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Rafaela Donadone

Livros, Resenhas

Resenha: Entrelinhas, Tammara Webber

Reid Alexander, um dos jovens atores mais bem pagos da atualidade, está acostumado a conseguir o que quer – e o que ele quer agora é Emma Pierce, a atriz novata que vai fazer par romântico com ele no próximo filme. Os astros parecem estar se alinhando para realizar o seu desejo, até que ele se vê diante de dois obstáculos inesperados: uma ex-namorada ressentida e um rival que vai disputar o coração de Emma. Emma Pierce acaba de receber uma oportunidade de ouro após anos atuando em comerciais e filmes para TV. Fazer o papel principal em um filme de grande orçamento, contracenando com o lindo Reid Alexander, deveria ser a realização de um sonho. Mas o coração de Emma esconde uma fantasia secreta: ela quer ser uma garota normal. Entrelinhas é o primeiro volume da série homônima de Tammara Webber, autora que já conquistou os leitores brasileiros com livros como Easy e Breakable. Embarque em mais esta história arrebatadora, que vai deixar você querendo muito mais.

É meio chocante quando uma das suas autoras preferidas escreve um dos livros mais decepcionantes que você já leu. Acontece que nós, brasileiros, conhecemos Tammara Webber pela sua obra prima, “Easy”, um livro tão tocante, delicado e que aborda temas importantes de uma maneira ao mesmo tempo leve e impactante (a resenha de Easy você encontra aqui). “Entrelinhas” é na verdade, o primeiro romance da autora, mas foi publicado posteriormente no Brasil, e podemos ver claramente a diferença no amadurecimento da autora.

O livro nos apresenta Emma Pierce, uma jovem atriz que luta para ser reconhecida pelo seu talento. Tendo participado de pequenos filmes e alguns comerciais de TV, Emma se dedica integralmente a carreira de atriz, inclusive tendo aula com tutores ao invés de frequentar uma escola regular. Emma vive com o pai e a madrasta, pessoas que não a entendem bem e querem que ela fique famosa acima de tudo, enquanto a menina quer distância disso. Eis aqui o primeiro problema de “Entrelinhas”: Emma é uma mocinha entediante. É aquele personagem passivo e sem carisma, ficando muito improvável torcer por alguém assim. Quando Emma é contratada para protagonizar um filme hollywoodiano, sua vida vira de cabeça pra baixo.

O par romântico de Emma no filme é o galá adolescente Reid Alexander, um jovem prodígio do cinema que conquista tudo e todos. Criado em berço de ouro mas tendo uma família que não se importa muito com ele, Reid foi educado entre cenários de gravação, fugindo de paparazzis e tendo o mundo aos seus pés. Eis aqui o segundo problema do livro: a autora abusou do clichê. Ao conhecer Emma, Reid se encanta por toda a ingenuidade da garota, e resolve conquistá-la.

O que ambos não esperavam era o aparecimento de Graham, um jovem responsável, dedicado e atencioso, que também entra na batalha pelo coração de Emma. Eis aqui o terceiro problema do livro: um triângulo amoroso onde, em momento nenhum o leitor fica em dúvida para quem torcer. A pessoa certa é óbvia, mas a mocinha é muito lerda para perceber isso. Emma, um pouco traumatizada por tudo que viveu e extremamente cautelosa com a loucura do mundo da fama tenta se destacar em seu trabalho enquanto sofre as investidas de seu parceiro de elenco Reid e seu novo amigo Graham.

“Eu devia ser grata, devia me sentir sortuda – e sou grata, me sinto sortuda. Mas, mesmo que você tenha tudo que todos desejam, se não for o que você deseja, não é o ponto-final.”

Embora a história não seja diferente ou inovadora, a autora consegue nos manter lendo pela sua capacidade de escrever muito bem e produzir uma leitura fluída mesmo quando o conteúdo não tão interessante. Talvez eu esteja sendo um pouco dura com o livro, mas acredito que o componente adolescente muito forte deixou a leitura um pouco superficial. A autora poderia elaborar mais os problemas familiares, tratando temas como alcoolismo e infidelidade, mas preferiu dar foco aos dramas adolescentes e o mundo da fama.

O final é uma das melhores partes da leitura e deixa o gancho para a continuação. “Entrelinhas” é uma série com mais três livros: “Onde você está” já publicado no Brasil e em breve aqui no Beco, “Good For You” e “Here Without You” ainda sem data de lançamento.

O livro é narrado em primeira pessoa, se dividindo entre os pontos de vista dos personagens, com a separação bem identificada, o que é ótimo para a leitura. Com relação a edição, a capa mantém o padrão da americana, folhas amarelas (<3), parágrafo e fonte agradáveis.

