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Rodrigo Batista

Livros, Resenhas

Resenha: O Alerta dos Irmãos Grimm, Chris Colfer

O Alerta dos Irmãos Grimm é o terceiro volume da série Terra de Histórias, escrita pelo Chris Colfer.

Quem acompanha o Beco, sabe o quanto eu adoro essa série, os seus personagens, sua história etc. Resumindo, amo tudo! Antes de começar, eu subestimava muito o Colfer, achava que ele tava escrevendo só pra ganhar dinheiro como vemos muitos atores/vlogueiros famosos fazendo, mas ao ler O Feitiço do Desejo, fiquei completamente pasmo com o talento do ator. Fiquei apaixonado por toda aquela versão dos tão famosos contos de fadas. Sério. A forma como Chris desenvolve e recriar personagens que já conhecemos tão bem é hilária.

O primeiro corte é sempre o mais profundo, mas nem todos os cortes deixam cicatriz.

Ao contrário dos dois volumes anteriores, O Alerta dos Irmãos Grimm não é tão infantil. Mas não se engane. A essência dos outros tomos é mantida. Só que é notável ver uma evolução na escrita de Chris, tanto nas palavras usadas, quanto na criação de novas tramas. É bom ver que ele está acompanhando o crescimento de seus leitores e deixando a sua história mais encorpada e contextualizada.

Suponho que ninguém é lembrado exatamente como gostaria.

Apesar de trazer boas sensações, eu tenho algumas ressalvas. Enquanto Feitiço e o Retorno haviam sido recheados com jornada e altas doses de aventura, em O Alerta, as coisas demoraram um pouquinho para se desenrolar e não pudemos viver tantas emoções assim. Mas como eu disse acima, este volume foi de aprofundamento, entendo o motivo de não seguir tanto o ritmo dos outros.

Tenham cuidado com o que desejam.

Em relação aos novos personagens que apareceram, eu os adorei. São tão divertidos quanto os que já conhecemos. Adorei ter uma presença maior da Chapeuzinho Vermelho porque ela é a melhor pessoa e rainha. Agora senti uma falta da Harpa que também é o melhor instrumento encantado.

Aventuras são sempre melhores quando há alguém com quem compartilhá-las.

Uma coisa que senti bastante falta foi de irmos conhecer mais a Terra de Histórias, já que o livro fica muito focado no palácio das fadas e no outromundo. Mas creio eu que no quarto volume poderemos nos deliciar em uma aventura pelos lugares dessa Terra maravilhosa. (BENVIRÁ, PUBLICA LOGO O QUARTO VOLUME)

Às vezes, você tem de fazer a coisa errada pela razão certa.

Em contrapartida aos dois primeiros livros, este não acaba com a história fechada. Termina de uma maneira abrupta, daquele jeito em que você fica maluco pra saber o que vai acontecer. É impossível você não ficar sedento por respostas.

Basta uma maça podre para desgraçar a árvore inteira.

Agora se teve algo de se admirar, foi diversas críticas sociais como ao preconceito de raça, que mesmo de uma maneira metaforizada, deixa a mensagem bem clara. Acho que os livros infantis além de entreter também tem uma enorme função de conscientizar sobre assuntos sociais. Parabéns, Chris Colfer.

Não há guerras sem perdas, eu receio.

Como eu sempre digo nas resenhas dessa série, se você busca uma fantasia leve e nostálgica de alta qualidade, Terra de Histórias é a pedida certa. O Alerta dos Irmãos Grimm não decepciona e, de quebra, ainda mostra que Chris Colfer pode ser mais capaz do que imaginávamos que ele poderia ser.

Mas, como todo os bons segredos, ele merece ser deixado guardado até o momento certo.

Não perca tempo, se dê de presente de natal esses livros incríveis. Além de terem uma história maravilhosa, ainda possuem uma edição maravilhosa com mapa e ilustrações. Vale muito a pena, vocês não irão se arrepender.

Um passarinho não deixa de ter asas quando constrói um ninho.

Atualizações, Livros, Resenhas

Resenha: Especiais, Scott Westerfeld

Circunstâncias especiais. As palavras dão arrepios a Tally desde seus dias como uma repugnante e revoltada Feia. Naquela época, especiais eram um boato sinistro – assustadoramente bonitos, perigosamente fortes, chocantemente rápidos. Perfeitos comuns podem viver uma vida inteira sem conhecer um especial. Mas Tally nunca foi comum.
E agora ela se tornou um deles: uma super máquina de combate, construída para manter os feios humilhados e os perfeitos idiotas.
A força, a velocidade, e a clareza e foco de seus pensamentos é a melhor coisa que Tally consegue lembrar. Na maior parte do tempo. Uma pequena parte do seu coração ainda se lembra de algo mais.
Mesmo assim, é fácil ignorar isso – até Tally oferecer-se a acabar permanentemente com os rebeldes de New Smoke. Tudo se resume a uma escolha: escutar seu coração ou realizar a missão para que foi programada. De qualquer jeito, o mundo de Tally nunca mais será o mesmo.

