudantes dos 43 países participantes foram avaliados em datas diferentes entre outubro de 2020 a julho de 2022. No Brasil, a prova foi realizada no fim de 2021.

As habilidades mais básicas de leitura do Brasil são preocupantes, como indicado pelo ranking. Com o avanço tecnológico e a entrada do digital nas casas durante a pandemia, o hábito de leitura foi deixado de lado. “A leitura é de suma importância não somente para a localização de informações explícitas e implícitas em um texto ou identificação de um tema”, afirma Luana Machado, professora de séries iniciais do Colégio Adventista da Praia Grande. “É também imprescindível para a formação do cidadão com senso crítico para formar um ser pensante capaz de ter sucesso em sua vida pedagógica, social e moral”, acrescenta.

Na prática, o resultado mostra que os alunos brasileiros estão preparados para ler textos simples e encontrar ideias explícitas. Em comparação aos países do top 5 – Singapura, Hong Kong, Rússia, Inglaterra e Finlândia– que obtiveram resultados em níveis mais avançados, os alunos conseguiram não só interpretar as emoções dos personagens, mas também avaliar o estilo do autor e interpretar os textos de uma forma mais elaborada.

Pensando em como manter o hábito de leitura e interpretação de texto presentes na rotina dos estudantes, a professora Luana realiza o projeto Ler é Uma Aventura, presente na grade escolar do Colégio Adventista. Semanalmente, os alunos vão à sala de leitura da escola, onde os livros já estão separados por segmento, escolhem a obra da semana e levam para casa junto com uma ficha de leitura, que deve ser preenchida e entregue na próxima semana. Nesses momentos também acontecem rodas de leitura com toda a turma e a professora.

“O aluno, ao ser apresentado ao projeto de leitura, pode vivenciar as experiências mais fantásticas como ter acesso a diferentes autores, com diferentes pensamentos, linguagens e o contato com os gêneros textuais que é importantíssimo desde a infância”, aponta Luana. “Eles adoram. Toda semana eles escolhem um livro e levam para casa. Alguns até relatam que chamam os pais para participarem da leitura e isso é maravilhoso”, finaliza.

O uso da letra cursiva está com os dias contados?
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O uso da letra cursiva está com os dias contados?

Atualmente, o valor da escrita à mão (letra cursiva) tem sido debatido nos círculos acadêmicos. Mais precisamente neste século 21, a discussão sobre o uso da letra cursiva tem reverberado de forma considerável no cenário educacional mundial.

A escrita é um processo simbólico, uma construção que revolucionou o pensamento e está inserida na formação do ser humano. Escrever é um ato complexo e baseado em inúmeros processos neurológicos.

+ A falsa inclusão social de surdos no Brasil

Ao longo da história da humanidade, a escrita das letras passou por mudanças consideráveis, desde a adoção das letras góticas nos anos 500 d.C. (uso da pena), permeando pela escrita escolar e caligráfica, até chegar à escrita contemporânea (escrita mais livre e com diversidade de materiais, como lápis, canetas esferográficas e papel), sem falar que, por muito tempo, uma boa caligrafia já foi associada a um alto nível de instrução.

No Colégio Presbiteriano Mackenzie, antiga Escola Americana, o uso da caligrafia mackenzista era uma marca registrada dos alunos e professores que passaram pelas suas salas de aula até os anos 90.

Com características peculiares da caligrafia americana — especialmente na grafia das iniciais maiúsculas do alfabeto –, a escrita cursiva mackenzista era facilmente reconhecida em diferentes contextos, atribuindo-lhes a singularidade de uma leve inclinação à direita, destacando a origem da caligrafia amplamente ensinada, com livros de autoria própria, para a execução correta dos movimentos.

Em 2015, países como a Finlândia e alguns estados americanos já se pronunciavam a respeito da possível exclusão desse “conteúdo” devido à expansão das ferramentas digitais presentes dentro das salas de aula, apontando o ensino da “letra de mão” como algo obsoleto para os tempos atuais.