“As pessoas estão certas quando dizem que o tempo cura as feridas. Mas as cicatrizes estarão sempre lá, esperando alguma coisa cutuca-las.”

 

Atualizações, Filmes

Confira as datas de estréia de todas as séries na fall season

Finalmente ABC divulgou nesta terça (28) a data de estreias das novas temporadas de suas séries, sendo a última entre as redes de televisão aberta nos EUA a liberar seu calendário completo para o Fall Season 2016. Agora já temos o calendário completo (abaixo).

Na próxima semana, teremos o retorno da Shondaland com as novas temporadas de “Grey’s Anatomy” e “How To Get Away With Murder”, lembrando que a  nova série “Notorius” entra no lugar de “Scandal” (por conta da gravidez de sua protagonista, Kerry Washington, foi adiada para 2017).

Confira agora o calendário completo das estreias:

Segunda-feira, 12 de setembro
Dancing with the Stars

Quarta-feira, 14 de setembro
Blindspot

Segunda-feira, 19 de setembro
The Voice
The Good Place (exibição especial)
Gotham
Lucifer
The Big Bang Theory
Kevin Can Wai

Terça-feira, 20 de setembro
Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D.
The Voice
This Is Us
Brooklyn Nine-Nine
New Girl
Scream Queens
NCIS
Bull
NCIS: New Orleans

Quarta-feira, 21 de setembro
The Goldbergs
Speechless
Modern Family
Black-ish
Designated Survivor
Law & Order: SVU
Chicago PD
Lethal Weapon
Empire

Quinta-feira, 22 de setembro
Grey’s Anatomy
Notorious
How to Get Away with Murder
Superstore
The Good Place (novo dia e horário)
Chicago Med
The Blacklist
Rosewood
Pitch

Sexta-feira, 23 de setembro
Last Man Standing
Dr. Ken
Caught on Camera With Nick Cannon
Dateline NBC
The Exorcist
MacGyver
Hawaii Five-0
Blue Bloods

Domingo, 25 de setembro
Once Upon A Time
Secrets and Lies
Quantico
Bob’s Burgers
The Simpsons
Son of Zorn
Family Guy
The Last Man on Earth

Quarta-feira, 28 de setembro
Criminal Minds
Code Black

Domingo, dia 02 de outubro
NCIS: Los Angeles
Madam Secretary
Elementary

Segunda-feira, 03 de outubro
Conviction
Timeless
Scorpion

Terça-feira, 04 de outubro
The Flash
No Tomorrow

Quarta-feira, 05 de outubro
Arrow
Frequency

Segunda-feira, 10 de outubro
Supergirl
2 Broke Girls

Terça-feira, 11 de outubro
The Middle
American Housewife
Fresh Off the Boat
The Real O’Neals
This Is Us
Chicago Fire

Quinta-feira, 13 de outubro
DC’s Legends of Tomorrow
Supernatural

Segunda-feira, 17 de outubro
Jane the Virgin
The Odd Couple

Sexta-feira, 21 de outubro
The Vampire Diaries
Crazy Ex-Girlfriend

Segunda-feira, 24 de outubro
Man with a Plan

Quinta-feira, 27 de outubro
The Big Bang Theory
The Great Indoors
Mom
Life in Pieces
Pure Genius

Atualizações, Filmes

Game of Thrones com os dias contados

E parece que não temos mais como apelar! Embora a HBO ainda não tenha divulgado um comunicado oficial, dessa vez os criadores da série Savid Benioff e D.B. Weiss vieram publicamente, atrávez do Deadline, confirmar o fim iminente da série em duas temporadas, terminando em 2018.

Game of Thrones não foi feita para ser uma série recorrente, onde cada temporada traz uma história nova. Nós sempre quisemos que fosse uma grande trama, sem pressionar para que tenhamos 10 horas extras só para as pessoas assistirem. Tem que ser algo que faça sentido assistido do início ao fim como uma só história.”

Estamos chegando nos finalmentes, não vamos fugir desse fato. Não vamos continuar no palco após o fim da peça. (…) Devemos esperar de 70 a 75 horas até o último episódio”.

Lembrando que, em termos de “Game of Thrones”, quando se fala “horas”, estamos falando em episódios. Se cada episódio tem uma hora, os produtores planejam encerrar a produção com 75 episódios, sendo 8 na próxima e 7 na última.

Com a maior audiência da história, a última temporada de Game of Thrones terminou essa semana. Agora estamos em contagem regressiva para a próxima (e penúltima) temporada.