Especiais é o último volume da trilogia distópica Feios, escrita por Scott Westerfeld.

Depois de ser pega duas vezes pelos Especiais, Tally Youngblood acabou sendo recrutada para esse grupo seleto da sociedade onde vive. Agora, como Cortadora, a garota está mais bela e forte do que nunca. Mas, a cirurgia para criar aversão aos Enfumaçados, não foi tão eficiente… Dividida sobre o que realmente pensa, Youngblood terá que se decidir.

Bem, quem acompanha o site e as minhas resenhas sobre a trilogia, sabe o quanto eu curti Feios e o quanto eu DETESTEI Perfeitos e devido a enorme repulsa que tive pelo segundo volume, fiquei bastante receoso em ler a conclusão, porque poderia crescer ainda mais a minha decepção. Mas eu não gosto de deixar séries pela metade e me proponho a terminá-las. E nessa de me dispôr à ler continuações de livros que me deixaram irritado, tive bastante surpresas, como Champion, último tomo da trilogia Legend. Foi a melhor surpresa literária que tive até hoje. Também posso citar Réquiem, outra surpresa que tive recentemente. Em ambos os casos, eu não tinha gostado nada do volume anterior. E, ainda bem, Especiais me reservou essa surpresa também.

Gente, vocês não fazem ideia do medo que eu tava de pegar nesse livro. Sério. Eu não queria perder o meu tempo e minha paciência como perdi com Perfeitos. Confesso que assim que comecei, eu estava meio nhem, porque ainda sentia aquela sensação ruim do volume anterior, mas com o decorrer das páginas, fui sentindo uma mudança de clima por parte da história. Tudo foi começando a se esclarecer, ficar mais lúcido. Em resumo, Westerfeld finalmente falou de forma legível o que vinha tentando falar nos outros dois livros e ainda colocou mais assuntos a serem trabalhados.

Para mim, a grande magia de Especiais vem de toda a questão filosófica e política que o cerca. No período de tempo que eu dei entre a leitura de Perfeitos e Especiais, foi que eu comecei a ver mais além das coisas que eu lia, assistia ou ouvia. (Obrigado Admirável Mundo Novo, Fahrenheit 451 e 1984 por ampliarem os meus horizontes!) E isso foi fundamental para entender o que Westerfeld queria tanto falar. Toda a sua mensagem e sua visão de mundo são incríveis. Juro para vocês que toda a teoria desse livro é incrível. Um banho de água fria. Vocês não fazem ideia do tamanho do recado que Especiais dá para os leitores jovens que acompanham essa saga. E para mim, não há nada mais satisfatório que uma história passar uma lição e conscientizar quem a lê.

Mas nem tudo são flores. Nos momentos de mais ação do livro, a narração de Scott se seguia tão rápido e, até mesmo confusa, que eu não conseguia imaginar o que estava se passando. Tirando esse nó que se fez na minha cabeça devido às mirabolantes cenas criadas por Westerfeld, eu não tenho nada a reclamar do livro. Já sobre os personagens, eu notei uma evolução, pois até que enfim, deixaram de ser cabeças ocas. Amém!

Em suma, Especiais termina a trilogia Feios da melhor maneira. Com tudo sob medida, o livro alerta e conscientiza da melhor maneira o seu público alvo. Eu, com certeza, indico a história de Tally Youngblood e o seu mundo onde todos, aos 16 anos, se tornam “perfeitos”. Não se assustem com os dois primeiros volumes, o último paga pela leitura dos dois.

Livros, Resenhas

Resenha: Réquiem, Lauren Oliver

No desfecho da trilogia em que o amor é considerado uma doença, Lena é um importante membro da resistência contra o governo. Transformada pelas experiências que viveu, está no centro da guerra que logo eclodirá. Depois de resgatar Julian de sua sentença de morte, Lena e seus amigos voltam para a Selva, cada vez mais perigosa. Enquanto isso, Hana, sua melhor amiga de infância, foi curada. Ela leva uma vida segura e sem amor junto ao noivo, o futuro prefeito. Às vésperas do casamento e da eleição – cujo resultado pode dificultar ainda mais a vida dos Inválidos -, Hana se questiona se a intervenção realmente tem efeito. Vivendo em um mundo dividido, Lena e Hana narram suas histórias em capítulos alternados. O que elas não sabem é que, em lados opostos da guerra, suas jornadas estão prestes a se reencontrar.

Olá galera, hoje eu vim aqui partilhar a minha opinião sobre o terceiro volume da trilogia Delírio, da autora Lauren Oliver.