Com a pandemia e a implantação do ensino remoto, o debate veio à tona novamente, reduzindo-se a caligrafia a um ato mecânico, que precisaria ceder espaço para o aprendizado de outras competências, como a navegação por meio de recursos digitais.

Alguns especialistas entendem que o ensinamento da letra cursiva pode ser ineficiente e segregador, e apresentam o fato de que muitas crianças com excelente aproveitamento acadêmico foram rotuladas por não apresentarem uma letra cursiva legível ou “bonita”.

Outros profissionais afirmam que a caligrafia em letra cursiva é uma habilidade não mais essencial, já que, nos dias atuais, com a existência das teclas, a escrita com lápis, caneta e papel tornou-se anacrônica.

Diante das discussões acaloradas sobre o uso da letra cursiva, estudos e especialistas dividem opiniões, mas uma significativa parcela advoga em favor da continuidade do ensino da letra cursiva e do traçado das letras, apontando habilidades e benefícios especiais para as crianças.

Segundo os estudos da professora de Psicologia Educacional, da Universidade de Washington, Virginia Beringer, escrever à mão, formando letras, envolve a mente e isso pode ajudar as crianças a prestarem atenção à linguagem escrita. Ela também argumenta que “a caligrafia e a sequência dos traços envolvem a parte pensante do cérebro”.

Berninger ainda registra que os estudos realizados com a caligrafia têm por objetivo defender a formação de crianças que sejam escritoras híbridas, ou seja, utilizando primeiramente a letra de forma para a leitura, auxiliando o reconhecimento das letras na educação infantil, depois com o uso da letra cursiva para a escrita e composição dos textos e, apenas ao final da séries iniciais do ensino fundamental, a digitação.

Recentemente, um estudo publicado na Revista Nature, em 26 de março deste ano, intitulado “Hight performance brain to text communication via handwriting”, abordou o impacto da caligrafia no cérebro e sua importância cognitiva como uma habilidade a ser desenvolvida ainda nos dias de hoje, mesmo com todo o aparato tecnológico.

A escrita em letra cursiva traz inúmeros benefícios, pois ela permite a continuidade do pensamento por meio do traçado uniforme e ligado, promovendo fluência e imprimindo velocidade ao ato de escrever. Há vantagens no aprendizado ortográfico e na composição das palavras, frases e textos, favorecendo a memorização, a concentração, o foco e auxiliando na produção de textos mais coesos, assim como constitui um componente importante no desenvolvimento de uma escrita pessoal.

Entende-se que, no atual cenário socioeducacional, há a necessidade de se repensar sobre o uso da escrita cursiva no que diz respeito aos extensos exercícios de cópias, sem nenhuma reflexão sobre o que está sendo feito, mas podemos otimizá-lo da melhor forma.

É compreensível o ajuste sobre qual tipo de letra usar para casos específicos, como por exemplo, os alunos com necessidades especiais, para quem a demanda do ensino e uso da letra manuscrita seria fator desagregador no processo de ensino-aprendizagem.

Considerando-se os estudos e pareceres nos círculos acadêmicos, a constatação dos benefícios elencados e as prerrogativas sobre a importância da escrita à mão, compreende-se que a apresentação da letra cursiva e o ensino do traçado das letras à mão devam ser mantidos nas escolas, destacando seu valor cognitivo e educacional na vida acadêmica das crianças.

Só não gosta de ler quem ainda não encontrou o livro certo
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Só não gosta de ler quem ainda não encontrou o livro certo

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro revelou que o brasileiro lê em média 4,96 livros por ano. Pode parecer bastante, mas os franceses, por exemplo, chegam a ler mais de 20 obras no mesmo período. O que explica então o desinteresse pela leitura, especialmente entre os mais jovens, no nosso país?

Acredito que estas estatísticas negativas sobre leitura estão, em parte, ligadas à obrigatoriedade de ler os grandes clássicos da literatura brasileira durante o ensino básico. Não me entenda mal, não estou criticando os clássicos, longe de mim.