 

Fonte: Ligado em série

Atualizações, Resenhas

Resenha: Em busca de Cinderela, Collen Hoover

Neste conto da bem-sucedida e adorada série Hopeless, o leitor conhecerá melhor dois personagens secundários de “Um caso perdido”. Daniel está no breu do armário de vassouras da escola – o perfeito esconderijo para quem quer fugir do mundo real –, quando uma garota literalmente cai em cima dele. Às cegas, os dois vivem um curto romance, mesmo sem acreditar muito no amor. No fim a garota foge, como se realmente fosse a Cinderela e tivesse uma carruagem prestes a virar abóbora. Um ano depois, Daniel e sua princesa se reencontram, e percebem que é possível nutrir um amor de conto de fadas por alguém completamente real. Juntos, os dois irão perceber que fora do faz de conta, ficar juntos é bem mais difícil e os problemas de um casal são muito reais.

Não se deixem enganar pelo título. Sério. Quando soube pela primeira vez da existência de um conto pós-Hopless, fiquei logo empolgada. Acho que já escrevi inúmeras vezes como Hopless/Um Caso Perdido foi minha melhor leitura de 2014 e entrou pra categoria de livros favoritos, contando a história de Sky e Holder, um casal que supera vários problemas do passado juntos (você pode conferir a resenha de Um Caso Perdido AQUI)

Durante a leitura da série Hopeless, conhecemos dois personagens secundários que logo nos chamam atenção: Six, a melhor amiga de Sky, e Daniel, o melhor amigo de Holder e eles são os protagonistas dessa nova e emocionante história. Daniel, um jovem irônico, engraçado e impaciente, se vê um pouco solitário depois que seu amigo Holder muda de cidade. Em seus dias entediantes no colégio, ao perceber que seu quinto horário de aulas está vago, ele resolve ficar escondido no armário de vassouras, onde nenhum professor pode encontrá-lo e preencher seu horário com mais uma aula. Matando o tempo ouvindo música ou dormindo, Daniel é surpreendido quando uma menina praticamente cai em cima dele quando entra no armário.

Como  o armário é muito escuro e eles não conseguem se ver, Daniel e a menina misteriosa conversam e são surpreendidos com suas semelhanças. Desde então, todo quinto horário Daniel vai para o armário na esperança de reencontrar a garota. Quando ela volta ao armário, novamente eles conversam e acabam se beijando. Como não sabem nem como se parecem, eles começam a fingir: como são fisicamente, como se conheceram, como seriam suas vidas e fingem se amar.

“Amo seu cheiro. Amo sentir seu corpo. E, apesar de eu nem ter dado um beijo de verdade nela ainda, já sei que amo a maneira como ela beija.”

Embora Daniel tente, a garota não diz seu nome e some para sempre. Daniel segue sua vida normalmente, mas nunca deixa de procurar em todas as meninas que fica, a garota do armário. Após muitas buscas frustadas e um namoro desastroso, um ano depois do ocorrido encontramos Daniel indo a casa de Sky para se encontrar com Holder, e lá conhece Six, a melhor amiga de Sky, que estava fazendo intercâmbio na Itália. Six é linda, engraçada e consegue acompanhar seu senso de humor meio maligno, coisa que logo o atraí. Mas Holder o avisa para manter distância, pois não queria que ele quebrasse o coração da melhor amiga de Sky.

A grande questão é que Six também sente algo por Daniel, e as escondidas de Holder e Sky, eles saem juntos e começam a se ver escondidos. A química entre os dois é tão forte e tão inexplicável, que eles não vêem outro caminho a não ser começarem a namorar escondidos.

“Isto é a realidade, mas nem mesmo na nossa realidade imperfeita as pessoas se apaixonam desse jeito. Elas não têm sentimentos tão fortes assim por alguém que mal conhecem.”

Entre os hilários momentos escondidos e os mistérios que Six traz da Itália, o livro vai acabando tão rápido e ficando cada vez melhor que é com o coração partido que chegamos ao fim. Novamente Colleen não decepciona e traz um romance divertido e apaixonante para as suas leitoras! Leitura recomendada demais!

“Estou fazendo isso com ela há um dia e não faço ideia do que está acontecendo. Não sei se é lua cheia ou se meu coração está tomado por um tumor ou se ela é mesmo uma bruxa. Seja lá qual for o motivo, isso não explica como é que coisas desse tipo podem existir entre duas pessoas com tanta rapidez… e durar.