Para quem ainda não sabe do que se trata a história, aqui vai um resumo: Aconteceu algumas revoluções nos Estados Unidos e aí, no cenário da trama, todo jovem de 16 anos deve se submeter à uma cirurgia para extinguir o amor. Sim, isso mesmo. As pessoas nessa sociedade não possuem amor. Mas claro, há uma parcela da população que ainda resiste em manter o sentimento e a trilogia vai narrar o drama de uma garota que acaba se apaixonando pouco antes de se submeter à cirurgia e com isso vai desencadear uma série de conflitos.

Eu, particularmente, não vou falar muito sobre a história desse volume pois qualquer coisinha seria considerada spoiler, então, mais uma vez, vou deixá-los com a sinopse oficial.

Quem acompanha o site sabe o quanto gostei de Delírio e o tamanho da minha decepção com Pandemônio. Antes de começar a ler Réquiem, eu estava bem receoso porque além de eu não ter gostado do volume anterior, eu havia visto MUITAS críticas negativas à esse desfecho. Mas por incrível que pareça, Réquiem foi uma surpresa para mim! Sim. Eu não esperava que fosse curtir tanto à conclusão da série.

É isso que me espanta: que as pessoas são novas todos os dias. Que nunca são as mesmas. Precismos inventá-las a todo momento, e elas precisam se reinventar também.

Mesmo com a grande derrapada que foi introduzir um triângulo amoroso na história, que até agora me pergunto o motivo disso, Réquiem não foca no romance, apesar de que no decorrer das páginas acontecem algumas coisas bem blehhhhhhh em relação aos dramas amorosos de Lena. Mas Oliver fez muito bem em não dar atenção à esse ponto da história, acho que esse fator foi uma das causas que muita gente reprovou o final.

Você não sabe que não é possível ser feliz a não ser que às vezes se sinta infeliz, certo?

Ao contrário dos livros anteriores, em Réquiem, além do ponto de vista da Lena, temos o de Hana, o que deixou o começo do livro menos chato do que seria se fosse apenas a visão da Lena. Além disso, podemos ver o que acontece dentro e fora dos muros e assim, acompanhar a trajetória da revolução que está se desenvolvendo. Eu gostei bastante dessa medida tomada pela autora porque geralmente só vemos um lado do conflito. Essa decisão da autora foi bem interessante.

Certas perdas a gente nunca supera.

Agora a coisa que paga pelo o livro é, sem sombra de dúvida, a mensagem que ele passa. Sério, apesar de não ser um 1984 da vida, a lição que Lauren quer dar aos leitores com sua história é incrível. Mesmo que haja diversos pontos baixíssimos na trama, o preceito que Oliver se propôs à dar com sua história foi passado com excelência. (Apesar de  que muitas pessoas acabaram esquecendo o verdadeiro propósito da obra devido à pensar APENAS no romance. Triste, né… Mas enfim.)

E ninguém ama, não inteiramente, se não for amado também.

Não vou dizer que Réquiem é o melhor fechamento de trilogia que já li, mas com certeza é um dos que conseguiu ir lá no fundo e me fazer pensar sobre diversas coisas ao meu redor. Outra coisa que preciso dizer antes de terminar esta resenha é que o livro termina em seu auge e deixa MUITAS lacunas abertas. Confesso que em alguns pontos isso foi bom mas em outros nem tanto. Pelo menos, para mim, o que se deixou foi um grande ponto de interrogação aberto sobre o que aconteceu depois da última página. ALÔ, TIA OLIVER, QUERO PELO MENOS UMA PÁGINA EXPLICANDO O QUE ROLOU DEPOIS DO TÉRMINO DO LIVRO, TÁ?  Mas voltando, apesar dos pontos baixos da trilogia no geral, eu a recomendo pela mensagem que ela traz. É preciso que mais pessoas acordem e olhem o que está acontecendo ao seu redor. Enfim, leiam e me digam o que acharam. E PAREM DE PENSAR APENAS NO ROMANCE E COM QUEM VAI FICAR COM QUEM, ABRAM OS OLHOS PARA AS MENSAGENS NAS ENTRELINHAS. E isso não apenas em Delírio, mas em todas as outras sagas que vocês lerem.

Quem pula pode cair, mas também pode voar.

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Resenha: 1984, George Orwell

1984 vai narrar a história de Winston, um homem que vive em uma sociedade completamente dominada pelo Estado. Todas as pessoas de forma igualitária, cada um desempenha um papel para o desenvolvimento do local onde vivem. Porém, tudo e todos são observados pelo Grande Irmão, a grande figura do Partido político vigente na Oceania. Só que Winston começa à ver além do que lhe é mostrado e aí irá acordar para o que realmente existe no mundo em que vive.