+ Três romances para gostar de ler “livro velho”

O que quero dizer é que a maioria das pessoas tem dificuldade em ler e interpretar a linguagem rebuscada dessas narrativas. Esta formalidade, aliada à obrigação imposta sobre estas leituras, acaba criando um afastamento entre os jovens e a literatura que infelizmente se estende para a vida toda.

Há algum tempo, em uma conversa de família, soube que minha sobrinha de 15 anos, que até então não gostava de livros, finalmente descobriu sua paixão pela leitura. Isso aconteceu porque ela estava lendo um livro que despertou seu interesse.

Este caso retrata minha crença que defendo quase como um mantra: a pessoa diz não gostar de ler até ler um livro que gosta. Não acho que o ser humano seja avesso à leitura. Acredito apenas que cada um tem estilos, gostos e interesses diferentes.

Desde que comecei a escrever romances profissionalmente, tento reverter este movimento contra a leitura que parece ter se enraizado na nossa cultura. Na verdade, todas as pessoas que não leem hoje são potenciais leitores, basta encontrar o livro certo.

Como escritora, uso meu ativismo pró-leitura para enfatizar a importância dos livros no desenvolvimento humano. Inclusive, costumo indicar três caminhos para quem não gosta de ler descobrir como identificar os títulos certos para investir seu tempo.

Para saber quais são os seus gêneros literários preferidos, basta analisar os filmes e séries que você mais assiste. Depois, vale procurar os trabalhos de autores destes gêneros e ler resenhas de livros escritos por eles para encontrar aquele que mais chama a sua atenção.

Tem ainda a regra 80/20: se você leu 20% do livro e não gostou, o melhor é deixá-lo de lado e começar uma nova leitura. Se até ali você não se encantou por aquela história, talvez não seja o livro certo ou mesmo o momento ideal para ele.

Se você conhece alguém que se encaixa neste perfil de brasileiros que não gostam de ler, sugira estas técnicas. Pode ser o incentivo necessário para que mais uma pessoa descubra o potencial dos livros e se apaixone pelo universo mágico da literatura.

Feliz ano novo, Becudos!
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Feliz ano novo, Becudos!

Feliz ano novo, Becudos! Os anos de 2021 e 2022 não foram fáceis, tanto pessoalmente, quanto aqui no Beco Literário. O site ficou indo e vindo. Não estava certo sobre mantê-lo ou sobre deixá-lo de lado. Até mudei de nome para Beco Teen para tentar reformular todas as coisas por aqui.

Mas, foi criando uma nova identidade visual com o meu namorado, Patrik, e com muita análise, que consegui tomar a coragem e as rédeas que eu precisava para voltar com o Beco, da forma como eu queria. Sempre quis que ele tivesse uma pegada mais de blog pessoal do que de portal de notícias.

Afinal, o Beco foi criado para ser meu refúgio na internet. Além disso, eu queria muito que ele tivesse “Literário” no nome, então, por que mudar? A resposta que encontrei foi autossabotagem.

Vou aproveitar que estamos em um clima de ano novo para abrir o meu coração. Eu sempre quis ser escritor, mas sempre tive medo de dar errado. Eu tenho mais medo de tentar e dar errado do que de não tentar, então, sempre foi muito difícil pra mim manter constância aqui no site, afinal, eu não queria tentar dar certo.

Depois de muita análise, percebi que eu quero ainda, mais do que tudo, ser escritor. E que eu amo ser escritor de internet, talvez mais que de livros. Não me entenda mal, ainda quero publicar milhares de livros, mas aqui, o Beco Literário, é meu cantinho na internet e sempre vai ter.

Por isso, agradeço a todos vocês que sempre estiveram aqui no Beco, mesmo com meses sem atualização. Fico sempre chocado que, não importa o tempo que eu passe longe, todo mundo continua por aqui. Me lembra um pouco de Hogwarts, sempre dando as boas vindas para quando quero voltar.

Bom, no ano novo, tenho uma promessa apenas: escrever mais. Quero muito postar muitos textos novos por aqui, estudar escrita e ser mais ativo como escritor. Te vejo nessa jornada, né?

Um beijo e feliz ano novo!

Gabu