 

Atualizações, Filmes

“Extraordinário” ganha data de estréia nos cinemas

Os fãs do livro “Extraordinário” já podem comemorar! A Lionsgate divulgou a data de estreia do filme homônimo baseado no livro para dia 7 de abril de 2017 nos Estados Unidos. Ainda não há informações sobre a data de lançamento no Brasil.

As especulações sobre o filme vem crescendo bastante desde a divulgação dos primeiros atores: o ator mirim Jacob Tremblay (O Quarto de Jack) que interpretará Auggie Pullman e Julia Roberts que viverá a mãe do protagonista.

O filme conta a história de um garoto que nasceu com uma deformação facial e vai começar a frequentar uma escola regular, acompanhando seus esforços para conseguir se encaixar no novo colégio. O livro do autor R.J. Palacio é um best seller que bateu a venda de mais de 2 milhões de exemplares, e o filme será dirigido por Stephan Chbosky (As Vantagens de Ser Invisível) e o roteiro está por conta de Steve Conrad.

A resenha do livro “Extraordinário” você encontra AQUI

como eu era antes de você
Críticas de Cinema, Filmes, Livros

Crítica de cinema: Como eu era antes de você (2016)

Taí uma crítica (e minha primeira crítica, vale ressaltar) que eu estava morrendo de medo de escrever. Depois de uma vida inteira lendo no mínimo um livro por semana, cheguei a um ponto onde é difícil um livro me impressionar. E isso não é culpa dos livros, acontece que em sua grande maioria, eles seguem uma fórmula pré-determinada e previsível que sempre dá certo. Quebrando todos os paradigmas, li “Como eu era antes de você” sem esperar nada e posso dizer que foi uma experiência transformadora.

Como eu era antes de você” (cuja resenha você encontra AQUI) entrou no meu Top 3 e se tornou um dos livros que mais reli, então foi com muito receio que fui assistir a adaptação cinematográfica. E se estragassem meu livro? E se Will não fosse rabugento o suficiente? Se Lou não fosse carismática? E eis o veredito de uma fã exigente: que filme MARAVILHOSO!

A sinopse foi baseada (fielmente) no livro homônimo “Como eu era antes de você” da autora Jojo Moyes e conta a história de Louisa, uma jovem do interior sem muitas ambições que, quando vê a cafeteria em que trabalha fechar as portas, é obrigada a trabalhar como cuidadora de um tetraplégico: Will Traynor ─ um homem bem-sucedido, ranzinza e reservado que, vítima de um acidente, vive preso a uma cadeira de rodas. Ao descobrir que Will não sentia mais vontade de viver, Lou se dedica diariamente a fazer com que ele se apaixone novamente pela vida.

Eu dispunha de cento e dezessete dias para convencer Will Traynor de que ele tinha motivos para viver.”

O filme tinha tudo para ser maravilhoso: os roteristas  Scott Neustadter e Michael H. Weber (responsáveis pela coisa linda que foi a adaptação de “A Culpa É Das Estrelas“) e dois protagonistas sensacionais: Sam Claflin (Finnick Odair, Jogos Vorazes) e Emilia Clarke (Daenerys Targaryen, Game of Thrones) e não decepcionou! O roteiro foi feito de uma maneira excepcional e consegue ser fiel em todos os pequenos detalhes.

Um pause para admirarmos a atuação de Emilia Clarke. A atriz conseguiu nos entregar uma Lou tão carismática e atrapalhada que é impossível não amar. Estava esperando que ela lançasse um Dracarys a qualquer momento, mas ela me surpreendeu de uma maneira que hoje não consigo imaginar uma Louisa Clarke que não seja ela. Sam Clafin também não decepcionou e seu Will é tão apaixonante quanto o do livro (e esse é um elogio e tanto!).

A produção caprichou em todos os aspectos: cenário, trilha sonora, figurino e a verdade é que não encontrei nenhum defeito. A única coisa que vim fazer hoje aqui foi falar: assistam! Se você leu o livro, não vai se decepcionar. Se você não leu, vai ter vontade de ler assim que sair do cinema. Se você já assistiu, assiste de novo! O filme entrou em cartaz dia 16 de junho em todos os cinemas no Brasil e eu mal posso esperar pra voltar pro cinema e assistir mais uma vez… <3

“Você só vive uma vez. É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma possível.”

 

Resenhas

Resenha: Dama da meia-noite, Cassandra Clare

Em um mundo secreto onde guerreiros meio-anjo juraram lutar contra demônios, parabatai é uma palavra sagrada. O parabatai é o seu parceiro na batalha. O parabatai é seu melhor amigo. Parabatai pode ser tudo para o outro – mas eles nunca podem se apaixonar.