Antes de mais nada, vou contar meu histórico com 1984. Eu já estava querendo ler esse livro faz muito, muito tempo, pois sempre que lia reportagens sobre distopias, ele era citado como uma das obras-primas do gênero e, claro, a curiosidade tomou conta do meu ser. Mas eu só vim ter a oportunidade de lê-lo para um trabalho de filosofia sobre moral e ética, coisas que são abordadas por Orwell durante o desenrolar da trama. E bem, eis me aqui para conversar sobre esse clássico da literatura contemporânea.

Gente, eu não sou nenhum sociólogo político, mas com certeza, 1984 me incentivou a pesquisar mais sobre os diversos sistemas políticos criados, principalmente o socialismo e o comunismo. Foi a partir dessa minha pesquisa e da leitura do livro que tirei minhas conclusões sobre a jornada de Winston. Vamos lá.

Com um começo um pouco confuso, 1984 introduz um leitor em mundo onde todos são vigiados 24 horas por dia. Partindo disso, a história já começa a ficar agonizante e sufocante pois a sensação de você ser vigiado em todos os momentos, até na ação mais íntima, é bem apavorante. Com esse início que já bota o leitor para se questionar o que é liberdade, vamos acompanhando o desenvolver da vida de um homem que começa a perceber que há algo de MUITO errado naquele ambiente em que vive. E, a partir disso, começa a se questionar e se atentar às diversas facetas do governo. O leitor também é instigado à se perguntar sobre os motivos de aquilo ser assim o que acaba o levando à uma imersão dentro da mente de Winston. E isso é uma das coisas mais legais no livro. Você ficar com os olhos do personagem.

Mas a melhor parte vem quando começamos à desconstruir o governo do Grande Irmão. Gente, não irei entrar em muitos detalhes, mas sério, a forma como Orwell mostrou o quão cruel e manipulativo o Partido era, foi incrível! Eu parei MUITAS, mas MUITAS vezes para refletir sobre aquilo que era me mostrado. Na maior parte das vezes eu tive o sentimento de repulsa por haver pessoas que acreditam e defendem na VIDA REAL o segmento político adotado pelo Grande Irmão. Realmente difícil ver defensores desse tipo política ainda nos dias de hoje, mas né…

Voltando à história, uma coisa admirável no livro é a forma como George criou o seu protagonista. Winston é complexo como qualquer ser humano. Ele também é muito cético sobre diversos assuntos sociais e políticos. Com certeza, um dos melhores “heróis” da literatura. Mas esse é o tipo de detalhe que vocês só podem ver lendo.

1984 foi um livro escrito para refletir. Pensar sobre a sociedade que vivemos, sobre as posições políticas que defendemos, sobre o que realmente é liberdade e sobre o que realmente significa lutar por um ideal. Além de tudo isto, Orwell alerta sobre vários assuntos que mesmo sendo da época em que foi escrito (1949), perduram até hoje. 1984 é um tapa na cara de todos, mas um tapa que todos precisamos levar.

Impactante, impressionante, revoltante e real, 1984 se consolida uma das obras mais influentes da humanidade, na minha opinião.

Antes de mais nada, ABAIXO AO GRANDE IRMÃO.

 

Livros, Resenhas

Resenha: A Espada do Verão, Rick Riordan

Olá pessoal, tudo bem? Hoje eu vim aqui conversar sobre o mais novo livro do Rick Riordan, A Espada do Verão. Para quem ainda não sabe, o tio Rick decidiu escrever uma trilogia sobre mitologia nórdica e A Espada do Verão é o primeiro volume dessa nova aventura.

Mitos nada mais são do que histórias sobre verdades que esquecemos.

Nesta odisseia sobre a cultura nórdica, Riordan nos conta a história de Magnus Chase, um adolescente órfão de 16 anos que mora nas ruas de Boston. A vida do menino segue normalmente até que um dia vê seus parentes espalhando cartazes à sua procura. A partir dai, uma série de acontecimentos irá mostrar que tudo o que Magnus viveu até o momento era uma mentira…

Não há nada de heroico no suicídio. O sacrifício, a bravura, não devem ser planejados, mas sim uma verdadeira reação heroica a uma crise. Tem que vir do coração, sem qualquer pensamento por recompensa.

Bem, depois disso, não posso contar mais porque seria considerado spoiler, então…

É que os preconceitos dificilmente morrem.

Para quem conhece o autor, sabe que todas as suas séries seguem um estilo de narrativa e de desenvolvimento. E com Magnus Chase e os Deuses de Asgard não foi diferente. Eu adorei sentir de novo o gostinho e a sensação boa que a escrita do Rick traz durante a leitura. A forma de narrar dele é tão divertida que ai… Muito amor envolvido. Mas além disso, para quem acompanhou as aventuras de Percy e sua turma, vai sentir uma enorme nostalgia tanto com o nome dos capítulos (que são incrivelmente engraçados) quanto com as diversas referências aos semideuses gregos. Só vocês lendo pra ver!

Mesmo que não possamos mudar o cenário, nossas escolhas podem alterar os detalhes.

Em relação aos personagens, eu simpatizei BASTANTE com o Magnus, o que é bem difícil de se acontecer nessas sagas. Geralmente eu tenho raiva de protagonistas, porque eles quase sempre são um pé no saco. Sério, gente! Mas, meus camaradas, é complicado você não ir com a cara do Magnus. O cara é super simpático e tem um senso de humor sensacional, além de toda a humanidade contida em seu personagem. Ele é demais!

Aprendi do jeito mais difícil que às vezes é preciso recuar e deixar que as pessoas cumpram suas próprias missões, mesmo que sejam pessoas muito queridas.

Sem contar os outros personagens que são um show a parte. Amei muito o grupo formado para embarcar na aventura de parar o Ragnarok (fim do mundo nórdico). Com certeza, Sam e a comissão de seres da mitologia nórdica fizeram essa história ser tão maravilhosa quanto foi.

Não se pode admirar uma coisa se não for boa o bastante para ter um nome.

Para mim, o ponto alto do livro é a forma como ele ensina de forma lúdica a mitologia nórdica. Eu, por exemplo, sabia pouquíssimo sobre essa cultura. Foi de uma imensa surpresa o autor ter tido uma estratégia de fazer a história se desenrolar e com isso ir desbravando todas as diversas facetas da ricas lendas vikings. Vários pontos para o Riordan!

Essa é a coisa maravilhosa nas ditas pessoas boas. Elas ouvem aquilo em que desejam acreditar.

É isso, pessoal. Se vocês buscam uma boa aventura que envolva traços homéricos mas, claro, leve, A Espada do Verão é o livro. Divertida, interessante e, até mesmo, impressionante, a história de Magnus Chase é a pedida certa. Mais do que recomendada! 😉

Todos nós temos pesadelos.

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Resenha: Toda Luz Que Não Podemos Ver, Anthony Doerr

Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, pai e filha fogem para a cidade de Saint-Malo e levam consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu. Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.

Olá pessoal, como vocês estão? Hoje eu vim aqui comentar e compartilhar meus sentimentos sobre um livro maravilhoso que li recentemente: Toda Luz Que Não Podemos Ver.

Para quem não conhece, o livro foi o grande lançamento da Intrínseca para esse ano. Obviamente, a obra chegou ao topo de vendas aqui no Brasil e continua no ranking de mais vendidos, etc. Mas todo esse sucesso não é atoa. Vocês sabem aquele tipo de história que se eterniza na mente? Que te faz ficar pensando sobre diversos assuntos? Então, Toda Luz Que Não Podemos Ver se encaixa perfeitamente nesse perfil. Bem, imagine aí uma narrativa que se passa durante a Segunda Guerra Mundial, entre o ponto de vista de uma menina francesa cega e de um garoto alemão que acaba indo para uma escola de treinamento nazista. Por aí você já sente todo o drama que a trama carrega…

Para evitar spoilers, decidi apenas deixar a sinopse oficial e ir direto às minhas impressões. Tudo em respeito à vocês, ok? Vamos lá!

Eu não sei se vocês sabem, mas a Intrínseca todo ano realiza uma mega turnê de eventos pelo Brasil para divulgar os lançamentos e ter um contato maior com os seus leitores. Durante o evento na minha cidade, as moças do marketing comentaram sobre o livro de Doerr e, pelo o que elas falaram, me deu uma imensa vontade de ler. Tudo bem, houve o lançamento da obra, etc, mas infelizmente não pude ler devido aos vários livros que já estavam na lista. Sendo que pouco depois que o livro chegou às livrarias, saiu o anúncio de que ele havia vencido o prêmio Putlizer de melhor ficção e, com isso, minha curiosidade aumentou ainda mais. (Para quem desconhece o que é um prêmio Putlizer, é uma das maiores premiações no ramo da literatura.) Enfim, passou-se um tempo e, ATÉ QUE ENFIM, tive a oportunidade de ler devido ao clube do livro da Intrínseca que ocorre aqui na minha cidade.

Sabe a maior lição da história? A história é aquilo que os vitoriosos determinam. Eis a lição. Seja qual for o vencedor, ele é quem decide a história. Agimos em nosso próprio interesse. Claro que sim. Me dê o nome de uma pessoa ou de um país que não faça isso. O truque é perceber onde estão os seus interesses.