Emma Carstairs é uma Caçadora de Sombras, uma em uma longa linhagem de Caçadores de Sombras encarregados de protegerem o mundo de demônios. Com seu parabatai Julian Blackthorn, ela patrulha as ruas de uma Los Angeles escondida onde os vampiros fazem festa na Sunset Strip, e fadas estão à beira de uma guerra aberta com os Caçadores de Sombras. Quando corpos de seres humanos e fadas começam a aparecer mortos da mesma forma que os pais de Emma foram assassinados anos atrás, uma aliança é formada. Esta é a chance de Emma de vingança – e a possibilidade de Julian ter de volta seu meio-irmão fada, Mark, que foi sequestrado há cinco anos. Tudo que Emma, Mark e Julian tem a fazer é resolver os assassinatos dentro de duas semanas … antes que o assassino coloque eles na mira. Suas buscas levam Emma de cavernas no mar cheias de magia para uma loteria sombria onde a morte é dispensada. Enquanto ela vai descobrindo seu passado, ela começa a confrontar os segredos do presente: O que Julian vem escondendo dela todos esses anos? Por que a Lei Shadowhunter proíbe parabatais de se apaixonarem? Quem realmente matou seus pais – e ela pode suportar saber a verdade?

A magia e aventura das Crônicas dos Caçadores de Sombras tem capturado a imaginação de milhões de leitores em todo o mundo. Apaixone-se com Emma e seus amigos neste emocionante e de cortar o coração no volume que pretende deliciar tantos novos leitores como os fãs de longa data.

Depois de dois anos sem nenhuma produção, Cassandra Clare volta com tudo. Quando terminei “Princesa Mecânica”, nunca imaginei que a autora conseguiria criar uma história melhor ou uma que eu me apegasse tanto. Hoje, felizmente, venho retirar tudo que eu disse e declarar publicamente meu amor pela nova saga da autora: Dama da Meia-noite, o primeiro livro da série Os Artifícios das Trevas.

Primeiramente, vamos recapitular os acontecimentos de Cidade de Fogo Celestial: os pais de Emma Carstairs foram assassinados durante a Guerra Maligna e, enquanto a Clave culpava Sebastian pelas mortes, a garota sempre duvidou e fez sua própria investigação. No mesmo dia, o pai de Julian foi transformado em um dos Crepusculares e foi morto pelo próprio garoto para salvar seus irmãos. Com tudo que aconteceu, Julian foi obrigado a assumir o papel de pai e mãe dos irmãos, e Emma se tornou parte dessa família tão machucada pela guerra.

Amigos desde crianças e ainda mais unidos pela dor e sofrimento causados pela Guerra Maligna, Emma e Julian se aproximam cada vez mais, se tornam Parabatai e juntos criam os irmãos menores de Julian: Livvy e Ty, Dru e o pequeno Tavvy. Não é segredo pra ninguém – pelo menos pra quem leu Cidade do Fogo Celestial ou a sinopse – que Emma e Julian são parabatai que apaixonados um pelo outro. Mas a lei sobre parabatai é clara: eles nunca devem se apaixonar.

Gostei bastante do casal protagonista. Na verdade, eu já gostava de Emma desde o final de Cidade de Fogo Celestial. Aquela menina que luta pelo que acredita e não se deixa levar pelo que os outros pensam! Precisamos cada vez mais de mocinhas assim #ficadica. Mas quem me conquistou nessa leitura foi Julian. Forçado a deixar sua juventude de lado em prol da sua família, ele nos encanta com o cuidado e amor pelos seus irmãos a cada capítulo.

“Quando você ama alguém, a pessoa se torna parte de quem você é. Está presente em tudo que você faz (…) O toque dela fica na sua pele, a voz permanece em seus ouvidos, e, os pensamentos, na sua cabeça. Você conhece os sonhos da pessoa, porque os pesadelos agridem o seu coração, e os sonhos bons também são seus. E você não acha que a pessoa é perfeita, mas conhece os defeitos dela, sua verdade profunda e as sombras de todos os segredos que ela carrega, e esses segredos não te assustam; na verdade fazem com que você ame ainda mais, porque você não quer perfeição. Você quer a pessoa.”