Quando comecei a leitura, fiquei fascinado e assustado desde o primeiro capítulo. O autor já começa te colocando dentro daquela realidade cruel e pavorosa que foi a Segunda Guerra. Ele introduz primeiro o cenário e logo depois os personagens, o que eu achei uma sacada muito bacana por parte dele pois é como se estivéssemos vendo um filme. E engana-se quem pensa que Doerr usa uma linguagem difícil, apesar de que algumas vezes ele utiliza algumas palavras rebuscadas, porém não é algo que atrapalhe.

Todo efeito tem sua causa, e todo problema tem sua solução.

Além de uma narrativa extremamente intricada, Anthony cria personagens incrivelmente humanos e profundos. Não há como não sentir os seus dramas e aflições. Quando a Guerra começa à entrar no seu auge, todo o elenco do livro passa por situações que são de deixar o leitor imerso em todo aquele horror que foi a Segunda Guerra. E, meus amigos, são poucos os autores que conseguem te deixar tão próximo e tão comovidos pelos medos de seus personagens.

A vida é um caos, senhores.

Em meio à tantos livros fracos, mal elaborados e que só trazem mais do mesmo, Toda Luz Que Não Podemos Ver é literalmente uma luz de esperança na literatura. É poético, cativante, melancólico e impactante. Sem sombra de dúvidas um livro que deve ser lido pois não é todo dia que achamos uma obra-prima como esta.

Já anseio para o próximo livro do autor.

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Resenha: A Febre, Megan Abbott

Até um certo tempo atrás, o mercado editoral estava abarrotado de distopia, mas como tudo é fase, parece que a vasta gama de livros futuristas se esgotou. No fim desse período distópico veio o boom que foi Garota Exemplar e com isso, editoras e autores migraram para as obras de suspense ou policiais. Hoje, você entra na livraria e encontra uma infinidade de obras com tramas misteriosas e com uma citação mais ou menos desse jeito na capa: “Se você gostou de Garota Exemplar, irá amar este livro.”. O que deixa os leitores que amaram a história de Amy curiosos para saber se o produto ofertado irá conseguir surpreendê-los tanto quanto a jornada da nossa querida garota exemplar. Só que existe um grande perigo nisto: a pessoa se empolgar para ler e ver que aquilo não tem nada haver com o que lhe foi oferecido.
Recentemente eu li A Garota no Trem, o livro que está sendo cotado para substituir a posição de Garota Exemplar e eu havia visto diversos e diversos comentários comparando as duas histórias. Quando li, vi que não existia nenhuma relação ou algo semelhante nas duas tramas e o mesmo aconteceu com A Febre. Então, antes de ler os dois livros que mencionei agora, esqueçam de Garota Exemplar, ok? Cada um tem sua história e ambas se destoam completamente uma das outras.
Mas enfim, vamos conversar sobre o que realmente interessa.

A Febre vai contar a história de um estranho acontecimento em uma cidade. Do nada, durante a aula, Lise Daniels começa a ter uma convulsão, o que causa alarde pois não se sabe o que levou àquela situação. Logo após disso, casos parecidos com o de Lise começam a acontecer o que acaba gerando um grande medo entre as alunas e nos pais. Suspeitas começam a circundar na cabeça da população… Seria uma vacina contra HPV que todas as garotas da escola de Lise tiveram que tomar que estava gerando tudo aquilo?

Recentemente, eu havia visto um anúncio gigante no Skoob sobre esse livro, o que me chamou a atenção pois havia um comentário bem generoso da Gillian Flynn, uma das minhas autoras favoritas. Então estava eu na Cultura quando vi um exemplar de A Febre e para passar o tempo, o peguei para ler. E socorro, me sentei e quando percebi, já estava na página 100, mas houve um grande problema, eu não tinha dinheiro pra comprar e tampouco tinha epub dele na net. O que me fez deixou louco, pois eu estava completamente absorto na história criada por Megan Abbott, então passou-se uma semana e, ATÉ QUE ENFIM, consegui ler o resto de A Febre.
Mas vamos ao que importa.

Com uma premissa bem atraente, A Febre começa com todo aquele clima de suspense e eu até arriscaria dizer paranoico, mas eu sabia que o livro não iria puxar para algo sobrenatural. Mas enfim, quando eu comecei a ler, fiquei completamente imerso em tudo o que estava acontecendo com Deenie e suas amigas. Aliás, quem não fica absorto numa boa história de suspense? A narrativa de Abbot é sensacional! Viciante e impactante. Faz com que cem páginas não pareçam nada e com que você fique curioso e a ansioso para saber o que realmente está acontecendo. Eu a aplaudo de pé.

Os personagens foram bem construídos e aos poucos foram desabrochando com o decorrer das páginas e a autora soube muito bem abrir um pouco de cada um no momento certo para não haver previsibilidade no desfecho.

Por falar em desfecho, eu não imaginava que o causador da “febre” fosse o que foi. Fui pego de supetão! Porém, eu esperava algo mais BOOM devido à toda narrativa que o livro estava sustentando, mas a conclusão foi satisfatória!

Sem mais delongas, eu recomendo A Febre para você que procura algo denso, forte e de qualidade. Sem dúvidas esse livro entra para o Hall onde está Objetos Cortantes.

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Resenha: A Vingança de Mara Dyer, Michelle Hodkin

A Vingança de Mara Dyer é o terceiro e último volume da trilogia homônima, escrita por Michelle Hodkin.

Mara Dyer está cada vez mais longe de achar uma solução para os seus problemas. Após o incidente na clínica onde estava para tratar sua “loucura”, a garota se encontra em um local completamente desconhecido e se vê obrigada à achar respostas sobre tudo o que aconteceu em sua vida desde que brincou com um tabuleiro Ouija.

E mais uma trilogia chegou ao fim! Finalizar trilogias, séries, etc é sempre um caminho incerto para mim. Estou exposto a todo tipo de explicações e conclusões de histórias. Às vezes há aqueles finais épicos, que marcam, que chocam, que impressionam. Também há aqueles fechamentos medianos, que faltam explicações e que, num todo, acabam de, certa forma, decepcionando. E há aqueles que são incoerentes, fracos e fáceis de serem esquecidos.

Bem, quem acompanha o site sabe o quanto eu fiquei maravilhado com A Desconstrução de Mara Dyer e logo depois, uma faísca de decepção veio com A Evolução de Mara Dyer. Eu não sabia o que esperar de A Vingança de Mara Dyer e, gente, odeio informar isso mas, não consegui gostar. Juro para vocês. A saga começou de uma maneira tão brilhante e tão empolgante mas com o decorrer das continuações, o leitor que estava submergido na loucura que é a história de Mara, foi emergindo e caindo na dura e cruel realidade que foi Evolução e Vingança de Mara Dyer. O que foi realmente triste pois, quando a trama chegou à superfície, caiu na mesmice.

Enquanto no primeiro e até metade do segundo livro, éramos levados a pensar que o que circundava a vida de Mara, era algo paranormal, mas quem leu Evolução de Mara Dyer, sabe que os rumos que a história tomou foram completamente sem sentido, aliás divergiram do que foi passado no primeiro volume… Mas fazer o que né?

Passada a decepção com os caminhos que a trama tomou, os personagens ainda continuam tão misteriosos e apaixonantes. Mara, agora, além de ter toda uma loucura dentro de si, agora tem raiva, o que a deixa ainda mais fascinante. A garota é daquelas que vai lá e coloca a cara à tapa e isso é admirável! Já sobre o resto do elenco, não posso falar, mas esperem muita surpresas e preparem o coração. É apenas o que posso dizer.

Mesmo eu não tendo gostado das explicações e dos rumos que Hodkin decidiu utilizar, uma coisa que preciso ressaltar de A Vingança de Mara Dyer são as páginas finais. Que páginas foram essas, hein? Eu estava para me derreter de paixão. Cada frase que eu lia, eu ficava AAAAAAAAAA. Só vocês lendo para ver!

Enfim, eu não irei me prolongar mais. Apesar dos pesares, eu recomendo a trilogia. É intensa, intrigante e sufocante. Porém, não tenham muitas expectativas com as sequências.

Crédito da imagem de capa (x)

 

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Resenha: O Círculo Rubi, Richelle Mead

É com muita honra e tristeza que hoje venho com a resenha de O Círculo Rubi, sexto e último livro da série Bloodlines, spin-off da saga Academia de Vampiros.

Então, como estarei falando sobre o final de uma série ou seja terá spoilers dos livros anteriores, sintam-se avisados.

Depois de conseguir sair da reeducação, Sydney parece está longe de se livrar dos problemas. Mesmo estando casada com o amor de sua vida, o Moroi Adrian, tudo segue de mal ao pior na vida das pessoas próximas ao casal. Eles só poderão ter a tão sonhada paz quando resgatarem Jill, a irmã da Rainha Moroi.

Quem acompanha o site, sabe o quanto eu sou apaixonado por Academia de Vampiros e Bloodlines. As duas séries possuem uma riqueza inestimável tanto no quesito de história quanto no de personagens. Creio eu que, ambas sagas são uma das únicas que eu gosto de todo o elenco. Sem exceção. Eu amo a vida que Mead dá à eles e a forma como ela cria os relacionamentos é sensacional. Eu já havia morrido de amores com o romance intenso de Rose e Dimitri, com Adrian e Sydney a coisa foi mais forte porque era um amor proibido e o que seria de mim sem essas histórias de paixões impossíveis? Quando eu comecei a ler Bloodlines, já conhecia bem o Adrian e a Sydney, mas com o decorrer dos livros, percebi que eles eram além daquilo que imaginei. Sydney tirou a máscara de durona e mostrou o quão sensível era. Já Adrian rasgou todos os panos que cobriam seus sentimentos e mostrou toda as suas qualidades. Tudo isso em seis livros, seis tomos que foram incríveis e apaixonantes.