Embora essa seja a temática principal da leitura: o coração dividido dos personagens, a confusão entre até onde é amizade e quando começou a ser amor, não é só de amores proibidos que se trata Dama da Meia-noite, e esse é um dos meus grandes elogios a série. Todos esses sentimentos confusos e novas descobertas vão se desenvolvendo junto a uma emocionante busca sobre a verdade dos assassinatos dos pais de Emma e sua relação com novos assassinatos que vem ocorrendo na região. E peço licensa para comentar que nem todos os meus anos de Criminal Case, C.S.I., Bones, Castle e The Mentalist não foram suficientes para eu sequer imaginar quem era o verdadeiro assassino! O livro consegue unir a dose perfeita de suspense, ação e romance, não deixando espaços pra críticas.

Também me surpreendi com a explicação sobre porque parabatais não podem ficar juntos. Achei que seria uma lei completamente despropositada e sem sentido, mas ela foi muito bem formulada e achei uma explicação maravilhosa. Ainda não sei como Emma e Julian vão lidar com isso nos próximos livros, mas já estou bem ansiosa pra descobrir!

Os fãs das séries anteriores também não ficarão decepcionados: são constantes as participações de Clary e Jacy e Jem e Tessa (saudades, Will). É estranho ver nosso personagens antes adolescentes impulsivos hoje adultos e responsáveis, dando conselhos sábios para os novos protagonistas! Vou parando por aqui para evitar spoilers, mas a mensagem que quero deixar é: não deixem de ler essa nova maravilha que Cassie preparou pra nós! <3

P.S. Minha única crítica ao livro é o tamanho! Eu amo livros grandes, porque eles significam que ainda temos muitas histórias pra ler <3 mas essas 560 páginas (+ o capítulo extra de Clary e Jace) pesavam minha mão na hora de ler (pontos pros kindles e kobos da vida).

Resenhas

Resenha: Nunca Jamais, Colleen Hoover & Tarryn Fisher

Charlie Wynwood e Silas Nash são melhores amigos desde pequenos. Mas, agora, são completos estranhos. O primeiro beijo, a primeira briga, o momento em que se apaixonaram… Toda recordação desapareceu. E nenhum dos dois tem ideia do que aconteceu e em quem podem confiar.
Charlie e Silas precisam trabalhar juntos para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com eles e o porquê. Mas, quanto mais eles aprendem sobre quem eram, mais questionam o motivo pelo qual se juntaram no passado.

Continuo sendo a pessoa mais suspeita do mundo para falar sobre um livro de Colleen Hoover (ou um livro que ela participe, como é o caso!), mas não podia deixar de passar aqui e indicar pra vocês mais uma obra-prima dessa mulher! Dessa vez com uma premissa totalmente diferenciada, Colleen (e Tarryn, não posso esquecer que esse livro tem duas autoras! haha) nos prende a sua leitura de uma maneira completamente viciante!

“Nunca Jamais” é muito diferente dos livros anteriores da autora. Colleen sempre teve uma escrita pesada e muito realista, onde eu podia me identificar com a história e com os personagens. Agora nossa história é bem irreal e no começo, um pouco confusa.

Como a sinopse já nos revela, começamos a leitura sem saber o que está acontecendo, exatamente como nossos protagonistas: sem saber quem são e o que estão fazendo ali. Após “despertarem” no colégio, em mais um dia normal, Charlie e Silas não entendem o que aconteceu enquanto todas as outras pessoas ao seu redor agem normalmente.

“Como posso saber quanto custa um carro como esse? Tenho memória de como as coisas funcionam: um carro, as regras de transito, os presidentes, mas não lembro quem eu sou.”

Com o tempo, Charlie e Silas descobrem que são, teoricamente, namorados desde a infância e melhores amigos. Ai tentarem refazer seus passos para descobrirem o que está aconteceu, eles percebem que o segredo que os cerca é muito mais grave do que imaginavam…

“Meu primeiro instinto é dizer a ela que vai ficar tudo bem, que eu vou descobrir o que aconteceu. Sou inundado com uma necessidade esmagadora de protege-la – só que não tenho ideia de como fazer isso quando estamos ambos enfrentando a mesma realidade.”

Para evitar spoilers vou parando por aqui, mas posso afirmar que “Nunca Jamais” foi uma surpresa maravilhosa e entrou para minha listinha dos favoritos. Escondendo um belo romance em uma atmosfera de mistério, a leitura tira nosso fôlego e nos deixa ansiosos pela continuação.

“Quero sentir isso de novo. Quero lembrar como é amar alguém dessa forma. E não apenas alguém. Quero saber como é amar Charlie.”

Minha única crítica é sobre o tamanho do livro, que é extremamente fino e quando nossa história está no ponto alto do clímax, termina. “Nunca Jamais” tem parte 2 e 3, e acredito que teria sido melhor juntas as edições em um só livro. Mas talvez essa tenha sido a intenção: deixar o leitor ansioso para ler a parte subsequente… Se esse foi o caso, missão realizada com sucesso! Leitura recomendada!

Resenhas

Resenha: A Redoma de Vidro, Sylvia Plath

Dois anos antes de suicidar-se em 1963, a poeta Sylvia Plath elaborou esse romance sobre uma mulher – no fundo, ela mesma – que vai perdendo o senso até que sobra só um surrealista e vazio senso comum.

Em “A redoma de vidro” conhecemos a história de Esther, uma bonita jovem que estuda numa ótima universidade e está trabalhando na redação de uma revista popular em Nova York. Teoricamente a vida de Esther é perfeita e invejável, mas algo ainda não está certo para ela, que não se sente parte integrante daquele grupo.

“Não teria feito a menor diferença se ela tivesse me dado uma passagem para a Europa ou um cruzeiro ao redor do mundo, porque onde quer que eu estivesse – fosse o convés de um navio, um café parisiense ou Bangcoc -, estaria sempre sob a mesma redoma de vidro, sendo lentamente cozida em meu próprio ar viciado.”

Mesmo convivendo com pessoas importantes e bonitas, entrando e saindo de festas, fazendo compras e sendo admirada, Esther sente um vazio inexplicável e, em certos trechos, é possível sentir como a personagem se sente presa e sufocada dentro de si.

“Me sentia muito calma e muito vazia, do jeito que o olho de um tornado deve se sentir, movendo-se pacatamente em meio ao turbilhão que o rodeia.”

Após o término do seu estágio, Esther volta à casa de sua mãe, onde fica constantemente isolada e não sente vontade de fazer nada. O que me chamou atenção nesta parte da leitura, foi o descaso da sua mãe com o sofrimento da filha. Depois de um tempo, Esther tem um surto (que ocorre de uma maneira muito rápida), e retorna a uma clínica psiquiátrica onde já esteve antes, e é neste momento que temos a dimensão da depressão que a personagem sofre.

Como o livro se passa na década de 50, uma vez que a personagem entra em crise, ela é internada em uma clínica onde os psiquiátrias da época acreditavam em terapias de choque e o uso de muitos medicamentos como forma de cura de qualquer doença psiquiátrica, submetendo Esther a um tratamento traumático e pouco efetivo. Somente na segunda clínica em que se interna Esther conhece uma médica com a qual se sente confiante para se tratar e melhorar.

Mesmo sem nunca antes tendo passado por essa situação, o leitor consegue compreender o nível do desolamento do paciente depressivo, e mesmo utilizando palavras leves, Sylvia consegue nos transmitir esses sentimentos tão pesados.

“O ar da redoma me comprimia, e eu não conseguia me mover.”

Ainda não compreendi muito bem até que ponto a obra é autobiográfica, uma vez que alguns fatos da história realmente aconteceram na vida da autora Sylvia Plath. Talvez por já saber dessa possibilidade de proximidade entre o livro e a vida da autora, muitas vezes senti a leitura muito mais íntima do que deveria, como se estivesse realmente invadindo os pensamentos de Sylvia Plath.

O livro termina de uma forma aberta para interpretações. Em seus últimos paragráfos, ficamos com a sensação de que Esther (e de certa forma, Sylvia) irá sair da depressão e encontrar um sentido na vida, mas infelizmente o livro e a vida real terminam de forma bem diferente, uma vez que Sylvia se suicidou um mês após a publicação.

“Resolvi que nadaria até estar cansada demais para voltar. Enquanto avançava, eu sentia o coração batendo como um motor surdo nos meus ouvidos. Eu sou eu sou eu sou.”

 

Livros, Resenhas

Resenha: Depois de você, Jojo Moyes

Quando uma história termina, outra tem que começar. Com mais de 5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, Como eu era antes de você conta a história do relacionamento entre Will Traynor e Louisa Clark, cujo fim trágico deixou de coração apertado os milhares de fãs da autora Jojo Moyes.
Em Depois de você, Lou ainda não superou a perda de Will. Morando em um flat em Londres, ela trabalha como garçonete em um pub no aeroporto. Certo dia, após beber muito, Lou cai do terraço. O terrível acidente a obriga voltar para a casa de sua família, mas também a permite conhecer Sam Fielding, um paramédico cujo trabalho é lidar com a vida e a morte, a única pessoa que parece capaz de compreendê-la.
Ao se recuperar, Lou sabe que precisa dar uma guinada na própria história e acaba entrando para um grupo de terapia de luto. Os membros compartilham sabedoria, risadas, frustrações e biscoitos horrorosos, além de a incentivarem a investir em Sam. Tudo parece começar a se encaixar, quando alguém do passado de Will surge e atrapalha os planos de Lou, levando-a a um futuro totalmente diferente.