Agora falando em O Círculo Rubi: o que se esperar de quando não se sabe o que lhe aguarda?
Sei que a frase deve ter parecido meio confusa, mas a verdade é que eu não sabia o que esperar desse livro. Mesmo a série não tendo grandes mistérios, ela também não é clichê. Quando terminei Sombras Prateadas, fiquei ansioso e triste por saber que estava perto do fim da história de Adrian e Sydney, porém, não tinha especulações sobre o que teria acontecido com Jill. Então comecei Círculo Rubi apenas na expectativa de que ele me deixasse todo derretido de amores com o romance principal. O livro cumpriu com êxito esse quesito. (Se forem contar o tanto de vezes que eu falei “awwwwww” na leitura de Coração Ardente, Sombras Prateadas e O Círculo Rubi, daria o número que eu gostaria de ter na minha conta bancária.)
Já em relação à conclusão das lacunas deixadas abertas nos volumes anteriores, foram condizentes e satisfatórias.
Existe uma coisa nesse livro que achei bem intrigante foi o fato de uma das tramas paralelas ter sido explicadas de forma superficial e, assim, dando ganchos para possíveis futuras séries. (Espero que isso se concretize!!)

Enfim gente, O Círculo Rubi fecha com congratulações uma das melhores séries de romance sobrenatural que eu já li. Se você ainda não leu Bloodlines, corre na livraria mais próxima e adquira! Adrian e Sydney, já estou morrendo de saudades de vocês.

Menções honrosas: Editora Seguinte, muitíssimo obrigado por traduzir essa série, não apenas traduzir, mas também publicá-la com edições extraordinárias. A experiência de leitura e de ansiedade na espera dos volumes não teria sido as mesma sem vocês. Mais uma vez, um grande obrigado!

Livros, Resenhas

Resenha: O Teste, Joelle Charbonneau

O Teste – No dia de formatura de Malencia ‘Cia’ Vale e dos jovens da Colônia Cinco Lagos, tudo o que ela consegue imaginar – e esperar – é ser escolhida para O Teste, um programa elaborado pela Comunidade das Nações Unificadas, que seleciona os melhores e mais brilhantes recém-formados para que se tornem líderes na demorada reconstrução do mundo pós-guerra. Ela sabe que é um caminho árduo, mas existe pouca informação a respeito dessa seleção. Então, ela é finalmente escolhida e seu pai, que também havia participado da seleção, se mostra preocupado. Desconfiada de seu futuro, ela corajosamente segue para longe dos amigos e da família, talvez para sempre. O perigo e o terror a aguardam.

Será que uma jovem é capaz de enfrentar um governo que a escolheu para se defender?

Oi gente, eu sei que ando meio sumido com as resenhas por aqui, mas não tá fácil, enfim… Hoje eu vim falar com vocês sobre O Teste, uma distopia que foi lançada pela editora Única. Eu não vou falar sobre a história porque estou com medo de dar spoiler e meio que afastar vocês do livro, então fiquem com a sinopse acima.

Vamos lá comentar um pouco sobre a história da Malencia.

Quem me conhece ou acompanha o grupo do Beco no Viber, sabe o quão louco sou por distopias. Eu já li mais de 20 e realmente posso dizer que já vi tudo o que o gênero possa oferecer. Em O Teste, nos deparamos com diversas situações já vistas em outras histórias. Uma garota que é convocada para algo do governo e acaba descobrindo que a sociedade em que vive não é o que ela imaginou. Isso te lembrou algo, não é? Então, Charbonneau apesar de apresentar algo que der um tom de originalidade em sua obra, acabou utilizando muitos, muitos artifícios já utilizados, o que acabou deixando o livro não tão legal.

Além de não trazer nada de novo, os personagens não são nem um pouco cativantes. É difícil se apegar à eles, sentir algo por eles. E tudo isso misturado com uma narrativa não tão cativante, acabou acarretando uma leitura arrastada e cansativa do livro. Juro pra vocês que tentei ver algo de bom na obra em si. Mas a única coisa que ressalto com louvor, é a edição da editora Única. O livro tem folhas grossas, é bem diagramado e possui um trabalho visual de dar inveja. Outra coisa que gosto de destacar é a preocupação da Única com o leitor, além de possuir uma edição ótima, ainda colocaram um marcador de páginas do livro na orelha. Eu admiro muito esse cuidado com o cliente.

Enfim, O Teste vale a pena pela curiosidade e pela experiência. Espero que o segundo volume eleve o patamar deste. Estarei no aguardo para que Joelle Charbonneau me surpreenda.