ATENÇÃO: Essa resenha contém spoilers do livro #1 “Como eu era antes de você”.

Minha primeira resenha oficial para o Beco Literário foi de um livro muito especial: Como eu era antes de você, um dos meus livros preferidos, o livro mais tocante e emocionante que já tive o prazer de ler. Declamei meu amor em muitas palavras nessa resenha (que você pode conferir clicando aqui). Então, foi com muita alegria que recebi a notícia que essa história iria ganhar uma continuação…

“Você não me deu uma vida, deu? De jeito nenhum. Só acabou com a minha antiga. Desfez em pedacinhos. O que eu faço com o que sobrou?”

Abalada após a perda de Will, Lou cumpre sua promessa e viaja pelo mundo, parando especialmente em Paris, a pedido de Will e aproveitando o que a cidade tem a oferecer. Após passar meses viajando sem rumo e sem se sentir ela mesma, Louisa volta à Inglaterra, mas decide não morar em sua cidade natal pois não se encontra preparada para as lembranças que a aguardam lá. Com o dinheiro deixado por Will, Lou compra um apartamento e encontra um emprego como garçonete em um bar no aeroporto e procura algum sentido pra sua vida.

Você se animou com o parágrafo acima? Pois é, eu também não. Por esse motivo, demorei a engatar a leitura, sempre pensando “calma, Rafa… vai melhorar”. Cheguei a última página esperando essa melhora e não encontrei.

Peço desculpas mas não gostei de “Depois de você”. Comecei a leitura ciente de que, muito provavelmente eu iria me decepcionar em algum grau, mas nunca imaginei que seria tanto. Louisa continua a mesma personagem conformada com o comodismo, encostada no trabalho que lhe parece mais fácil e com medo de arriscar. Talvez até pior. A premissa de “Como eu era antes de você” e todos os ensinamentos que ela aprendeu com Will foram sobre viver a vida e agarrar as oportunidades que aparecem, deixar o comodismo de lado e ir atrás dos seus objetivos. Minha impressão foi que Lou enterrou tudo que tinha aprendido junto com Will.

“Aprendemos a conviver com a perda, com as pessoas que nos deixam. Porque elas permanecem conosco, mesmo não estando vivas, mesmo não respirando mais. Não é a mesma dor avassaladora que sentimos no começo, aquela que nos invade e dá vontade de chorar nos lugares errados, que nos deixa irracionalmente irritados com todos os idiotas que ainda continuam vivos, enquanto quem amamos está morto. Mas aprendemos a nos adaptar. É como se acostumar com um buraco dentro de nós.”

Logicamente eu não esperava uma Louisa feliz e radiante após a perda de um grande amor, mas esperava que ela pelo menos tentasse. Tentasse viver e correr atrás dos seus sonhos (cadê a faculdade de moda? cadê a criatividade de criar roupas coloridas?). Também não gostei do pretexto utilizado pela autora para levar Lou de volta a vida e a família de Will… sinceramente achei forçado e desnecessário. Com relação aos personagens, esperava que a autora nos apresentasse aos amigos do grupo de apoio que Lou sempre conversava, mas ela trás novos personagens que não capturaram minha atenção completamente. No geral, tive a sensação que eu não estava lendo a continuação daquele primeiro livro maravilhoso, e sim um livro completamente diferente.

Um grande medo que tive desde o inicio da leitura foi Lou encontrar um novo amor. Sei que isso é o natural e também o que ela merece, mas sempre pensei “se eu não superei Will, como Lou pode superar?” e meus medos foram se concretizados da pior forma: achei o romance entre Lou e Sam um pouco forçado, como se o personagem fosse moldado a ser perfeito para conquistar os fãs, diferentemente de Will, que mesmo ranzinza e rabugento conquistou a todos nós. Um dos poucos pontos favoráveis na leitura são os trechos com a participação do grupo de apoio “Seguindo em frente”, onde além de belas histórias e lições, também nos divertimos com as discussões dos personagens.

“E o que aprendemos compartilhando nossas memórias, nossas tristezas e nossas pequenas vitórias é que não há problema em ficar triste. Ou perdido. Ou com raiva. É normal sentir certas coisas que os outros não podem entender, e algumas vezes por bastante tempo. Todo mundo tem um percurso próprio. Nós não julgamos.”

Por fim, é com um coração pesado que digo que: se você quer manter a magia e encantamento de “Como eu era antes de você”, não leia “Depois de você”.